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1 Indução Matemática
Indução Matemática
Objetivos
Objetivos
(1) Entender como funciona o princı́pio de Indução Matemática;
(2) Saber como provar uma sentença matemática que envolve números naturais;
Vejamos o (i)
”n < 100” é uma sentença verdadeira para n = 1, n = 2, n = 3 e outros, mas torna-se falsa
para qualquer número natural maior do que 99. Portanto, “n ∈ N, n < 100” é uma sentença
falsa.
Vejamos o (ii)
“n2 + n + 41 é um número primo” é uma sentença verdadeira para n = 1, n = 2, n = 3 e
outros. De fato, ela é verdadeira para todos os números naturais menores do que 40. Porém o
número 402 + 40 + 41 = 40(40 + 1) + 41 = 41 · 41 não é primo, mostrando que a sentença
“n ∈ N, n2 + n + 41 é um número primo” é uma sentença falsa.
Vejamos o (iii)
“ n ∈ N∗ , 2n nunca começa com 9” é uma sentença verdadeira para n = 1, n = 2, n = 3 e,
demora um pouco até se achar um número que a torna falsa. 259 é a primeira potência de 2
que começa com 9 e por isso “ n ∈ N∗ , 2n nunca começa com 9” é uma sentença falsa.
Vejamos o (iii)
“ n ∈ N∗ , 2n nunca começa com 9” é uma sentença verdadeira para n = 1, n = 2, n = 3 e,
demora um pouco até se achar um número que a torna falsa. 259 é a primeira potência de 2
que começa com 9 e por isso “ n ∈ N∗ , 2n nunca começa com 9” é uma sentença falsa.
Vejamos o (iv)
“A soma dos n primeiros números ı́mpares é n2 ” é uma sentença verdadeira para n = 1,
n = 2, n = 3 e, como no caso anterior, após muitas e muitas tentativas, não se acha um
número natural que a torne falsa. Nesse caso, tal número não existe, pois essa sentença é
verdadeira sempre.
Vejamos o (v)
“2n + 2 é a soma de dois números primos” é uma sentença verdadeira para n = 1, n = 2,
n = 3 e, como no exemplo anterior, após muitas e muitas tentativas, não se encontra um
número natural quetorne falsa. Mas agora temos uma situação nova: ninguém, até hoje,
encontrou um número que tornasse a sentença falsa e ninguém, até hoje, sabe demonstrar que
a sentença é verdadeira sempre.
Vejamos o (v)
“2n + 2 é a soma de dois números primos” é uma sentença verdadeira para n = 1, n = 2,
n = 3 e, como no exemplo anterior, após muitas e muitas tentativas, não se encontra um
número natural quetorne falsa. Mas agora temos uma situação nova: ninguém, até hoje,
encontrou um número que tornasse a sentença falsa e ninguém, até hoje, sabe demonstrar que
a sentença é verdadeira sempre.
Vejamos o (vi)
” n ∈ N∗ , se n for par, divida-o por 2; se n for ı́mpar, multiplique-o por 3 e adicione 1. Repita
o processo com os resultados. A sequência de números assim obtidos sempre termina em 1”
Vejamos o (vi)
” n ∈ N∗ , se n for par, divida-o por 2; se n for ı́mpar, multiplique-o por 3 e adicione 1. Repita
o processo com os resultados. A sequência de números assim obtidos sempre termina em 1”
Essa é uma sentença verdadeira para n = 1, n = 2, n = 3 e, como no exemplo anterior,
ninguém, até hoje, encontrou um número que tornasse a sentença falsa e ninguém, até hoje,
sabe demonstrar que ela é verdadeira sempre. Trata-se da conjetura de Collatz que começou
circular por volta de 1930 e “tem roubado horas de sono de muitos matemáticos (RPM 74,
p.4)”
O último dos aximos de Peano é conhecido como axioma da indução. Ele é a base de um
eficiente método de demonstração de proposições referente aos números naturais.
Princı́pio de Indução Matemática
Seja a ∈ N e seja P (n) uma propriedade relativa ao númeo natural n. Suponhamos que
O último dos aximos de Peano é conhecido como axioma da indução. Ele é a base de um
eficiente método de demonstração de proposições referente aos números naturais.
Princı́pio de Indução Matemática
Seja a ∈ N e seja P (n) uma propriedade relativa ao númeo natural n. Suponhamos que
(i) Se P (a) é verdade, e
(ii) se ∀n ∈ N, P (n) =⇒ P (n + 1), é verdade para todo n ≥ a, então P (n) é
verdadeira para todo n ≥ a.
Acima está uma visão intuitiva do princı́pio da indução.Se a primeira pedra for derrubada e se
elas estiverem colocadas de modo que caindo uma, a seguinte também cairá, então todas as
pedras cairão.
n(n + 1)
1 + 2 + ... + n =
2
A soma dos números naturais de 1 a n.
É verdade?
Da onde vem essa fórmula?
Exemplo
Vamos determinar uma fórmula para a soma dos n primeiros números naturais não nulos.
Seja
Sn = 1 + 2 + ... + n.
Somando a igualdade acima, membro a membro, com ela mesma, porém com as parcelas do
segundo membro em ordem invertida, temos que
Sn = 1 + 2 + ... + n
Sn = n + (n − 1) + ... + 1
−−−−−−−−−−−−−−−
Sn = 1 + 2 + ... + n
Sn = n + (n − 1) + ... + 1
−−−−−−−−−−−−−−−
2Sn = (n + 1) + (n + 1) + ... + (n + 1)
Sn = 1 + 2 + ... + n
Sn = n + (n − 1) + ... + 1
−−−−−−−−−−−−−−−
2Sn = (n + 1) + (n + 1) + ... + (n + 1)
Sn = 1 + 2 + ... + n
Sn = n + (n − 1) + ... + 1
−−−−−−−−−−−−−−−
2Sn = (n + 1) + (n + 1) + ... + (n + 1)
n(n + 1)
Sn =
2
Curiosidade
Conta-se a seguinte história sobre Carl Friederich Gauss quando ainda garoto. Na escola, o
porfessor, apara aquietar a turma de Gauss, mandou os alunos calcularem a soma de todos os
números naturais de 1 a 100.
Curiosidade
Conta-se a seguinte história sobre Carl Friederich Gauss quando ainda garoto. Na escola, o
porfessor, apara aquietar a turma de Gauss, mandou os alunos calcularem a soma de todos os
números naturais de 1 a 100. Qual não foi a surpresa quando, pouco tempo depois, o menino
deu a resposta: 5050. Indagado como tinha descoberto tão rapidamente o resiultado, Gauss,
então com nove anos de idade, descreveo método acima da sequinte forma:
Curiosidade
Conta-se a seguinte história sobre Carl Friederich Gauss quando ainda garoto. Na escola, o
porfessor, apara aquietar a turma de Gauss, mandou os alunos calcularem a soma de todos os
números naturais de 1 a 100. Qual não foi a surpresa quando, pouco tempo depois, o menino
deu a resposta: 5050. Indagado como tinha descoberto tão rapidamente o resiultado, Gauss,
então com nove anos de idade, descreveo método acima da sequinte forma:
Curiosidade
Conta-se a seguinte história sobre Carl Friederich Gauss quando ainda garoto. Na escola, o
porfessor, apara aquietar a turma de Gauss, mandou os alunos calcularem a soma de todos os
números naturais de 1 a 100. Qual não foi a surpresa quando, pouco tempo depois, o menino
deu a resposta: 5050. Indagado como tinha descoberto tão rapidamente o resiultado, Gauss,
então com nove anos de idade, descreveo método acima da sequinte forma:
Curiosidade
Conta-se a seguinte história sobre Carl Friederich Gauss quando ainda garoto. Na escola, o
porfessor, apara aquietar a turma de Gauss, mandou os alunos calcularem a soma de todos os
números naturais de 1 a 100. Qual não foi a surpresa quando, pouco tempo depois, o menino
deu a resposta: 5050. Indagado como tinha descoberto tão rapidamente o resiultado, Gauss,
então com nove anos de idade, descreveo método acima da sequinte forma:
Exemplo
Agora vamos, verificar por indução a validade da fórmula
n(n + 1)
Sn = 1 + 2 + 3 + ...n =
2
Exemplo
Agora vamos, verificar por indução a validade da fórmula
n(n + 1)
Sn = 1 + 2 + 3 + ...n =
2
Considere a proposição P (n) : Sn = 1 + 2 + 3 + ...n = n(n+1)
2
Note que P (1) : S1 = 1 = 1(1+1)
2 é verdade (BASE DA INDUÇ ÃO).
n(n+1)
(i) Suponha que a proposição P (n) : Sn = 1 + 2 + ... + n = 2 é verdade. (HIPÓTESE
DE INDUÇÃO).
Exemplo
Agora vamos, verificar por indução a validade da fórmula
n(n + 1)
Sn = 1 + 2 + 3 + ...n =
2
Considere a proposição P (n) : Sn = 1 + 2 + 3 + ...n = n(n+1)
2
Note que P (1) : S1 = 1 = 1(1+1)
2 é verdade (BASE DA INDUÇ ÃO).
n(n+1)
(i) Suponha que a proposição P (n) : Sn = 1 + 2 + ... + n = 2 é verdade. (HIPÓTESE
DE INDUÇÃO).
(ii) Provaremos que: P (n) =⇒ P (n + 1), é verdade para todo n ≥ 1.
(n + 1)(n + 2)
P (n + 1) : Sn+1 = 1 + 2 + ... + n + 1 =
2
Partindo do primeiro membro temos:
1 + 2 + ... + n + 1 =
1
|+2+{z... + n} + (n + 1) =
h.i.
n(n + 1)
+ (n + 1) =
2
n(n + 1) + 2(n + 1)
=
2
(n + 1)(n + 2)
=
2
Osnildo Carvalho (IFBA) Matemática Discreta 21 / 27
Indução
Exemplo
Prove por indução que 2n + 1 ≤ 2n , ∀n ≥ 3
Exemplo
Prove por indução que 2n + 1 ≤ 2n , ∀n ≥ 3
Exemplo
Prove por indução que 2n + 1 ≤ 2n , ∀n ≥ 3
2n + 1 ≤ 2n ⇒ 2(n + 1) + 1 = 2n + 1 + 2 ≤ 2n + 2n = 2n+1
Portanto, P (n + 1) : 2(n + 1) ≤ 2n+1 é verdade.
Exemplo
Prove por indução que n2 < 2n , ∀n ≥ 5
Exemplo
Prove por indução que n2 < 2n , ∀n ≥ 5
Exemplo
Prove por indução que n2 < 2n , ∀n ≥ 5
n(n + 1)(2n + 1)
1 + 22 + 32 + ... + n2 =
6
, ∀n ∈ N, n > 1