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Ye Colegio: PENSAMENTO CRITIC vol 10 Directo de: ‘Moacir Palieira Octavio Guilherme Velho Fichacatalogrifica (Preparada polo Centro de Catalogacio-na-fonte do SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, Ri) Soft, Giaasi . Ssim 0) Modo de producdo asic: hist ria de wma conteo- versa maraisa tradugdo de Nie Rissone, Rio de Janel fo, Paz e Tera, 1977, 208 p. Pensamento etic, v.10) Do origina em italiano: I! modo de produzione asiatieo plaice: Cinco anos depois do “modo de producto aso” 1. Asia - Conigdes econémicas 2. Economia merxisa E Talo 1. Sere ep ~ 338.095 33s T0123 cou ~ 33865)330.85, Eaitora PAZ E TERRA Consetho Biri Astonio Candido Celso Furtado Fernando Henrique Cardoso Gianni Sofri O MODO DE PRODUCAO ASIATICO Historia de uma controvérsia marxista Traducio de NICE RISSONE abe INTRODUCAO [Na segunda metade do século XVII, Abraham-Hyacinthe An _qucti-Duperron batia-se vigorosamente contra as opnides de vajan- Ecomo Bernier e de pensadores politicos come Boulainviliers © DMonteaguiou, que descreviam a Asia como a patria do despotsmo, de Dav aiatama polfico em que todos eram esravas de uma forma de so Gedede que nfo conhecia a propriedade privads da terra, jd que esta Dertencia, Gnieac interamente, 20 soberano. Na realidade, sustentava © viajante © orientalis franeds, ess opinidesserviam apenas pa Sustifear a opresaioe a violéneia dos eropeus na Asia, na ‘osgdo de que, nulm pais en que o despotismo bani os direitos de Propiiedade, vedo épermitida ao mas forte...O despotism € 0 govet~ fo desta regides 0 soberano diz-se proprititio de todos os bens dos Tespectivor siiton, Portanto, tornemo-nes soberancs, e -nos donos ‘Se todas as terra do Industfo, Assim raciocina a avid: esta apéia-se fom rales ue compre extirpar™.() CCertamente Anquetit Duperron no descooheria as diferencas. A propriedade exsi, tanto no Oriente quanto na Europe: a escravidto Exintia na Asa mas no era total, nem sequer uma prerrogativa exch ‘iva daquele continente, os direitos e os contratos cram respeitados, 3 , nto de Marx, Sepundo inglés M. Shapiro rata-se de “algu- nas palavrasubligadss, cera ver, por Marx arespeito de um pretenso “modo de produto asitico", pensamento que Mars nunca desenvol- ‘et, © a0 Qual no mais retoraow depois da grande pesquisa de Mor- tan e Engels sobre a sociedade antiga, Segundo outros (T0kei, Gode- Tier), asidiae de Marx sobre 0""modo de producto ssiiico” consti- them umm dos slomentorestencias de ua obra", a tal ponto que sem ‘las propria eriagio de O Capital €inimaginavel"(). Bprovavel que tanto uns quanto outros eszjam enganados, isto , que Marx intaia a importincia do problema e Ihe dedicou observagdesinteigentes eo ta além, de modo que em definitive aeabou re elds em alguns trechor ‘spars, os qual incluereae entre os mal ingertos e contraditrios, © ‘8 de-mais dif interpretagdo de tous a sua obra. Cabe acrescentar ‘Que 0 problema do "modo de producto asitico™ adquire todo o seu felevo quando ligado orpunicamente, de um lado, aquele mais geal {as opis de Ma sobre a Asi, sua bistria respective futuro; de ‘outro lado, 20 dos principios fundamentis da coneepsio materalisia a his {A segunda parte do live retoma sicintamente a historia da con- trovérsia sobre 0"moda de produsto asco", com suas implicagées {ebrieas e poitias no pensamento marrista posierior a Marx e Engels, te Plekhanov a Lenine e Troteky, ax conexdes deste problema com as ‘icistudes da hstorlografia, no perio stalnisa, com a politica do Kominten na Asia, Enfim,referose As teses do é eitado Witfogel,& recplvdade 8 das reserva ene or Oentaltas ~ maria ou n=, tos debates trabalhos atuslmente em eurso em mumerosos pases, sobre 0 "modo de producto astico”. Debates etrabalhos que eavole vem problemas de hist6ria comparads, colocacdes hstoriogréficas Sobre o estudo de pals nfo-europeus e, nas sociedades antig problemas teSticos no interior do pentamento que se diz marissa e, laet but not the eae, as disengbes China-UR SS. em estratézn do mo- viento cominista internacional. io podendo agradecer publicamente a todos aqueles que, devi- ries manera ajderam-me ¢ encorajartm no meu trabalho, limitar- ‘mei a lembrar dois amigos, Carlo Poni e Gianni Sealia, com os quais, discati muitase longes vezes os problemas de que trato nese lvro. O professor Armando Satta gentlmente permitiv-me utilizar, para am> pliéto e refundilo neste volume, o artigo que reigi para 0 nimero 56, 196, da revista Critica Storia, 68 gual € diretor. Adverténcia Para comodidade do litor Waliano, menconel sempre nas notes quondo exist, traduezo italiana das obras etrangeras, em preocs- ‘perme em citar tambim a data daedicdo orginal exceto nos poucos co {as em que, por alguma razdo, isto me pareceu oportuno).Pelo mesmo motive. quase sempre indiquel as trades extents, inglesa ou france. Sm dat bras ctadas em rato Ro texto

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