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METODOS CRiTICOS PARA A ANALISE LITERARIA Daniel Bergez, Pierre Barbéris, Pierre-Marc de Biasi, Marcelle Marini, Giséle Valency “Tradugio OLINDA MARIA RODRIGUES PRATA Revisio da traducio MARIA ERMANTINA DE ALMEIDA PRADO GALVAO. Martins Fontes SGo Paulo 2006 Esta obra fot publica originalmente em: frances com o titulo INTRODUCTION AUX METHODES CRITIQUES POUR VANALYSE LITTERAIRE, por Boris, Paris, em 1990. Copyright © Bordas, Paris, 1990. Copyright © 1997, Lioravia Martins Fontes Editora Ltda, ‘So Paulo, para a presente edigio 1 edigao 1997 2 edicéo 2006 ‘Tradugio OLINDA MARIA RODRIGUES PRATA Revisdo técni Rosa Maria Nery Revisio da tradugio ‘Maria Ermantina de Almeida Prado Galo Revisoes grificas Ain Regina Rodrigues de Lima Sandra Brazil Enilson Richard Werner Dinarte Zorzaneli da Sioa Produgao gratica Geraldo Alves Paginacio/Fotolitos Studio 3 Desenvolvimento Editorial Dados Intomnacionais de Catalogagio na Publicasio (CIP) (Camara Brasileira do Livro, SP, Brasil) ‘Métocios critics para a andlise literaria / Daniel Bergez. (otal, ;lradugio Olinda Maria Rodrigues Prata;revisio da tra- ducio Maria Ermantina de Almeida Prado Galvo.~ ed. ~ Sfio Paulo : Martins Fontes, 2006, — (Colegio letra e critica) Outros autores: Pierre Barbétis, Pierre-Mare de Biasi, Mar- celle Marini, Giséle Valency Titulo original: Introduction aux méthodes critiques pour Yanalyse littéraire Bibliografia. ISBN 85-336-2181-7 1. Critica terdvia 2, Literatura ~Histénia e erica I Bergez, Daniel. l. Barbéris, Pierre. Il. Bias, Pierre Marc de. 1V. Max rini, Marcelle. V, Valency, Gisele. VI. Série 05.5237 CDD-801.95 Indices para catlogo sistemitice: 1 Anilise litera 801.95 Tedios os direitos desta edigfo para o Brasil reserondos & Livraria Martins Fontes Editora Ltda. Rua Conselheiro Ramaltio, 330 01325-000 Sto Paulo SP Brasil Tel. (11) 3241 3677 Fox (11) 3101-1082 e-mail: info@martinsfontes.com br htp:{feetwsmartinsfontes.com br V. A critica textual Por Giséle Valency Introducao O surgimento da critica textual esta ligado ao desenvol- vimento de outras disciplinas: a etnologia literaria que os for- malistas russos, ao estudarem os contos populares, criaram para 0 exame critico e para a classificacdo desse patrim6nio, ea lingtifstica, para eles o fulcro da nogao de literariedade. Para essa critica, a obra literdria é acima de tudo um sis- tema de signos. Os métodos criticos recentes afirmaram so- bretudo sua modernidade por uma “volta ao texto”: “A critica talvez nada tenha feito, nada pode fazer, en- quanto no tiver decidido, com tudo o que tal deciséo impli- ca, considerar toda obra, ou toda parte de obra literaria, pri- meiro como texto, isto 6, como um tecido de figuras em que 0 tempo (ou, como se diz, a vida) do escritor que escreve aquele do leitor que lé se juntam e se fundem no meio para- doxal da pagina e do volume.” (G. Genetie, Figures II.) Ora, todos os sistemas de signos, lingiifsticos ou nado (pintura, arquitetura), t¢m como “interpretante” tinico a Ifn- gua. A lingua é 0 instrumento da descrig&o e da descoberta semiolégicas, como o diz E. Benveniste, em Problémes de linguistique générale.

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