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Das intmaioni ecatslogarso ma Fblcagzo (CIP) (Cara Bra do Lio, @, Sei) | tenant ek temo ego, Badman 2. Cig 2 Aen Canis 3 Acne tine seme ET orate coos Indies para catslon steno: 1. Ae: Hite 00 aie Wiis nodal 980 =. neem zd oe. Cote ik pene jatar ras lec eo pa A AFRICA NA SALA DE AULA Visita a histdria contempordnea Leila Leite Hernandez 30 LEILA LEITE HERNANDEZ Concluindo, € possivel afitmar que todos esses exemplos, embora em pe- queno niimero, sio suficientes para indicar que tanto a formas de resisténcia diante da perda de soberania, independénciae liberdade desvendam 0 protagonismo africano perante a partlha ¢ a conquista. Mas os exemplos evidenciam também a impocéncia bélica dos afticanos ante a supre macia européia, Como bem resumiu o poeta inglés Hilaire Belloc: “Acontega 0 que acontecer, nds temos a metralhadora, ¢ cles nio”.!” [A dominagio fundada no exerelcio da violencia Sica, Are afo-portuguesa jecontrada no Benin, no sealo XML 10. Apud BOAHEN, op i, p30 Sao itera 4+ “CIVILIZADOS” E “PRIMITIVOS” NA CONSTITUIGAO DO SISTEMA COLONIAL AFRICANO Notas sobre o “imperialismo colonial’ A partilha deu inicio & conquista, processo por meio do qual se acelerou a violencia googréfica, com a exploracio ge- netalizada dos diversos espagos geopolitices do continente africano. A essa fase inicial de perda da soberania dos africa- ros seguiu-se o periodo da estruturagio do sistema colonial 7 Embora seja hoje consenso que 0 colonialismo foi re- sultante da concorréncia econémica ¢ do expansionismo dos paises europeus, vale a pena incorporar como dimensio préptia desses processos algumas consideragées apresentadas por Hannah Arendt. Em “Lmperialismo” a autora identifica t2s aspectos Fundamentais do “imperia- lismo colonial” europeu, na sua fase de 1884 a 1914, apresentando-as como prefiguragdes dos fendmenos toralitirios do século XX, quais sejam: o nazismo o stalinismo. A novidade da argumentagio de Arendt reside em afirmar que 0 “impe tialismo colonial” apresenta como tragos fundamentais 0 expansionismo, a bu- rocracia colonial eo racismo. Segundo a autora, uma das mais importantes fil6sofas do século XX, a compreensio do expansionismo transcende a esfera mica por ser um “objetivo permanente ¢ supremo da politica”; portanto, ia central do imperialismo “contém uma esfera politica traduzida por uma base ilimitada de poder cujo suport é a forsa politica presente na vocacio para a dominacio global”.? Dai que © modelo arendtiano, apresentando uma discor- ancia explicta da famosa idéia de Lénin de que 0 imperialismo é 0 timo esti- 1. ARENDT, Hannah, “Imperialism”. Lee Origons do rulcaromo: ant semtime, imperialism, Sao Paulo: Companhia das Letras, 1989. p. 146338. tals 2 Bide, p. 146-187

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