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KEEP

ON BLUES
CURSO COMPLETO

#MARCOS DUPRÁ
Sobre o autor

Marcos Duprá é músico, arranjador e compositor.Tendo já tocado em diversas bandas


com as quais já andou pelo interior afora. Nasceu em São Paulo e leciona há mais de
10 anos. Já foi professor em diversas escolas de música entre elas: Sintonia,
Playmusic, Concertus, Conservatório Musical do Tucuruvi, etc... Também participa
de projetos sociais, como o da Escola de Samba Unidos da Vila Maria.

Sobre o método

A intenção do presente trabalho é de suprir a necessidade de achar um material didático


que tenha um avanço gradual. Que a teoria musical esteja amarrada com as músicas
que estamos aprendendo, e assim coloquemos em prática a teoria aprendida.

Para um bom desempenho é necessário que tenhamos disciplina. Lembre-se treinar


todos os dias 20 minutos é melhor do que treinar 3 horas apenas num único dia da
semana.Não pule fases. Os métodos estão baseados num esquema passo a passo,
portanto achar que já sabe determinada matéria, ou que ela é desinteressante, pode ser
problemático mais pra frente.

No final do método há um dicionário de acordes, conforme você for aprendendo as


músicas deve consultá-lo.

As dúvidas ou críticas, aceitamos as críticas pois elas nos ajudam a melhorar, podem
ser enviadas para o meu email: marcos.duprá@globo.com

Bom estudo.

Todos os direitos reservados e protegidos por lei.


Nenhuma parte deste livro poderá ser reproduzida ou transmitida, sejam quais forem os
meios: eletrônico, fotográfico, gravação ou quaisquer outros.
Aula 1- A casa se começa pela base

Para assistir o vídeo clique na imagem ao lado.


Para se tocar um estilo musical com segurança, você precisa entender o seu ritmo de forma clara
e limpa. Muitas vezes queremos começar já tocando uma canção, e quando terminamos de tocar
percebemos que algo está estranho.

E por quê?

Porque um estilo musical como o blues tem a sua linguagem própria. E pra que eu toque de
forma honesta eu tenho que entender essa linguagem. Portanto se eu monto a casa pelo telhado,
corro o risco de que quando terminar a casa, tudo desabe.

Mas então, qual o alicerce do Blues?

O alicerce do blues é o seu ritmo.

O blues tem um estilo rítmico bem característico, uma pulsação muito peculiar que faz com que
o Blues seja diferente de outros estilos. Essa pulsação os americanos dão o nome de Shuffle ou
swing .

A melhor maneira de entendermos o blues é aprender a diferença dessa pulsação em relação a


música tradicional.

Exemplo 1 - Isso não é blues.

Vamos tocar duas notas com tempos iguais para cada tempo.

Veja o exemplo:

Usando esse ritmo vou tocar um trecho da música Johnny B Good, uma canção que tem as suas
raízes no blues, mas que não é um blues e sim um rock and roll.

Você percebe como o ritmo foi o mesmo? E como esse ritmo é quadrado ou seja a divisão é
sempre por notas iguais.

Exemplo 2 – Estamos chegando lá.

Uma forma de entendermos a pulsação do blues é dividirmos 3 notas para cada tempo.
Usando esse ritmo vou tocar a introdução de uma música do Deep Purple chamada Black night.

Esse trecho da música já tem uma pulsação mais próxima ao blues. Mas ainda não é a pulsação
primordial.

Exemplo 3- Isso é um blues.

Agora pensando no exemplo 2, onde dividimos 3 notas para cada tempo, vamos fazer com que
a primeira nota tenha a mesma duração das duas primeiras notas do exemplo 2. E a segunda
nota toca tocará onde era tocada a terceira nota do exemplo 2. Ou seja nós vamos tocar duas
notas por tempo. Mas o ritmo será como se eu tivesse 3 notas por tempo. Essa é a diferença.

Vou tocar agora um trecho da música Roadhouse Blues do The Doors, uma banda de Rock.
Essa música é um Blues Tradicional? Não, mas utiliza o ritmo básico do Blues.

Quando vamos começar a tocar Blues?

Você começou agora, já, nesse instante. Isso se tiver entendido claramente a pulsação. Senão
vai ser o que chamamos de Mão de Pau, aquele cara que toca e acha que está enganando
alguém. No blues não dá pra enganar, essa pulsação ela está presente o tempo todo no blues,
na levada, nas bases, na forma que você vai solar.

Vamos agora pôr em prática?

Primeira coisa que devemos gravar na mente, é regra e tem que saber. Um blues tradicional tem
12 compassos. Terminado os 12 compassos você repete o ciclo.

Nós vamos começar com uma introdução, e que também será igual o último compasso. Essa
introdução nós não vamos contar.

Nós vamos usar o acorde de E7, como exemplo.

A introdução será feita no mesmo ritmo do exemplo 2, ou seja 3 notas por tempo.
Depois da introdução é que começará o Blues pra valer. E tocaremos 11 compassos com o ritmo
característico do Blues. Utilizando uma variação do acorde de E e E6.

Para encerrar o Blues no compasso 12, tocaremos o mesmo ritmo da introdução.


Aula 2 – 3 acordes para ter as paredes

Para assistir o vídeo clique na imagem ao lado.


Na aula passada, deixamos bem claro como é a pulsação do Blues e como essa pulsação é
importante para se sentir o Blues.

Nessa aula nós vamos aprender os acordes básicos do Blues e a sua sequência tradicional.

Primeira coisa, se você não sabe como se forma um acorde, passou da hora de você aprender
isso.

- Mas professor o Bluesmen que veio lá do Mississipi, o cara era semianalfabeto, o cara sabia
como se formava um acorde?
Sabia. E sabia mais do que nós, que precisamos estudar a formação do acorde pra enxergar o
acorde no instrumento. Ele já tinha a visão completa do acorde no instrumento.

Um erro comum de quem começa a improvisar é achar que a escala é o prato principal, quando
na realidade é o acorde. Esse conceito simples é que fez com que o Blues influenciasse o Jazz
diretamente.
Portanto se ainda tem dúvidas como se forma um acorde, tem que resolver agora.
No link que você está vendo tem o passo a passo, pra você entender de vez o assunto:

-Ah professor mas estou com preguiça.

Se você está com pressa ou com preguiça, não aprende a tocar Blues não, vai jogar vídeo game
que você será mais feliz.
No Blues tradicional todos os acordes são dominantes, ou seja acordes de sétima menor. Por
exemplo C7, D7, E7, etc...

No Blues tradicional nós usamos 3 acordes. Que seriam: I, IV e o V graus do campo harmônico.
Mas qual a diferença?
No campo harmônico, supondo que a tonalidade fosse Dó maior, os acordes seriam: C, F, G7.

No Blues todos os acordes serão dominantes e portanto seriam: C7, F7, G7.

Essa simples mudança na harmonia tradicional, faz toda a diferença.

Como é que acho rapidamente os acordes de um Blues?


Basta encontrar a primeira, a quarta e quinta nota da escala no seu instrumento, achou as notas
você terá o nome dos acordes, sendo que esses acordes serão dominantes, ou seja com sétima
menor.
Agora já temos 2 informações importantes, regras que você tem que saber. Um Blues tem 12
compassos e 3 acordes dominantes.
Precisamos agora entender como distribuir esses 3 acordes em uma sequência típica do Blues.
Nos 4 primeiros compassos, usamos o 1º acorde, nos compassos 5 e 6, usamos o 2º acorde,
nos compassos 7 e 8, voltamos ao 1º acorde, no compasso 9, vamos para o 3º acorde, no
compasso 10, voltamos para o 2º acorde, no compasso 11, voltamos a usar o 1º acorde e no
compasso 12, fechamos o ciclo no 3º acorde.

Usando como exemplo a tonalidade de C, ficaria assim:

C7 | C7 | C7 | C7 |

F7 | F7 | C7 | C7 |

G7 | F7 | C7 | G7 |

Agora que sabemos como será uma sequência de Blues, vamos botar a mão na massa?

Nós vamos tocar a sequência em ritmo de Slow Blues, como o próprio nome diz é um blues mais
lento.

O padrão rítmico do Blues será o mesmo da aula passada.

No acorde de C7, tocaremos da seguinte forma:

No acorde de F7, tocaremos assim:

E para G7:
Aula 3 - Com pegada se faz o telhado

Para assistir o vídeo clique na imagem ao lado.


O que aprendemos até agora?

Aprendemos a pulsação que um blues deve ter.

Aprendemos que um blues tradicional tem 12 compassos e usa 3 acordes dominantes.


E aprendemos como distribuir esses acordes numa sequência de Blues tradicional.

Agora nós vamos aprender um Blues na tonalidade de A, em ritmo de Shuffle.

Shuffle não é um estilo de Blues, mas um blues tocado de forma mais acelerada.

Na aula anterior a gente tocou em Slow Blues, agora nós vamos tocar mais rápido e chamamos
isso de shuffle.
Primeira coisa o Blues será em tonalidade de A. Então, preciso descobrir quais são os 3 acordes.

Os 3 acordes serão: A7, D7, e E7.


Agora preciso distribuir esses 3 acordes, nos 12 compassos e ficará assim:
A7 | A7 | A7 | A7 |

D7 | D7 | A7 | A7 |

E7 | D7 | A7 | E7 |

Num Blues a pegada é tudo. Como você executa com segurança e firmeza a sua base, seu solo.

Blues não é para os fracos. Não é uma bossa nova, ou um jazz que tem sutilezas.

Um Blues bem tocado é cru, rude, viril.

Essa pegada é que faz com que você esteja realmente tocando um Blues.

Não confunda pegada com tocar alto. Se você achar que a pegada é tocar alto você vai começar
a aumentar o volume do seu amplificador, vai enfiar uma distorção e achar que que é o dono da
cocada preta. Quando na realidade você está pagando o maior mico, pois você devia estar numa
banda de Punk Rock e não tocando blues.

Vamos entender na prática o que é a pegada?

Vamos começar pelo acorde de A7. Tocaremos o padrão do Blues mas dessa vez com os
intervalos de terça menor, terça maior, quinta justa, sexta maior e sétima menor.

Vejamos:
Esse padrão se repetirá para todos os outros acordes, vejamos:

D7

E7
Aula 4 – Guitarra base
Turnaround é o reboco da casa

Para assistir o vídeo clique na imagem ao lado.


Na aula passada aprendemos a tocar um Blues na tonalidade de A.

Dessa vez vamos aprender a tocar o turnaround e na guitarra vamos aprender a tocar nosso
primeiro solo.

O Turnaround é uma linha melódica cromática aplicada nos dois últimos compassos do Blues.
Como o próprio nome já diz ele faz uma preparação para se recomeçar a tocar o blues
novamente.

Para não haver muita informação, vamos usar a mesma base aprendida na aula anterior e
acrescentar o turnaround.

Lembrando a sequência em A:
A7 | A7 | A7 | A7 |

D7 | D7 | A7 | A7 |

E7 | D7 | A7 | E7 |

O Turnaround será tocado sempre nos dois últimos compassos. Para a criação do turnaround
devo sempre usar notas cromáticas, que liguem o acorde do penúltimo compasso com o acorde
do último compasso.
Essa linha melódica pode ser ascendente ou descendente.

Exemplo 1
Vamos pegar um exemplo de linha melódica ascendente:

Observe que os acordes seriam A7 e E7. Partindo da nota lá, subimos cromaticamente de dó#
até chegar ao acorde de E7.

Exemplo 2
Agora uma linha descendente:
Observe que seriam os mesmos acordes A7 e E7. Partindo da nota lá, descemos cromaticamente
da nota sol até chegar ao acorde de E7.

Vamos agora pôr em prática no nosso instrumento?


A base será a mesma da aula anterior, a única diferença será o turnaround que ocorrerá nos 2
últimos compassos:

Observe que o turnaround usou a seguinte linha cromática descendente: A7, Ab7, G7 e E7. Isso
criou um contraste com alinha de contrabaixo que criou um turnaround ascendente.

As 4 primeira aulas do Curso você estará assistindo gratuitamente, mas o curso completo apenas
em nosso site. A intenção desse curso não é apenas que você aprenda a tocar blues no seu
instrumento, mas que você tenha uma visão ampla e completa de como deve ser tocado um
blues por uma banda. Por isso o aluno do curso não terá acesso apenas ao seu instrumento mas
acesso a todo os instrumentos para que realmente sinta o que é uma banda de Blues.
Se você quiser saber mais acesse o link aqui em cima, ou vá no nosso site:

http://primeirosacordes.com.br/Curso-de-Blues

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