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13/11/2018

Receita regulamenta casos de restituição de PIS/COFINS

Prof. Marcos Relvas

 Entendendo a tese
 Quem pode recuperar?
 Quanto é possível recuperar?
 Como recuperar?
Grau de segurança máximo. Como demonstrar
para nossos clientes.

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Minha apresentação hoje vai ser diferente mesmo para aqueles


que já me acompanham de longa data nos meus treinamentos.

Vou usar na prática uma frase que usei na minha palestra do


Simpósio desse ano em São Paulo que não somos um banco de
dados e sim um banco de emoções.

Estamos acostumados a nos apresentar com curriculum, títulos,


números, experiência profissional, tudo medido em números ou
relevância.

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Já vi professores com currículos infindáveis e de altíssimo nível e


experiência na área que iria ensinar que poucos possuíam. A
expectativa era grande do que poderia sair da mente de um ser tão
ilustrado.

E dai, em alguns, casos advinha uma frustração muito grande


porque não havia didática, não havia método para uma boa
exposição e por fim dava para perceber que na verdade não havia
coração naquilo que esse professor estava ensinando.

Consequência: o assunto ficava incompreensível ou com muito


pouco aproveitamento.
Já viram isso?

Segundo Dale Carnegie “Quando lidar com pessoas, lembre-se que


não está lidando com criaturas de lógica, mas sim criaturas de
emoção.” Autor de um dos maiores best sellers do mundo (Como
fazer amigos e influenciar pessoas)

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Essa ideia veio a minha cabeça


lembrando dessa frase do Simpósio
em conjunto com uma pergunta de um
aluno no webinário de sexta-feira
passada.

O colega perguntou se fazia muita


diferença para um advogado
apresentar-se ao cliente para falar
sobre direito tributário sem ter
nenhum título de pós graduação.

Na mesma hora me lembrei que eu fiz MBA, cursos de extensão,


Mestrado e que isso não agregava em nada nos meus fechamentos
de contratos com o nicho de pequenas e médias empresas.

O cliente estava bem mais interessado em perceber se eu de fato


tinha condições de fazer o que me propunha. Se entendia do
assunto e lhe transmitia segurança e nunca me perguntava sobre
minha formação ou pedia eu currículo.

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Meu currículo servia apenas para quando ia dar aulas ou participar


de alguma concorrência de órgãos públicos.

Assim não se preocupe se você não tem uma pós graduação. O que
importa é conseguir apresentar o serviço que você vai prestar com
propriedade.

Mas ainda assim eu percebia que nem sempre fechava contrato e


analisando essas situações verifiquei na prática e depois estudei
com entusiasmo as técnicas de Programação Neurolinguistica,
também chamados de PNL, que talvez o mais importante mesmo
para uma predisposição do cliente em fechar contrato é ele criar
com você uma boa empatia.

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Ou seja, a coisa acaba acontecendo muito mais no âmbito do


coração do que da razão.

 Muita razão e pouca empatia chances pequenas de fechar


contrato
 Muita empatia e pouca razão chance reduzida de fechar contrato
 Muita empatia e uma boa dose de razão, nem precisa ser muita,
e o fechamento de contrato é quase certo

Por isso resolvi não falar nada sobre meu currículo ou minha
experiência nesse encontro de hoje porque isso vcs ou já conhecem
ou vão perceber e avaliar durante o conteúdo da aula e nas
respostas às perguntas.

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Dessa forma vou procurar mostrar um pouco da alma do Marcos


Relvas para aqueles que se identificarem e sentirem vontade de
voarem junto comigo nessa aventura do Direito Tributário que
temos feito aqui de forma exclusiva no Ibijus. Porque como digo,
aves da mesma plumagem voam juntas.

Eu sempre resisti em fazer uma


apresentação dessa forma porque
achei que os alunos poderiam achar
tolice, mas hoje entendi que não é
tolice, porque eu seguindo essa linha
vou transmitir para você mais do que o
coração que eu ponho nesse trabalho,
mas vou mostrar como você deve fazer
para fechar contrato com seus clientes
usando também seu coração.

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Sim porque aqui você vai aprender a mostrar para um empresário


que ele pagou ainda nesse mês de outubro passado uma guia de Pis
e Cofins com cerca de 20% a mais do que ele deveria pagar.
Que ele tem pago esse valor a maior durante muitos anos, mês após
mês e que o Supremo Tribunal Federal julgou em última instância
que esse excedente é indevido e que as empresas tem o direito de
fazer essa redução de imediato e ainda recuperar os últimos 5 anos
desse pagamento indevido com juros e correção monetária.

E que isso pode representar uma redução de custo mensal para ele
importante e que vai aumentar sua competitividade no mercado e
que ele poderá obter um montante de dinheiro sem ter que ir a
bancos, sem juros, sem dívida que vai permitir novos investimentos
e equipamentos, treinamentos ou o que ele quiser fazer para
melhorar seu negócio.

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Mas será que só dizendo isso para ele da maneira como vamos
ensinar na parte de conteúdo será suficiente para convencê-lo a
fechar contrato com você.

A coisa parece tão lógica em si que parece que sim, né?

Muitos estão ávidos para saber mais detalhes desse conteúdo para
levar a boa nova para os clientes e pronto, contratos fechados.

Por incrível que pareça você vai precisar colocar um pouco de


emoção, de coração na apresentação e criar empatia com ele.

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Quem quer pagar mais tributos do que deve e quem não quer
restituir do governo um montante de dinheiro por pagamento
indevido que pode dar um grande avanço na empresa?

Para os menos experientes, ele acredita que vai pegar a parte lógica
dessa tese explicar para o cliente e sair fechando 100% de contratos,
ainda mais quando você propõe de receber 99% dos seus
honorários no êxito da ação

Quando eu tomei contato pela primeira vez com as teses tributárias


eu achava isso e falava pra mim mesmo que não tinha como um
cliente não fechar contrato comigo diante dessa situação.

Alguns de vocês também estão pensando isso, né?

Mas quero lhe informar que comecei a visitar os primeiros clientes e


foi um não atrás do outro.

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Ficava sem entender como o cliente podia rejeitar uma oferta como
aquela.

E depois de muito errar na construção de um método que criei para


minha atuação até atingir o sucesso, a duras penas, depois de muito
tempo e muito dinheiro jogado fora, percebi que eu precisava
investir em como falar e não apenas no que falar.

Esse é um segredo que estou te revelando e aposto que muitos


colegas que estão aqui com anos de advocacia sofrem com isso.

Então o que eu procuro entregar nos meus treinamentos e


especialmente no meu programa que começou ontem, para os que
queriam se aprofundar em não apenas aprender conteúdo mas em
como conseguir efetivamente fechar contratos com esse
conhecimento. É justamente essa composição do produto que você
tem com a forma de apresentar

Razão e emoção. Mente e coração

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Seguindo com um pouco da minha jornada eu percebi que esse


conjunto era imbatível e aumentava em muito meu percentual de
fechamento de contratos em relação as visitas que eu fazia.

Então o que vou procurar entregar rapidamente pra você hoje é


justamente essa composição.

Razão e emoção.

Eu procurava ser muito formal, como todos nós advogados


aprendemos a ser, não é verdade?

 Não demonstrar emoções, mas apenas a racionalidade da tese.


 Claro que aqui não quero incentivar ninguém a decorar livro de
piada para contar para o cliente ou ir vestido com camiseta do
Corinthians para visitar um cliente para demonstrar suas
emoções.

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Vai que o cliente é palmeirense. A empatia foi para o brejo.

O que quero dizer é que somente depois que comecei a pesquisar


sobre as empresas que eu ia visitar, saber com quem iria falar e
demonstrar para o diretor que eu tinha verdadeiro interesse no
negócio dele, que tinha lido sobre a empresa, que sabia de alguns
detalhes e queria saber mais, tentar mostrar que eu tinha um
verdadeiro interesse no sucesso da empresa, é que comecei a
fechar mais contratos.

Quando começava a falar o que sabia da empresa e perguntava


sobre como foi que ele (se for o fundador) construiu aquela
empresa, como ele teve aquela ideia. Comentava sobre algum
prêmio que eu sabia que a empresa tinha ganhado, falava sobre
como os consumidores gostavam dos produtos da empresa.
Veja... apenas coisas ligadas a emoção.

A empatia ia se criando e somente depois de alguns poucos minutos


(ouviram, poucos minutos) dessa parte é que eu entrava no tema
em si.

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E para que vocês saibam o que eu estou fazendo aqui ensinando


essas coisas todas é preciso que entendam o que vai no meu
coração.

Quando cheguei na crise do 50 anos, resolvi fazer uma grande


mudança na minha vida e carreira e me dedicar a fazer o que
realmente gosto de fazer que é dar aulas.

 Pensei em ensinar Filosofia que sempre fui amante e leitor de


algumas obras.
 Pensei em falar sobre espiritualidade que sempre gostei de
estudar e me dedicar à algumas práticas na condição de livre
pensador.
 Pensei ainda ensinar sobre minha vivência com comércio exterior.
 E muitas outras coisas

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Mas aí me veio que o que eu efetivamente sabia fazer e tinha com


que contribuir de verdade com meus alunos era sobre o que
transformou minha carreira que foram as Grandes Teses.

Mas vivia um conflito porque não havia literatura sobre isso e


sempre foi considerado uma assunto fechado entre alguns
advogados no Brasil.

Decidi que tinha que dar o meu melhor e após um treinamento que
fiz chamado Leader Trainer, que eu indico muito para quem puder
fazer, resolvi construir um novo projeto para minha vida e tinha que
começar com um propósito e uma visão.

Então escrevi que meu propósito era ser um intelectual próspero e


útil para a humanidade e minha visão era ajudar milhares de
pessoas a serem mais felizes.

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A conclusão sobre o que eu deveria ensinar não demorou a surgir e


claro deveria ser aquilo que eu mais sabia e tinha vivência.

Resolvi então seguir essa minha missão e não apenas transmitir


conhecimento para meus alunos e abandona-los a própria sorte,
mas criar um método que dava amparo, suporte e transferia tudo
que podia da minha experiência para aqueles que ainda não tinham.

Enfim, isso é um pouco do que nos trouxe até aqui!


Vamos então entender a parte da razão agora que o conteúdo dessa
tese de hoje?
Agora está fácil para você saber se tem empatia comigo. Se você
estava me ouvindo com interesse até agora, sim você se identificou
pelo menos com alguma coisa do que eu falei.
Se você estava para mandar uma mensagem para eu começar logo a
falar da tese porque não aguentava mais essa história toda, bem ...
Vamos a tese então.

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Entendendo a tese

Entendendo a tese

Inconstitucionalidade da inclusão do ICMS na base


de cálculo do Pis e Cofins

Julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 240785, contra


decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3),
que entendeu ser constitucional a inclusão do ICMS na
base de cálculo da Cofins, prevista na Lei Complementar
nº 70/91. O recurso foi apresentado pela empresa Auto
Americano S.A.- Distribuidor de Peças.

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Entendendo a tese

Decisão do STF : O Tribunal, por maioria e nos termos do


voto da Relatora, Ministra Cármen Lúcia (Presidente),
apreciando o tema 69 da repercussão geral, deu
provimento ao recurso extraordinário e fixou a seguinte
tese: “O ICMS não compõe a base de cálculo para a
incidência do PIS e da Cofins”. Vencidos os Ministros
Edson Fachin, Roberto Barroso, Dias Toffoli e Gilmar
Mendes. Nesta assentada o Ministro Dias Toffoli aditou
seu voto. Plenário, 15.3.2017.

Entendendo a tese

Modulação
Quanto à eventual modulação dos efeitos da decisão, a ministra Cármen Lúcia explicou
que não consta no processo nenhum pleito nesse sentido, e a solicitação somente teria
sido feita da tribuna do STF pela Procuradoria da Fazenda Nacional. Não havendo
requerimento nos autos, não se vota modulação, esclareceu a relatora. Contudo, ela
destacou que o Tribunal pode vir a enfrentar o tema em embargos de declaração
interpostos com essa finalidade e trazendo elementos para a análise.

A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional apresentou em


O acórdão foi publicado 29/09/2017 e
19/10/2017 embargos de declaração entre outras coisas pedindo a modulação dos efeitos
da decisão.

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Entendendo a tese

Discussão
Os advogados da empresa sustentam que o parágrafo único do artigo 2º, da Lei
Complementar (LC) 70/91 contraria o artigo 195, inciso I, da Constituição, que prevê o
financiamento da seguridade social por meio de recursos do empregador, da empresa e da
entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre a receita ou o faturamento.

Alega a recorrente que a lei questionada desvirtuou o conceito técnico de faturamento, já


que o ICMS não é receita da empresa, mas sim do Estado, portanto não pode ser inserido
na base de cálculo da Cofins.

Entendendo a tese

A questão da incidência do Pis e Cofins sobre


o faturamento na ótica do Ministro Marco
Aurélio em seu voto.

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Entendendo a tese

Este decorre, em si (faturamento), de um negócio jurídico, de uma operação, importando,


por tal motivo, o que percebido por aquele que a realiza, considerada a venda de
mercadoria ou mesmo a prestação de serviços. A base de cálculo da Cofins não pode
extravasar, desse modo, sob o ângulo do faturamento, o valor do negócio, ou seja, a
parcela percebida com a operação mercantil ou similar. O conceito de faturamento diz com
riqueza própria, quantia que tem ingresso nos cofres de quem procede à venda de
mercadorias ou à prestação dos serviços, implicando, por isso mesmo, o envolvimento de
noções próprias ao que se entende como receita bruta. Descabe assentar que os
contribuintes da Cofins faturam, em si, o ICMS. O valor deste revela, isto sim, um
desembolso a beneficiar a entidade de direito público que tem a competência para cobrá-
lo.

Entendendo a tese

A conclusão a que chegou a Corte de origem, a partir de premissa errônea, importa na


incidência do tributo que é a Cofins, não sobre o faturamento, mas sobre outro tributo já
agora da competência de unidade da Federação. No caso dos autos, muito embora com a
transferência do ônus para o contribuinte, ter-se-á, a prevalecer o que decidido, a
incidência da Cofins sobre o ICMS, ou seja, a incidência de contribuição sobre imposto,
quando a própria Lei Complementar nº 70/91, fiel à dicção constitucional, afastou a
possibilidade de incluir-se, na base de incidência da Cofins, o valor devido a título de IPI.

Difícil é conceber a existência de tributo sem que se tenha uma vantagem, ainda que
mediata, para o contribuinte, o que se dirá quanto a um ônus, como é o ônus fiscal
atinente ao ICMS.

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Entendendo a tese

O valor correspondente a este último não tem a natureza de faturamento. Não pode,
então, servir à incidência da Cofins, pois não revela medida de riqueza apanhada pela
expressão contida no preceito da alínea “b” do inciso I do artigo 195 da Constituição
Federal. Cumpre ter presente a advertência do ministro Luiz Gallotti, em voto
proferido no Recurso Extraordinário nº 71.758: “se a lei pudesse chamar de compra e
venda o que não é compra, de exportação o que não é exportação, de renda o que
não é renda, ruiria todo o sistema tributário inscrito na Constituição” - RTJ 66/165.
Conforme salientado pela melhor doutrina, “a Cofins só pode incidir sobre o
faturamento que, conforme visto, é o somatório dos valores das operações negociais
realizadas”. A contrário sensu, qualquer valor diverso deste não pode ser inserido na
base de cálculo da Cofins.

Entendendo a tese

O artigo 110 do Código Tributário Nacional conta com regra que, para mim, surge
simplesmente pedagógica, com sentido didático, a revelar que: A lei tributária não pode
alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e formas de direito
privado utilizados, expressa ou implicitamente, pela Constituição Federal, pelas
Constituições dos Estados, ou pelas Leis Orgânicas do Distrito Federal ou dos Municípios
para definir ou limitar competências tributárias.

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Entendendo a tese

Não pode, com razão maior, entender que a expressão “faturamento” envolve, em si, ônus
fiscal, como é o relativo ao ICMS, sob pena de desprezar-se o modelo constitucional,
adentrando-se a seara imprópria da exigência da contribuição, relativamente a valor que
não passa a integrar o patrimônio do alienante quer de mercadoria, quer de serviço, como
é o relativo ao ICMS. Se alguém fatura ICMS, esse alguém é o Estado e não o vendedor da
mercadoria.

Quem pode recuperar?

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Quem pode recuperar?

Em tese, todos os contribuintes de PIS e COFINS, a saber:

São contribuintes as pessoas jurídicas de direito privado em geral, inclusive as pessoas a


elas equiparadas pela legislação do Imposto de Renda, exceto as microempresas e as
empresas de pequeno porte submetidas ao Simples Nacional.

Quem pode recuperar?

O PIS e a COFINS vigoram, atualmente, em 2 regimes distintos:

1) REGIME CUMULATIVO - regido pela Lei 9.718/1998 e alterações posteriores.


Neste regime não há desconto de créditos, calculando-se, regra geral, o valor das
contribuições devidas diretamente sobre a base de cálculo.

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Quem pode recuperar?

2) REGIME NÃO CUMULATIVO - COFINS - regido pela Lei 10.833/2003 e PIS -


regido pela Lei 10.637/2002, com alterações subsequentes.

3) PIS e COFINS IMPORTAÇÕES - Lei 10.865/2004 – também já julgado pelo STF há


mais de 4 anos em sede de repercussão geral que o ICMS importação não pode
fazer parte de base de cálculo desse tributo.

As duas contribuições, apesar de originarem-se de diferentes legislações, têm


uma relativa semelhança na base de cálculo, pois em sua formação devem ser
somadas todas as receitas auferidas, com as exceções e exclusões previstas em
lei.

Quem pode recuperar?

Existem ainda normas específicas de tributação pelo PIS e COFINS - como PIS e
COFINS devidos por Substituição Tributária, PIS e COFINS com alíquotas
diferenciadas (combustíveis, bebidas e outros produtos) e PIS e COFINS - Regimes
Monofásicos (como produtos Farmacêuticos, de Higiene e correlatos). Vamos
estudar mais detalhes sobre todos esses pontos no nosso curso.

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Quanto é possível recuperar?

Quanto é possível recuperar?

O Pis e a Cofins são tributos calculados hoje


sobre a Receita Bruta e o percentual é muito
significativo (9,25% no sistema não cumulativo
e 3,65% no sistema cumulativo).

O ICMS em todos os Estados da federação pode


chegar a até 25% conforme os tipos de
produtos.

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Quanto é possível recuperar?

Vamos utilizar aqui, a título de exemplo, 18% de


ICMS e o Pis e Cofins no sistema cumulativo, ou
seja, 3,65%.

Quanto é possível recuperar?

Base de cálculo R$ 1.000.000,00


Pis/Cofins R$ 36.500,00
Valor pago últimos 60 meses R$ 2.190.000,00

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Quanto é possível recuperar?

Base de cálculo (RE 574.706) R$ 820.000,00


Pis/Cofins R$ 29.930,00
Valor correto últimos 60 meses R$ 1.795.800,00

Quanto é possível recuperar?

Diferença mensal:
R$ 6.570,00

Valor a recuperar dos últimos 60 meses:

R$394.200,00
Valor suficiente para zerar o pagamento de Pis e Cofins por mais de 1 ano.

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Como recuperar?

Como recuperar?

 O caminho para restituição inicia-se pela


preparação da planilha detalhada e
atualizada sobre os últimos cinco anos (60
meses) para instrução da ação.

 Após o trânsito em julgado deve-se atualizar


essa planilha com a correção do período da
ação e acrescentar os valores pagos no
decorrer da ação, caso não tenha havido
pedido de liminar.

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Como recuperar?

 Caso tenha sido pedida a liminar será


necessário apenas atualizar
monetariamente. Porém, se foi feito
depósito judicial, os valores poderão ser
levantados mediante alvará, considerando-
se a correção do que foi depositado e
também a correção da planilha dos últimos
cinco anos.

 Após o trânsito em julgado deve ser levado


uma certidão de inteiro teor para a Receita
Federal para homologação da sentença e
partir da homologação o próprio contador
faz as compensações via Per/Dcomp.

Grau de segurança máximo para


seu cliente

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Momento de ouro!

É inconstitucional a
inclusão, na base de cálculo
do PIS e COFINS, da parcela
do ICMS devido pelo
contribuinte.

Liminar em MS após julgamento do STF

Trecho final de uma liminar concedida após


julgamento do STF enviada por um aluno do
Ibijus.

SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO


PUBLICAÇÕES JUDICIAIS I - INTERIOR SP E MS
SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE SANTO ANDRE 3ª
VARA DE SANTO ANDRÉ

MANDADO DE SEGURANÇA (120) Nº 5000342-


60.2017.4.03.6126

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Liminar em MS após julgamento do STF

Quanto ao perigo da demora, a incorreta tributação afeta a concorrência entre as


empresas, criando vantagem indevida que desequilibra a livre concorrência. Pelo
exposto, defiro a liminar para desonerar a Impetrante do recolhimento da contribuição
ao PIS e da COFINS com a inclusão do ICMS em suas bases de cálculo, mesmo após o
advento da Lei n.º 12.973/2014, prevalecendo a exigência das contribuições sem a
inclusão do valor do ICMS em suas bases de cálculo. Requisitem-se as informações da
autoridade impetrada, no prazo de 10(dez) dias, bem como intime-se a Procuradoria da
Fazenda Nacional para manifestar o interesse no ingresso ao feito, nos termos do artigo
7º, inciso II, da lei nº 12.016/09. Após remetam-se os autos ao Ministério Público Federal
e tornem conclusos para sentença. Intimem-se. Oficie-se. Cumpra-se. Santo André, 17 de
abril de 2017. JOSÉ DENILSON BRANCO Juiz Federal

Sentença em MS após julgamento do STF

Trecho final de uma sentença pós julgamento do


STF enviada por um aluno do Ibijus.

SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO


PUBLICAÇÕES JUDICIAIS I - INTERIOR SP E MS
SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE GUARULHOS 2ª VARA
DE GUARULHOS

MANDADO DE SEGURANÇA (120) Nº 5000790-


54.2017.4.03.6119 / 2ª Vara Federal de

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Sentença em MS após julgamento do STF

Diante do exposto, concedo a segurança, resolvendo o mérito nos termos do art. 487, I, do Código de
Processo Civil, para declarar a inexistência de relação jurídico- tributária que obrigue a impetrante ao
recolhimento da contribuição PIS e COFINS sobre as importâncias devidas a título de ICMS, razão pela
qual deve a autoridade impetrada abster-se de qualquer ato tendente à sua cobrança. Com relação aos
valores já recolhidos e não alcançados pela prescrição quinquenal, contada retroativamente da data da
propositura da ação, fica a impetrante autorizada, a partir do trânsito em julgado, a promover a
compensação dos créditos sem a limitação do art 166 do CTN, atualizados pela taxa Selic (art. 39, §4º da
Lei 9.250/95), na forma do art. 74 da Lei n.9.430/1996, com as alterações promovidas pelas Leis
10.637/2002, 10.833/2003, 11.051/2004, 11.941/2009 e 12.249/2010, ressalvado o direito de proceder à
compensação pela via administrativa, em conformidade com normas supervenientes, desde que
atendidos os requisitos próprios. Custas na forma da lei. Sem condenação em honorários, nos termos do
art. 25 da Lei n. 12.016/09. Dê-se ciência desta sentença à autoridade impetrada. Defiro o requerimento
de fl. 143 devendo os autos ser remetidos ao SEDI para inclusão da União no polo da demanda, na
qualidade de assistente litisconsorcial. Sentença sujeita a reexame necessário. Oportunamente, remetam-
se os autos ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região.
P.R.I. GUARULHOS, 9 de junho de 2017.

Solução de consulta da Receita Federal

Decisões recentes dos TRFs

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Decisões recentíssimas dos TRFs

No dia 09 de outubro o TRF4 julgou um agravo contra tutela


antecipada de evidência de um juiz federal de primeira instância.
Ressaltou na decisão: “A concessão da tutela da evidência
independe da demonstração de perigo de dano ou de risco ao
resultado útil do processo, mas ela depende da caracterização de
alguma das situações arroladas nos diversos incisos do artigo 311
do Código de Processo Civil”.

Com isso, bastam as “as alegações de fato puderem ser


comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada
em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante”,
conforme previsto pelo inciso II do artigo em questão.

Decisões recentíssimas dos TRFs

Alguns podem perguntar mas não temos ainda trânsito em


julgado do RE que firmou a tese. Como fica?
Olha que os desembargadores disseram: No entendimento da
turma, o fato de o acórdão do STF não ter transito em julgado
não torna provável que seu sentido seja alterado.
5037137-49.2018.4.04.0000

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Decisões recentíssimas dos TRFs

No dia 17 de outubro uma associação conseguiu no Tribunal


Regional Federal da 5ª Região (TRF-5) o direito a não pagar ICMS
nem ISS na base de cálculo do PIS/COFINS. Para advogados, como
a Fazenda Nacional perdeu o prazo de recurso, a decisão se
tornou um precedente importante.

Solução de consulta da Receita Federal

Solução de consulta
da Receita Federal

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13/11/2018

Novidades ainda mais recentes

Como se não bastasse essas boas notícias corroborando com


tudo que temos ensinado e mostrando que não devemos nos
intimidar com decisões de primeira instância e muitas vezes
nem mesmo de 2ª ou até o próprio STJ.
Foi publicada uma resolução de consulta da RFB para um órgão
interno dela mesma que consolida nossas posições.

Novidades ainda mais recentes

Solução de Consulta Interna nº 13 - Cosit


Data 18 de outubro de 2018

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Novidades ainda mais recentes

Numa análise rápida já deu para perceber alguns pontos importantes.


Nossas instituições de maior peso no cenário jurídico, seja tribunais ou a própria
Receita federal batem cabeça e um contradiz o outro quando não ocorrem divergência
dentro do próprio órgão. Essa é a razão que nosso papel como advogados experts no
assunto ser tão importante para as empresas e contadores. Somente nossas habilidades
como advogados são capazes de identificar essas situações confusas para quem não é
da área e conseguimos indicar o caminho correto a ser seguido. Sem nos assustarmos
com as divergências pontuais nessa ou naquela ação judicial ou administrativa.
Qualquer decisão que saia desses órgãos importantes (TRFs, TJ, STJ ou RFB) assusta
quem não é expert.

Novidades ainda mais recentes

No primeiro parágrafo da Solução de consulta diz o


seguinte:

Para fins de cumprimento das decisões judiciais transitadas


em julgado que versem sobre a exclusão do ICMS da base
de calculo da Contribuição para o PIS/Pasep, no regime
cumulativo ou não cumulativo de apuração, devem ser
observados os seguintes procedimentos:

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Novidades ainda mais recentes

Só nesse parágrafo, para nós experts e estou certo que


vocês também já perceberam, ressaltam dois pontos
importantes.

1) O STJ julgou há alguns dias que somente empresas do


Lucro Real poderiam pleitear esse direito. Foi uma
chuva de e-mails para mim dizendo nossa professor
isso vai restringir muito nossa ação. E agora? Eu
continuei dizendo, esquece, siga visitando e
protocolizando ações para seus clientes do lucro
presumido também. E agora o que diz a resolução da
própria receita?

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2) Um segundo ponto é que muitos agora, claro que só


os pessimistas ou não experts, vão dizer que agora
nosso papel como advogados ficou mitigado porque a
receita já está aceitando administrativamente,
contrariando a Solução de Consulta que foi divulgada
no curso. E agora professor a janela se fechou para
nós advogados? E a resposta é mais uma vez, claro
que não. Observe que essa solução de consulta se
refere de forma clara que se destina apenas para
cumprimento de decisões judiciais transitadas em
julgado. Ou seja os pedidos administrativos vão
continuar sendo negados e autuados

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13/11/2018

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Uma outra coisa importante desse mesmo ponto ainda é que já está ocorrendo o
trânsito em julgado das ações que estão tramitando mesmo que o próprio RE ainda
não esteja, conforme vimos o posicionamento do TRF4 e a situação especial do TRF5
onde a procuradoria perdeu o prazo.

Muitas ações devem estar tendo trânsito em julgado nos diversos tribunais porque
parte dos procuradores não está mais recorrendo ou os próprios tribunais estão
negando segmento para recursos especiais ou extraordinários. Essa é razão dessa
solução de consulta. Se não houvesse não haveria necessidade desse posicionamento
da RFB. Isso significa que você deve correr e protocolizar a sua ação pedindo tutela de
evidência e obter o trânsito em julgado muito rápido e em poucos meses poder
desfrutar de prestígio junto ao seu cliente e os honorários mais vultosos de sua vida.

Agora é a hora!

Sucesso máximo para você!!!

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