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VOLUME 1 Anténio Maximo Beatriz Alvarenga reli cele merel| loli Py D 4 | = = = a 4 = = frei > 4 Psi, e.. Cae -ISICA Le — VOLUME 1 ensine nrédie Anténio Maximo Ribeiro da Luz Professor Adjunto do Departamento de Fisica da Universidade Federal de Minas Gerais Beatriz Alvarenga Alvares Professora Emérita do Departamento de Fisica da Universidade Federal de Minas Gerais [Brarriz ALVARENGA € ANTONIO M.caMo sio autores da colecao Fisica, em dois volumes, ceditada pela Oxford University Press em lingua espanhola, ¢ do Fisica — volume inico, ceditado pela Scipione. ilustragdes de Rubens Villaga, Paulo Cézar Pereira, Artur Kenji Ogawa € Antonio Robson ‘Sio Paulo, 2006 [unre 1 edi editora scipione Ao estudante A. preparar este texto, uma de nossas preocupagées foi tornar © seu curso de Fisica interessante e agradavel, entando evitar que voce © considere apenas como mais uma de suas obrigacSes escolares. julga- mos que ele poder entusiasmar tanto aos jovens que pretendam continuar seus estudos em uma carreira ligada as ciéncias exatas, como Aqueles que provavelmente nfo mais teréo outro contato com o estudo da Fisica, © conhecimento das leis e fenémenos fisicos constitui um comple- mento indispensével a formacio cultural do homem moderno, nio sé ‘em virtude do grande desenvolvimento cientifico e tecnoldgico do ‘mundo atual, como também porque o mundo da Fisica nos rodeia por ‘completo. De fato, a Fisica esté totalmente envolvida em nossa vida didria: esté em nossa casa, no 6nibus, no elevador, no cinema,no campo de futebol etc. ‘Assim, com a orientagio de seu professor, lendo com atencio os ‘textos de cada capitulo, discutindo com seus colegas e procurando rea- lizar as atividades sugeridas, esperamos que. a0 final deste curso, voce tenha conseguido compreender as lels fundamentais da Fisica, perce- bendo que elas representam modelos que procuram traduair a harmo- nia e a organizagdo presentes na natureza. Esta visio, possivelmente, fara crescer dentro de vocé o amor e o respeito pelas coisas e fatos do mundo em que vivemos. Ao mesmo tempo, entre seus sentimentos. passaré a figurar, por certo, a admiragao aos grandes cientistas que, através de arduos esforgos, conseguiram edificar este importante ramo do conhecimento humano. - OsAutores Como usar esta obra Desenvolvemos os textos e as diversas atividades que compdem este livro tendo sempre em mente a produgéo de um trabalho que se constitua um auxilio reala seus estudos e sua aprendizagem. Esperan- do que este propésito possa ser concretizado apresentamos, a seguir, algumas orientagSes que, acreditamos, o levardo a conhecer melhor 0 seu livro e, conseqiientemente, a usi-lo com o maximo proveito: > lInicie sempre 0 estudo de um determinado assunto com a leitura da seego que 0 aborda. A linguagem simples e a divisio do texto em pequenos blocos, com titulos indicativos de seu contedido, facilitam sta tarefa. Procure compreender o tépico exposto e, se houver da- vida, discuta-a com o professor e com seus colegas. Nao tente apenas ‘memorizar eventuais formulas ali presentes, pois a formula isolada pouco ou nada representa do conhecimento que ela sintetiza.Aleitura ‘@ a compreensio do texto sio passos indispensivels a construcéo deste conhecimento, > Depois de terminar a leitura de cada seccio, passe a solugio dos Exercicios de Fixagio apresentados logo apés cada uma delas. Esses exercicios serao, geralmente, resolvidos com certa faclidade, colabo- rando para sedimentar 0 conhecimento em estudo e para incentivé- lo a prosseguir em outras atividades, Nao passe paraa seccio seguinte nem tente resolver problemas mais sofisticados, antes de responder a todos os Exercicios de Fixagio, Seu raciocinio nao pode dar saltos muito grandes e estes exercicios foram propostos exatamente para Yocé ir construindo seus conhecimentos passo 2 passo. > OTépico Especial, como indica 0 seu subtitulo, para vocé aprender um ouco mais foi desenvolvido como uma extensio aos conhecimentos ali abordados. Usando uma linguagem simples e um tratamento qua- litativo da matéria, com quase nenhum apelo a matemiética, esse tex- to ora apresenta aspectos hist6ricos do assunto, ora uma visio mais moderna dos conceitos e leisa ele relacionados ou, ainda, suas aplica- es tecnol6gicas interessantes e atuais. Estamos convictos de que vvocé ird apreciar a leitura de um desses Tépicos Especial © esteja certo de que a Fisica neles contida é de to boa qualidade quanto a do restante do capitulo. > A Revisio, que aparece no final de cada capitulo, é uma espécie de estudo dirigido, proposto para que vocé obtenha uma visio global do assunto,apés ter estudado cada secgio separadamente. Ao completar essa atividade, vocé ter em maos um resumo deste capitulo, 20 qual poders recorrer quando desejar recapitul-lo rapidamente. > Outra atividade importante para faclitar a compreensio e a aprendi- zagem dos temas apresentados em um capftulo so as Experiéncias, propostas no final de cada um. Escolhemos experiéncias bem simples, ‘que, em geral, requerem material disponivel em sua prépria residén- cia, possibilitando, assim, sua realizagio como tarefa para casa. Nao deixe de fazer essas experiéncias ¢ levé-las a escola para serem discu- tidas com seu professor e seus colegas. Temos certeza de que essas atividades he daro muitos momentos de prazer e the permitirio uma visio mais clara e concreta dos fenmenos em estudo. > Os problemas, comumente usados nos cursos de Fisica para que os estudantes testem e apliquem seus conhecimentos, so apresentados em trés séries em nosso texto: Problemas e Testes, Questées de ‘Vestibular e Problemas Suplementares. Sendo muito grande o némero total desses problemas, voce, provavelmente, nio ter tempo para resolver todos eles, Peca, entio, para seu professor selecionar aqueles que forem mais significativos para seu curso e para o seu préprio contexto. Procurando soluges para eles, vocé estar4 subindo mais alguns degraus em sua formagio cientifica Sumario VOLUME! 1.1, Os ramos da Fisica, Poréncias de 10 Ordem de grandeza 1.3. Algarismos signifieatvos. 14. Operacées com alprsmossgniicatvos, 1S. A origem do sistema métrico 2. Anerodugto 2.2. Movimento refines wiforme 23.Nelocidade inrtantinea e velocdade média, 24. Movimento retilineo uniformemente variado.—___ 0 25.Queda tire 26, Galleu Galle 35. Composigio de velocidades —__ 36. Fisica nas competigbes esporcivas Revisdo i ‘Algurnas Experénces Simples Problemase Testes Problemas Suplementares 42. Equilibrio de uma particula 43.Terceira lei de Newron 4, Forea de arto, AS. Isaac Newton. — Rn ‘Aguas Experincios Simples Problemase Testes Apéndice a ‘A. Momento de uma forga ‘A. Equlbrio de um corpo rigid. 5. Segunda lei de Newton _ S.L A segunda lei de Neweon 5.2. Unidades de forca e massa 5.3.Massae peso. 5.4, Exemplos de aplicacto da segunda lei de Newton 5.5. Queda com resisténcia do ar 5.6. Forgas no movimento circular 5.7.Limitagées da Mectnica Newtoniana Revisto. asa ‘Alguras Experéncias Simples Problemas e Testes. Aptndice. B.L. Movimento de um projétil 2. A aplicagio das leis de Newton a sistemas de corpos. Problemas Suplementares 6, Gravitagdo Universal 6.1. Inerodugio 62. As leis de Kepler — 63, Gravitagio Universal 6.4. Movimento de sates, 6.5 VarlagBes da aceleracio da gravidade 17. Hidrostatica - 7.1. Pressio @ massa espectia 7.2. Pressio atmosfériea 73. Varig da pressio com a profundidade——__ 7.4, AplicagBes da equacio fundamental ——____ 75. Princpios de Arquimedes Unidade 4 ~ Leis de conservagso_________283 8. Conservago da energia. 8.1-Trabalho de uma forga, 8.2 Potinea 18.3.Trabalho e energia cindtca. ‘84. Energia potencial gravtaclonal 85. Energia potencial elistica—_ 18.6.Conservario da energia —__ 8,7. Exemplos de aplcario da conservagio da energia, Bbogrofaindcade para os alunos — VOLUME 2 Unidade 4 - Leis de conseryagio 9. Conservaciio da quantidade de movimento Unidade 5 - Temperatura ~ Dilatagio - Gases 10.Temperatura e dilatagso 11. Comportamento dos gases Unidade 6 - Calor 12, Primeira lei da Termodinamica 13, Mudangas de fase Unidade 7 - Otiea ¢ ondas 14, Reflexio da luz 15. Refracao da luz 16. Movimento ondulatério (Questées de Vestibular Resportas Valores das Fungdes Trigonométrcas CConstantesFisicas VOLUME 3 Unidade 8 ~ Campo @ potencial elétrico . Carga elétrica 18. Campo elétrico 9. Potencial elétrico Unidade 9 ~ Circuitos elétricos de corrente continua 20, Corrente elétrica |. Forca eletromatriz ~ Equaco do circuito Unidade 10 - Eletromagnetisme 22.0 eampe magnético 23.0 campo magnético -2 parte 24, nducio eletromagnétiea ~ Ondaseletromagnéticas 25.A nova Fisica Apéndice ELLA lei de Bit Sort estes de Vesbulr Respostas Volres des Funes Trgonomevcas Consanes Fas ‘Atgarismos signiticativos {A Fisica,no inicio de seu desenvolvimento, era considerada como a ciéncia que se dedicava a estudar todos os fenémenos que ocorrem na natureza. Dal ter sido ‘esta cléncia, durante muitos anos, denominada “Filosofia Natural Encretanto,a partir do século XIX, 2 Fisica restringiu seu campo, limitando-se a ‘estudar mais profundamente um menor ntimero de fendmenos, denominados “Yanémenos fisicos", © os fenémenos que dela se destacaram deram origem a outras Se tent4ssemos, porém, esclarecer quais sio os chamados “fendmenos fsicos”, verifiariamos que nfo seriamos eapazes de estabelecer uma definicio clara. Mas no nos preocupemos com isto, Com o desenrolar deste curso, voc® iré descobrindo que é mais importante saber e compreender © que ji se fez no campo 6a Fisica, mesmo que no possa defni-la, em poucas palaveas. Veré que & possivel explicar uma grande variedade de fendmenos, aparentemente no relacionados, a partic de alguns prineipios bisicos, e que estes principios deverio ser bem compreendidos, pois, com eles, poderemos enfrentar & resolver problemas novos. LI. Os ramos da Fisica No inicio do desenvolvimento das ciéncias, os nossos sentidos eram as fontes de informagio utilizadas na observagio dos fendmenos que ocorrem na natureea, Por isso mesmo o estudo da Fisica foi se desenvolvendo, subdividido ‘em diversos ramos, cada um deles agrupando fenémenos sentido pelo qual eles eram percebidos. Eneio, surgiram lacionados com 0 Mecinica ~ 0 ramo da Fisica que estuda os fend- menos relacionados com 0 movimento dos corpos. Assim, estamos tratando com fendmenos mecinicos ‘quando estudamos o movimento de queda de um cor- po, © movimento dos planetas, a colisio de dois auto- Calor ~ Como 0 préprio nome indica, este ramo da Fisica trata dos fendmenos térmicos. Portanto, a variagio da temperatura de um corpo, a fusto de um pedago de elo, a dilatacio de um corpo aquecido s40 fendmenos estudaclos neste ramo da Fisica Fig|-2: Or fendmenostrmicorcons- tuemum importente ramo do Fic. yo Figs Ne Meco or os corps a Fig.-2: 0 som &.um spa feito te com oF demats fendmenor ond Figs 5:0 exude dosferi- Ine sleicon © mage Movimento Ondatatirio ~ Nesta parte estudamos 28 pro- priedades das ondas que se propagam em um meio material como, por exemplo, as ondas em uma corda ou na superficie da digua. Também sio estudados, aqui, 0$ fendmenos sonoros, porque o son nada mais é do que um tipo de onda que se propa Orie ~ a parte da Fisica que festuda os fendmenos relacionados com a Ins. A formagio. de sae iegem emo espelhoy a. obverva- gio de’ um objeto distante através de ragio da luz solar nas So todos fendmen0s Fig 4:4 Sco» rome do Fea queer ticos. {thao entero mine. letricidade ~ Neste ramo da Fisica incluem-se os fen rmenos elétricos e magnéticos. Desta maneira, sio estudados: a5, atragbes € repulsBes entre os corpos eletrizados, o funciona mento dos diversos aparelhos eletrodomésticos, as pro- prriedades de um fm3, a produgio de um relimpago em uma tempestade ete Mviea Moderna ~ Fsta parte cobre 0 desenvolvimento da Fisica aleangado no século XX, abrangendo o estudo da estru- tura do dtomo, do fendmeno da radioatividade, da teoria da relatividade de Kinstein ete. ‘Tradicionalmente, a Fisica € comumente apresentada, através desses ramos. Além disso, por comodidade diditica, tessa mesma subdivisio € respeitada na maioria dos textos de ensino da Fisica. Entretanto, esses ramos nlo constituem com- ppartimentos etanques. Pelo contrério, os fendmenos estudados, nos diversos ramos estio relacionados entre si através de um. jpequeno miimero de prinefpios bisieos, sendo possivel, entio, encarar esses ramos como um todo, tornando a Fisiea uma cstrutura lgicae consistent. Em nosso curso, a Mecinica seré desenvolvida prin- cipalmente neste I* volume. O estudo do Calor, das Ondas e da Otiea seré feito no 2* volume ¢ o 3* volume tratard da Eletricidade. Algumas nogdes de Fisica Moderna serio apresentadas em certas “Leituras”, incluidas no final dos capitalos, ou mesmo distribuidas 20 longo do texto, sempre «que se julgar oportuno. ‘Aigarismos significatives —__ 15 Ea Ge Duckie exelCicio de fixagao Antes de passar ao estudo da préxima secsio, responda 4 questdo seguinte, consultando 0 texto sempre que julgar necessario. | 2. Ce alguns fendmenos queso estudados em cada um dos seguntes ramos da Fisica 2) Mecénics 4) Movimento Onduatério 2) Calor ©) Eetreidade ©) Otca 1) Fisea Moderna 1.2. Poténcias de 10-Ordem de grandeza POR QUE USAMOS AS POTENCIAS DE 10 ‘Senos disserem que o rai do étomo de hidrogénio ¢ igual a 0,000000005 em con que uma dada célula tem cerca de 2.000 000 000 000 de étomos, difiilmente seremos capazes de assimilar estas idéia. Isto ocorre porque estes mimeros esto afastados dos valores que os nossos sents esto acostumados a perceber ~ es30 fora do nosso quadro de referéncias. No estudo da Fisica encontraremos, freqiientemente, grandezas como «estas, que Sio expressas por niimeros muito grandes ou muito pequenos. A apre- sentagio escrta ou oral desses nimeros, da maneira habitual, tal como foram «scrtos acima, é bastante incémodae trabalhosa. Para contornar o problema, & usual apresentar estes miimeros em forma de poténcias de 10, como veremos a seguir. Este novo tipo de notagio,além de mais compacto, nos permite uma ripi- da comparagio destes miimeros entre si ¢ facilita a realizagio de operaghes rmatemitieas com eles. COMO ESCREVEMOS OS NUMEROS NA NOTAGAO DE POTENCIAS DE 10 3 Consideremos um nimero qualquer como, por exemplo, 0 nimero 842. Seus conhecimentos de Algebra Elementar Ihe permitiio compreender que este ‘nimero pode ser expresso da seguinte maneirs: 842 =842%100=8,42%10" Observe que 6 nimero 842 foi expresso como sendo o produto de 8,42 por uma poténcia de 10 (no caso, 10°). “Tomemos um outro mimero, por exemplo, 0,0037. Pademos eserever: a7 37 00037 = F300 = 10° Novamente, temos 0 ntimero expresso pelo produto de um mimero com- preendido entre | ¢ 10 (no caso, 3,7) por uma poténcia de 10 (no caso, 10”). Baseando-nos nestes exemplos, chegamos A seguinte conclusio: 53,710" ‘um mimero qualquer pode sempre ser expresso como © produto de um niimero compreendido entre Le 10 por uma poténcia de 10 adequada. Procure exercitar-se no uso desta regra, analisando os dois exemplos seguintes: {62300 = 6,23 x10 000 = 6,23 x10" Bd aya 100002 = 59g 7 gk =2X10%. (Otseroao ~ Uma regra pritica para se obter a poténcia de 10 adequada 6a seguinte: 4) Conta-se 0 miimero de casas que avirgula deve ser deslocada para a esquerda, este nimero nos forneceo expoente de 10 positivo. Assim: 62300=6,23x10' cans ¥) Conta-se 0 nimero de casas que a virgula deve ser deslocada para a direita; ‘este nimero nos fornece o expoente de 10 negative. Assim: 000002 = 2 10° Sass [Nesta representagio de poténcias de 10, os niimeros citados no inicio desta seccio poderio ser escritos, compactamente, e de maneira mais eémoda, do seguinte modo: tio do étomo de hidrogénio = $10” em riimero aproximado de étomos de uma célula = 2x 10" OPERAGOES COM POTENCIAS DE 10 Vocé pode perceber facilmente que seria complicado e trabalhoso efetuar ‘operacdes com os mimeros muito grandes, ou muito pequenos, quando escritos ‘na forma comam. Quando estes nimeros so escritos na notag de poténcas de 10, esas operagdes tormam-se bem mais simples, seguindo as em Algebra, pars as operagdes com poténcias. Os exemplos seguintesoajudario ‘a recordar estas leis: 2) 0,0021%30 000 000- (2,110?) (310°) = (21%3)x (10° x10" ty 228x10" _ 7,28 axl 6) (510°)! =5°x(10°)' =125%10° 10" 3 jor b8210 como 125=1,25%10 vem 125x10* =1,25x10" x10 = 125x107 4) 25x10 = 25x10" = \25 x 10" =5x10" Algarimas significatives — OBSERVE COMO SE PROCEDE NA ADICAO Nos exemplos apresentados, s6 apareceram as operagdes de multiplieag2o, Aivisio, potenciagio e radiciagdo, Quando estivermos tratando com adi¢io ou subtraglo, devemos ter o cuidado de, antes de eferuar a operacdo, expressar os nimeros cm os quai extamos idando na mesma poténca de 10. Consideremos os exemplos seguintes: 8) 65x10! -3210° [Neste caso, como as niimeros jf esto expressos na mesma poténcia de 10, poderemos efetuar a operacio diretamente, como segue: 6,510! =3,2«10! = (6,5-3,2)10" =3,3%10" ‘b) 4,232 107 + 1,3 x 10° Devemos,inicialmente, expressar as parcelas em uma mesma poténcia de 10, Isto pode ser feito escrevendo a primeira parcela como uma poténcia de 10°, da seguinte maneira 4,23%10? 4 1,3%10° = 42,3108 41,310" = = (42,3+1,3) 10! =43,6%10" =4,36x10" © celeulo pode ser efetuado de outra maneira, expressando a segunda parcela como uma poténcia de 10", Teremos: 4,23 10" + 0,13% 10 = (4,23-+40,13) 10" =4,36410" Evidentemente, procedendo de uma maneira ou de outra, obtivemos 0 mesmo resultado final. ‘ORDEM DE GRANDEZA “Muitas veres, a0 trabalharmos com grandezas fsicas, no ha necessidade ou interesse em conhecer, com precisio, o valor da grandeza. Nesses casos, é sufi ciente conhecer a poténcia de 10 que mais se aproxima de seu valor. Essa potén- cia € denominada ordem de grandeza do ntimero que expressa sua medida, isto é, ordem de grandeza de um mimero é a poténcia de 10 mais préxima deste numero. Entio, a ordem de grandeza de 92 ¢ 10” porque 92 esté compreendido entre 10 ¢ 100, mas esti mais préximo de 10°. Da mesma forma, a ordem de grandeza «de 0.00022 = 2,2 10" € 10°. Assim, conhecendo as ordens de grandeza de diversas medidas, fcil compars- las e podemos rapidamente distinguir a menor ou a maior dentre elas, e aquelas que sio aproximadamente igus. [Alem disso, freqentemente temas condigio de obter a ordem de grandeza sem calculos laboriosos, mesmo nio possuindo o valor da grandeza medida, ccomo veremos no exemplo 2 a seguir. rs

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