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3. Designemos por L o operador diferencial linear de quarta ordem D', ¢ por 8 0 subespago de Ca, b], constituido de tédas as fungdes y, tais que ¥@) = ¥'@ = VO) ye) (@) Prove que yilEye) — yo(Lya) = bray! — yay!” — vy + vay para todos os y: e ys de 5. (b) Aplique o resultado de (2) pars provar que autofungdes associa- das 2 autovalores distintos do problema de contémo L:8— la, b} séo ortogonais. 127 PROBLEMAS DE CONTORNO E DESENVOLVIMENTOS EM SERIE Comecames éste capitulo, definindo um problems de contérne como sendo wma equacdo linear da forma ly-h (12-30) na qual h é uma fungSo couheeida de efe, b, e L um opersdor diferencial linear de segunda ordem a atuar nom subespago $ de €%a, ], deserito por tum par de condigdes de contémo da forma (12-2). Desde entdio muito poueo temos dito acérea de teis problemas ¢, ao invés disto, temos estado & procura de autovalores e autofung’es. Agora j& tempo de justificar esta, aparente digressio, voltando ao nosso problema inieial e aplieando aguilo que aprendemos para resolvéo. © método que nos propomos usar ums generalizago direta do mé- todo do wutovelor introduzido ne Seg. 12-8 0s espagos euclidianos de Gimenstio infinite, o assim depende da existénela de uma duce de autofun- g6es_de C[a,t]. E claro que, por enquanto, nSo temos certeza de que essa base exista, mesmo quando Z seja simétriea, mas, caso existe, pode- ‘mos argumentar como segue. Seja ow Nae Rave’ 05 autovalores de Z, © seja——-— ~~ eo) ex), e260), um conjunto completo de autofungdes associedes 20s Xe. Eatio, como ea( fprmamm ume dace de ela, t, temos 10) = SD ene, em que hiven _ Se Wdenle) de, a BB A ye dx aT Te? SE tesGor dx ea série converge em média para h. Agora fagamos 3) = YS anent, 231 nao com os a desconhecides, € substituamos em (12-80) para obter 4z nto] = Sees. = Portanto, se L puder ser splicado a (12-31), térmo a térmo, teremos D awraen(x) = DY Corals (recordemos que Lv, = Anes), € segue-se que (12-31) seré uma solugio da equagio dada, se @ a, puder ser escolhido de modo tal que ohn = Ca para todo m, © 50 Gi) para ésses valéres de a, a série DU eneale) a definir uma fungdo de C42, t} cujas duss primeiras derivadas poderio ser ealeuladas, derivando-so térmo @ térmo. B claro que a primeira destas condigbes seré atingida fazendo-se = ea/Dny desde que , 70 para todo n (sto é, desde que Z seje bilmi- oe). Além disto, a solugio é tinica neste caso. Se, por outro lado, uum dos Xo, digamos Xs, f8r zero, 0 probleme ndo terf solugio quando es 70, e uma infinidade de solugtes quando <#4/0. GO Infelizmente, néo podemos fazer uma anélise assim t&o simples pare obter (ii), porque aqui devemos investigar a coavergéncia da strie Como j& vimos, éste é um problema delieado euje solugio depende das propriedades da fungéo & da qual se originam os ¢, e do sistema orto- gonal particular y. que aparece nesta série. Assim, sistemas ortogonais diferentes dever ser examinados separadamente, e o méximo que se pode dizer, om geral, 6 que a decejada diferenciabilidade, térmo a térmo, seré possivel quando h fér “suficientamente diferencidvel” (voja, no entanto, o Teorema 12-7). Na falta de uma informagio especifiea sdbre qual grau de diferencinbilidade seja “‘suficiente” num dado exemplo, é prétiea comum proceder formalmente, como acima, o, a seguir, tentar verificer se a série resultante tem as propriedades exigides. Este método serd ilustrado com algum detalhe no prdximo capitulo. Exeuero 1. Seja 8 0 subespaco de €%(0, 7] deserito pelas condigtes de contéme y(0) = x(n) = 0, @ seja L= —D*. Entio, Dent, x(x) = sen mx, n= 1,2,..., € 08 @ formam uma base de €[0, x] (veja Seg. 9-5). Logo, © problema de contémo =y' = WG), WO) = 5) = 0 (12-32) tem a solugio format wn! v2) = 3 Soman, (12-33) = es Neste caso, a validez de (12-33) pode ser garantida, supondo-se que h seja continua e tenha derivads primeira continua por partes em (0, rl, Com efeito, 2 série em seno de Fourier de h eonvergiré, entdo, uniforme ¢ abso- Intamente em todo o subintervalo fechado de (0, 7), ¢@ mesmo acontecers, com a série que se obtém, diferenciando-se (12-83) téimo a térmo.* Como exemplo conereto, seja hz) = 2. Entio, (12-82) passa a ser (12-34) XO) = Xe) = * 0 leitor deve aoter que (12-88) satisant As condigtes de contomo dadas « se reduziné a0 valor de h em 0'e em =, sbmento se h(0) = Mr) = 0, Portanto, allo pode- ‘aos, em geral, nem exigir nem esperar que a solugio de (12-92) satifaga 8 equacso Aiferencial no intervalo fockedo (0, x). om. que oa = 2, sen nx dx. ale ‘Um céleulo rotineiro dé - a2 eee EE aay? = Cte, ; consegiientemente, ya) = 2 (peas. E claro que (12-34) pode também ser resolvida na forms fechade, aplicando-se as condig6es de contérno A solugdo geral dey” = — 2. Para que o leitor no pense que temos sido um tanto quanto desleais, usando série de Fourier em vez déste método mais fécil, salientamos que, freqilen- temente, tal opgio n&o existe, ¢ que as dnicas solugées disponfveis sic as expressas como séries em térmos de autofungdes do problema. A técnica usada no exemplo acima teve bom éxito, precisamente por- que o operador —D? tinha autofunedes mituamente ortogonais, quando restrito a 8, em nimero suficiente pare permitir-nos construir uma base de autofungdes de €[0, z]. Isto dé imediatamente origem so problema de determinar condigdes que sejam suficientes para gerantir a existéncia de tal base para um operador diferencial linear auto-adjunto arbitrario que stue num dado subespaco de (a, 5]. Como podesfamos supor, este ¢ um problema bastante diffeil e qualquer tentativa de resolvélo, mesmo para os operadores simétricos introduzidos na Seg. 12-5, levar-nos-ia pi bbem longe do nosso roteire. Por isso, eontentamo-nos com 0 enunciado do seguinte teorema que, como se vetifica, 6 adequado para se lidar com ‘@ maioria dos problemas que discutiremos, Teorema 12-1. Seju L um operader diferenciad Uinear de se- sundda ordem normal num interealo feckado [a, bl, € seja 8 um subes- ago de C*[a, 8] descrito por um par de condigées de contérno nlios misias. Entéio, L tem uma segiéneia infinita de autovalores reais Dads = 0,152; 5 tal que Iho < Dal < Pal <--, oe PROBLEMAS DE CONTORNO CAP. 12 ‘Além disso, 08 subespagos invariantes de fa, 0] aasociadoe aos Xy ‘40 todoe unidimensionais; qualquer conjunto completo de auto- ‘fungées de 1, wn para cada autoralor, ¢ uma base de Cla, b); ¢ 0 ‘desenandyimento em. série de qualquar fungio continuamente, dife- rencideel por parles y em [a 0), réativamente a uma lal base, converge cuniforme ¢ absoluamente para y, em qualquer subinter- vale fechato no qual y € continua.* EXERCICIOS Enoontre 0 desenvolvimento em série formal da solugto dos proble- mas de contémo dos Bxereicios 1-6 om térmos das nutofungtes do sistema do Starm-Liouville aasorindo. A) y= x = 29, 1 = 0, 7) =o 2 ym P= a8, YO = 0, Hee) =O yO) =0, yl) =0 6, yf" = -son® x, 9) = y=, ¥"0) = 9G). "7, ‘Use w téenion introduzids nesta segio para diseutir o problem de contorno yim hts), 30) = yx), ¥O = YC"), sendo h uma fungio dada de €[0, 2r]. (Sugeota mente 08 c1s0s : Considere separada- [rurao 6 [Madde xo ¥§. Citando os teoremas apropriados do texto, verifique a sfirmativa feita acima no tocante & convergéneia da aérie dada em (12-33). [Para urna domonstragto, velese HL. Ineo, Onkinary Differential Syuations. Dover, Now York, 1956. @ imports Sturm-Li Oo da forma definida «i determin Admitim a GMa, b digho, -trivinis asssodind dente: dados 7 possibil Co 12-35), ea ide Consec a fe segul

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