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ON BLUES
CURSO COMPLETO
#MARCOS DUPRÁ
Sobre o autor
Sobre o método
As dúvidas ou críticas, aceitamos as críticas pois elas nos ajudam a melhorar, podem
ser enviadas para o meu email: marcos.duprá@globo.com
Bom estudo.
E por quê?
Porque um estilo musical como o blues tem a sua linguagem própria. E pra que eu toque de
forma honesta eu tenho que entender essa linguagem. Portanto se eu monto a casa pelo telhado,
corro o risco de que quando terminar a casa, tudo desabe.
O blues tem um estilo rítmico bem característico, uma pulsação muito peculiar que faz com que
o Blues seja diferente de outros estilos. Essa pulsação os americanos dão o nome de Shuffle ou
swing .
Vamos tocar duas notas com tempos iguais para cada tempo.
Veja o exemplo:
Usando esse ritmo vou tocar um trecho da música Johnny B Good, uma canção que tem as suas
raízes no blues, mas que não é um blues e sim um rock and roll.
Você percebe como o ritmo foi o mesmo? E como esse ritmo é quadrado ou seja a divisão é
sempre por notas iguais.
Uma forma de entendermos a pulsação do blues é dividirmos 3 notas para cada tempo.
Usando esse ritmo vou tocar a introdução de uma música do Deep Purple chamada Black night.
Esse trecho da música já tem uma pulsação mais próxima ao blues. Mas ainda não é a pulsação
primordial.
Agora pensando no exemplo 2, onde dividimos 3 notas para cada tempo, vamos fazer com que
a primeira nota tenha a mesma duração das duas primeiras notas do exemplo 2. E a segunda
nota toca tocará onde era tocada a terceira nota do exemplo 2. Ou seja nós vamos tocar duas
notas por tempo. Mas o ritmo será como se eu tivesse 3 notas por tempo. Essa é a diferença.
Vou tocar agora um trecho da música Roadhouse Blues do The Doors, uma banda de Rock.
Essa música é um Blues Tradicional? Não, mas utiliza o ritmo básico do Blues.
Você começou agora, já, nesse instante. Isso se tiver entendido claramente a pulsação. Senão
vai ser o que chamamos de Mão de Pau, aquele cara que toca e acha que está enganando
alguém. No blues não dá pra enganar, essa pulsação ela está presente o tempo todo no blues,
na levada, nas bases, na forma que você vai solar.
Primeira coisa que devemos gravar na mente, é regra e tem que saber. Um blues tradicional tem
12 compassos. Terminado os 12 compassos você repete o ciclo.
Nós vamos começar com uma introdução, e que também será igual o último compasso. Essa
introdução nós não vamos contar.
A introdução será feita no mesmo ritmo do exemplo 2, ou seja 3 notas por tempo.
Depois da introdução é que começará o Blues pra valer. E tocaremos 11 compassos com o ritmo
característico do Blues. Utilizando uma variação do acorde de E e E6.
Nessa aula nós vamos aprender os acordes básicos do Blues e a sua sequência tradicional.
Primeira coisa, se você não sabe como se forma um acorde, passou da hora de você aprender
isso.
- Mas professor o Bluesmen que veio lá do Mississipi, o cara era semianalfabeto, o cara sabia
como se formava um acorde?
Sabia. E sabia mais do que nós, que precisamos estudar a formação do acorde pra enxergar o
acorde no instrumento. Ele já tinha a visão completa do acorde no instrumento.
Um erro comum de quem começa a improvisar é achar que a escala é o prato principal, quando
na realidade é o acorde. Esse conceito simples é que fez com que o Blues influenciasse o Jazz
diretamente.
Portanto se ainda tem dúvidas como se forma um acorde, tem que resolver agora.
No link que você está vendo tem o passo a passo, pra você entender de vez o assunto:
Se você está com pressa ou com preguiça, não aprende a tocar Blues não, vai jogar vídeo game
que você será mais feliz.
No Blues tradicional todos os acordes são dominantes, ou seja acordes de sétima menor. Por
exemplo C7, D7, E7, etc...
No Blues tradicional nós usamos 3 acordes. Que seriam: I, IV e o V graus do campo harmônico.
Mas qual a diferença?
No campo harmônico, supondo que a tonalidade fosse Dó maior, os acordes seriam: C, F, G7.
No Blues todos os acordes serão dominantes e portanto seriam: C7, F7, G7.
C7 | C7 | C7 | C7 |
F7 | F7 | C7 | C7 |
G7 | F7 | C7 | G7 |
Agora que sabemos como será uma sequência de Blues, vamos botar a mão na massa?
Nós vamos tocar a sequência em ritmo de Slow Blues, como o próprio nome diz é um blues mais
lento.
E para G7:
Aula 3 - Com pegada se faz o telhado
Shuffle não é um estilo de Blues, mas um blues tocado de forma mais acelerada.
Na aula anterior a gente tocou em Slow Blues, agora nós vamos tocar mais rápido e chamamos
isso de shuffle.
Primeira coisa o Blues será em tonalidade de A. Então, preciso descobrir quais são os 3 acordes.
D7 | D7 | A7 | A7 |
E7 | D7 | A7 | E7 |
Num Blues a pegada é tudo. Como você executa com segurança e firmeza a sua base, seu solo.
Blues não é para os fracos. Não é uma bossa nova, ou um jazz que tem sutilezas.
Essa pegada é que faz com que você esteja realmente tocando um Blues.
Não confunda pegada com tocar alto. Se você achar que a pegada é tocar alto você vai começar
a aumentar o volume do seu amplificador, vai enfiar uma distorção e achar que que é o dono da
cocada preta. Quando na realidade você está pagando o maior mico, pois você devia estar numa
banda de Punk Rock e não tocando blues.
Vamos começar pelo acorde de A7. Tocaremos o padrão do Blues mas dessa vez com os
intervalos de terça menor, terça maior, quinta justa, sexta maior e sétima menor.
Vejamos:
Esse padrão se repetirá para todos os outros acordes, vejamos:
D7
E7
Aula 4 – Guitarra base
Turnaround é o reboco da casa
Dessa vez vamos aprender a tocar o turnaround e na guitarra vamos aprender a tocar nosso
primeiro solo.
O Turnaround é uma linha melódica cromática aplicada nos dois últimos compassos do Blues.
Como o próprio nome já diz ele faz uma preparação para se recomeçar a tocar o blues
novamente.
Para não haver muita informação, vamos usar a mesma base aprendida na aula anterior e
acrescentar o turnaround.
Lembrando a sequência em A:
A7 | A7 | A7 | A7 |
D7 | D7 | A7 | A7 |
E7 | D7 | A7 | E7 |
O Turnaround será tocado sempre nos dois últimos compassos. Para a criação do turnaround
devo sempre usar notas cromáticas, que liguem o acorde do penúltimo compasso com o acorde
do último compasso.
Essa linha melódica pode ser ascendente ou descendente.
Exemplo 1
Vamos pegar um exemplo de linha melódica ascendente:
Observe que os acordes seriam A7 e E7. Partindo da nota lá, subimos cromaticamente de dó#
até chegar ao acorde de E7.
Exemplo 2
Agora uma linha descendente:
Observe que seriam os mesmos acordes A7 e E7. Partindo da nota lá, descemos cromaticamente
da nota sol até chegar ao acorde de E7.
Observe que o turnaround usou a seguinte linha cromática descendente: A7, Ab7, G7 e E7. Isso
criou um contraste com alinha de contrabaixo que criou um turnaround ascendente.
As 4 primeira aulas do Curso você estará assistindo gratuitamente, mas o curso completo apenas
em nosso site. A intenção desse curso não é apenas que você aprenda a tocar blues no seu
instrumento, mas que você tenha uma visão ampla e completa de como deve ser tocado um
blues por uma banda. Por isso o aluno do curso não terá acesso apenas ao seu instrumento mas
acesso a todo os instrumentos para que realmente sinta o que é uma banda de Blues.
Se você quiser saber mais acesse o link aqui em cima, ou vá no nosso site:
http://primeirosacordes.com.br/Curso-de-Blues