spn 0 2013 1202 aie 017 Autentice editora cop) o2 copycight 1 autentica Editora. Nenhuma parte desta publicagso vor meios Mecanicos, eletTONiCOs, Sea Via CBpia la Editora jceitos reservados Pel reproduzida, Sei? Todos 05d ® autorizacao previa d poder’ se erotica, Sem PROTO GRARCO \sTOROGRAFIA Diogo Droschi eons 0 OCHO HSTENA liana de Freitas Dutra swe oe coroin rer ‘Alberto Bittencourt (Sobr 2 obra de Anse oro sa Foto: Cubo Branco [George Darel) toon a5 Cecilia Martins tev 08 100020 Vera Chacham sewsho toca Assumpxé0 DIAGRAMACAO Larissa Carvalho Mazzoni Dados I nternacionais de Catalogacao na Publicacao (CIP) (Camara Brasileira do Livro, SP, Brasil) ————————e—e i | Hartog, Francois Crer em historia / Francois Hartog ; traducéo Camila Dias. -- 1. ed. ~~ Belo Horizonte : Auténtica Editora, 2017, ~- (Coleao Historia & Historiografia) Titulo original: Croire en l'histoire Bibliografia, ISBN 978-85-513-0026-8, 1. Historia - Filosofia 2. Historcidade 3. Historiografia | Titulo. ll. Série | 17-02878 cDD-901 indices para catalogo sistematico: 1, Historia : Filosofia 901 @crvro aurentica Belo Horizonte Rio de Janeiro so Paulo Ay, Paulista, 2.073, Rua Carlos Tur Searanae Rua Debret, 23, sala 401 Belo Horizonte. MG Centro. 20030-080 Conjunto Nacional. Horsa! Tel: (85 31) 3468 4500 Rio de Janeiro . RJ 23° andar . Con). 2307 Tel.: (55 21) 3179 1975 Cerqueira César 91311-940 Wy 580 Paulo . SP peels Fel (55 11) 3034 4468SUMARIO Introdugao Ainda cremos em Historia? Capitulo 1 Aascensao das dividas Capitulo 2 Uma inquietante estranheza Intermédio Sobre trés alegorias da Histéria Capitulo 3 Do lado dos escritores: os tempos do romance Capitulo 4 Do lado dos historiadores: os avatares do tegime moderno de historicidade Concluséo Onome e o conceito de historia ...........cscccessesseseesesreseeees 22)INTRODUCAO. Ainda cremos em Histéria? Eu que fui a bela Clio, téo adulada. Como eu triunfava no tempo dos meus jovens feitos. Depois veio a idade [...]. Entdo eu tento me enganar. Eu me dedico a trabalhos [...] Eu, a historia, engano 0 tempo.! Ainda cremos em Histéria? E 0 que significa hoje responder sim ou nfo a essa questo? Esta é a pergunta inicial desta investigagio e desta reflexio. Acreditamos em Histéria como se acreditou a partir do século XIX: com a mesma forga e a mesma f€? Quando ela se tornou uma evidéncia, quando comegamos a praticé-la metodica- mente, com a ambi¢io de algd-la 4 posigdo de ciéncia, no modelo das ciéncias da natureza. Quando a literatura se apossou vivamente dela, quando o romance assumiu por tarefa escrever esse mundo novo atravessado pela Historia. Adquirindo entao consciéncia do seu poder, encontramo-nos acometidos pela sua for¢a de condugio, até reconhecer nela uma figura nova do destino. Seu avango suscitou a reveréncia, sua capacidade de triturar paises € vidas causou pavor. No final dos anos 1940, Mircea Eliade chegou a denunciar 0 que ele nomeava o “terror da Histéix’. Durante todo um tempo, con- fiou-se em seu tribunal; la For COnvocada em inumeriveis campos de batalha, em seu nome se justificaram ou se condenaram politicas as mais opostas. Quantos discursos, liricos ou realistas, ela inspirou? * PEGUY, 1992, p. 998. .