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TÓPICOS DE CORREÇÃO
VERSÃO 1 e 2
Grupo 0
Tendo em conta a sua experiência de leitura de “Mensagem”, associe a cada uma das partes da coluna A o
segmento textual da coluna B que lhe completa o sentido. Apresente a resposta em coluna. (15 pontos)
Coluna A Coluna B
A. O poema “Mensagem” 16 1. um profeta anunciador do Quinto Império.
20. D. Sebastião.
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VERSÃO 1 VERSÃO 2
16 20
5 7
12 12
18 18
3 3
17 13
6 1
9 19
14 14
4 8
1 6
11 11
19 17
7 5
8 4
Grupo I
A
Leia o seguinte poema e responda às questões apresentadas.
PADRÃO1
1. Considerando a estrutura de Mensagem, integre o poema na parte a que pertence. Justifique. (10 pontos)
2.ª parte… Mar Português (Posse do Mar)… símbolo da vida do país… os descobrimentos
portugueses
2. Interprete o sentido do verso: “O esforço é grande e o homem é pequeno.”, referindo os seus recursos
expressivos. (20 pontos)
1
Padrão: monumento de pedra, ostentando as quinas e uma cruz, que era colocado nas terras descobertas.
2
Diogo Cão: navegador português do séc. XV.
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O esforço das Descobertas é enorme e o homem navegador é muito pequeno perante essa grandeza…
antítese/ hipérbole/ comparação??… reforça a ideia desse confronto entre a imensidade do mar e a
pequenez do homem e valoriza assim a sua conquista…
3. Relevando a importância do mito na obra, comente o significado dos versos: “Que o mar com fim
será grego ou romano:/ O mar sem fim é português.” (20 pontos)
“o mar com fim será grego ou romano” refere-se a um mar comum, material, real, pertencente a
impérios territoriais…mas Portugal irá conquistar “o mar sem fim”… o mar de um império maior, de
um império espiritual… do quinto império… explicar….
D. TAREJA3
1. Considerando a estrutura de Mensagem, integre o poema na parte a que pertence. Justifique. (10 pontos)
1.ª parte… Brasão (Guerra sem Guerra)… símbolo do nascimento do país… a fundação do país…
(um dos castelos fundadores)
3
D. Tareja: D. Teresa, mãe de Afonso Henriques.
4
Augusto: digno de respeito e veneração.
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2. Interprete o sentido do verso: “Ó mãe de reis e avó de impérios,” referindo os seus recursos
expressivos. (20 pontos)
O sujeito poético dirige-se em apóstrofe à mãe do rei fundador Afonso Henriques…fundador de
Portugal… e avó do império do mar, das descobertas… metáfora…
3. Relevando a importância do mito na obra, comente o significado do verso: “Dê tua prece outro
destino”. (20 pontos)
O sujeito poético deseja agora que a prece de D. Teresa atinja outro objetivo… É que Portugal
“envelheceu” e precisa de ser rejuvenescido e de novo criado…o pedido é que D. Teresa vele e reze
para que esse novo Portugal chegue ….o quinto império… explicar….
Hoje, como me oprimisse a sensação do corpo aquela angústia antiga que por vezes extravasa, não
comi bem, nem bebi o costume, no restaurante, ou casa de pasto, em cuja sobreloja baseio a continuação da
minha existência. E como, ao sair eu, o criado verificasse que a garrafa de vinho ficara no meio voltou-se
para mim e disse: "Até logo, Sr. Soares, e desejo as melhoras."
Ao toque de clarim desta frase simples a minha alma aliviou-se como se num céu de nuvens o vento
de repente as afastasse. E então reconheci o que nunca claramente reconhecera, que nestes criados de café e
de restaurante, nos barbeiros, nos moços de frete das esquinas, eu tenho uma simpatia espontânea, natural,
que não posso orgulhar-me de receber dos que privam comigo em maior intimidade, impropriamente dita...
A fraternidade tem subtilezas.
1. Explique de que modo a presença do imaginário urbano e quotidiano promove a deambulação mental
do narrador. (20 pontos)
O narrador conta um episódio do seu quotidiano que se passou na casa de pasto que frequenta em
Lisboa… (referir em síntese…) e que o vai fazer refletir sobre a simpatia e fraternidade das
pessoas… ele vai reconhecer que afinal os que se lhe apresentam duma forma mais fraterna são
aqueles com quem ele tem uma relação apenas de circunstância…
Grupo II
O trabalho do tempo
Rodado ao longo de uma dúzia de anos – alguns dias por ano, seguindo um argumento pré-escrito
na sua esmagadora maioria – “Boyhood − Momentos de uma Vida” segue a vida de Mason (Ellar
Coltrane), da irmã Samantha (Lorelei Linklater) e dos pais (Patricia Arquette e Ethan Hawke), que se
tinham divorciado ainda antes de o filme começar. Mason é um miúdo pequeno, no início da vida
5 escolar, quando o filme arranca; está a entrar na universidade, quando o filme se conclui.
Se é verdade que um filme, qualquer filme, é uma forma de contrariar o trabalho da morte (porque
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fixa gente viva, para sempre imutável, num momento da sua trajetória temporal), “Boyhood” −
Momentos de uma Vida” mostra-nos o contrário, mostra o trabalho do tempo, em contínuo,
imparável. Para mais, esse trabalho não vai na direção de um desfecho que resolva conflitos (que é a
10 lógica normal das narrativas de ficção cinematográfica), vai na rota de incógnitas cada vez mais
amplas (que é a regra normal da vida). E é verdadeiramente extraordinário caminhar com as
alterações físicas das personagens, não apenas dos miúdos, mas também dos pais (corajosa é, neste
campo, a atitude de Patricia Arquette, que expõe o seu corpo numa fase da vida que ela afastara do
olhar de outras câmaras) a que correspondem fases da vida, encontros e derivas e o mundo em volta
15 que vai mudando: a esperança da campanha de Obama ou o trauma do Iraque. Até a febre “Harry
Potter” por lá passa e a discussão sobre se “Star Wars” pode ir além de “O Regresso de Jedi”. E,
todavia, vendo as personagens evoluir na nossa frente, jamais pensamos que estamos em presença da
vida como ela é.
Jorge Leitão de Barros, in Atual, Expresso, 29 de novembro de 2014, p. 26 (adaptado)
4. A frase: “esse trabalho não vai na direção de um desfecho que resolva conflitos (…), vai na rota de
incógnitas cada vez mais amplas” (ll. 10-12) significa que
A. o filme tem um final fechado.
B. o filme resolve os conflitos interiores das personagens, logo no início.
C. o filme faz refletir os espetadores sobre a existência humana.
D. o filme acompanha a evolução das personagens.
5. Indica o valor aspetual da seguinte passagem do texto: “Se é verdade que um filme, qualquer filme, é
uma forma de contrariar o trabalho da morte,” (l.6)
A. Valor perfetivo.
B. Valor imperfetivo.
C. Valor genérico.
D. Valor habitual.
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C. pais.
D. encontros e derivas.
7. Indica o tempo e modo do verbo sublinhado: “que se tinham divorciado ainda antes de o filme
começar.” (l.4) pretérito mais que perfeito composto do indicativo
9. Indica o tipo de coesão assegurado pelos seguintes vocábulos: “porque” (l. 8) e “todavia” (l. 18).
Coesão interfrásica
10. Classifica a oração sublinhada na frase: “Se é verdade que um filme, qualquer filme, é uma forma
de contrariar o trabalho da morte (porque fixa gente viva, para sempre imutável, num momento da
sua trajetória temporal), ‘Boyhood – Momentos de uma Vida’ mostra-nos o contrário.” (ll. 7-9)
oração subordinada substantiva completiva
Tendo em conta o comentário apresentado, redija um texto de opinião bem estruturado, com um
mínimo de 200 e um máximo de 350 palavras, e defenda um ponto de vista pessoal sobre a indiferença nas
relações humanas. Fundamente o seu ponto de vista, recorrendo a dois argumentos e ilustre cada um deles
com, pelo menos, um exemplo significativo.
Grupo III
Tópicos de resposta:
• A indiferença numa relação humana como consequência de um episódio de conflito, em que os
intervenientes guardam rancor/mágoa uns aos outros;
• a indiferença entre elementos de uma família (pais e filhos, irmãos) poderá surgir como consequência do
desgaste provocado por diversas situações familiares;
• a indiferença entre os elementos de um casal poderá surgir após a descoberta de uma traição ou de uma
mentira;
• a indiferença poderá surgir de forma involuntária em consequência da excessiva ocupação de um indivíduo
com o trabalho, atividades de lazer ou situações que o preocupem;
• a indiferença poderá ser verificada quando um indivíduo não se importa com as condições de vida das
outras pessoas que vivem em estados de vulnerabilidade (doença, pobreza, fome);
• a indiferença nas relações governamentais, em que as nações dominantes reagem de forma desprezível para
com as situações de dependência das nações que dependem de um auxilio da nação dominante;
• a indiferença nas relações de trabalho, onde a entidade patronal não se preocupa com os problemas do seu
empregado, estando apenas preocupado com questões financeiras e operacionais;
• …
Redija um texto de opinião bem estruturado, com um mínimo de 200 e um máximo de 350 palavras, e
defenda um ponto de vista pessoal sobre a ideia exposta no excerto transcrito. Fundamente o seu ponto de
vista, recorrendo a dois argumentos e ilustre cada um deles com, pelo menos, um exemplo significativo.
A professora
Arminda Gonçalves
7/7