You are on page 1of 44

Matemática Discreta

Osnildo Andrade Carvalho

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia

Osnildo Carvalho (IFBA) Matemática Discreta 1 / 27


Sumário

1 Indução Matemática

Osnildo Carvalho (IFBA) Matemática Discreta 2 / 27


Indução

Indução Matemática
Objetivos

Objetivos
(1) Entender como funciona o princı́pio de Indução Matemática;
(2) Saber como provar uma sentença matemática que envolve números naturais;

Osnildo Carvalho (IFBA) Matemática Discreta 3 / 27


Indução

VALE PARA 1, PARA 2, PARA 3,... . VALE SEMPRE?

As afirmações abaixo, sobre números naturais, são verdadeiras para os números 1, 2, 3 e


muitos outros. Perguntamos: elas são verdadeiras sempre?
verdadeiro ou falso?
(i) ∀n ∈ N, n < 100
(ii) ∀n ∈ N, n2 + n + 41 é um número primo.
(iii) ∀n ∈ N∗ , 2n nunca começa com 9.
(iv) ∀n ∈ N∗ , a soma dos n primeiros números ı́mpares é n2
(v) ∀n ∈ N∗ , 2n + 2 é a soma de dois números primos.
(vi) ∀n ∈ N∗ , se n for par, divida-o por 2; se n for ı́mpar, multiplique-o por 3 e
adicione 1. Repita o processo com os resultados. A sequência de números assim
obtidos sempre termina em 1.

Osnildo Carvalho (IFBA) Matemática Discreta 4 / 27


Indução

Vejamos o (i)
”n < 100” é uma sentença verdadeira para n = 1, n = 2, n = 3 e outros, mas torna-se falsa
para qualquer número natural maior do que 99. Portanto, “n ∈ N, n < 100” é uma sentença
falsa.

Osnildo Carvalho (IFBA) Matemática Discreta 5 / 27


Indução

Vejamos o (ii)
“n2 + n + 41 é um número primo” é uma sentença verdadeira para n = 1, n = 2, n = 3 e
outros. De fato, ela é verdadeira para todos os números naturais menores do que 40. Porém o
número 402 + 40 + 41 = 40(40 + 1) + 41 = 41 · 41 não é primo, mostrando que a sentença
“n ∈ N, n2 + n + 41 é um número primo” é uma sentença falsa.

Osnildo Carvalho (IFBA) Matemática Discreta 6 / 27


Indução

Ainda sobre (ii)


(Em 1772, Euler mostrou que f (n) = n2 + n + 41 assumia valores primos para
n = 0, 1, 2, ..., 39. Observando que f (n–1) = f (−n), vê-se que n2 + n + 41 assume valores
primos para 80 inteiros consecutivos: −40, −39, ..., −1, 0, 1, ..., 39. Substituindo a variável n
por n–40, obtém-se : f (n–40) = g(n) = n2 –79n + 1601 que assume valores primos para todos
os números naturais de 0 até 79 – um record para trinômios do segundo grau.)

Osnildo Carvalho (IFBA) Matemática Discreta 7 / 27


Indução

Vejamos o (iii)
“ n ∈ N∗ , 2n nunca começa com 9” é uma sentença verdadeira para n = 1, n = 2, n = 3 e,
demora um pouco até se achar um número que a torna falsa. 259 é a primeira potência de 2
que começa com 9 e por isso “ n ∈ N∗ , 2n nunca começa com 9” é uma sentença falsa.

Osnildo Carvalho (IFBA) Matemática Discreta 8 / 27


Indução

Vejamos o (iii)
“ n ∈ N∗ , 2n nunca começa com 9” é uma sentença verdadeira para n = 1, n = 2, n = 3 e,
demora um pouco até se achar um número que a torna falsa. 259 é a primeira potência de 2
que começa com 9 e por isso “ n ∈ N∗ , 2n nunca começa com 9” é uma sentença falsa.

Há um teorema curioso


[ Dada uma sequência qualquer de dı́gitos (70941, por exemplo), existe uma potência de 2 que
começa com essa sequência de dı́gitos.]

Osnildo Carvalho (IFBA) Matemática Discreta 8 / 27


Indução

Vejamos o (iv)
“A soma dos n primeiros números ı́mpares é n2 ” é uma sentença verdadeira para n = 1,
n = 2, n = 3 e, como no caso anterior, após muitas e muitas tentativas, não se acha um
número natural que a torne falsa. Nesse caso, tal número não existe, pois essa sentença é
verdadeira sempre.

Osnildo Carvalho (IFBA) Matemática Discreta 9 / 27


Indução

Vejamos o (v)
“2n + 2 é a soma de dois números primos” é uma sentença verdadeira para n = 1, n = 2,
n = 3 e, como no exemplo anterior, após muitas e muitas tentativas, não se encontra um
número natural quetorne falsa. Mas agora temos uma situação nova: ninguém, até hoje,
encontrou um número que tornasse a sentença falsa e ninguém, até hoje, sabe demonstrar que
a sentença é verdadeira sempre.

Osnildo Carvalho (IFBA) Matemática Discreta 10 / 27


Indução

Vejamos o (v)
“2n + 2 é a soma de dois números primos” é uma sentença verdadeira para n = 1, n = 2,
n = 3 e, como no exemplo anterior, após muitas e muitas tentativas, não se encontra um
número natural quetorne falsa. Mas agora temos uma situação nova: ninguém, até hoje,
encontrou um número que tornasse a sentença falsa e ninguém, até hoje, sabe demonstrar que
a sentença é verdadeira sempre.

Famosa conjetura de Goldbach


(A sentença é a famosa conjetura de Goldbach feita em 1742 numa carta dirigida a Euler:
“Todo inteiro par, maior do que 2, é a soma de dois números primos”. Não se sabe, até hoje,
se essa sentençaverdadeira ou falsa.)

Osnildo Carvalho (IFBA) Matemática Discreta 10 / 27


Indução

Vejamos o (vi)
” n ∈ N∗ , se n for par, divida-o por 2; se n for ı́mpar, multiplique-o por 3 e adicione 1. Repita
o processo com os resultados. A sequência de números assim obtidos sempre termina em 1”

Osnildo Carvalho (IFBA) Matemática Discreta 11 / 27


Indução

Vejamos o (vi)
” n ∈ N∗ , se n for par, divida-o por 2; se n for ı́mpar, multiplique-o por 3 e adicione 1. Repita
o processo com os resultados. A sequência de números assim obtidos sempre termina em 1”
Essa é uma sentença verdadeira para n = 1, n = 2, n = 3 e, como no exemplo anterior,
ninguém, até hoje, encontrou um número que tornasse a sentença falsa e ninguém, até hoje,
sabe demonstrar que ela é verdadeira sempre. Trata-se da conjetura de Collatz que começou
circular por volta de 1930 e “tem roubado horas de sono de muitos matemáticos (RPM 74,
p.4)”

Osnildo Carvalho (IFBA) Matemática Discreta 11 / 27


Indução

Em suma, dada uma afirmação sobre números naturais, se encontrarmos um contra-exemplo,


saberemos que a afirmação é falsa. E se não encontrarmos um contra-exemplo? Nesse caso,
suspeitando que a afirmação seja verdadeira sempre, uma possibilidade é tentar demonstrá-la
recorrendo ao princı́pio da indução.

Osnildo Carvalho (IFBA) Matemática Discreta 12 / 27


Indução

O último dos aximos de Peano é conhecido como axioma da indução. Ele é a base de um
eficiente método de demonstração de proposições referente aos números naturais.
Princı́pio de Indução Matemática
Seja a ∈ N e seja P (n) uma propriedade relativa ao númeo natural n. Suponhamos que

Osnildo Carvalho (IFBA) Matemática Discreta 13 / 27


Indução

O último dos aximos de Peano é conhecido como axioma da indução. Ele é a base de um
eficiente método de demonstração de proposições referente aos números naturais.
Princı́pio de Indução Matemática
Seja a ∈ N e seja P (n) uma propriedade relativa ao númeo natural n. Suponhamos que
(i) Se P (a) é verdade, e
(ii) se ∀n ∈ N, P (n) =⇒ P (n + 1), é verdade para todo n ≥ a, então P (n) é
verdadeira para todo n ≥ a.

Osnildo Carvalho (IFBA) Matemática Discreta 13 / 27


Indução

Acima está uma visão intuitiva do princı́pio da indução.Se a primeira pedra for derrubada e se
elas estiverem colocadas de modo que caindo uma, a seguinte também cairá, então todas as
pedras cairão.

Osnildo Carvalho (IFBA) Matemática Discreta 14 / 27


Indução

Demonstração utilizando o primeiro prı́ncipio de Indução


Passo 1: Prove a base de indução P(a);
Passo 2: Suponha que P(n) é verdade (hipótese de indução);
Passo 3: Prove P(n+1) usando a hipótese de indução;

Osnildo Carvalho (IFBA) Matemática Discreta 15 / 27


Indução

Duas perguntas sobre a fórmula a seguir:

n(n + 1)
1 + 2 + ... + n =
2
A soma dos números naturais de 1 a n.
É verdade?
Da onde vem essa fórmula?

Osnildo Carvalho (IFBA) Matemática Discreta 16 / 27


Indução

Exemplo
Vamos determinar uma fórmula para a soma dos n primeiros números naturais não nulos.

Seja
Sn = 1 + 2 + ... + n.
Somando a igualdade acima, membro a membro, com ela mesma, porém com as parcelas do
segundo membro em ordem invertida, temos que

Osnildo Carvalho (IFBA) Matemática Discreta 17 / 27


Indução

Sn = 1 + 2 + ... + n
Sn = n + (n − 1) + ... + 1
−−−−−−−−−−−−−−−

Osnildo Carvalho (IFBA) Matemática Discreta 18 / 27


Indução

Sn = 1 + 2 + ... + n
Sn = n + (n − 1) + ... + 1
−−−−−−−−−−−−−−−

2Sn = (n + 1) + (n + 1) + ... + (n + 1)

Osnildo Carvalho (IFBA) Matemática Discreta 18 / 27


Indução

Sn = 1 + 2 + ... + n
Sn = n + (n − 1) + ... + 1
−−−−−−−−−−−−−−−

2Sn = (n + 1) + (n + 1) + ... + (n + 1)

Daı́ segue-se que 2Sn = n(n + 1), e, portanto,

Osnildo Carvalho (IFBA) Matemática Discreta 18 / 27


Indução

Sn = 1 + 2 + ... + n
Sn = n + (n − 1) + ... + 1
−−−−−−−−−−−−−−−

2Sn = (n + 1) + (n + 1) + ... + (n + 1)

Daı́ segue-se que 2Sn = n(n + 1), e, portanto,

n(n + 1)
Sn =
2

Osnildo Carvalho (IFBA) Matemática Discreta 18 / 27


Indução

Curiosidade
Conta-se a seguinte história sobre Carl Friederich Gauss quando ainda garoto. Na escola, o
porfessor, apara aquietar a turma de Gauss, mandou os alunos calcularem a soma de todos os
números naturais de 1 a 100.

Osnildo Carvalho (IFBA) Matemática Discreta 19 / 27


Indução

Curiosidade
Conta-se a seguinte história sobre Carl Friederich Gauss quando ainda garoto. Na escola, o
porfessor, apara aquietar a turma de Gauss, mandou os alunos calcularem a soma de todos os
números naturais de 1 a 100. Qual não foi a surpresa quando, pouco tempo depois, o menino
deu a resposta: 5050. Indagado como tinha descoberto tão rapidamente o resiultado, Gauss,
então com nove anos de idade, descreveo método acima da sequinte forma:

Osnildo Carvalho (IFBA) Matemática Discreta 19 / 27


Indução

Curiosidade
Conta-se a seguinte história sobre Carl Friederich Gauss quando ainda garoto. Na escola, o
porfessor, apara aquietar a turma de Gauss, mandou os alunos calcularem a soma de todos os
números naturais de 1 a 100. Qual não foi a surpresa quando, pouco tempo depois, o menino
deu a resposta: 5050. Indagado como tinha descoberto tão rapidamente o resiultado, Gauss,
então com nove anos de idade, descreveo método acima da sequinte forma:

S100 = 1 + 2 + ... + 100


S100 = 100 + 99 + ... + 1
−−−−−−−−−−−−−−−

Osnildo Carvalho (IFBA) Matemática Discreta 19 / 27


Indução

Curiosidade
Conta-se a seguinte história sobre Carl Friederich Gauss quando ainda garoto. Na escola, o
porfessor, apara aquietar a turma de Gauss, mandou os alunos calcularem a soma de todos os
números naturais de 1 a 100. Qual não foi a surpresa quando, pouco tempo depois, o menino
deu a resposta: 5050. Indagado como tinha descoberto tão rapidamente o resiultado, Gauss,
então com nove anos de idade, descreveo método acima da sequinte forma:

S100 = 1 + 2 + ... + 100


S100 = 100 + 99 + ... + 1
−−−−−−−−−−−−−−−
2S100 = (1 + 100) + (2 + 99) + ... + (100 + 1)

Osnildo Carvalho (IFBA) Matemática Discreta 19 / 27


Indução

Curiosidade
Conta-se a seguinte história sobre Carl Friederich Gauss quando ainda garoto. Na escola, o
porfessor, apara aquietar a turma de Gauss, mandou os alunos calcularem a soma de todos os
números naturais de 1 a 100. Qual não foi a surpresa quando, pouco tempo depois, o menino
deu a resposta: 5050. Indagado como tinha descoberto tão rapidamente o resiultado, Gauss,
então com nove anos de idade, descreveo método acima da sequinte forma:

S100 = 1 + 2 + ... + 100


S100 = 100 + 99 + ... + 1
−−−−−−−−−−−−−−−
2S100 = (1 + 100) + (2 + 99) + ... + (100 + 1) Daı́ segue-se que 2Sn = 100(1 + 100), e,
portanto, S100 = 100(1+100)
2 = 5.050

Osnildo Carvalho (IFBA) Matemática Discreta 19 / 27


Indução

Exemplo
Agora vamos, verificar por indução a validade da fórmula

n(n + 1)
Sn = 1 + 2 + 3 + ...n =
2

Osnildo Carvalho (IFBA) Matemática Discreta 20 / 27


Indução

Exemplo
Agora vamos, verificar por indução a validade da fórmula

n(n + 1)
Sn = 1 + 2 + 3 + ...n =
2
Considere a proposição P (n) : Sn = 1 + 2 + 3 + ...n = n(n+1)
2
Note que P (1) : S1 = 1 = 1(1+1)
2 é verdade (BASE DA INDUÇ ÃO).
n(n+1)
(i) Suponha que a proposição P (n) : Sn = 1 + 2 + ... + n = 2 é verdade. (HIPÓTESE
DE INDUÇÃO).

Osnildo Carvalho (IFBA) Matemática Discreta 20 / 27


Indução

Exemplo
Agora vamos, verificar por indução a validade da fórmula

n(n + 1)
Sn = 1 + 2 + 3 + ...n =
2
Considere a proposição P (n) : Sn = 1 + 2 + 3 + ...n = n(n+1)
2
Note que P (1) : S1 = 1 = 1(1+1)
2 é verdade (BASE DA INDUÇ ÃO).
n(n+1)
(i) Suponha que a proposição P (n) : Sn = 1 + 2 + ... + n = 2 é verdade. (HIPÓTESE
DE INDUÇÃO).
(ii) Provaremos que: P (n) =⇒ P (n + 1), é verdade para todo n ≥ 1.

Osnildo Carvalho (IFBA) Matemática Discreta 20 / 27


Indução

Queremos provar que P (n) =⇒ P (n + 1), onde

(n + 1)(n + 2)
P (n + 1) : Sn+1 = 1 + 2 + ... + n + 1 =
2
Partindo do primeiro membro temos:
1 + 2 + ... + n + 1 =
1
|+2+{z... + n} + (n + 1) =
h.i.
n(n + 1)
+ (n + 1) =
2
n(n + 1) + 2(n + 1)
=
2
(n + 1)(n + 2)
=
2
Osnildo Carvalho (IFBA) Matemática Discreta 21 / 27
Indução

Exemplo
Prove por indução que 2n + 1 ≤ 2n , ∀n ≥ 3

Seja P (n) : 2n + 1 ≤ 2n , ∀n ≥ 2, Note que P (3) : 2 · 3 + 1 ≤ 23 é verdade.


(i) Suponha que a proposição P (n) : 2n + 1 ≤ 2n , ∀n ≥ 3 é verdade.

Osnildo Carvalho (IFBA) Matemática Discreta 22 / 27


Indução

Exemplo
Prove por indução que 2n + 1 ≤ 2n , ∀n ≥ 3

Seja P (n) : 2n + 1 ≤ 2n , ∀n ≥ 2, Note que P (3) : 2 · 3 + 1 ≤ 23 é verdade.


(i) Suponha que a proposição P (n) : 2n + 1 ≤ 2n , ∀n ≥ 3 é verdade.
(ii) Provaremos que: P (n) =⇒ P (n + 1), é verdade para todo n ≥ 3.

Osnildo Carvalho (IFBA) Matemática Discreta 22 / 27


Indução

Exemplo
Prove por indução que 2n + 1 ≤ 2n , ∀n ≥ 3

Seja P (n) : 2n + 1 ≤ 2n , ∀n ≥ 2, Note que P (3) : 2 · 3 + 1 ≤ 23 é verdade.


(i) Suponha que a proposição P (n) : 2n + 1 ≤ 2n , ∀n ≥ 3 é verdade.
(ii) Provaremos que: P (n) =⇒ P (n + 1), é verdade para todo n ≥ 3.

Osnildo Carvalho (IFBA) Matemática Discreta 22 / 27


Indução

2n + 1 ≤ 2n ⇒ 2(n + 1) + 1 = 2n + 1 + 2 ≤ 2n + 2n = 2n+1
Portanto, P (n + 1) : 2(n + 1) ≤ 2n+1 é verdade.

Osnildo Carvalho (IFBA) Matemática Discreta 23 / 27


Indução

Exemplo
Prove por indução que n2 < 2n , ∀n ≥ 5

Seja P (n) : n2 < 2n , ∀n ≥ 5, Note que P (5) : 52 < 25 ⇒ 25 < 32 é verdade.


(i) Suponha que a proposição P (n) : n2 < 2n , ∀n ≥ 5 é verdade.

Osnildo Carvalho (IFBA) Matemática Discreta 24 / 27


Indução

Exemplo
Prove por indução que n2 < 2n , ∀n ≥ 5

Seja P (n) : n2 < 2n , ∀n ≥ 5, Note que P (5) : 52 < 25 ⇒ 25 < 32 é verdade.


(i) Suponha que a proposição P (n) : n2 < 2n , ∀n ≥ 5 é verdade.
(ii) Provaremos que: P (n) =⇒ P (n + 1), é verdade para todo n ≥ 5.

Osnildo Carvalho (IFBA) Matemática Discreta 24 / 27


Indução

Exemplo
Prove por indução que n2 < 2n , ∀n ≥ 5

Seja P (n) : n2 < 2n , ∀n ≥ 5, Note que P (5) : 52 < 25 ⇒ 25 < 32 é verdade.


(i) Suponha que a proposição P (n) : n2 < 2n , ∀n ≥ 5 é verdade.
(ii) Provaremos que: P (n) =⇒ P (n + 1), é verdade para todo n ≥ 5.

Osnildo Carvalho (IFBA) Matemática Discreta 24 / 27


Indução

n2 < 2n ⇒ (n + 1)2 = n2 + 2n + 1 < 2n + 2n = 2n+1


Portanto, P (n + 1) : (n + 1)2 ≤ 2n+1 é verdade.

Osnildo Carvalho (IFBA) Matemática Discreta 25 / 27


Indução

Agora é com você!


Prove, por indução, que:

n(n + 1)(2n + 1)
1 + 22 + 32 + ... + n2 =
6
, ∀n ∈ N, n > 1

Osnildo Carvalho (IFBA) Matemática Discreta 26 / 27


Referências

HEFEZ, A. Elementos de Aritmética. Textos Universitários. SBM. 2004.


LIMA, E. L; CARVALHO, P. C.P.; WAGNER, E.; MORGADO, A. C. A Matemática do
Ensino Médio. SBM. 2006
RPM 9, p.32 - Vale para 1, para 2, para 3... Vale sempre?

Osnildo Carvalho (IFBA) Matemática Discreta 27 / 27

You might also like