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Língua Portuguesa
2ª Série do Ensino Médio Turma _________
Fevereiro de 2019 Data _____ / _____ / _____
Escola _________________________________________________
Aluno __________________________________________________
O relógio
Carlos Drummond de Andrade
E repete. Repete.
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fur·ti·vo adj.(latim furtivus, -a, -um, roubado, furtado, secreto, escondido, discreto) . In Dicionário Priberam da Língua
Portuguesa 2008-2013. Disponível em:<https://www.priberam.pt/dlpo/furtivo>. Acesso em: 13 dez. 2018.
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Impossível dormir, se não a escuto.
Ficar acordado, sem sua batida.
Existir, se ela emudece.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Antologia poética. org. pelo autor, 23 ed., Rio de Janeiro: Record, 1989. p. 252-253.
Questão 01
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pe·dre·gal (pedra + -g- + -al) substantivo masculino Lugar cheio de pedras. In Dicionário Priberam da Língua
Portuguesa [em linha], 2008-2013, Disponível em:<https://www.priberam.pt/dlpo/pedregal>. Acesso em 13.
dez. 2018.
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Nesses versos, pode-se observar o emprego das seguintes figuras de linguagem:
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Questão 02
O quadrinista Quino, autor dessa tira, revela-se irônico porque nela ele faz criticas às
pessoas que
Estávamos em 1878, 56º ano da independência do Brasil. Fazia já 38 anos do Reinado de sua
alteza Imperial, D Pedro II.
Era um fim de tarde quente na pequena vila de Lagoa Santa, no interior de Minas Gerais. As
nuvens se acumulavam atrás da Serra da Piedade. Era um prenúncio de chuva para amenizar
o calor abafado. Uma banda de música se fazia ouvir, lá para os lados da praça central.
[...]
O velhinho que cuidava da banda de Lagoa Santa era ninguém menos que Peter Wilhelm
Lund. O famoso paleontólogo dinamarquês, que havia chegado ali na pequena vila havia uns
trinta e cinco anos. Agora, já com quase oitenta anos, era uma figura pública do lugar.
[...]
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Peter Lund, o cientista
Peter Lund foi muito importante para a Paleontologia. Seus achados de animais consolidaram a
questão das faunas de mamíferos pleistocênicos. Suas descobertas foram importantes para os
debates sobre a teoria da evolução das espécies, embora Lund tenha permanecido sem criticar
o catastrofismo de seu mestre Cuvier.
Os esqueletos humanos encontrados em lagoa Santa são os mais antigos até hoje descobertos
no continente americano. Lund, ao comparar os esqueletos humanos e a fauna pleistocênica
concluiu afirmativamente pela sua grande antiguidade. Era o famoso “homem de Lagoa Santa”.
No entanto, hoje mais famosa é uma mulher. Foi nestas cavernas que foi encontrado, no inicio
deste século, o esqueleto de Luzia. Trata-se do mais antigo esqueleto humano das Américas,
descrito pela equipe do arqueólogo Walter Neves.
A reconstrução do crânio chamado de Luzia: a mais antiga americana até hoje conhecida.
[...].
Quando se pensou numa história das ciências geológicas no Brasil, o nome de Lund não pôde
deixar de ser citado. Entretanto, os historiadores mais envolvidos com teorias positivistas
resolveram simplificar: Lund foi proclamado o “pai” da paleontologia brasileira. [...]
Holten, Birgitte, and Michael Sterll. Peter Lund e as grutas com ossos em Lagoa Santa. Editora UFMG, 2011.
Disponível em: http://www.blogs.ea2.unicamp.br/paleoblog/2017/11/14/peter_lund-o-homem-de-lagoa-santa/. Acesso
em: 13 dez. 2018. (adaptado)
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Vocabulário:
Questão 03
Nos trechos “homem de Lagoa Santa” e “pai” (da paleontologia brasileira) as aspas
foram utilizadas porque
(A) houve erro na digitação, uma vez que esses sinais não deveriam ser escritos.
(B) são apelidos engraçados e populares e, por isso, eles devem ser realçados.
(C) o emprego desses sinais servem para indicar o uso de estrangeirismos.
(D) os autores do texto citam codinomes que foram criados por outras pessoas.
(E) devem ser sempre escritos com aspas: “homem de Lagoa Santa” e “pai”.
Questão 04
(A) finalidade.
(B) adversidade.
(C) Reciprocidade.
(D) causa e consequência.
(E) comparação e concessão.
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Cf. Dicionário Online de Português. Disponível em: https://www.dicio.com.br/pleistoceno/. Acesso em 24 de novembro
de 2017.
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Leia o texto e responda às questões 05, 06 e 07.
13/11/2017 02h00
Ricardo Cammarota
O conceito de geração, criação bem sucedida do marketing americano desde os chamados baby boomers,
ganhou "credencial" científica.
A pesquisadora americana Jean Twenge, em seu último livro "iGen, Why Today's Super-
Connected Kids Are Growing Up Less Rebellious, More Tolerant, Less Happy -and
Completely Unprepared for Adulthood" (Geração i, por que os jovens de hoje,
superconectados, estão crescendo menos rebeldes, mais tolerantes, menos felizes e
completamente despreparados para idade adulta), lançado pela Atria Books, constrói, a
partir de um arsenal de pesquisas, um perfil dos jovens nascidos entre 1995 e 2012.
O universo é o americano, mas, podemos aplicá-la com razoável segurança aos jovens
brasileiros das classes A e B.
Vale esclarecer que "i" (internet) aqui se refere ao "i" do iPhone, logo, a autora está dizendo
que esses jovens vivem com um iPhone nas mãos. E também "i" para "individualismo", traço
marcante da iGen.
Escolas e famílias, muitas vezes, são parte do problema, e não da solução. Ambas se
atolam em modas de comportamento e iludem a si mesmas e aos jovens por conta, seja do
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Filósofo, escritor e ensaísta, pós-doutorado em epistemologia pela Universidade de Tel Aviv, discute temas como comportamento, religião, ciência.
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marketing das escolas, seja das projeções vaidosas dos pais sobre seus filhos. O marketing
das escolas é desenhado a partir dessas mesmas projeções vaidosas dos pais em relação
aos seus filhos, ou seja, clientes das escolas.
Algumas dessas projeções são: os jovens de hoje são mais evoluídos afetivamente, são
mais preocupados com temas sociais, mais tolerantes com o diferente, mais seguros com
relação ao que querem, menos submetidos à moral "imposta" pela sociedade, mais
sensíveis a desigualdade social, mais conscientes de uma alimentação equilibrada e, no
caso das meninas, mais autônomas, independentes e donas do seu corpo.
Segundo a pesquisa de Twenge, nunca houve jovens tão infelizes na face da Terra.
Consumidores de ansiolíticos em larga escala, a iGen busca "safe spaces" nas instituições
de ensino a fim de não sofrerem com "frases" que causem desconforto emocional. Se são
cuidadosos com os riscos físicos, esse mesmo cuidado no âmbito emocional indica a quase
total incapacidade de lidar com a realidade.
Fazem menos sexo, ao contrário do que o blá-blá-blá da liberação sexual diz até hoje. Têm
medo de contato físico e veem em tudo a ameaça de assédio sexual. A simples
demonstração de desejo é assédio.
Pensar em ter filhos, jamais! Filhos, como eles, custam caro, duram muito e nunca querem
virar adultos. Melhor cachorros e gatos.
Vocabulário
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Questão 05
(A) “[...] morrem de medo de qualquer ideia que coloque em xeque seus ‘direitos à
felicidade’ ".
(B) “[...] os jovens, ‘cozidos" no discurso psi da "vulnerabilidade’, vão se tornando mais
medrosos.”
(C) “Segundo a pesquisa de Twenge, nunca houve jovens tão infelizes na face da Terra.”
(D) “Filhos, como eles, custam caro, duram muito e nunca querem virar adultos.”
(E) “Têm medo de contato físico e veem em tudo a ameaça de assédio sexual.”
Questão 06
Ao enfocar os problemas dos jovens da geração iGen, o autor da obra, Jean Twenge,
aborda um tema importante, com questões próprias
Questão 07
Em “Pensar em ter filhos, jamais! Filhos, como eles, custam caro, duram muito e nunca
querem virar adultos. Melhor cachorros e gatos.”, expressam a ideia de
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A) felicidade
B) tolerância.
C) amor.
D) apatia.
E) ironia.
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pronde - para onde
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Questão 08
Questão 09
Observa-se que na letra de “Até o fim”, seu autor, Chico Buarque, inspira-se no texto
de Carlos Drummond para escrever
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Questão 10
Leia os versos do “Poema de Sete Faces”:
Apesar da mudança do enfoque da poesia, que passa do uso dos verbos em primeira
pessoa, para o uso dos verbos em 3ª pessoa, nos versos acima, está implícita a ideia
de que
Questão 11
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Leia o texto e responda à questão 12.
POLITICOPATAS CJ
Questão 12
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