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iz reese Sepuranga Contra bncéndio Fasciculos bimestrals de tecnologia, cultura, equipamentas, legistacdo em seguranca contra incéndios Coordenagao: Sérgio Tomas Ceccarelli 1 - Protecao passiva contra fogo em estruturas metalicas Parte 1 - Conceitos basicos Eng, Joad Carlos Camange — 1, Protesda passiva X protecdo ativa ‘Os objetivos basicos da protecie passiva so a compart mentagdo e 0 confinamento do incéndio, evi nda sua propagacio © mantendo a estabilidade estrutural do edificio por um tempo determinado, de acorde com eSdigns © normas de cada localidsde. 2. Por que proteger estruturas de aco? De uma forma genérica, os elementos estruturais em aco perdem cerca de 50% de sua resisténcia mecanica quando 1 _aquecides a uma temperatura em tomo de 550°C. Esse valor & ‘conhecido como temperatura critica, podendo sofrer variagdes de avorda com cada projeto ou classe de material empregado, 3. Dimensionamento da protecdo contra fogo Parao dimensionamento daespessura domaterial de protecio das estruturas, & necessério analisar do's parametros: 3. 1. Tempo de resisténcia requerido.ao foga (TRF). normaimente é determinado por uma leatslac3o local ou através de normalizacOes pertinentes. No Brasil, 0 TRRF em geral situa-se entre 30 minutos e-duas horas, Nos EUA, Europa ¢ Japio, as requisitos sto mais rigorosos, atingindo-se até quatro horas. As regulamentagées, normas ou anilises téenicas que ee definemos tempos de protecio para cada tipo de edificagio iF (2808-0288 Jevam om consideracso varies aspectos, tals como: utllizacio da edifieacdo (escola, escritério, hospital, shopping centers ete.) altura @ rea construida da edificacao compartimentacaa existente e outros sistemas de protec3o complementares; carga combustivel e taxa de ventilagio. aera 3.2. Fator de forma (F ou Hp/A) de cada elemento DAE APAEST estrutural: 0 fator de forma (ou fator de massividade) representa a reslst®ncla de determinad perfil metic emiunta stuacio de ineéndio. Doi fatores influenciam 9 comportamento de uma estrutura sob a acio do fog, eo fator de forma ¢ 0 resultado de sua relacio matemitica: 3.2.1, Perimetro de penetraciio de energia “P" (exposicio do perfil ae Fogo: Quanto maior for a exposicSo ao Fogo (e incidncia de energia térmica no aco}, mais rapidamente a estrutura se aqueceré €, consequentemente, atingirA 0 estado de faléncia. 3.2.2. Area da secdo reta“A" (massa do perfil: [A area da secao reta (transversal) do perfil esta diretamente relacionada com sua massa Assim, quanto maior a area da seco (ou sua massa), mais tempo o perfilevard para ser aquecdo ¢ atingir a temperatura critica. 4 aE me 3.2.2. VariacSes do fator de forma para uma ‘mesma estrutura Uma mesma estrutura pade apresentar fatores de forma diversos, dependendo de sua utilizacdo © dos aspectos arquiterénicos de cada projeto, Viga Coluna Caixa |Contorne | Caixa | Contorno €$350x135 79. 130 105 156. cvs400x87 99 151 126 178. 3.3, Determinacdo da espessura adequada em funcio do fator de forma e do tempo de protecie requerido Uma vez determinado 0 tempo de protecio requerido © 0 fator de forma, existem dois métodos para calcular qual a espessura adequada do material de protesso: > Analiticamente, com base em dados dos materiais como densidade, condutividade térmica e calor especifico. Essa ‘metodologia possui limitacBes, sobretudo quanda 0% materials sofrem mudancas durante o Incéndio, como € 0 caso.de tintas Inturnescentes oualguns materials projetadas que possuem fluidos cristalizados em sua compoticio. > A forma mais simples de cilculo & utilizar os resultados de ensaios reais de resisténcia ao fogo, fornecidos pelos fabricantes na forma de uma carta de cobertura, em que as espessuras sio facilmente determinadas. Exemplo de tabela de materiais projetados: 30 tm") min 150 10 170 10 190 10 210 10 4. Normatizacio ¢ legistacio As normas da ABNT que abordam o tema siio: + NBR 14.323 - Dimensionamento de estruturas de aco de edificios em situacio de incéndia - 1999. Através dessa norma, editada em julhe de 1999 e baseada no Eurocode, & possivel realizar caleulos que permitem determinar quando ocorrerd a faléncia da estrutura, propiciando assim um célculo mais realista da necessidade e do rigor da protecio, + NBR 14,432 ~ Exigéncias de resistencia ao-fogo des elementos construtivos das edificagdes. Essa norma foi editada em 31.01.2000 ¢ aborda os tempos de protecio necessirios para cada edificagio. #1 0833.11.99 - Corpo de Bombeiros de Estado de Sao Paulo. © Come de Bambeiros do Estado de Sip Paulo regulamenteu 2 exigéncia quanto a resistencia ao fea dos elementos construtivos, através de Instrucio Técnica publicada no Diario Oficial do Estado em 22 de dezembro de 2001 (pagina 3 ~ Seco ‘= Revisio da IT CB-02.33-94), (Os requisitos s0 similares com os da norma NBR 14.432, porém 80 mais rigorosos no tocante a subsolos e acrittriosde isencho para edificagBes térreas. = Lel 15.802 - Governo do Estado de Golds + Instrucde Téenica CB 2006 - Corpo de Bombelros Militar de Minas Gerais. Nota: Unidiadles de Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro e Distrito Federal possuem iqualmente Instrugdes Técnicas editadas. arte 2 ~ Métodas e materials para protecio de estruturas metalicas Bristem diversas formas de protegao de estruturas metalicas, tals ‘come recobrimente com alvenaria, concretos ov biecos celulares ow até mesmo sistemas em que perfis de sec3o confinada slo preenchidos com agua (em desuce, devido aos altos custos). Os métodos mais racicnais para 2 protesdo s3o materials desenvalvides ‘especificamente para essa finalidade. No exterior, a evolucao, a adequacao dos produtos e a competitividade dos fabricantes desses materials geraram

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