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Conduta Culposa
Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online
CONDUTA CULPOSA
Espécies de Conduta
Quanto à Voluntariedade
b) Conduta Culposa (Art. 18, II, do CP): Ocorre quando o agente produz um
resultado ilícito que lhe era previsível (ou excepcionalmente previsto) no momento
em que dirigia sua conduta para a realização de outro resultado (lícito). Na con-
duta culposa, temos a culpa como elemento normativo inserido no fato típico.
Culpa: Consiste numa conduta voluntária que realiza um evento ilícito não
querido ou aceito pelo agente, mas que lhe era previsível (culpa inconsciente)
ou excepcionalmente previsto (culpa consciente) e que poderia ser evitado se
empregasse a cautela necessária.
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O agente na culpa viola o seu dever de diligência (regra básica para o conví-
vio social). O comportamento do agente não atende o que era esperado pela lei
e pela sociedade.
Como saber se o dever de diligência foi violado? De acordo com a maio-
ria, o operador deve analisar as circunstâncias do caso concreto, pesquisando
se uma pessoa de inteligência mediana (homem médio) evitaria o perigo. Se evi-
tável pelo homem médio, caracterizada estará a violação ao dever de diligência.
Caso contrário, não.
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Atenção!
• Não confunda negligência profissional com imperícia. Negligência profissional
é quando o profissional conhece a regra técnica, mas não a observa, enquanto
na imperícia, ele desconhece a regra técnica.
Atenção!
• O Art. 38 da Lei n. 11.343/2006 estabelece um crime culposo e formal.
Nesse caso, não há a necessidade de haver resultado material para
indiciar uma conduta culposa. Exemplo: Quando um médico prescreve
uma medicação sem que o paciente necessite dela, já caracteriza um
crime culposo e formal.
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Atenção!
• Previsão é diferente de previsibilidade.
Quando um resultado é previsível, ele deve ser previsto por quem estiver
praticando o ato; esse indivíduo deve prever que esse ato pode infringir esse
resultado. Se o indivíduo continua praticando esse ato, mesmo tendo previsto o
resultado, ele deverá ser indiciado por dolo e culpa.
E a previsibilidade subjetiva? É entendida como a possibilidade de conhe-
cimento do perigo, analisada sob o prisma subjetivo do autor, levando em consi-
deração os seus dotes intelectuais, sociais e culturais. Não é elemento da culpa,
mas será analisada pelo magistrado na culpabilidade (no estudo da exigibilidade
de conduta diversa).
Tipicidade
Para que a conduta seja punida em sua forma culposa deve haver previsão
legal expressa (art. 18, parágrafo único).
Art. 18. (...) Parágrafo único – Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode
ser punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente.
Ou seja, o crime só pode ser punido em sua forma dolosa, porém, desde
que esteja expresso em lei, o crime pode, excepcionalmente ser punido em sua
forma culposa.
Espécies de Culpa
1. Culpa Inconsciente: O agente não prevê o resultado que, entretanto, era
previsível. Qualquer pessoa de diligência mediana (homem médio) teria condi-
ções de prever o risco.
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Atenção!
• Na culpa imprópria, o crime tem estrutura dolosa, mas é punido a título
de culpa.
Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online,
de acordo com a aula preparada e ministrada pelo professor Paulo Igor.
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