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Segredos Da Composicaoo Musical PDF
Segredos Da Composicaoo Musical PDF
Academiamusical.com.pt
1ª edição
ISBN: 978-989-99076-5-2
Academiamusical.com.pt
Índice
Quão
Importante
é
a
Forma?
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
53
Boa
Forma
Significa
Bom
Design
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
54
A
Forma
Não
Pode
Ser
Acidental
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
55
DEFINIÇÃO
DOS
COMPONENTES
DE
UMA
MÚSICA
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
56
Intro
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
56
Verso
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
60
Pré-‐refrão
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
63
Refrão
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
65
Ponte
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
68
Outro
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
71
CONHECER
A
SUA
MÚSICA
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
72
CAPÍTULO
3
–
CRIANDO
UMA
MÚSICA
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
75
O
ESBOÇO:
JUNTAR
TODAS
AS
PARTES
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
75
O
PRINCIPIO
DO
CONTRASTE
DA
COMPOSIÇÃO
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
76
Verso-‐Refrão-‐Ponte
(ABABCB
ou
ABABCAB)
-‐-‐-‐-‐-‐-‐
78
Verso
de
3
partes
(ABA
ou
forma
ternária)
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
80
A
mesma
melodia
para
o
verso
e
refrão
(AAA)
-‐-‐-‐
81
Verso
sem
refrão
(AAA...)
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
83
Design
Verso-‐Ponte
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
84
ENERGIA
–
O
ELEMENTO
ESQUECIDO
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
85
O
Que
a
Forma
da
Música
Está
a
Fazer
Pela
Sua
Música
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
88
CAPÍTULO
4:
PROGRESSÕES
DE
ACORDES
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
90
UMA
CONVERSA
DIRETA
SOBRE
PROGRESSÕES
DE
ACORDES
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
94
I.
O
BÁSICO
DOS
ACORDES
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
97
A
Tríades
Básicas
de
Qualquer
Escala
Maior
-‐-‐-‐-‐-‐
99
Como
Nos
Referimos
Aos
Acordes
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
101
II.
COMO
UM
ACORDE
SE
MOVE
PARA
OUTRO
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
102
A
Progressão
V-‐I
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
103
Porque
Algumas
Progressões
Funcionam
e
Outras
Não
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
103
Progressões
Fortes
–
Progressões
Frágeis
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
110
A
Diferença
Entre
Fortes
e
Frágeis
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
112
Quando
Uma
Progressão
Soa
Confusa
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
117
Quando
Utilizar
Progressões
Fortes,
e
Quando
Utilizar
Frágeis
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
118
Então
e
as
Tonalidades
Menores?
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
121
Encontrar
a
“Progressão
de
Acordes
Matadora”
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
125
Quão
Longa
Deve
Ser
Uma
Progressão
De
Acordes?
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
127
III.
INTEGRAR
O
EQUILÍBRIO
QUANDO
CRIA
UM
PROGRESSÃO
MAIOR
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
129
Criando
Progressões
mais
Longas
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
131
A
Progressão
Do
Circulo
De
Quintas
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
131
Incorporar
o
Balanço
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
134
Ritmo
Harmónico
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
137
Tempo
e
Ritmo
Harmónico
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
139
IV.
EXPANDIR
O
SEU
VOCABULÁRIO
DE
ACORDES
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
141
Adicionar
Uma
7ª
a
um
Acorde
V
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
142
Adicionar
7ª
a
Outros
Acordes
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
146
Misturas
Modais
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
147
Acordes
Dominantes
Secundários
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
149
Como
Adicionar
Dominantes
Secundários
à
Sua
Música
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
151
Dominantes
Secundários
Que
Não
Agem
Como
“Dominantes”
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
151
Acordes
Suspensos
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
152
Inversões
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
155
Quando
e
Como
Utilizar
As
Inversões
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
156
MUDANÇAS
DE
TONALIDADE
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
158
Modular
meio
tom
acima
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
159
CAPÍTULO
5:
MELODIA
E
LETRA
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
161
COMO
FUNCIONAM
AS
BOAS
MELODIAS
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
163
A
Jornada
Melódica
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
163
Alcance
Vocal
e
Energia
Vocal
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
164
Quando
a
Melodia
e
a
Letra
São
Contraditórias
166
ESCREVER
BOAS
MELODIAS
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
168
Colocar
As
Notas
No
Sítio
Correto
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
168
DESIGN
VERSO-‐REFRÃO
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
169
DESENHANDO
A
MELODIA
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
170
ESCREVER
BOAS
LETRAS
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
172
Demasiadas
Palavras
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
173
FORMAS
DE
COMPOR
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
174
A
Letra
Primeiro
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
174
INSATISFAÇÃO
NA
COMPOSIÇÃO
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
175
A
MELODIA
E
LETRAS
DE
UMA
PONTE
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
177
Quando
a
Ponte
Não
é
Necessária
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
179
CAPÍTULO
6
–
O
GANCHO
(HOOK)
E
O
MOTIVO
-‐
181
Gancho
e
Motivo
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
182
O
Perigo
Do
Gancho
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
185
As
Principais
Características
de
um
Gancho
-‐-‐-‐-‐
185
O
GANCHO
COMO
A
BASE
DA
SUA
MÚSICA
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
186
O
Mito
Do
Gancho
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
187
A
Principal
Responsabilidade
De
Um
Gancho
-‐-‐-‐
188
CAPÍTULO
7:
INSPIRAÇÃO
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
191
O
PAPEL
DA
INSPIRAÇÃO
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
191
Equivocando
a
Inspiração
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
192
PASSOS
PARA
O
AJUDAREM
NA
SUA
CAMINHADA
DE
COMPOSITOR
-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐-‐
196
12
Prefácio
Se
você
já
tem
uma
certa
idade,
pode
lembrar-‐
se
do
tempo
em
que
lhe
disseram
para
não
cantar
no
coro
da
escola.
Fizeram-‐lhe
acreditar
que
algumas
crianças
eram
musicais,
enquanto
que
outras,
talvez
você,
não
o
eram.
13
música,
então
certamente
você
não
sofre
deste
mal).
Se
o
talento
musical,
e
a
habilidade
de
cantar
afinado,
vem
lentamente,
isso
apenas
significa
que
todos
temos
diferentes
processos
de
aprendizagem.
A
capacidade
musical
está
no
nosso
ADN.
Não
está
destinado
apenas
a
alguns.
Mas
algumas
décadas
atrás,
professores
de
música
dedicados,
pensavam
que
era
sua
função
identificar
as
crianças
que
eram
musicais
daquelas
que
não
o
eram,
e
tratá-‐las
de
formas
diferentes.
Isso
aconteceu
a
uma
grande
quantidade
de
alunos,
e
não
foi
assim
há
tanto
tempo.
14
deste
mito.
15
Estamos
a
mencionar
isto
agora,
porque
é
possível
que
você
esteja
a
ler
isto,
questionando
se
tem
ou
não
capacidade
musical.
Especificamente
porque
é
o
assunto
do
livro,
e
você
estará
a
perguntar
se
poderá
vir
a
ser
um
bom
compositor
de
canções.
Talvez
sempre
tenha
tido
essa
vontade,
e
talvez
até
tenha
escrito
um
ou
outra
música,
ou
até
algumas.
Até
pode
ser
já
um
compositor
experiente
com
algumas
dúzias
de
músicas.
Mas
se
essas
músicas
nunca
tiveram
qualquer
atenção,
você
tem
o
direito
de
pensar:
estarei
a
desperdiçar
o
meu
tempo?
Talvez
você
“A
vasta
maioria
seja
uma
daquelas
pessoas
de
compositores,
a
quem
foi
dito
que
provavelmente
parasse
de
cantar,
e
então
99%,
não
estão
a
hoje
em
dia
não
consegue
alcançar
sucesso
cantar
afinado.
Você
comercial”
possivelmente
pensou
no
porquê
de
ter
interesse
na
música
em
primeiro
lugar.
O
facto
de
ter
esse
interesse
é
a
evidencia
que
deve
provar
a
si
próprio
que
a
música
é
um
conceito
que
todos
entendemos
em
algum
nível.
Se
a
sua
16
professora
da
escola
primária
acreditou,
como
vários
fizeram
anteriormente,
que
a
capacidade
musical
era
especializada
e
rara,
estava
enganada.
A
capacidade
de
ser
criativo
está
dentro
de
todos
nós,
pronta
para
ser
destapada,
limada,
e
utilizada.
Você
pode
ser
criativo,
e
mais
especificamente,
você
pode
tornar-‐se
um
bom
compositor,
mesmo
que
tudo
o
que
tenha
escrito
até
agora
indique
o
contrário.
17
e
avançar
no
negócio
da
música.
18
Quando
boas
músicas
se
tornam
más
Normalmente
as
pessoas
ficam
surpreendidas
quando
descobrem
como
“A
simplicidade
é
as
melhores
músicas
dos
uma
característica
últimos
50
anos
são
das
grandes
incrivelmente
simples.
Isto
músicas”
porque
a
simplicidade
é
uma
característica
das
grandes
músicas,
responsável
por
estas
serem
fáceis
de
cantar
e
de
serem
lembradas.
A
complexidade,
quando
aparece
sem
ter
um
propósito
particular,
é
uma
forma
de
separar
a
intenção
do
compositor
da
audiência.
A
complexidade
não
é
necessariamente
algo
mau
na
música,
uma
vez
que
algumas
pessoas
gostam
de
músicas
que
precisam
de
ser
ouvidas
várias
vezes
para
serem
totalmente
absorvidas.
E
você
pode
criar
uma
audiência
que
adore
esse
tipo
de
música.
Genesis,
Gentel
Giant
e
outros
grupos
de
rock
progressivo
fizeram
isso
com
um
bom
grau
de
sucesso.
Mas
estes
grupos
criaram
a
sua
audiência
lentamente.
Em
praticamente
qualquer
género
musical,
as
músicas
têm
sucesso,
e
rápida
aderência,
se
as
melodias
19
forem
fáceis
de
cantar,
fáceis
de
lembrar,
com
letras
que
utilizem
palavras
simples
e
utilizadas
regularmente.
20
uma
boa
música.
Irá
aprender
como
criar
um
verso
que
suplique
pelo
refrão.
Irá
aprender
como
contornar
uma
melodia
para
que
se
torne
memorável
no
sentido
musical.
Irá
aprender
a
fazer
uma
progressão
de
acordes
funcionar.
E
irá
aprender
como
boas
letras
tocam
o
coração
e
a
mente
de
praticamente
qualquer
ouvinte.
Irá
aprender
como
agarrar
a
sua
audiência
com
um
riff
que
mantenha
as
pessoas
a
cantar
as
suas
músicas
o
dia
inteiro.
Ouça!
Se
você
não
está
a
ouvir
música
diariamente,
então
comece.
Tentar
escrever
músicas
sem
ouvir
as
músicas
de
profissionais
é
como
tentar
criar
um
retrato
de
algo
que
nunca
viu.
Se
levar
a
composição
musical
a
sério,
comece
já
a
ouvir
música.
Este
livro
irá
referir-‐se
a
várias
músicas
e
álbuns.
Ouça
música
com
regularidade,
e
não
apenas
um
estilo
de
música,
nem
apenas
aqueles
que
sugerimos
no
livro.
Tente
ouvir
música
sem
ver
os
vídeos
das
mesmas.
Um
vídeo
pode
distraí-‐lo
enquanto
tenta
ouvir
e
entender
os
princípios
da
composição
musical.
21
Utilize
os
seus
ouvidos.
Deixe-‐se
ser
influenciado
por
estilos
diferentes
–
pop,
rock,
jazz,
country,
blues,
ou
clássica.
Abra
“Nada
no
mundo
da
a
sua
mente!
música
acontece
num
vácuo.
Ao
ouvir
vários
estilos,
e
Praticamente
tudo
o
não
apenas
um,
estará
que
vale
a
pena
ouvir
subtilmente
a
é
um
passo
lógico
desenvolver
os
seu
que
algum
estilo
pessoal
de
escrita
compositor
deu
de
uma
forma
que
se
depois
de
ouvir
uma
diferenciará
dos
outros.
vida
de
música.”
Algumas
pessoas
tentam
deliberadamente
limitar
a
quantidade
de
música
que
ouvem,
porque
não
querem
ser
demasiadamente
influenciadas
por
outro
compositor.
Chamar
a
isso
um
tremendo
erro
seria
pouco.
Você
deve
desejar
ser
influenciado.
Nada
na
música
acontece
num
vácuo.
Praticamente
tudo
o
que
vale
a
pena
ouvir
é
um
passo
lógico
que
algum
compositor
deu
depois
de
ouvir
uma
vida
de
música.
Já
alguma
vez
sentiu
esse
medo
de
que
tudo
o
que
escreva
é
22
algo
que
soa
familiar?
E
pensou
se
estaria
simplesmente
a
plagiar
a
música
que
já
foi
escrita
por
outra
pessoa?
A
boa
notícia
é
que
você
provavelmente
não
o
está
a
fazer.
Mas
esse
medo
é
mais
comum
nas
pessoas
que
limitam
o
que
estão
a
ouvir
a
um
ou
dois
dos
seus
músicos
preferidos.
23
convencionais
que
tornam
a
sua
música
memorável
a
uma
grande
parte
da
população,
e
irá
ajudá-‐lo
a
construir
uma
base
de
fãs.
Alguns
géneros
naturalmente
tendem
mais
para
a
inovação,
enquanto
que
outros
são
menos
exploratórios,
mantendo-‐se
nas
fórmulas
seguras.
Atingir
o
equilíbrio
é
o
que
os
bons
compositores
conseguem.
E
é
isso
que
este
livro
o
irá
ajudar
a
alcançar.
24
uma
resposta
à
questão
“o
que
é
boa
música”?
25
Neste
ponto,
é
possível,
e
necessário,
falar
sobre
uma
música
como
sendo
boa
mesmo
que
não
gostemos
dela.
Isto
porque
uma
vez
que
tenha
removido
o
conceito
de
estilo
da
discussão,
e
as
suas
preferências
estilísticas,
descobre
que
a
maioria
das
músicas
estão
a
tentar
fazer
a
mesma
coisa
independentemente
do
género
musical.
E
é
o
que
os
compositores
“Para
melhorar
as
de
todos
os
estilos
têm
nossas
feito
por
séculos:
tentar
capacidades
apresentar
uma
musicais,
temos
de
experiencia
musical
coerente
que
transporte
o
ter
uma
mente
aberta
e
ouvinte
do
inicio
ao
fim
de
positivamente
uma
forma
prazerosa.
Para
crítica.”
melhorar
as
nossas
capacidades
composicionais
temos
de
ter
uma
mente
aberta
e
critica
no
sentido
positivo.
26
certa
forma
restrita
e
letras
relativamente
simples.
Para
os
amantes
de
Mozart,
é
ouvir
pelo
desenvolvimento
da
temática
de
uma
forma
altamente
estruturada.
Não
importa
o
género,
o
compositor
está
a
puxar
o
ouvinte
numa
excitante
jornada.
Por
mais
complexo
que
seja
o
termo
“bom”,
podemos
certamente
dizer:
27
melodia,
e
depois
repetir
o
processo;
depois
disso,
o
compositor
então
criava
uma
nova
secção
que
fundia
os
vários
pedaços
de
ideias
que
tinham
sido
apresentadas
anteriormente,
antes
de
terminar
o
movimento
repetindo
a
primeira
secção.
É
isso
que
a
forma
sonata
é,
e,
para
todos
os
propósitos,
é
uma
fórmula.
Mas
todos
os
bons
escritores
de
música
devem
afastar-‐se
um
pouco
das
suas
fórmulas,
ou
então
as
suas
composições
começarão
a
soar
demasiadamente
familiares,
e
pouco
inventivas.
28
objetivo
musical,
um
objetivo
que
requeira
que
você
desenvolva
uma
ideia
inicial,
e
crie
uma
jornada
apelativa
para
o
ouvinte.
E
se
você
quiser
saber
exatamente
quão
diferente
o
resultado
final
dessa
jornada
musical
pode
ser,
simplesmente
olhe
para
a
lista
das
500
melhores
músicas
de
todos
os
tempos
da
revista
Rolling
Stone’s.
Eles
apresentam
jornadas
que
são
tão
diferentes
umas
das
outras
como
poderiam
possivelmente
ser.
E
se
ouvir
cada
uma,
poderá
identificar
o
que
o
escritor
de
cada
música
fez
para
desenvolver
a
melodia,
a
letra,
harmonia,
e
energia.
Para
todas
as
boas
músicas,
um
ouvinte
deve
estar
apto
a
apontar
para
pelo
menos
uma
parte
e
dizer
“adoro
esta
parte
da
música”.
A
boa
música
leva-‐o
do
inicio
ao
fim
com
vários
destes
“momentos
mágicos”.
Então
é
altura
de
cavar
e
descobrir
exatamente
o
que
faz
essa
magia
acontecer.
O
capítulo
1
leva-‐nos
pelas
bases
da
composição
musical,
e
especificamente
em
como
a
forma
é
um
fator
de
extrema
importância.
29
Capítulo
1
–
Introdução
à
escrita
musical
Na
sua
autobiografia,
Mark
Twain
disse
“A
música
de
Wagner
é
melhor
do
que
aquilo
que
se
ouve”.
É
uma
forma
engraçada
de
dizer
que
é
possível
colocar
tanta
ou
mais
importância
à
estrutura
da
música
que
o
som
que
essa
estrutura
produz.
E
mesmo
que
Twain
estivesse
a
tentar
ser
engraçado,
você
irá
conhecer
pessoas
que
apreciam
a
arquitetura
de
determinada
música
enquanto
não
estão
a
desfrutar
do
resultado
final
dessa
arquitetura
–
o
seu
som.
Para
os
compositores
“Um
dos
traços
sérios,
isto
não
pode
prevalentes
da
ser
aceitável.
Desfrutar
música
popular
é
o
deve
ser
a
seu
apelo
imediato.”
característica
principal
pela
qual
nós
julgamos
a
música.
De
facto,
um
dos
aspetos
importantes
da
música
popular
é
o
seu
apelo
inicial.
Os
amantes
da
música
clássica
estão
habituados
a
desfrutar
todos
os
meandros
de
uma
composição.
Na
música
pop,
também
tendemos
a
apreciar
aspetos
da
música
que
podem
não
ser
imediatamente
óbvios,
mas
o
30
apelo
imediato
é
muito
importante.
Se
você
escrever
música
que
mostre
um
alto
nível
de
inteligência
na
sua
construção,
mas
se
essa
construção
não
resultar
em
algo
prazeroso
de
ouvir,
algo
apelador,
quem
quer
saber
da
construção?
E
mesmo
admitindo
que
“a
beleza
está
nos
olhos
de
quem
vê”
(no
caso
no
ouvido
de
quem
ouve),
a
beleza
do
produto
final
é
o
objetivo
principal
na
composição
musical.
31
facto
de
os
Beatles
a
cantarem,
provavelmente
nem
a
conheceríamos.
32
forma,
e
depois,
se
fizer
isso,
deve
seguir
com
isto...”.
De
certa
forma,
o
facto
de
podermos
escolher
um
formato
verso-‐refrão-‐ponte
para
as
nossas
músicas,
significa
que
estamos
a
seguir
um
diagrama
prescrito,
e
que
esse
diagrama
pode
ser
chamado
de
fórmula.
33
para
não
ser
estranha
(verso-‐refrão-‐ponte,
por
exemplo),
mas
não
tão
previsível
ao
ponto
de
ser
chata,
ou
fazer
com
que
pareça
que
você
tem
falta
de
imaginação.
34
componentes:
“Sem
a
forma,
a
• Forma;
música
tende
a
acabar
sem
• Melodia;
estrutura,
e
com
falta
de
direção.”
• Harmonia/Ritmo;
• Letra;
• Hook / Riff;
Vamos
dar
uma
vista
de
olhos
a
cada
um
agora;
nos
próximos
capítulos
vamos
entrar
a
fundo
em
cada
um
deles.
Forma
35
etc.)
requerem
alguma
atenção
em
relação
à
forma.
Sem
forma,
a
música
tende
a
acabar
sem
estrutura,
e
com
falta
de
direção.
A
forma
mais
do
que
descreve
o
apeto
“verso
–
refrão”
da
música.
Como
os
versos
e
os
refrões
tendem
a
ter
diferentes
níveis
de
energia
dentro
de
qualquer
música,
as
decisões
em
relação
à
forma
são
também
responsáveis
pelo
ímpeto
global
da
música,
como
vamos
ver
no
capítulo
2.
36
na
música
popular
mais
comum
nós
conseguimos
perceber
as
partes
que
estamos
a
ouvir,
e
identificar
se
é
verso
ou
refrão.
Em
alguns
subgéneros
como
o
rock
progressivo,
a
forma
já
pode
ser
mais
difícil
de
identificar
e
classificar.
Mas
independentemente
de
ser
clara
ou
não,
a
forma
permite
a
música
mudar
com
o
tempo,
e
pelo
menos
na
maioria
das
vezes,
permite-‐nos
ouvir
o
efeito
dessas
mudanças.
37
Os
Acordes
que
Utiliza
38
Porque
Ótimas
Melodias
são
Ótimas
A
melodia
precisa
ser
algo
previsível
enquanto
é
ao
mesmo
tempo
inventiva
e
espontânea.
A
natureza
previsível
da
melodia
normalmente
ocorre
através
do
uso
da
repetição,
especificamente
a
repetição
de
pequenas
células
que
constituem
o
todo.
Um
grande
exemplo
disto
é
demonstrado
com
a
melodia
da
música
“Someone
Like
You”
da
Adele.
Ouça
esta
música,
e
anote
o
número
de
vezes
que
ouve
as
duas
células
descendentes
de
duas
notas
nas
palavras,
“I
heard...”,
“settled
down...”,
“found
a
girl...”.
Isto
adiciona
a
importante
estrutura
à
melodia,
e
torna-‐a
mais
memorável.
39
A
música
“Bridge
Over
Troubled
Water”
de
Simon
e
Garfunkel,
é
um
bom
exemplo
de
uma
melodia
que
começa
tranquilamente,
e
depois
desenvolve
a
sua
energia
no
fim
de
cada
verso.
O
que
faz
o
nível
de
energia
subir
é
uma
mistura
de
coisas:
instrumentação
–
neste
caso,
começando
com
o
simples
acompanhamento
de
piano,
e
acabando
com
uma
orquestra
de
cordas,
bateria,
baixo,
etc.
–
uma
linha
harmónica
mais
alta
no
final
do
verso,
e
o
aumento
nas
dinâmicas.
40
A
letra
da
música
é
uma
tentativa
artística
de
trazer
o
ouvinte
a
um
tópico
através
de
palavras
cuidadosamente
escolhidas.
Os
livros
fazem
isso
também,
mas
enquanto
que
um
livro
tem
80,000
palavras
ou
mais,
uma
música
tem
de
compelir
o
ouvinte
com
apenas
dezenas,
talvez
100.
Iremos
aprender
no
capítulo
5,
que
as
letras,
e
especificamente
a
forma
como
escreve
e
o
tipo
de
assunto
que
escreve,
altera
como
uma
música
progride.
O
sucesso
de
uma
letra
depende
largamente
de
1)
criar
imagens
utilizando
palavras
comuns;
e
2)
mover-‐se
facilmente
de
palavras
de
estilo
narrativo
para
estilo
emotivo
à
medida
que
a
música
se
move
do
verso
para
o
refrão.
Agarrar
a
Audiência
E
finalmente,
o
hook
(hook
é
um
pedaço
de
música
pequeno
e
repetitivo,
que
agarra
o
ouvinte
e
caracteriza
a
música;
um
bom
exemplo
é
a
música
Billie
Jean
de
Michael
Jackson.
Aquela
linha
tocada
no
baixo
praticamente
do
inicio
ao
fim
é
o
hook).
O
hook
é
outro
elemento
importante
mas
não
obrigatório.
Tendemos
a
pensar
na
música
pop
quando
pensamos
no
hook,
mas
todos
os
géneros
41
de
música,
seja
clássica,
pop,
jazz,
country,
ou
outros
géneros,
podem
ter
o
hook
como
um
elemento
importante.
Iremos
descobrir
que
existem
diferentes
formas
de
agarrar
uma
audiência,
e
que
as
músicas
podem
utilizar
várias
delas
em
simultâneo.
42
músicas.
3. O seu marketing.
43
compositor.
44
mas
veremos
que
não
é
o
ideal.
46
vontade
para
se
agarrar
a
esse
planeamento.
Criar
e
aderir
a
uma
rotina,
mesmo
naqueles
dias
em
que
escrever
parece
ser
a
última
coisa
que
apetece
fazer,
irá
manter
a
criatividade
a
fluir
e
manterá
afastado
o
bloqueio
criativo.
Existem
estudos
que
comprovam
isto.
Vamos Começar!
47
sintam
à
vontade
para
lhe
dar
uma
avaliação
honesta.
Você
precisa
de
estar
apto
a
ouvir
a
sua
música
numa
posição
mais
objetiva
–
umas
colunas
de
som.
Ouvir-‐se
a
si
próprio
desta
forma
é
dramaticamente
diferente
de
ouvi-‐lo
apenas
enquanto
canta.
Para
os
cantores
e
compositores
que
não
estão
habituados
a
ouvir
a
sua
voz
gravada,
esta
pode
ser
uma
experiencia
brutal.
Somos
normalmente
os
nossos
piores
críticos.
48
Capítulo
2
–
A
Sua
Música
a
Partir
de
Dentro
A
sua
demo
deve
ser
como
um
filho
para
si!
Você
deve
sentir
um
verdadeiro
amor
pela
música
que
faz.
Pode
não
ser
o
que
você
deseja
ainda,
mas
seja
paciente:
agora
vamos
começar
o
processo
de
melhorá-‐la.
E
vamos
fazê-‐lo
seguindo
a
regra
de
ouro
dos
compositores:
APRENDA
COM
OS
MESTRES.
Na
industria
automóvel,
um
modelo
de
carro
pode
tornar-‐se
muito
popular,
e
quando
isso
acontece
iremos
ver
outras
marcas
de
carros
a
saltar
para
essa
popularidade.
Eles
tentam
duplicar
este
carro
criando
um
diferente
que
ofereça
as
mesmas
características
populares.
Neste
livro,
não
irá
apenas
aprender
os
princípios
de
uma
boa
composição
musical,
irá
ver
como
esses
princípios
apareceram
vezes
sem
conta
em
músicas
do
passado.
Então
pegue
nessa
demo
que
fez
no
fim
do
capítulo
1,
e
comece
a
ouvir.
Ouça
várias
vezes,
de
formas
diferentes:
com
fones,
com
as
colunas,
enquanto
caminha,
no
seu
quarto,
na
sua
sala,
e
mais
importante,
em
diferentes
horas
do
dia.
49
Familiarize-‐se
com
a
música,
e
tente
ouvi-‐la
da
forma
mais
objetiva
possível.
Tente
imaginar
que
não
foi
você
que
a
criou,
mas
que
tropeçou
nela
online
e
está
a
pensar
se
irá
comprar
ou
não.
Irá
notar
que
ouvir
de
forma
objetiva
leva
tempo,
mas
é
uma
parte
crucial
na
melhora
das
suas
capacidades
como
compositor.
50
pensam
na
música.
Alguns
fazem-‐no
discretamente.
Você
pode
não
concordar
com
todas
as
decisões
que
“Rock
&
Roll
Hall
of
Fame”
faz,
mas
olhando
para
a
lista
pode
lembrar-‐se
desses
músicos
importantes
que
ajudaram
a
delinear
a
música
que
conhece.
Alguns
nomes
como,
Gerry
Goffin,
Dave
Bartholomew,
Ahmet
Ertegun,
e
muitos
outros
podem
não
ser
nomes
muito
familiares
para
si,
mas
eles
foram
contribuidores
importantes
para
a
evolução
fascinante
da
música
popular.
51
Existem
ótimos
compositores
por
aí,
de
todos
os
géneros
e
eras,
e
como
compositor
você
não
deve
apenas
conhecer
o
seu
sucesso,
deve
aprender
com
eles
também.
Tenha
em
“Se
você
pensa
mente
que
o
que
realmente
que
a
sua
música
vendeu
a
música
do
Michael
é
má,
ou
que
Jackson
foi
a
própria
precisa
de
performance
dele.
Pegue
em
grandes
“Billie
Jean”
e
dê
a
Bob
melhorias,
pode
Dylan,
e...
bem,
é
difícil
de
precisar
de
olhar
imaginar.
Assim
como
não
é
simplesmente
fácil
imaginar
Michael
para
a
e strutura
Jackson
a
cantar
“Like
a
Rolling
Stone”.
A
básica
da
e
o
estilo
pessoal,
são
um
aspeto
performance
mesma.”
extremamente
importante
no
que
diz
respeito
ao
que
vamos
falar
quando
tentamos
criar
músicas
bem
sucedidas.
Olhámos
abreviadamente
para
os
elementos
da
forma,
melodia,
harmonia/ritmo,
letras
e
hook.
Vamos
olhar
para
esses
elementos
começando
no
capítulo
3.
Antes
disso,
vamos
olhar
para
uma
característica
que
costuma
ser
mais
ignorada
que
todas
as
outras:
forma.
Forma
52
Quão
Importante
é
a
Forma?
Das
milhares
de
músicas
existentes,
há
uma
conclusão
que
se
pode
tirar:
problemas
na
forma
são
a
causa
da
maioria
da
música
má
que
por
aí
anda.
Se
você
pensa
que
a
sua
música
é
má,
ou
que
precisa
de
grandes
melhorias,
pode
precisar
de
olhar
simplesmente
para
a
estrutura
básica
da
mesma.
53
a
criar
a
energia
que
mantem
o
ouvinte
agarrado,
este
é
um
problema
com
o
design
da
forma.
54
uma
boa
música
e
uma
música
fracassada
é
mais
pequena
do
possa
imaginar,
na
maioria
das
vezes.
Estamos
a
considerar
a
forma
quando
pensamos
em
quantos
versos
escrever,
se
precisa
de
uma
ponte
ou
não,
se
deve
haver
uma
intro,
um
outro,
ou
qualquer
outro
elemento.
A
forma
é
o
design
básico
da
música.
Sempre
dê
atenção
em
como
planeia
manter
os
seus
ouvintes
interessados
desde
o
principio
ao
fim
da
música.
A
forma
pode
ser
a
característica
mais
importante
e
menos
mencionada
das
boas
composições.
Intro
Não
deve
ser
preciso
dizer
que
esta
é
a
primeira
coisa
que
acontece
na
música,
uma
secção
opcional
que
serve
principalmente
para
despertar
o
interesse
do
ouvinte.
Até
à
primeira
entrada
da
56
voz
normalmente
temos
a
introdução.
A
intro
irá
definir
a
linguagem
harmónica
essencial,
o
ritmo
e
a
batida
básica.
Atualmente,
uma
boa
intro
dura
normalmente
10
a
15
segundos.
Algumas
são
maiores,
e
outras
músicas
não
têm
intro.
Você
sabe
se
a
introdução
fez
o
seu
trabalho
se
o
ouvinte
continuar
a
ouvir
a
música.
Então
estamos
a
falar
de
10
a
15
segundos
cruciais
.
Uma
intro
normalmente
não
é
problema
na
composição,
já
que
pode
ser
criada
como
uma
parte
do
processo
de
gravação.
Algumas
intros
podem
definir
o
ambiente
da
música.
57
5. Estabelece
a
tonalidade;
Verso
É
fácil
saber
quando
está
a
ouvir
o
verso.
É
normalmente
o
inicio
da
letra,
e
você
torna-‐se
consciente
que
o
nível
geral
de
energia
da
música
está
diminuído
entre
a
intro
e
o
verso.
Liricamente,
um
verso
descreve
uma
situação,
pessoas
ou
eventos,
seja
de
forma
direta
ou
abstrata.
O
facto
de
a
música
tender
a
afastar-‐se
dinamicamente
depois
da
intro
é
o
que
permite
o
texto
virar
o
centro
do
cenário.
Bons
versos
normalmente
60
mantêm
o
nível
emocional
da
música,
assegurando
que
o
ouvinte
entende
a
história.
É
durante
o
refrão
que
as
emoções
sobem,
como
irá
ver
mais
à
frente.
61
aumento
do
tempo
é
raramente
ou
nunca
utilizado.
Sem
esta
intensificação
a
música
corre
o
risco
de
se
tornar
chata
e
sem
direção.
A
energia
da
música
que
é
gerada
pelo
movimento
ascendente
da
melodia
acontece
como
uma
característica
natural
da
voz
humana
a
mover-‐se
de
forma
ascendente.
Isto
é
algo
que
veremos
com
mais
atenção
no
capítulo
5.
62
com
a
energia
baixa
no
primeiro
verso
antes
de
acumular
energia
para
o
último
refrão.
Pré-‐refrão
Esta
é
uma
secção
difícil
de
identificar
por
muitos,
porque
é
inserida
entre
o
verso
e
o
refrão.
Então
a
este
respeito,
é
frequentemente
confundido
com
um
verso
de
duas
partes,
como
demonstrado
na
música
“Hurting
Each
Other”,
escrito
por
Gary
Geld
e
Peter
Udell.
Nessa
música,
a
segunda
parte
do
verso
não
é
um
pré-‐refrão
por
esta
razão:
um
verso
tecnicamente
deve
conseguir
mover-‐se
imediatamente
para
um
refrão
se
remover
o
pré-‐
refrão.
Em
“Hurting
Each
Other,”
a
secção
extra
é
uma
parte
necessária
do
verso,
e
sem
ela
a
estrutura
da
música
não
funciona.
Forma
a
secção
“B”
de
um
formato
padrão
AB.
63
permitindo
ao
verso
fazer
essa
transição
de
forma
mais
suave.
Você
deve
considerar
utilizar
um
pré-‐
refrão
se:
64
uma
oitava
e
meia
abaixo
do
começo
do
refrão.
Refrão
Normalmente,
o
refrão
irá
utilizar
uma
melodia
diferente
do
verso.
Veja
a
música
“Penny
Lane”
dos
65
Bealtes
como
exemplo
do
que
foi
mencionado
na
nossa
discussão
sobre
versos,
onde
um
refrão
é
normalmente
mais
agudo,
e
mais
energético
que
o
verso.
Ao
mesmo
tempo,
a
letra
do
refrão
tende
a
ser
mais
emocional,
mais
refletiva
e
menos
narrativa
que
a
letra
dos
versos.
A
letra
do
refrão
irá
tradicionalmente
oferecer
a
“síntese”
de
como
as
coisas
que
foram
cantadas
no
verso
fazem
o
cantor
sentir-‐se.
Uma
boa
letra
de
refrão
tem
uma
forma
de
criar
uma
emoção
ao
ouvinte.
66
O
final
de
um
refrão
deve
dissipar
a
energia
que
foi
criada,
de
forma
a
estabelecer
o
próximo
verso.
A
dissipação
da
energia
acontece
com
a
redução
de
instrumentos
do
arranjo,
diminuição
da
atividade
da
bateria,
e
diminuição
das
dinâmicas
(volume)
dos
elementos.
Não
é
pouco
comum
utilizar
a
into
da
música,
ou
parte
da
intro,
para
ajudar
a
dissipar
a
energia.
Observe
a
música
“Heart
of
Gold”
de
Neil
Young
para
uma
boa
demonstração
disto.
Irá
notar
que
os
refrões
das
músicas
diferem
dos
versos
de
várias
formas.
67
4. A
melodia
do
refrão
é
uma
unidade
autónoma
no
sentido
que
consegue
cantá-‐la
várias
vezes,
tal
é
a
forma
que
os
acordes
e
a
melodia
funcionam,
enquanto
que
os
versos
normalmente
precisam
do
inicio
do
refrão
como
alvo.
Neste
sentido,
o
verso
pode
ser
difícil
de
cantar
repetidamente.
Ponte
As
pontes
são
especialmente
populares
nos
formatos
verso-‐refrão;
elas
normalmente
ocorrem
depois
do
segundo
refrão.
Aqui
vão
algumas
características
importantes:
68
respeita
a
informação
melódica
e
lírica.
69
2. Mover
para
um
terceiro
verso.
70
ponte.
Algumas
músicas
têm
uma
ponte
que
é
bastante
tranquila
em
relação
ao
resto
da
música.
Isto
funciona
bem
quando
a
música
tem
uma
energia
muito
alta,
e
a
ponte
oferece
o
contraste.
Outro
Um
outro
é
o
que
fazemos
no
final
da
música,
após
o
último
refrão.
Um
outro
pode
ser
apenas
o
último
refrão
repetido
até
desvanecer,
ou
pode
ser
uma
parte
original.
A
música
“November
Rain”
dos
Guns’n’Roses
é
um
bom
exemplo
de
um
outro
original.
Toda
a
composição
muda
de
tonalidade
e
é
feito
com
vários
solos
de
guitarra.
O
termo
clássico
para
o
outro
é
“coda”.
Repetir
o
refrão
e
fazê-‐lo
desvanecer
é
uma
forma
muito
comum
de
acabar
as
músicas
pop,
contudo
na
passada
década
tornou-‐se
menos
universal.
Repetir
e
desvanecer
é
uma
forma
dos
escritores
darem
a
impressão
que
a
energia
da
música
não
pode
ser
dissipada
sem
comprometer
a
letra
ou
outros
elementos
da
música.
Para
dar
a
impressão
que
a
emoção
da
letra
é
eterna,
um
escritor
ou
produtor
irá
normalmente
optar
por
esta
opção.
Existem
outras
formas
comuns
e
interessantes
de
acabar
as
música,
71
incluindo
uma
linha
do
refrão
apenas
com
vozes
e
harmonias
(sem
acompanhamento
instrumental),
ou
como
mencionado,
compor
algo
novo.
72
resto
que
está
a
acontecer
na
música.
73
Se
conseguir
responder
a
todas
as
questões,
já
tem
uma
bom
conhecimento
das
bases
da
sua
música.
Pode
acontecer,
no
entanto,
que
nunca
tenha
olhado
a
sua
música
à
lupa.
Se
for
esse
o
caso,
pode
notar
que
é
difícil
responder
a
algumas
destas
questões.
Pode
ser
difícil
dizer
o
que
gosta
na
melodia.
Mas
ao
fazer
o
melhor
para
responder
a
estas
perguntas,
e
depois
fazer
o
mesmo
com
outras
músicas
que
tenha
escrito,
irá
ajudá-‐lo
a
ganhar
capacidades
de
autoanálise
importantes
que
irão
ser
vitais
para
melhorar
a
sua
música.
Para
praticar
a
capacidade
de
análise
musical,
escolha
outras
músicas
que
conhece
e
gosta,
e
veja
se
consegue
responder
às
perguntas
acima.
Irá
notar
que
cada
ver
que
o
faz,
as
suas
capacidades
de
análise
musicais
melhoram.
74
Capítulo
3
–
Criando
Uma
Música
Principio #1
76
melodia
se
move
para
cima
e
para
baixo,
como
os
acordes
se
movem
de
maiores
para
menores
–
estes
são
exemplos
do
principio
do
contraste
em
ação.
Se
as
suas
músicas
soam
chatas
e
não
consegue
descobrir
porquê,
pode
ser
que
não
tenha
contraste
suficiente.
O
contraste
separa
as
coisas.
Contrastar
elementos
dentro
de
uma
música
traz
a
beleza
assim
como
as
paisagens
têm
contornos
para
tornar
a
paisagem
plana
mais
interessante.
77
Os
músicos
referem-‐se
às
várias
secções
de
uma
música
(verso,
refrão,
ponte,
etc)
por
letras.
Material
melódico
único
recebe
uma
letra
única.
Por
exemplo,
um
verso
e
um
refrão
que
utilizem
a
mesma
melodia
seriam
classificados
AA.
Se
o
refrão
for
ligeiramente
diferente
seria
AA’.
Se
for
diferente
já
seria
AB.
79
propósito:
já
que
o
refrão
final
é
poderoso
em
todos
os
aspetos,
o
encolhimento
da
energia
na
ponte
causa
uma
expectativa
no
ouvinte
para
a
parte
mais
intensa.
Na
maioria
das
músicas,
a
ponte
dá
a
oportunidade
ao
compositor
para
ser
criativo,
e
para
encontrar
formas
únicas
de
manipular
o
tão
importante
principio
de
contraste.
80
brevemente
para
a
tonalidade
relativa
menor,
ou
outra
que
esteja
relacionada.
Esta
jornada
não
pode
ser
demasiado
longa,
claro;
assim
como
muitas
pontes,
a
secção
B
costuma
durar
oito
compassos.
Então
tipicamente
utiliza-‐se
os
primeiros
quatro
compassos
dessa
jornada
num
novo
tom,
com
os
quatro
compassos
seguintes
a
serem
utilizados
para
voltar
à
tonalidade
original.
Em
“Norwegian
Wood”,
a
secção
A
está
em
Mi
maior
(Mi
Mixolídio
na
verdade),
e
a
nova
tonalidade
para
a
secção
B
é
Mi
menor
–
chamada
modulação
paralela.
Em
“If
You
Leave
Me
Now”,
a
secção
A
está
na
tonalidade
de
Si
maior,
mudando
para
Mi
maior
antes
de
voltar
rapidamente
para
Si
maior.
81
design
em
músicas
escritas
na
progressão
de
blues
de
12
compassos.
Um
blues
de
12
compassos
utiliza
uma
melodia
baseada
numa
progressão
padrão.
83
refrão
oferece.
Como
a
letra
do
refrão
normalmente
oferece
um
comentário
emocional
às
questões
do
verso,
a
letra
deste
tipo
de
estrutura
deve
ser
bem
pensada.
Design
Verso-‐Ponte
O
design
o
verso
sem
refrão
pode
ser
aliviado
84
adicionando
uma
ponte.
Em
várias
músicas,
uma
ponte
aparece
depois
do
segundo
refrão.
Em
músicas
sem
refrão,
normalmente
aparece
depois
do
segundo
verso.
85
é
a
força
que
faz
com
que
as
pessoas
movam
o
seu
corpo
enquanto
ouvem.
Aí
o
conceito
de
energia
é
óbvio.
Mas
algumas
músicas
são
suaves.
Nestas
músicas,
a
energia
continua
a
ter
um
papel
vital.
Músicas
com
uma
energia
forte
querem
que
nos
levantemos
e
dancemos.
Músicas
com
uma
energia
subtil
querem
que
pensemos
e
reflitamos.
Cada
música
é
única
na
forma
como
lida
com
a
energia
global.
O
curso
normal
é
que
a
energia
aumenta
à
medida
que
a
86
gráfico
para
avaliar
a
energia
da
música
“Real
Love”
dos
Beatles.
Utilizaremos
uma
tabela
com
números
que
se
referem
ao
grau
de
energia.
5 4 7 5 7 8 4 7
Em gráfico:
87
2. Aumento
da
instrumentação;
4. Aumentar a batida;
7. Alterar a letra.
88
Música
Quando
olha
para
todas
as
possibilidades,
é
claro
que
a
forma
da
música
está
a
fazer
uma
coisa
muito
importante
pela
mesma:
tornar
mais
fácil
o
contraste
entre
as
várias
secções.
89
Capítulo
4:
Progressões
de
Acordes
Conceitos
chave:
90
normalmente
não
são
algo
negativo;
Os detalhes:
93
Uma
Conversa
Direta
Sobre
Progressões
de
Acordes
Eu
gosto
de
utilizar
a
analogia
de
ir
num
passeio
para
descrever
progressões
de
acordes.
A
tonalidade
em
que
a
sua
música
está
define
os
acordes
básicos
disponíveis
para
utilizar,
assim
como
na
cidade
o
caminho
que
escolher
irá
definir
os
edifícios
que
você
verá.
Pense
na
tonalidade
da
música
como
sendo
uma
cidade.
O
acorde
que
representa
a
tonalidade
(Sol
maior
no
caso
da
tonalidade
de
sol
maior,
por
exemplo),
que
vamos
referir-‐nos
como
o
acorde
da
tónica,
é
como
se
fosse
a
sua
casa.
Existem
sete
acordes
que
ocorrem
naturalmente
em
qualquer
tonalidade
maior.
Assim
como
o
acorde
da
tónica
é
análogo
à
sua
casa,
os
outros
acordes
representam
as
outras
casas,
aquelas
que
vê
na
sua
vizinhança.
Neste
aspeto,
não
é
complicado.
Mas
eu
já
ouvi
progressões
de
acordes
que
me
fizeram
visualizar
alguém
a
andar
sem
destino,
em
volta
da
cidade,
onde
cada
decisão
que
a
pessoa
toma
é
resultado
de
um
pensamento
aleatório.
E
se
voltarem
a
casa
de
novo,
é
como
uma
surpresa,
e
todo
o
passeio
94
foi
confuso
e
desagradável.
Existem
vários
A
teoria
musical
diz-‐nos
porque
ótimos
passeios
que
os
acordes
funcionam
da
forma
que
funcionam.
Não
é
objetivo
pode
dar
pela
sua
da
teoria
musical
dizer-‐nos
vizinhança
que
quais
os
acordes
a
utilizar!
podem
envolver
ver
Você
deve
confiar
no
seu
ouvido.
coisas
que
nunca
viu
antes,
mas
andar
Você
pode
deixar
a
teoria
dizer-‐ não
deve
ser
lhe
quais
são
as
suas
escolhas,
aleatório.
Qualquer
mas
você
deve
confiar
no
seu
ouvido
e
na
sua
própria
surpresa
no
seu
musicalidade
para
determinar
passeio
deve
fazer
que
acordes
utilizar.
sentido
em
algum
nível.
Você
não
pode
A
criatividade
é
sempre
consigo!
passear
numa
rua
em
Portugal
e
ao
virar
da
esquina
estar
no
Brasil.
Existem
formas
de
ir
para
o
Brasil,
mas
chegar
lá
como
resultado
de
um
ato
aleatório
é
impensável.
95
progressões
excitam-‐nos
e
outras
confundem-‐
nos?
Aprender
como
fazer
progressões
de
acordes
funcionar
requer
que
aprendamos
algumas
coisas
numa
certa
ordem.
Existem
razões
reais
para
algumas
progressões
funcionarem
e
outras
não.
Este
capítulo
tem
quatro
secções,
cada
uma
é
um
passo
do
que
temos
de
aprender:
96
razões
pelas
quais
a
música
que
gostamos
funciona,
e
esperemos
que
providencie
uma
análise
que
você
pode
aplicar,
se
desejar,
à
sua
própria
música.
97
notas,
e
podemos
Um
pouco
de
teoria
básica:
criar
acordes
com
-‐
A
tónica
de
um
acorde
é
a
nota
que
dá
cada
uma
dessas
o
nome
ao
acorde.
Então
a
tónica
de
um
acorde
de
mi
menor
será
a
nota
Mi.
Uma
notas.
Um
acorde
tríade
é
um
acorde
de
três
notas
que
é
o
som
de
três
consiste
a
tónica
(1),
na
3ª,
e
na
5ª.
ou
mais
notas
a
soar
em
simultâneo.
Os
acordes
básicos
que
você
conhece
e
adora,
são
O
termo
acorde
implícito
refere-‐se
a
conhecidos
como
uma
situação
em
que
apenas
duas
notas
de
um
acorde
estão
presentes
tríades.
Uma
(normalmente
a
tónica
e
terça)
no
som,
tríade
é
um
mas
é
suficiente
para
dizer
qual
é
o
acorde
intencionado.
acorde
de
três
notas
que
consiste
na
tónica,
a
terça,
e
a
quinta,
formado
pelo
que
por
vezes
chamamos
“pilha
de
terças”.
Sempre
que
toca
uma
tríade
na
guitarra,
mesmo
que
as
seis
cordas
estejam
a
vibrar,
cada
corda
dessas
seis
está
a
produzir
uma
das
três
notas
possíveis
mencionadas
–
a
tónica,
a
terça,
ou
a
quinta.
Um
acorde
de
Dó
maior
é
feito
com
as
notas
Dó,
Mi
e
Sol,
todas
a
soar
em
simultâneo.
Estas
três
notas
são
a
98
tónica,
terça
e
quinta
do
acorde
de
Dó
maior
respetivamente.
Existem
outros
acordes
mais
complicados
que
envolvem
mais
do
que
três
notas,
mas
aqui
estamos
a
falar
apenas
de
tríades.
Como
existem
sete
notas
na
escala
maior,
existem
sete
tríades
que
podem
ser
formadas
com
essas
notas
da
escala
maior.
E
quando
criamos
essas
tríades
sem
modificações
extra,
descobrimos:
99
100
vezes
utilizar
na
sua
música.
Estas
são,
se
quiser,
as
outras
casas
da
sua
vizinhança.
Será
divertido
aprender
como
modificar
estes
acordes
para
vários
propósitos,
e
como
incluir
outros
também
interessantes
–
os
acordes
alterados
–
na
mistura.
Mas
por
agora,
estes
sete
acordes
serão
o
nosso
ponto
de
partida.
101
tríade
menor.
As
tríades
criadas
em
cada
nota
de
uma
escala
maior
terão
uma
qualidade
de
acorde
particular
que
não
se
altera
independentemente
da
escala
maior
que
a
sua
música
esteja.
Como
isto
é
válido
para
qualquer
escala
maior,
isto
oferece-‐nos
uma
forma
prática
de
nos
referirmos
aos
acordes:
numeração
romana.
Obviamente,
o
numero
romano
“I”
é
utilizado
para
o
primeiro
acorde
da
escala,
ii
para
o
segundo
e
etc.
Repare
na
imagem
que
mostrámos
anteriormente
que
os
acordes
maiores
levam
a
numeração
em
maiúsculas
e
os
menores
e
diminutos
levam
a
numeração
em
minúsculas.
102
os
outros.
O
que
é
que
existe
nas
progressões
de
acordes,
para
que
algumas
soem
tão
bem
e
outras
nada
bem?
A
Progressão
V-‐I
Se
conhecer
a
música
pop,
irá
saber
que
dois
desses
acordes,
o
acorde
I
(Dó
maior
na
escala
de
dó
maior)
e
o
acorde
V
(Sol
maior)
são
os
mais
utilizados
na
maioria
das
músicas.
As
músicas
que
foram
escritas
nesta
simples
progressão
de
dois
acordes
são
imensas.
Como
e
porquê
do
acorde
V
se
mover
tão
facilmente
para
o
acorde
I
é
baseado
em
alguns
princípios
básicos
de
como
os
acordes
se
atraem.
103
Sol;
C
(I)
Dm
(ii)
Em
(iii)
F
(IV)
G
(V)
Am
(vi)
Bdim
(viiº)
105
o
que
temos
de
definir.
A
segunda
progressão
dá-‐nos
uma
sensação
de
que
existe
um
propósito;
de
certa
forma,
até
podemos
dizer
que
é
previsível,
no
melhor
sentido
da
palavra.
Sim,
as
progressões
de
acordes
soam
bem
quando
a
maioria
(nem
todos)
os
acordes
se
movem
de
uma
forma
previsível.
Com
os
acordes,
a
previsibilidade
cria
um
importante
sentido
de
direção.
106
importantes:
109
medida
que
ouve
a
progressão
a
chegar
ao
final,
pode
começar
a
“ouvir”
o
acorde
da
tónica
a
ser
preparado.
Quando
finalmente
acontece,
você
experiencia
um
momento
de
satisfação
musical
e
repouso.
Soa
a
um
fim.
110
função
que
temos
estado
a
discutir
aqui:
a
função
dominante
de
um
acorde
V
“a
querer”
mover-‐se
para
o
acorde
da
tónica
I.
A
função
dominante
é
muito
forte.
Em
parceria
com
a
função
dominante
está
o
facto
do
acorde
IV
normalmente
soar
que
“quer”
mover-‐se
para
o
acorde
V,
e
apesar
de
estes
dois
acordes
não
terem
nenhuma
nota
em
comum,
e
as
suas
tónicas
estarem
apenas
a
uma
nota
de
distancia,
o
movimento
do
acorde
IV
para
o
V
é
outra
função
forte.
Experimente
tocar
o
acorde
de
Dó
maior
e
depois
Fá
maior,
e
depois
Sol
maior;
a
sua
mente
musical
conseguirá
prever
que
o
próximo
acorde
deve
ser
Dó
maior
de
novo.
Inúmeras
músicas
utilizam
apenas
estes
três
acordes,
o
da
tónica,
o
IV
que
se
chama
subdominante
e
o
V,
o
dominante:
111
verdade,
claro.
Se
assim
o
fosse,
a
música
seria
demasiado
previsível.
Existem
vários
outros
tipos
de
progressões.
Nas
progressões
de
acordes,
progressões
menos
fortes
ou
menos
óbvias
não
significa
não
desejáveis.
Na
verdade,
durante
uma
música
inteira,
as
melhores
músicas
são
aquelas
que
utilizam
uma
combinação
de
progressões
fortes,
e
outras
mais
frágeis.
112
ele
ainda
não
tenha
sido
tocado.
O
termo
frágil
significa
que,
só
por
si,
tal
progressão
não
suporta
ou
aponta
para
a
tonalidade
da
sua
música
como
uma
forte
o
faz.
Mas
o
que
está
errado
nisso?
Algumas
das
progressões
de
acordes
mais
atrativas
que
irá
encontrar
são
essas
que
são
algo
vagas,
como
o
exemplo
da
música
“God
Only
Knows”
dos
Beach
Boys:
114
Como
utilizar
a
lista
de
progressões
de
dois
acordes
Exemplo:
Considere
a
progressão
C
–
Am
–
Dm
–
G
–
C.
O
movimento
de
C
para
Am
está
no
meio
da
primeira
linha,
então
tem
uma
força
média.
Depois
a
progressão
vai
para
Dm.
Am
para
Dm
é
considerado
muito
forte.
Assim
como
Dm
para
G.
A
progressão
acaba
com
G
a
ir
para
C,
que
também
é
muito
forte.
Então
esta
progressão
é
uma
progressão
bastante
forte,
uma
que
será
agradavelmente
previsível
ao
ouvido.
A
questão
é...
progressões
muito
fortes
podem
ser
igual
a
previsibilidade
excessiva
115
Então
isto
é
quando
a
verdadeira
composição
entra
em
cena.
Algumas
das
progressões
frágeis
no
fim
de
cada
linha
podem
ser
as
tais
que
adicionam
aquela
individualidade
à
sua
música.
Pense
bem
sobre
as
suas
escolhas!
Não
utilize
apenas
as
mais
fortes.
116
Quando
Uma
Progressão
Soa
Confusa
Pense
na
música
que
tenha
escrito
onde
os
acordes
não
soam
bem
ao
seu
ouvido.
Na
maioria
dos
casos,
a
razão
para
a
progressão
não
ser
satisfatória
é
porque
muitas
movimentações
de
acordes
são
frágeis.
E
quando
utiliza
muitas
progressões
fortes,
a
sua
música
pode
tornar-‐se
demasiado
previsível.
Claro
que
isto
depende
do
género.
Normalmente
a
maioria
das
diferenças
nos
acordes
de
género
para
género
estão
nas
notas
adicionadas
aos
acordes.
Por
exemplo,
um
acorde
de
jazz
pode
utilizar
um
acorde
G13,
enquanto
que
uma
música
pop
utilizaria
apenas
o
G.
À
parte
destas
diferenças,
os
acordes
escolhidos
para
uma
música
pop
não
são
tão
diferentes
de
outros
estilos.
117
tipos
de
progressões.
118
é
onde
você
tende
a
encontrar
muitos
elementos
musicais
a
tornarem-‐se
repetitivos.
A
linha
vocal
(melodia)
é
relativamente
fácil
de
cantar
e
memorizar,
e
os
ritmos
dessa
linha
vocal
alongam-‐se
e
tornam-‐se
mais
simples.
Neste
sentido,
os
refrões
são
mais
previsíveis,
e
normalmente
com
bom
efeito.
Progressões
fortes
ajudam
nesta
questão
de
previsibilidade.
119
a
música
está
em
Mi
maior,
se
não
contarmos
com
a
intro.
Irá
notar,
contudo,
que
uma
vez
que
a
música
se
mova
para
o
refrão,
as
progressões
reforçam
a
clareza
da
tonalidade
de
Mi
maior:
A
–
E/G#
-‐
F#m
–
E.
Apesar
de
não
vermos
o
movimento
para
as
quartas
ou
quintas,
vemos
quatro
acordes
que
vão
de
Mi
maior,
que
sucessivamente
fazem
o
seu
caminho
de
volta
a
Mi
maior
–
o
acorde
da
tónica.
121
padrão
de
sempre
escrever
em
tonalidades
maiores,
deve
considerar
tentar
em
tonalidades
menores
também.
Em
particular,
se
está
a
pensar
fazer
uma
demo,
ter
músicas
em
tipos
diferentes
de
tonalidade,
adiciona
variação.
Para
descobrir
os
acordes
das
tonalidades
menores,
aplicamos
o
mesmo
processo
que
utilizamos
para
encontrar
os
acordes
da
escala
maior:
122
2ª
Nota
-‐>
diminuto
123
tonalidade
maior
relativa,
e
voltar
de
novo
à
original.
Por
exemplo,
uma
música
em
Lá
menor
irá
mover-‐se
para
Dó
maior,
para
dar
variedade
à
música.
Am – F – G – Am
Am – Dm – E – Am
Am – G – C – F – Dm – E – Am – G
C7 – F
G7 – C
Em – Am
126
Dm
–
Em
–
Dm
–
F
127
mente:
129
A
lista
de
progressões
que
mostrámos
mais
atrás
é
uma
ferramenta
útil
para
determinar
quão
forte
as
suas
sequencias
de
acordes
são.
Vimos
que
progressões
mais
longas
podem
ser
entendidas
como
progressões
de
dois
acordes
agarrados
uns
aos
outros.
E
também
vimos
que
algumas
progressões
soam
mais
sólidas
no
que
diz
respeito
à
tonalidade
e
outras
nem
tanto,
e
que
o
melhor
é
utilizar
uma
mistura
dos
dois
tipos.
130
Criando
Progressões
mais
Longas
A
progressão
mais
forte
que
temos
é
a
V
–
I.
As
possibilidades
disponíveis
de
criação
nesta
simples
progressão
são
incontáveis,
mas
experimente
isto
como
uma
forte
opção:
Se
pegarmos
nessa
progressão
V
–
I,
e
colocarmos
um
acorde
antes
que
seja
quatro
notas
abaixo
do
acorde
V,
temos
esta
progressão
de
três
acordes:
ii
–
V
–
I.
Inúmeras
músicas
foram
escritas
utilizando
estes
três
acordes.
A
progressão
é
forte
porque
cada
acorde
sobe
quatro
notas
para
chegar
à
tónica
do
próximo
acorde,
e
cada
acorde
partilha
uma
nota
com
o
acorde
anterior.
Incorporar
o
Balanço
Apesar
de
agora
sabermos
um
pouco
mais
sobre
como
as
progressões
de
acordes
funcionam,
ainda
não
lidámos
com
outro
aspeto
importante
–
como
as
progressões
de
acordes
estão
intrinsecamente
ligadas
às
frases.
Na
música,
uma
frase
musical
é
equivalente
a
uma
frase
134
falada
ou
escrita.
Isto
torna-‐se
importante
na
criação
de
progressões
de
acordes,
porque
você
começa
a
reparar
que
a
maioria
das
progressões
estão
ligadas
a
frases
desta
forma:
em
muitas
melodias
de
quatro
frases,
irá
notar
que
as
duas
primeiras
frases
representam
uma
jornada
que
se
afasta
do
acorde
da
tónica,
com
as
duas
frases
finais
a
retornarem
à
tónica.
Considere
as
duas
seguintes
progressões:
Progressão 1
Progressão 2
136
a
segunda
devido
à
sua
simetria.
Quando
falámos
na
duração
que
seguramos
um
acorde
antes
de
procedermos
para
o
próximo,
estamos
a
falar
do
ritmo
harmónico.
Ritmo
Harmónico
O
equilíbrio
é
um
conceito
abstrato.
Seria
absurdo
dizer
que
o
equilíbrio,
ou
outro
conceito,
é
um
valor
constante.
Nada
nas
artes
funciona
dessa
forma.
No
entanto,
o
mundo
da
música
popular
normalmente
funciona
ao
providenciar
certos
padrões
previsíveis
e
perceptíveis
ao
ouvinte.
Os
padrões
que
estou
a
falar
não
são
necessariamente
padrões
rítmicos,
como
normalmente
utilizamos
esse
termo.
Estou
a
falar
da
frequência
e
passo
das
mudanças
de
acordes.
Isto
é
conhecido
como
ritmo
harmónico
da
música.
Isto
leva-‐nos
ao
nosso
terceiro
principio
das
progressões
de
acordes.
137
forma
previsível
na
frequência
que
os
acordes
mudam.
138
combinação
das
duas.
Mudar
o
ritmo
“Quando
altera
de
harmónico
dentro
de
um
ritmo
harmónico
uma
música
não
deve
lento
para
um
ser
feito
de
forma
rápido,
dentro
da
atropelada.
Quando
mesma
música,
você
altera
de
um
ritmo
afeta
a
energia
harmónico
lento
para
musical.”
um
rápido,
dentro
da
mesma
música,
você
afeta
a
energia
musical.
É
algo
que
você
deve
experimentar
à
medida
que
trabalha
na
sua
música.
Normalmente
quando
as
mudanças
de
acordes
acontecem
mais
rapidamente,
a
energia
aumenta.
Essa
energia
adquirida
é
por
vezes
difícil
de
dissipar
dentro
de
uma
secção,
então
aumentar
a
frequência
das
suas
mudanças
de
acordes
é
melhor
conseguido,
ao
introduzir
o
efeito
numa
nova
secção
com
mais
energia,
como
um
refrão
ou
uma
ponte.
139
musical.
Vimos
isso
logo
que
identificamos
algo
que
parece
ser
uma
regra,
e
depois
temos
uma
lista
de
“Quanto
mais
músicas
que
não
as
seguem.
rápido
o
tempo,
No
entanto,
isso
não
quer
mais
lento
o
dizer
que
não
existam
ritmo
algumas
diretrizes
harmónico.”
importantes
que
deve
seguir.
E
quando
se
trata
de
acordes,
e
especificamente
ao
numero
de
acordes
que
deve
utilizar,
lembre-‐
se
deste
principio
básico:
Quanto
mais
rápido
o
tempo,
mais
lento
o
ritmo
harmónico.
140
ouvir
os
acordes.
141
que
já
estudámos.
A
maioria
dos
acordes
que
se
seguem,
são
acordes
alterados.
Um
acorde
alterado
é
um
acorde
que
não
ocorre
nos
sete
naturais
que
vimos
anteriormente,
e
existem
literalmente
centenas
deles.
De
todas
as
possíveis
variações
de
acordes
que
podemos
estudar,
estes
serão
os
mais
comuns,
e
mais
úteis:
IV. Suspensões
V. Inversões
143
simples
alteração
como
adicionar
uma
sétima:
você
pode
fortalecer
ou
modificar
a
função
de
um
acorde
de
formas
muito
simples.
Relembra-‐
o
que
você
não
precisa
de
um
arsenal
de
acordes
enorme.
A
música
“This
Land
Is
Your
Land”
de
Woody
Guthrie
é
um
bom
exemplo
de
uma
música
que
pode
ser
tocada
utilizando
apenas
os
acordes
da
tónica,
subdominante
e
dominante,
com
o
acorde
dominante
fortalecido
pela
presença
da
sétima:
F C
G7 C
F C
G7 C
144
60
progrediram
para
os
70,
os
compositores
adicionaram,
7ªs,
9ªs,
11ªs
e
mais
às
músicas
de
3
acordes.
Em
adição,
começaram
a
utilizar
outros
acordes
que
não
estavam
nos
sete
da
escala.
Então
enquanto
que
o
acorde
ii
e
iii
não
foi
muito
utilizado
no
rock
n
roll
no
fim
dos
anos
50,
começa
a
vê-‐los
mais
no
final
dos
anos
60
e
70.
Adicionar
acordes
ao
vocabulário
harmónico
de
um
compositor
é
o
mesmo
que
adicionar
palavras
ao
seu
próprio
vocabulário;
assim
mais
acordes
permitem
o
escritor
ser
ainda
mais
preciso
e
descritivo.
Aumentar
o
seu
vocabulário
de
acordes
irá
permitir-‐lhe
colorir
as
suas
ideias
musicais.
O
acorde
ii
pode
tomar
o
lugar
do
acorde
IV
numa
progressão,
porque
duas
das
notas
do
acorde
IV
também
aparecem
no
ii:
145
O
acorde
vi
pode
por
vezes
servir
como
um
substituto
interessante
ao
acorde
I,
porque
duas
das
notas
do
acorde
I
aparecem
no
acorde
vi:
146
acordes
I
e
IV,
enquanto
que
nos
acordes
ii,
iii,
V
será
menor.
Faça
experiencias.
Irá
notar
que
adicionar
uma
sétima
menor
nos
acordes
I
e
IV
irá
resultar
num
som
característico
de
Blues.
Misturas
Modais
Mais
atrás
no
capítulo,
vimos
porque
alguns
acordes
funcionam
tão
bem
quando
estão
numa
determinada
tonalidade,
enquanto
outros
acordes
parecem
um
pouco
estranhos.
Contudo,
é
possível
“pedir
emprestado”
acordes
de
outro
modo
e
utilizá-‐lo.
Pela
palavra
“modo”
vamos
querer
dizer
se
a
música
está
numa
tonalidade
maior
ou
menor.
Acordes
que
vêm
do
modo
oposto,
são
chamados
acordes
de
empréstimo,
ou
misturas
modais.
O
acorde
IV
oferece
provavelmente
a
oportunidade
mais
comum
para
esta
situação.
147
148
150
Como
Adicionar
Dominantes
Secundários
à
Sua
Música
Tente
adicionar
alguns
acordes
dominantes
secundários
às
suas
progressões.
Irá
reparar
que
tem
um
som
único
e
particular,
então
terá
de
se
assegurar
que
se
encaixa
bem
no
estilo
da
sua
música.
O
tópico
de
dominantes
secundários
poderia
ser
um
tópico
para
vários
capítulos
de
teoria
musical,
mas
apenas
demos
uma
breve
passagem
nele.
Mas
você
pode
criar
dominantes
secundários
ao
pegar
num
acorde
menor
e
subir
um
semitom
à
terceira
nota
para
o
tornar
maior.
Isto
irá
funcionar
se
depois
do
acorde
menor
se
seguir
um
acorde
que
a
tónica
seja
quatro
notas
acima,
ou
cinco
a
baixo.
Volte
à
progressão
de
cinco
acordes
no
inicio
desta
secção,
e
mude
o
acorde
de
Fá#
menor
em
maior
e
terá
isto:
151
“Dominantes”
É
possível
criar
acordes
dominantes
secundários
que
não
sejam
seguidos
de
um
acorde
quatro
notas
acima.
Por
outras
palavras,
eles
não
pretendem
ser
dominantes
do
acorde
seguinte.
Tudo
o
que
acontece
é
que
transformou
um
acorde
menor
num
maior.
Aqui
vai
uma
progressão
em
Mi
maior
para
demonstrar
isto:
Acordes
Suspensos
Acordes
suspensos
são
um
tipo
particular
de
acorde.
Para
mostrar
como
funciona,
olhe
para
152
o
digrama:
153
permitindo
que
o
Dó
desça
para
a
nota
de
origem
de
Sol
maior
–
Si.
154
Inversões
Até
aqui
só
utilizámos
acordes
que
aparecem
na
sua
posição
de
raiz.
Uma
tríade
na
posição
de
raiz
significa
que
a
tónica
do
acorde
é
a
nota
mais
grave
do
mesmo.
Mas
é
possível
inverter
os
acordes
–
permitindo
que
uma
nota
que
não
seja
a
tónica
passe
a
ser
a
nota
mais
grave
do
acorde.
As
inversões
são
utilizadas
na
música
popular
por
duas
razões
principais:
155
está
na
segunda
inversão.
156
passagem”.
A
música
“Layla”,
demonstra
um
acorde
invertido
sendo
utilizando
como
acorde
de
passagem
no
instrumental
no
fim
da
música:
157
Um
baixo
pedal
pode
acontecer
nas
notas
mais
agudas
também.
Se
escutar
a
música
“You
Keep
Me
Hangin’On”,
dos
Supremes,
irá
notar
uma
nota
mais
aguda
na
guitarra
que
age
como
um
motivo
proeminente,
desde
o
inicio
da
música.
Quando
um
baixo
pedal
ocorre
na
zona
mais
aguda,
este
é
chamado
de
baixo
pedal
invertido.
158
tipo
mais
comum
de
modulação
é:
159
Este
tipo
de
modulação
também
pode
ser
feito
com
uma
“modulação
abrupta”.
Isto
significa
que
o
refrão
chega
ao
fim,
e
a
música
de
repente
sobe
meio
tom.
160
Capítulo
5:
Melodia
e
letra
Conceitos
chave:
161
• As
melodias
do
pré
refrão
normalmente
movem-‐se
de
forma
ascendente,
criando
uma
boa
conexão
entre
o
verso
e
o
refrão;
A
Jornada
Melódica
Mencionámos
no
capítulo
2
que
uma
boa
melodia
leva-‐nos
numa
jornada,
e
utilizámos
a
163
música
“Yesterday”
de
Paul
McCartney
como
exemplo.
Esta
melodia
mostra-‐nos
bem
essa
jornada.
Consiste
em
quatro
frases,
onde
cada
frase,
melodicamente,
é
estruturada
para
encontrar
o
conteúdo
emocional
da
letra.
A
música
utiliza
o
alcance
vocal
como
sua
fonte
de
energia
principal.
164
nostálgica
da
palavra
“Yesterday...”
(ontem...),
faz
com
que
a
audiência
sinta
essa
nostalgia.
Imediatamente,
a
melodia
sobe
para
as
notas
mais
agudas,
promovendo
emoções
mais
complexas
que
emanam
das
palavras
“All
my
troubles
seemed
so
far
away”
(todos
os
meus
problemas
pareciam
estar
tão
longe).
O
facto
dele
utilizar
as
notas
mais
agudas
nesta
parte
da
melodia,
faz-‐nos
sentir
a
sua
ansiedade.
A
melodia
começa
então
a
voltar
“Now
it
looks
though
they-‐re
here
to
stay”
(Agora
parece
que
no
entanto
vieram
para
ficar),
voltando
a
dar-‐
nos
o
sentimento
de
tristeza.
McCartney
manipula
a
sua
audiência
da
melhor
forma
possível.
165
trabalham
primeiro
para
produzir
o
ambiente,
e
depois
a
letra
é
escrita
em
função
desse
ambiente.
166
justiça
social,
e
contorno
melódico?
As
músicas
que
nos
contam
histórias
alegres
têm
um
contorno
melódico
diferente
daquelas
que
nos
contam
histórias
tristes?
Design
Verso-‐Refrão
Quando
olhámos
para
as
progressões
de
acordes
verso
–
refrão,
descobrimos
que
o
verso
tolera
melhor
as
progressões
frágeis,
enquanto
que
os
refrões
normalmente
precisam
de
169
progressões
mais
fortes.
Isto
tem
a
ver
com
a
natureza
da
letra
utilizada
nos
versos
e
nos
refrões.
Quando
constrói
uma
melodia
e
começa
a
colocar
a
letra,
tem
de
se
lembrar
destes
princípios
básicos:
Desenhando
a
Melodia
Boas
melodias
de
refrão
precisam
de
notas
que
levem
o
cantor
a
zonas
vocais
mais
agudas.
E
esse
movimento
de
grave
para
agudo
ajuda
a
dar
contorno
à
melodia.
As
melodias
precisam
170
de
ser
contornadas
de
forma
que
tenham
energia
interna
que
as
mova
em
frente.
Há
muito
que
pode
ser
dito
sobre
contornar
melodias,
tudo
baseado
neste
principio
básico:
171
versos,
tendem
a
mostrar
mais
emoção
e
força.
A
voz
mais
aguda
ajuda
os
ouvintes
a
sentirem
essa
letra.
172
2. Utilizam
palavras
e
frases
comuns
do
dia
a
dia;
Demasiadas
Palavras
Um
grande
problema
com
a
letras
é
normalmente
ter
demasiadas
palavras
–
demasiada
informação.
E
muitas
vezes
quando
isto
acontece,
ainda
fica
mais
complicado
porque
a
melodia
tende
a
ficar
mais
complexa
de
forma
a
encaixar
na
letra.
Todos
estes
aspetos
podem
fazer
o
ouvinte
perder-‐se.
Nunca
considere
a
letra
sem
considerar
também
a
harmonia
e
a
melodia.
Tem
de
ver
a
letra,
a
melodia
e
harmonia
como
três
cantos
de
um
triângulo
que
têm
de
estar
equilibrados.
173
O
perigo
nas
letras
complicadas,
juntamente
com
melodia
e
estrutura
de
acordes
complicada,
é
que
pode
perder
alguma
audiência
no
que
eles
vêm
como
algo
demasiado
cerebral.
A
Letra
Primeiro
Existem
várias
formas
para
começar
a
criar
uma
música,
mas
dos
melhores
compositores
começam
com
a
letra
primeiro.
Estes
colocam
174
uma
grande
enfâse
no
poder
da
palavra
para
tocar
no
coração
dos
ouvintes.
Se
você
gosta
de
letras
bem
feitas
este
pode
ser
o
melhor
método.
175
normalmente
têm:
176
A
Melodia
e
Letras
de
uma
Ponte
Já
olhámos
para
as
pontes
da
música.
Como
sabe,
uma
ponte
é
uma
parte
da
música,
normalmente
depois
do
segundo
ou
terceiro
refrão,
antes
do
verso
ou
refrão
final.
Os
propósitos
da
ponte
são:
177
vezes
move-‐se
entre
frases
de
estilo
narrativo
e
emocional,
fazendo
o
retorno
ao
refrão
–
o
coração
emocional
da
música.
Com
isto
em
mente,
vimos
que
é
normalmente
vantajoso
harmonizar
o
inicio
da
ponte
com
uma
acorde
que
não
seja
o
da
tónica.
Começar
com
o
acorde
vi
é
uma
escolha
comum;
se
a
sua
música
está
em
Lá
maior,
comece
a
ponte
com
um
acorde
Fá#
menor.
Outra
escolha
popular
é
o
acorde
IV
(Ré
maior
no
caso
da
tonalidade
de
Lá
maior.)
Isto
oferece
a
qualidade
de
ansiedade
que
muitas
pontes
necessitam.
À
medida
que
a
ponte
progride,
irá
necessitar
de
pensar
em
ter
um
final
que
se
conecte
com
o
refrão.
Acordes
baseados
na
quinta
nota
da
escala
(acordes
dominantes)
são
uma
boa
escolha.
178
2. Uma
melodia
da
ponte
tem
um
estilo
semelhante
ao
verso
no
sentido
que
também
vagueia,
movendo-‐se
de
forma
a
melhorar
a
direção
emocional.
179
tópico
implica
emoções
mais
neutras.
Um
formato
verso-‐refrão
apenas,
funciona
bem
em
muitos
casos.
Outra
opção
é
considerar
uma
ponte
que
diminua
o
estado
emocional
da
música.
Se
a
sua
música
tem
uma
energia
muito
grande,
você
pode
querer
utilizar
uma
ponte
que
permita
a
energia
dissipar-‐se
um
pouco
antes
de
avançar
para
o
último
verso
ou
refrão.
180
Capítulo
6
–
O
Gancho
(hook)
e
o
Motivo
Conceitos
chave:
181
que
os
ganchos
se
mantêm
inalterados.
Gancho
e
Motivo
Você
leu
uma
breve
descrição
de
motivo
no
capítulo
1.
É
uma
curta
ideia
melódica
ou
rítmica
que
o
compositor
utiliza
na
música
para
criar
um
182
senso
de
coesão.
Pode
pensar
que
isto
é
o
mesmo
que
um
gancho,
mas
existe
uma
diferença
principal:
para
ser
um
gancho,
deve
ser
curto
e
facilmente
memorável,
e,
mais
que
essas
duas
características,
tem
de
se
manter
algo
altamente
distinto
que
se
mantem
intacto
ao
longo
da
música.
Um
motivo,
por
outro
lado,
é
uma
curta
ideia
musical,
tipicamente
um
fragmento
melódico/rítmico,
que
se
desenvolve
e
modifica
durante
a
música.
Aparece
em
diferentes
alturas
e
de
formas
diferentes.
183
voltou,
mas
agora
de
uma
forma
mais
lenta.
É
isto
que
os
motivos
são
bons
a
fazer.
Podemos
estar
numa
parte
da
música,
e
ouvir
o
motivo
lembra-‐nos
de
outras
partes.
É
isso
que
queremos
dizer
com
a
questão
de
um
motivo
fortalecer
a
estrutura
da
música.
184
O
Perigo
Do
Gancho
Um
gancho
é
como
uma
espetacular
peça
de
joelharia
de
recebe
muita
atenção.
Se
uma
peça
destas
está
coberta
com
muitos
diamantes,
pode
fazer
com
que
esqueça
tudo
o
resto.
Mas
a
joelharia
fica
melhor
com
uma
combinação
boa
de
roupa.
O
perigo
do
gancho
é
que
pode
fazer
com
que
você,
como
compositor,
esqueça
a
qualidade
de
tudo
o
resto
da
música.
Pode
descobrir
um
ótimo
gancho
ao
brincar
na
sua
guitarra,
esquecendo
que
o
resto
da
música
continua
a
precisar
de
uma
boa
quantidade
de
trabalho.
Os
compositores
ficam
muito
orgulhosos
dos
seus
ganchos,
mas
este
é
só
um
dos
componentes
de
uma
boa
música.
185
se
destaque
e
que
seja
memorável.
186
fortemente
relacionado
com
a
melodia
da
sua
música.
187
pensar
no
gancho
como
um
componente
de
uma
boa
música,
e
não
a
razão
para
a
música
ser
boa.
Se
você
pensa
que
a
sua
música
é
boa
apenas
devido
ao
gancho,
é
melhor
olhar
para
toda
a
composição
e
reparar
o
que
acha
que
está
mal
nela.
E
se
a
sua
música
não
tem
um
gancho
óbvio,
não
se
preocupe.
Ela
pode
não
precisar
de
um.
188
existente
da
sua
música.
Será
bom
se
um
gancho
tiver
pelo
menos
algo
em
comum
com
a
sua
música.
Então
encontre
uma
parte
da
progressão
de
acordes,
e
uma
parte
distinta
do
ritmo,
e
crie
um
gancho
em
torno
disso.
190
Capítulo
7:
Inspiração
Equivocando
a
Inspiração
Existem
alturas
em
que
você
se
sente
emocionalmente
compelido
a
escrever
algo
–
talvez
o
casamento
de
um
amigo,
um
funeral,
ou
outra
situação
emocional
significativa.
Não
há
dúvida
que
este
tipo
de
ímpeto
para
a
criação
artística,
expressar
as
nossas
emoções
na
música,
é
o
que
chamamos
de
inspiração.
Mas
estes
acontecimentos
podem
ser
raros
na
nossa
vida,
e
sem
dúvida
precisaremos
mais
do
que
eventos
emocionais
para
escrever
música.
Se
essa
for
a
principal
fonte
da
inspiração
criativa,
estaremos
a
esperar
demasiado
tempo
entre
cada
música.
192
do
bloqueio
criativo,
da
qual
a
maioria
dos
compositores
sofre
de
tempos
a
tempos.
Para
muitos,
e
provavelmente
a
maioria,
é
a
persistente
baixa
qualidade
de
ideias
musicais
que
causa
os
problemas,
e
isso
é
uma
coisa
diferente.
É
o
ato
de
compor
que
gera
excitação
musical
–
inspiração
–
que
depois
motiva
o
escritor
a
criar
mais
música.
Por
outras
palavras,
a
melhor
forma
de
inspiração,
o
tipo
que
vem
de
dentro,
é
o
tipo
de
inspiração
mais
segura
para
nutrir
o
nosso
processo
de
composição.
O
outro
tipo
de
inspiração,
que
acontece
como
os
eventos
externos
da
nossa
vida,
é
um
tipo
volátil
que
pouco
faz
para
o
manter
como
compositor.
Uma
vez
que
esses
eventos
desvaneçam
da
sua
vida,
a
inspiração
também
desvanece.
193
desencorajamento
entra
em
cena.
Uma
vez
que
isso
aconteça
por
um
período
de
dias
ou
semanas,
o
bloqueio
agarra-‐se
a
si
e
a
criatividade
evapora-‐se.
E
infelizmente,
muitos
compositores
pensam
que
a
melhor
forma
de
lidar
com
a
situação
é
esperar
até
que
a
inspiração
regresse.
Esperar
não
é
a
solução,
na
verdade,
até
prolonga
o
bloqueio
criativo.
194
secretaria,
onde
começa
furiosamente
a
escrever
antes
que
as
ideias
musicais
desapareçam
da
sua
mente.
Isto,
na
maioria
das
vezes,
é
um
mito.
195
criativo
longe
de
si
é
definir
um
tempo
do
seu
dia
para
compor,
e
manter
esse
tempo
todos
os
dias.
196
compositor,
dedique
um
tempo
todos
os
dias
para
compor.
Componha
o
mais
que
puder,
guarde
tudo
mesmo
que
pareça
inútil.
197
boas
composições!
198