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Universidade Federal do ABC

Processamento de Compósitos Poliméricos

Prof. Dr. Danilo Justino Carastan


danilo.carastan@ufabc.edu.br
Materiais Compósitos – Processamento de Compósitos Poliméricos

Objetivos Gerais

Para a fabricação de compósitos poliméricos


reforçados com fibras, as fibras e a matriz
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devem ser mantidas:


- na forma correta
- na temperatura correta
- na pressão correta

ao longo do processo e ao longo de toda a peça


sendo fabricada.
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Considerações Gerais de Processamento


Reforço Peça
- Tipo (fibras, partículas) - Tamanho, espessura, seção transversal,
- Contínuas ou descontínuas curvatura
- Aleatórias ou orientadas - Acabamento superficial
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- Tratamento superficial, agente de - Tolerância dimensional


acoplamento - Furos, acoplamentos, regiões mais
- Fração volumétrica (Vf) resistentes, inserções
Matriz Custo
- Termofixa ou termoplástica - Equipamento
- Tolerância à temperatura - Moldes
(encolhimento) - Materiais
- Tolerância ao ambiente (umidade) - Mão de obra
- Compatibilidade com o reforço - Energia
- Aditivos, cargas Processo
- Fração de vazios - Automação, velocidade de produção
- Química da reação: - Usinagem, rebarbagem, eletricidade
• condições de cura estática
(temperatura, pressão, tempo) - Transferência de calor
• grau de cura, pós-cura • Temperatura de cura (dado de
- Viscosidade, tempo de gel (tempo entrada)
de prateleira) • reação exotérmica (calor em excesso)
- Fabricação do molde
- Manipulação e posicionamento do reforço
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Técnicas de Processamento - Termofixos


- Laminação por via úmida (wet lay-up)
• Laminação manual (hand lay-up)
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• Laminação por spray (spray-up)


- Moldagem por compressão
- Bobinagem (filament winding)
- Trançagem (braiding)
- Moldagem por via líquida
• Moldagem por injeção
• Moldagem por transferência de resina (RTM)
- Infusão a vácuo
- Injeção reativa
- Laminação de fibras pré-impregnadas (pre-preg lay-up)
• Deposição de fita (tape laying)
- Pultrusão
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Laminação por via úmida (wet lay-up)

Resina líquida é aplicada às camadas de reforço


durante o processo de laminação
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- Laminação manual
- Laminação por spray
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Laminação manual (hand lay-up)


Mantas ou tecidos de fibra são depositadas sobre um molde
aberto e a resina é aplicada manualmente.
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1. Aplica-se agente desmoldante sobre o


molde
2. Aplica-se uma camada de “gel coat”,
resina para acabamento superficial, sobre
o molde
3. A fibra é depositada sobre o molde
4. A matriz líquida pronta para cura é
aplicada sobre a manta, com o auxílio de
pincel (contato) e rolo (consolidação e
remoção de bolhas)
5. Repetir as etapas 3 e 4 até atingir a
espessura desejada
6. Cura
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Laminação manual (hand lay-up)


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Laminação manual (hand lay-up)

Materiais:
- Fibra de vidro + poliéster insaturado
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- Manta de fibras picadas ou tecidos


Aplicações:
- Automóveis
- Barcos
- Estruturas de construção civil
- Pás eólicas
- Tubulações, tanques de armazenamento
- Banheiras
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Laminação manual (hand lay-up)

A cura é geralmente feita à temperatura ambiente.


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Pode-se utilizar uma bolsa de vácuo (vacuum bag) e


cura com pressão (autoclave)
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Laminação manual (hand lay-up)


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Laminação manual (hand lay-up)

Vantagens Desvantagens
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• Versátil • Trabalhoso
• Permite produzir qualquer • A qualidade depende da
geometria, tamanho habilidade do operador
• Fácil de introduzir furos, insertos, • Apenas uma superfície
acoplamentos moldada
• Simples
• Bom para protótipos ou produzir
poucas unidades de um produto
• Barato
• Moldes simples (madeira, MDF,
gesso, etc.)
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Laminação manual (hand lay-up)


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Laminação por spray (spray-up)


Parecido com a laminação manual, mas a resina e a
fibra de vidro são aplicadas por spray sobre o molde e
acomodadas com rolos.
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• Processo menos trabalhoso, mas o equipamento é


mais caro
• Facilita a produção de peças grandes (barcos,
banheiras, piscinas)
• Pode gerar muita sujeira, resíduos
• Apenas fibras curtas
• Vf = 0,2 – 0,3
• Propriedades mecânicas fracas, mas há maior
consistência na qualidade dos laminados
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Laminação por spray (spray-up)


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Vídeos: https://www.youtube.com/watch?v=wZDpsTBdwgs
https://www.youtube.com/watch?v=qoH9bLwvByA
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Moldagem por compressão


Um composto é forçado a adquirir
a forma de um molde fechado que
pode ou não ser aquecido
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O material tem consistência de


massa de modelar
- 25% poliéster insaturado
- 20% fibra de vidro picada
- 55% carga mineral (geralmente
CaCo3 ou MgO)
Sheet molding compound (SMC)
- Placas planas
- Baixa reorientação de fibras
Bulk molding compound (BMC)
- Blocos, peças volumosas
- Maior reorientação de fibras
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Moldagem por compressão

Muitos produtos são feitos por


compressão
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• Moldagem por compressão a


frio
• Semelhante, mas mantas de
fibra são introduzidas no
molde, e resina líquida é
adicionada
Aplicações
• Peças de automóveis, ônibus,
caminhões
• Componentes de isolação
elétrica
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Moldagem por compressão


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Moldagem por compressão

Vantagens Desvantagens
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• Qualquer geometria • Tamanho limitado pelo


• Duas superfícies moldadas tamanho da prensa
• Não é muito versátil
• Difícil de fazer furos
• Não é adequado para
protótipos

https://www.youtube.com/watch/?v=KXxGqNzAry8
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Bobinagem (filament winding)


Reforço contínuo (roving) é enrolado
em torno de um mandril rotativo para
formar uma parte oca ou convexa.
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- Wet filament winding


• As fibras são impregnadas com
resina líquida antes da
bobinagem.
- Dry filament winding
• Feixes de fibras são enroladas
no mandril para servirem de
pré-formas para RTM
- Tape winding
• Fitas pré-impregnadas são
enroladas em torno do mandril.
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Bobinagem (filament winding)


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Bobinagem (filament winding)


Aplicações: peças
axissimétricas
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 vasos de pressão
 tanques de combustível
 dutos

A bobinagem pode ser


circunferencial,
helicoidal ou polar.
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Bobinagem (filament winding)


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Bobinagem (filament winding)


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Bobinagem (filament winding)


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Bobinagem (filament winding)


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Bobinagem (filament winding)


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Bobinagem (filament winding)


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Bobinagem (filament winding)


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https://www.youtube.com/watch?v=HPB
mbkyi9Tw
https://www.youtube.com/watch?v=NZw
vRRoR1xw
https://www.youtube.com/watch?v=0sE
T6cQcciM
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Bobinagem (filament winding)


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Moldagem por via Líquida


A resina líquida é transferida para um molde fechado e curada.

Possibilidades:
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• Resina sem reforço + preforma de fibras dentro do molde


• Resina com fibras curtas + molde vazio

Tipos de processos:

• Moldagem por injeção


• Moldagem por transferência de resina (RTM)
• Moldagem por transferência de resina assistida por vácuo
(VARTM)
• Moldagem por injeção reativa reforçada (RRIM)
• Moldagem por injeção reativa estrutural (SRIM)
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Moldagem por Injeção


Semelhante à injeção de termoplásticos, mas fibras curtas são
adicionadas à resina.
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• O barril pode ser resfriado para evitar cura prematura


• Materiais:
• Poliéster insaturado
• Resina fenólica
• Fibras de vidro curtas
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Moldagem por Transferência de Resina (RTM)


A resina líquida é injetada em um molde fechado contendo o reforço
(preforma).

- Moldes rígidos de duas partes


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- Resinas:
- Geralmente de baixa viscosidade
- Baixo encolhimento e boas propriedades mecânicas
- Poliéster insaturado e epóxi

- Reforço:
- Preformas (mantas, tecidos, estruturas trançadas, 3D, etc.)
- Fibra de vidro ou carbono
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Moldagem por Transferência de Resina (RTM)

Cura à T ambiente ou com aplicação de calor (direto no molde ou em


estufa)
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Aplicações:
• Automotivas – painéis de automóveis, ônibus, caminhões
• Marinhas – Cascos de barcos
• Aeroespaciais
• Turbinas eólicas
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Moldagem por Transferência de Resina (RTM)


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Moldagem por Transferência de Resina (RTM)

Vantagens Desvantagens
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Versátil • Movimento das fibras durante a


• Qualquer geometria e injeção
tamanho • Preformas
• Fácil de inserir • Bobinadas, tecidas ou
acoplamentos, insertos e costuradas, etc.
furos • Não permite ter fibras
• Duas superfícies moldadas totalmente unidirecionais
com bom acabamento • Viscosidade da resina
• Baixa – baixo desempenho
• Alta – melhor desempenho,
porém mais difícil de
processar

https://www.youtube.com/watch?v=1u-2GvhghQA
https://www.youtube.com/watch?v=AvLIRrkp5CY
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Moldagem por Injeção Reativa (RIM)


Variação do processo de injeção, em que os
reagentes são misturados apenas no
momento da injeção.
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• Requer resinas de baixa viscosidade e


cura rápida

Injeção Reativa Reforçada (RRIM)


• As fibras são adicionadas a um dos
reagentes
• Propriedades intermediárias
• Materiais: poliuretanos, fibras de vidro
curtas

Injeção Reativa Estrutural (SRIM)


• Preformas de fibras contínuas são
inseridas no molde
• Boas propriedades
• Materiais: poliuretanos, tecidos de fibra
de vidro
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Moldagem por Injeção Reativa (RIM)


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Trançagem (braiding)
Fibras trançadas sobre um núcleo

- Semelhante à bobinagem, mas com


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fibras em múltiplas direções


- Propriedades excelentes
- Resistente à delaminação
- Equipamento caro
- Permite tecelagem de estruturas 3D
- Pode ser usada para fabricar
preformas de RTM
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Trançagem (braiding)
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www.youtube.com/watch?v=zOhj7X1-x10
https://www.youtube.com/watch?v=VbYWd6NXAXk
https://www.youtube.com/watch?v=MC00zEkfBRM
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Trançagem (braiding)
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Trançagem (braiding)
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Pultrusão
Reforços contínuos são puxados através de um
banho de resina, e então são moldados e
compactados em uma matriz para produzir um
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perfil
- Semelhante à extrusão de termoplásticos
- Seção transversal constante
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Pultrusão
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Pultrusão

Vantagens Desvantagens
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• Qualquer comprimento • Geometrias limitadas


• Bom acabamento superficial • Seção transversal limitada
• Excelente alinhamento da ao tamanho da máquina
fibra (unidirecional)
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Pultrusão
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Pultrusão
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https://www.youtube.com/watch?v=4MoHNZB5b_Y
https://www.youtube.com/watch?v=1sH9rIGWNvc
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Pultrusão
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Laminados Pré-Impregnados (Pre-preg)


Aplicações de alto desempenho estrutural

• Fibras contínuas unidirecionais ou tecidos


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são pré-impregnados com a resina não


curada
• As camadas são empilhadas sobre um
molde até atingirem a espessura desejada,
e então o sistema é curado.
• Resinas epóxi parcialmente curadas são
geralmente utilizadas, pois facilitam o
manuseio e preparo dos laminados.
• Os pre-pregs são geralmente
armazenados em baixas temperaturas,
e são descongelados apenas no
momento em que forem utilizaados
• Materiais mais usados: epóxi com fibra de
carbono (mas também existem pre-pregs
de vidro e poliaramida).
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Laminados Pré-Impregnados (Pre-preg)


Produção de Pre-pregs

Tipicamente, as resinas usadas em pre-pregs são de alta


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viscosidade à temperatura ambiente. Para que ocorra a pré-


impregnação, a viscosidade pode ser reduzida por:
- Dissolução em um solvente (método de solução) – não é um
processo amigável ao meio ambiente
- Aquecimento da resina (método a quente) – a resina pode
gelificar prematuramente

Aditivos:
- Geralmente são adicionados agentes tenacificantes, como
termoplásticos ou elastômeros
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Laminados Pré-Impregnados (Pre-preg)


Produção de pre-pregs por solução

Processo contínuo:
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- A resina é dissolvida em um
solvente
- As fibras passam por um
banho com a resina
- Excesso de resina é
removido
- A espessura é medida
- O solvente é evaporado
- Um filme removível é
aplicado para bobinagem /
manuseio
- O material é armazenado a
baixas temperaturas
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Laminados Pré-Impregnados (Pre-preg)


Produção de pre-pregs a quente

O processo é semelhante, mas


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inicialmente um filme de
resina é produzido
separadamente por
aquecimento

O pre-preg é formado ao
passar as fibras entre duas
camadas de filme de resina, e
a consolidação é feita por
aquecimento e compressão
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Laminados Pré-Impregnados (Pre-preg)


Laminação
As camadas de pre-preg são
empilhadas em um molde até a
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espessura desejada
- As camadas unidirecionais
costumam ter 0,125 ou 0.250 mm
de espessura
- As camadas de tecido podem ter
espessuras variadas
É possível empilhar camadas em
sequências complexas de ângulos.
É necessário balancear o laminado
para evitar tensões residuais,
empenamento / encolhimento
- Ex.: 0/+45/-45/90/90/-45/+45/0
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Laminados Pré-Impregnados (Pre-preg)


Cura
• Vácuo
• Aumenta um pouco Vf
• Remove voláteis e vazios
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superficiais

• Autoclave
• Altas pressões
• Grande aumento de Vf
• Comprime vazios internos,
aprisionados

• Temperatura elevada
• Baixa ~ 80 °C
• Média ~ 120 °C
• Alta > 150 °C
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Laminados Pré-Impregnados (Pre-preg)


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Laminados Pré-Impregnados (Pre-preg)


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Laminados Pré-Impregnados (Pre-preg)


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Temperatura: 181 °C, Pressão: 0,69 MPa, Vácuo: 0,083 MPa


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Laminados Pré-Impregnados (Pre-preg)


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Laminados Pré-Impregnados (Pre-preg)


Cuidados
 com o manuseio e armazenagem do material
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pré-impregnado;

 com a qualidade do material pré-impregnado;

 com as condições do ferramental de moldagem;

 para não induzir falhas durante o


processamento;

 no controle do processo de cura; e

 na qualidade das ferramentas de usinagem.


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Laminados Pré-Impregnados (Pre-preg)


Características
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Laminados Pré-Impregnados (Pre-preg)


Características
Vantagens Desvantagens
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• Versátil - qualquer • O tamanho depende da


geometria e tamanho autoclave
• Fácil de inserir • Problemas de desempenho
acoplamentos, insertos e geralmente são causados por:
furos • Manuseio inadequado
• Geralmente apresenta duas • Armazenamento inadequado
superfícies moldadas com • Impurezas
bom acabamento • alto custo do material pré-
• baixo conteúdo de impregnado
porosidade • sobras do material pré-
• controle rígido de impregnado
fibra/matriz • sala de laminação com ambiente
• ferramental simples controlado
• variados ciclos de cura • material pré-impregnado é
perecível
• elevado consumo de energia
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Laminados Pré-Impregnados (Pre-preg)


Aplicações

Geralmente, apenas quando necessita-se de alto


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desempenho:
• Aeroespacial (civil ou militar)
• Automotiva
• Esportes, automobilismo
• Defesa
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Laminados Pré-Impregnados (Pre-preg)


Estudo de caso: Supercarros da McLaren
F1 (1992) MP4-12C (2011)
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- Chassi produzido com pre-preg de - Chassi produzido com


epóxi/fibra de carbono compósito de epóxi/fibra de
- 106 carros produzidos em 6 anos carbono por RTM
•≈ £600,000 em 1992 - ~ 4000 carros produzidos
por ano
- Custa £168,500
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Laminação Automatizada
Sistemas robotizados para fabricar
os laminados
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- Redução de custo por peça


- Redução do tempo de laminação
- Maior uniformidade

•Automated Tow Placement (ATP)


•Automated Fiber Placement (AFP)
•Automated Tape Laying (ATL)
Todos os processos envolvem um
sistema robótico que deposita uma
faixa delgada (8 mm ou menos) de
prepreg unidirecional sobre um
molde ou mandril

- Equipamento muito caro!


Materiais Compósitos – Processamento de Compósitos Poliméricos

Laminação Automatizada
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Vídeos:
https://www.youtube.com/watch?v=DV1n35pabXs
https://www.youtube.com/watch?v=EB6YiiVHbAQ
https://www.youtube.com/watch?v=jc52ssQ65cU

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