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17.3 Elementos lineares sujeitos a solicitagées normais - Estados limites de servico 17.3.1 Generalidades Nos estados limites de servigo as estruturas trabalham parcialmente no estadio | e parcialmente no estadio I A separago entre essas duas partes & definida pelo momento de fissuragao. Esse momento pode ser calculado pela seguinte expresséo aproximada: fate % 2 para segdes T ou duplo T; = 1,5 para sepbes retangulares; onde: 60 fator que correlaciona aproximadamente a resisténcia @ trago na flex8o com a resistencia a tragao direta; 4 @a distancia do centro de gravidade da segdo a fibra mais tracionada; 1,60 momento de inércia da sego bruta de concreto; fg & @ resistencia @ tragao direta do concreto, conforme 8.2.6, com o quantil apropriado a cada verificag&o particular. Para determinagao do momento de fissuragao deve ser usado 0 fxn no estado limite de formacdo de fissura @ 0 fam no estado limite de deformagao excessiva (ver 8.2.5). No caso da utiizago de armaduras ativas deve ser considerado 0 efeito da protensao no calculo do momento de fissuragao. 17.3.2 Estado limite de deformacao A verificagéo dos valores limites estabelecidos na tabela 13.2 para a deformagdo da estrutura, mais propriamente rotagdes e desiocamentos em elementos estruturais lineares, analisados isoladamente € submetidos @ combinagdo de agdes conforme seco 11, deve ser realizada através de modelos que considerem a rigidez efetiva das seges do elemento estrutural, ou seja, levem em consideragso a presenga da armadura, a existéncia de fissuras no concreto ao longo dessa armadura e as deformagdes diferidas no tempo. ‘A deformagao real da estrutura depende também do processo construtivo, assim como das propriedades dos ‘materials (principalmente do médulo de elasticidade e da resisténcia a tragdo) no momento de sua efetiva solicitagao. Em face da grande variabilidade dos parametros citados, existe uma grande variabilidade das deformagées reais. Nao se pode esperar, portanto, grande preciso nas previsSes de deslocamentos dadas pelos processos analiticos a seguir prescritos. 7.3.2.1 Avaliagdo aproximada da flecha em vigas © modelo de comportamento da estrutura pode admitir concreto e o ago como materiais de comportamento eldstico @ linear, de modo que as. secdes ao longo do elemento estrutural possam ter as deformagées especificas determinadas no estAdio |, desde que os esforgos néo superem aqueles que d&o inicio a fissuragdo, e no estadio II, em caso contrario. Deve ser utilizado no calculo 0 valor do médulo de elasticidade secante E., definido na segao 8, sendo Obrigat6ria a considerago do efeito da fluéncia, 17.3.2.4.1 Flecha imediata em vigas de concreto armado Para uma avaliagao aproximada da flecha imediata em vigas, pode-se utilizar a express8o de rigidez equivalente dada a seguir: (El oq = Ec} lf) oer 1.€ 0 momento de inércia da seco bruta de concreto; 1 6 0 momento de inércia da se¢do fissurada de concreto no estadio II, calculado com ay = ‘Mz @ © momento fletor na segdo critica do vo considerado, momento maximo no vo para vigas biapoiadas ou continuas e momento no apoio para balangos, para a combinacao de ages considerada nessa avaliago; M, @ 0 momento de fissuragao do elemento estrutural, cujo valor deve ser reduzido a metade no caso de utiizagdo de barras lisas; Ez, 6 0 médulo de elasticidade secante do concreto. 17.3.2.1.2 Célculo da flecha diferida no tempo para vigas de concreto armado A flecha adicional diferida, decorrente das cargas de longa duragdo em fungao da fiuéncia, pode ser calculada de maneira aproximada pela muttiplicagAo da flecha imediata pelo fator , dado pela expresso: = Ae © T+50p" as onde: & 6 um coeficiente fungéio do tempo, que pode ser obtido diretamente na tabela 17.1 ou ser calculado elas expresses seguintes: AE = E(t) Ello) (0 = 0,68 (0,996) t°*? para t< 70 meses &( = 2 para t> 70 meses Tabela 17.1 - Valores do coeficiente & em fungao do tempo Tem Oo fost sf 2] sa ]a]s | | 2 | a | 27 meses Coeficiente «0 0 | 054 | 068 | 0.84 | 0.95 | 1,04 | 1,12 | 1.36 | 164} 189] 2 Bande: 16.0 tempo, em meses, quando se deseja o valor da flecha diferida; 6 a idade, em meses, relativa a data de aplicagao da carga de longa duraco. No caso de parcelas da carga de longa duragao serem aplicadas em idades diferentes, pode-se tomar para t, 0 valor ponderado a seguir: 2A fy aR onde: P representa as parcelas de carga ty € a dade em que se aplicou cada parcela P, em meses. (© valor da fecha total deve ser obtido multiplicando a fiecha imediata por (1 + a) 17.3.2. vas 3 Flecha em vigas com armaduras Nos elementos estruturais com armaduras ativas & suficiente considerar (ENe = Exo, desde que no seja ultrapassado o estado limite de formago de fissuras. Caso contrario, a expressdo completa de 17.3.2.1.1 pode ser aplicada, desde que Jy, M, ¢ M, sejam calculados considerando o elemento estrutural de concreto ‘submetido @ combinag&o de agdes escolhida, acrescida da protensdo representada como ago externa equivalente (gerando forga normal e momento fletor) (ver 11.3.3.5). Para consideragdo da deformagéo diferida no tempo, basta multiplicar a parcela permanente da flecha imediata acima referida por (1 + 9), onde @ € 0 coeficiente de fluencia (ver 8.2.11). 17.3.3 Estado limite de fissuracao 173.34 Ger idades. Esta se¢ao define os critérios para a verificagao dos valores limites estabelecidos em 13.4 para a abertura de fissuras nos elementos estruturais lineares, analisados isoladamente e submetidos & combinagao de ages conforme sego 11 17.3.3.2. Controle da fissuracdo através da limitagao da abertura estimada das fissuras © valor da abertura das fissuras pode sofrer a influéncia de restrigées as variagbes volumétricas da estrutura, dificeis de serem consideradas nessa avaliagSo de forma suficientemente precisa. Além disso, essa abertura ssoffe também a influéncia das condigdes de execugo da estrutura. Por essas raz6es, 08 critérios apresentados a seguir devem ser encarados como avaliagbes aceitéveis do comportamento geral do elemento, mas ndo garantem avaliagdo precisa da abertura de uma fissura especifica. Para cada elemento ou grupo de elementos das armaduras passiva e ativa aderente (excluindo-se os cabos protendidos que estejam dentro de bainhas), que controlam a fissurag3o do elemento estrutural, deve ser considerada uma area A., do concreto de envolvimento, constituida por um retangulo cujos lados ndo distam mais de 7,5 $ do eixo da barra da armadura (ver figura 17.3). NOTA conveniente que toda a armadura de pele i da viga, na sua zona tracionada, limite a abertura de fissuras na regio Aw correspondente, e que seja mantido um espagamento menor ou igual a 15 4. Regide de = — —envolvimento Linna 4, com area Neutra | = Toa Cm An . elele] «. 4 Arar do bo pele tracionada da viga Figura 17.3 - Concreto de envolvimento da armadura A grandeza da abertura de fissuras, w,, determinada para cada parte da regio de envolvimento, é a menor entre as obtidas pelas expresses que seguem:

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