You are on page 1of 46

Disciplina: SISTEMAS MECÂNICOS I 2019

• Professor: João Mário


Sistemas Mecânicos
• As falhas ocorridas nos sistemas
mecânicos na grande maioria ocorre por fadiga
(mais de 80%), assim é mais lógico basear os
projetos na resistência a fadiga, do que nas
resistências ao escoamento ou ruptura.
Processo de falha por fadiga
• A) Iniciação - A fratura por fadiga começa com a
germinação de uma pequena fenda microscópica,
em regra ocorrida em uma zona de concentração
de tensões (transição de seções, furos, entalhes,
etc.)
• B) Propagação da trinca - a partir do defeito
inicial, a fenda de fadiga progride gradualmente,
ciclo após ciclo de carregamento.
• C) Ruptura final - Esta zona apresenta-se
normalmente rugosa.
Ruptura por fadiga
Material de fabricação

• Os eixos e árvores são fabricados em aço


ou ligas de aço, pois os materiais
metálicos apresentam melhores
propriedades mecânicas do que outros
materiais.
Material de fabricação
– Eixos com pequena solicitação mecânica são
fabricados em aço carbono;
– Eixo-arvore de máquinas e automoveis são
fabricados em aço-niquel;
– Eixo-árvore para altas rotações ou para
bombas e turbinas são fabricados em aço
cromo-niquel;
Material de fabricação
– Eixo para vagões são fabricados em aço-
manganês
– Quando os eixos e ávores têm finalidade
específicas, podem ser fabricados em cobre,
aluminio,latão de acordo com a finalidade
específica
Eixos maciços
A maioria dos eixos maciços tem seção transersal
circular maciça,com Degraus ou apoios para ajuste
de peças montadas sobre eles.A extremidade do
Eixo é chanfrada para evitar rebarbas
As arestas são arredondadas para aliviar a
concentração de esforços
Eixos vazados
Normalmente as máquinas-ferramentas possuem o eixo-
árvore vazado para facilitar a fixação de peças mais
longas para a usinagem.
Tambem muito utilizado em eixos de motores de avião,
por serem mais leves
Eixos cônicos
Os eixos cônicos devem ser ajustados a um
componente que possua um furo de encaixe cônico. A
parte que se ajusta tem um formato cônico e é
firmemente presa por uma porca.Uma chaveta é
utilizada para evitar a rotação relativa.
Eixos roscados
Esse tipo de eixo é composto de rebaixos e furos
roscados, o que permite sua utilização como elemento
de transmissão e também como eixo prolongador
utilizado na fixação de rebolos para retificação interna e
de ferramentas para usinagem de furos.
Eixos-árvore ranhurados
Esse tipo de eixo apresenta uma série de ranhuras
longitudinais em torno de sua circunferência. Essas
ranhuras engrenam-se com os sulcos correspondentes
de peças que serão montadas no eixo. Os eixos
ranhurados são utilizados para transmitir grande força.
Eixos-árvores estriados
Assim como os eixos cônicos,como chavetas,
caracterizam-se por garantir Uma boa coencitricidade
com boa fixação, os eixos-árvores extriados, tambem
são utilizados praevitar rotação relativa em barras de
direção, de automóveis ,alavancas de máquinas, lipador
de parabrisa ,etc...
Eixos –árvore flexíveis
Consistem em uma série de camadas de arame de aço
enroladas alternadamente em sentidos opostos e
apertadas fortemente.O conjunto é protegido por um tubo
flexível e a união com o motor é feita mediante uma
abraçadeira especial com uma rosca.
São eixos empregados para transmitir movimento a
ferramentas portateis (roda de afiar), e adequados a forças
não muito grandes e altas velocidades ( cabo de
velocímetro)
Árvores
• São elementos de máquinas geralmente
de seção circular rotativas ou
estacionárias que têm função de suporte
de outros componentes mecânicos
(engrenagens, polias, volantes, etc.) e
transmitem momento de torção.
Deflexão
• Deflexões excessivas causarão:
– desgaste rápido dos mancais da árvore
– desalinhamentos que prejudicarão o
engrenamento de engrenagens correias ou
correntes
A velocidade (rotação) crítica
• Calculada posteriormente para se evitar
que o eixo gire com rotação próxima a
primeira freqüência natural do eixo,
impedindo assim, que ocorra o fenômeno
de ressonância do sistema.
Regras gerais para o projeto de
eixos
• Para minimizar as tensões e deflexões,
– o comprimento do eixo deve ser o menor possível
– os trechos em balanço minimizados ao máximo
– Deve-se usar preferencialmente o eixo bi apoiado ao
invés do em balanço;
– Um eixo vazado tem uma razão melhor de
rigidez/massa (rigidez específica) e frequências
naturais mais altas que aquelas de um eixo
comparativamente rígido ou sólido;
Eixos e árvores;
• Dimensionamento de árvores ou eixos levando
em conta a resistência:
• Introdução,Considerações gerais,
• Projeto para flexão alternada e torção
constante,
• Projeto para flexão variada e torção variada,
• Projeto para flexão variável, torção variável e
carga axial,
• Materiais, Diâmetros padronizados.
EFEITOS DE ENTALHES
Todo tipo de variação no formato do eixo
deve ser levado em consideração por
provocar aumento de tensão na geometria
trabalhada.
Furos
Rebaixos
Rasgos
Etc..
EFEITOS DE ENTALHES
• Para tais considerações devemos aplicar
o índice (fator) de sensibilidade “q”
calculado a partir da fórmula de Kunn-
Hardrath e constantes de Neuber.
• Considerando o material e o tipo de
esforço solicitado.
Concentração de tensões
Variações
Para ducteis axiais
Tensão média Fator de redução prático Tensão variavel

1 m k f . v Fator de confiabilidade

 
FS  e  n .FT .FA .FC .Ft .Fconf
Fator de segurança
Fator de temperatura

Tensão de escoamento
do material
Fator do tamanho Fator de solicitação
Tensão limite a
resistencia a fadiga Fator de superficie

 n  0,5. r
Fator de redução prático
Fator de redução de resistência à fadiga ou fator
prático de concentração de tensões

k f  1  q(kt  1)
 
Tensão máxima corrigida
P
 max
P = carga axial total,(N)

 kt . A = área líquida da seção contendo o


furo,(m2)

A Kt = fator teórico de concentração de


tensão (fator geométrico)

r b
kt  A( )
d
Kt Fator teórico de concentração de
tensões

r b
kt  A( )
d

Os valores para os coeficientes A e expoentes b são obtidos em tabelas e


gráficos relacionados ao esforço e geometria do eixo ( vide apostila)
Índice (fator) de sensibilidade“q”
fórmula de Kunn- Hardrath:
• Indica a maior ou menor sensibilidade do elemento
de máquina à concentração de tensões.

1
q
a
1
r
Os valores para “q” e os coeficientes A e expoentes b são obtidos em tabelas
e gráficos
Índice (fator) de sensibilidade“q”
fórmula de Kunn- Hardrath:

Os valores para “q” e os coeficientes A e expoentes b são obtidos em tabelas


e gráficos
Fadiga
Para o caso de vida limitada (finita), uma expressão que
pode ser usada com resultado satisfatório, para os aços, é a
seguinte:
log k f

(k f ) n  n 3
( para n ≤ 300000 ciclos )
kf
Neste caso, n representa a vida desejada e kf o fator para
vida infinita
Depende do material e esforço

• para materiais dúcteis 1 m k f . v


sob esforços axiais,  
FS  e  n .FT .FA .FC .Ft .Fconf

• para materiais 1 k f . m k f . v
 
quebradiços, FS e  n .FT .FA .FC .Ft .Fconf

• para materiais dúcteis 1 m k f . v


sob ação de esforços  
FS  e  n .FT .FA .FC .Ft .Fconf
cisalhantes
kgf/mm2 x 1.422,3197=lbf/pol2 = Psi
Exercício
• (EM p1 2014)) Um sistema mecânico utiliza um eixo usinado cujo confiabilidade é de 99,99% , confeccionado em aço
1035 LQ, revenido a 560°C. A temperatura de operação do eixo é de 460°C e está sujeito a esforços de 10KN e (–) 1000 kgf
aplicadas no sentido axial do eixo.
Utilizando o princípio de analise por fadiga calcule o valor do fator de segurança utilizado no projeto do eixo.
Considere para os cálculos : o diâmetro do eixo DE 10 cm, Kf =1, FT =0,85
Para o aço 1035 LQ temos σe = 27 kgf / mm2 σr = 50 kgf / mm2

Tabelas de cálculo para eixos


T ≤ 450ºC → Ft = 1
450ºC < T ≤ 550ºC → Ft = 1- 0,0058(T – 450)
ou
840ºF < T ≤ 1020ºF → Ft = 1 – 0,0032(T – 840)*

MPa kpsi
Acabamento superficial
A B A B
Tensão variavel
r
Tensão média 1 kt  A( )b
q
 max   min a
d
m  1
r
2
k f  1  q(kt  1) Fator de confiabilidade
Fator de redução prático

1 m k f . v
 
FS  e  n .FT .FA .FC .Ft .Fconf
Fator de temperatura
Fator de segurança
T ≤ 450ºC → Ft = 1
450ºC < T ≤ 550ºC
Tensão de escoamento Ft = 1- 0,0058(T – 450)
Fator de superficie
do material Fator de solicitação
FA = A(r) b
flexão FC = 1
Tensão limite a força normal FC = 0,70
resistencia a fadiga força de torção FC = 0,60
Fator do tamanho
para d ≤ 8 mm → FT = 1
para 8 mm ≤ d ≤ 250 mm → FT = 1,189.d - 0,097
 n  0,5. r  para d > 250 mm → FT = 0,60
BONS ESTUDOS
Tensão média
É a média entre as tensões máxima e mínima
(tensão constante).

 max   min
m 
2
Tensão variavel
É igual à metade da diferença entre as tensões
máxima e mínima (tensão alternada).

 max   min
v 
2
F d 2
 max  A
A 4
reversãocompleta
Fator do tamanho
• para d ≤ 8 mm → FT = 1
• para 8 mm ≤ d ≤ 250 mm → FT = 1,189.d - 0,097
• para d > 250 mm → FT = 0,60
• para 0,3 in ≤ d ≤ 10 in → FT = 0,869.d - 0,097
(válidos para o aço e peças de seções circulares)
• Caso não se conheça o diâmetro pode-se usar,
preliminarmente,
FT = 0,85 para12,5 mm ≤ d ≤ 50 mm e corrigir
depois quando for necessário.
Fator de solicitação
• flexão FC = 1
• força normal FC = 0,70
• força de torção FC = 0,60
Fator de temperatura
• Temperatura
T ≤ 450ºC → Ft = 1
450ºC < T ≤ 550ºC → Ft = 1- 0,0058(T – 450)
ou
840ºF < T ≤ 1020ºF → Ft = 1 – 0,0032(T – 840)

( válidos só para o aço)


Fator de confiabilidade
• Os valores de correção para um desvio padrão
igual a 8% da média (Norton, 2004). Quando
não especificado usar Fconf = 1.
Fator de superficie
• Segundo Shigley e Mischke, tem-se:
FA = A(r)b
• Se FA > 1,0 → usar FA = 1,0
Os coeficientes “A” e os expoentes “b” estão na tabela 1 desenvolvidos
para o aço.

•Tabela 1 – Valores “A” e “b” da equação para σr em MPa ou kpsi


Fator de confiabilidade

Quando não especificado usar Fconf = 1.

You might also like