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|Todo equipamento de bancada tem sua utilidade, mas apenas um |deles é absolutamente necessario: a fonte de alimentacdo, em |alguma de suas versGes. Na mais comum delas, costuma fornecer até 25...30 volts de saida, com uma corrente maxima de 1 ampére. Esses niveis, entretanto, assim como a propria qualidade da fonte, sdo insuficientes para aplicacées mais |refinadas. Pois este modelo de preciséo € capaz de entregar até 35V a 3A, incorporando tanto limitacdo de corrente como curto-circuitos. Tensdo e corrente de saida podem ser monitoradas constantemente pelos Para testar qualquer circuito com exatidgo e seguranca, & preciso dispor de uma excelente fonte de alimentacdo. Ndo basta uma simples fonte estabilizada; ela deve incluir também alguma forma de protecio contra falhas que possam surgir no circuito sob teste — ou seja, um dispositivo limitador de corrente e que proteia contra curto-circuitos. Para desempenhar devidamente suas funcdes, uma fonte deve exibir entdo os seguintes recursos: * Capacidade de entrogar correntes relativamente elevadas com tensdes iguais ou superiores amy. * stabi fade total, com qualquer de saida; protecdo contra SS N medidores incluidos no projeto. Alta poténcia e controle perfeito com esta... ...fonte de precisdo * Protecdo contra curtos no estagio final * Controle limitador de corrente, até a maxima corrente de saida: * Controle da tenslo de saida plenamente variavel, de zero a0 valor maximo; * Indicacdo precisa dos niveis de tensdo e corrente na saida * Entradas sensoras para compensar quedas de tensdo. sempre que for preciso utilizar cabos de ligacdo mais extensos. Note que, embora 0s dois ultimos itens no sojam absolutamento. necessérios, sua incluséo toma fonte ainda mais versatile fécil de utilizar A fonte de precisio aqui sugerida segue os mesmos padrBes estabelecidos para ‘equipamentos profissionais ¢ inclui todos os recursos descritos. Pode fornecer de 0 a 35 volts @ dispde de limitecdo de corrente continuamente varidvel, até 3 amperes, Seu desempenho equipare-se ao de fontes comerciais bem mais caras, embora rasolva os problemas de estabilizaco com uma aborcagem inédita. Principio de operacéo A grande maioria das fontes de alimentacdo emprega a regulacao do tipo série, pela qual os elektor — 09 tansistores estabilizadores de poténcia ficam ligados efetivamente em série ou em paralelo com a carga. Este circuito ‘segue a tendéncia, mas inova no processo de estabilzacdo, © diagrame de blocos da figura Ja ilustra o principio de funcionamento de um regulador série convencional. elemento ativo do circuito é formado pelo ‘operacional A, cuja saida fornece a corrente de carga — ou seja, encontra-se em série com 3 carga R.. Sua entrada nfo inversora mantida em uma tenséo de referencia (U,,), erquanto a inversora assume um nivel sempre proporcional @ tensio de entrada, obtido a partir do potenciémetto P. ‘Sob tais condigées, a saida do operacional vai estabilizar no ponto fem que a diferenca entre as duas ‘entradas for nula. Em outras palavias, ele iré manter uma condicdo de igualdade entie a tenso de referéncia e aquela presente no cursor do potencidmetre P. € ébvio, portanto, quea tens8o de saide depende sempre da posica0 ‘assumida por esse cursor Com o potenciémetio a meio curso, por exemplo, a seide terd 0 dobro da tensio de referéncia, As desvantagens desse sistema residem no fator de estabilidade, ‘que depende do aiuste de P, no fato-de a tensio de saida no poder assumir um valor inferior 8 de releréncia 2 na operagéo pouco linear do potenciémetro, A primeira e @ uitima podem no tepresentar um grande empecitho, em certos casos, mas ter 2 saida restrita @ um valor minimo imposto pela referencia & amadoristico, para nao dizer coisa pior © diagrama da figura 1b propde outra solucdo. Nesse caso, 0 amplificador de ganho e P torna-se um divisor de tensdo, mas ligado ‘em paralelo com a tensdo de referencia. A saide do amplificador serd agora proporcional ao nivel de tensdo presente no cursor do potencidmetro. Em tal configurac&o, a gama de tensdes de saida estara situada reamente entre 0 @ a propria referencia. Soa melhor, mas ainda continua longe pois a tenséo de referéncia deve ter, pelo menos, 0 ‘mesmo valor da maxima tensao de saida. O operacional vai exigir, 10 — elektor figura 1 — Estas iustracdes,juntarents com 0 taxto, domonstram porgue 2 ttlzacdo de uma fonte de corrente Constante 6 preferve! a uma tensto de relerenca alem disso, uma linha de alimentacdo negativa, que pode ser considerada uma desvaniagem adicional. E 0 fator de estabildade, por fim, permanece dependente do potencidmetro P. 0 circuito da figura tc representa um grande avango por substituir a tens8o de referéncia, no que se refere ao operacional, por ums corrente. A tensdo de saida @ agora determinada pela corrente que atravessa 0 potencidmetro P. Como vaniagem, ele deixa de depender do nivel assumi¢o pela tensdo de referncia Chegamos assim 8 figura 1d, ue é bastante semalhante a anterior, em principio. A corrente de referdncia, nase caso, é obtida a partirda tensdo de saida, por meio do resistor série R. Embora a idéia ndo seja inteiramerte nova, 0 metodo aqui utiizado no fo! dos mais ortodoxos. Vimos que a fonte de corrente foi obtida pola incluséo de um resistor em série com uma tens&o de referencia proveniente da saida. Para que isso ocorre na pratica, no entanto, 0 valor do potencidmetro P deve ser bem inferior ao de R 0 operacional continua tentando equilibrar a diferenca antre os eis de tensdo aplicados as suas entradas, mes agora a tensdo de saida seré igual ao nivel de sua entrada no inversora 0 resistor série é colocado, na verdade, entre as duas entradas do operacional, Devido porém & alte impedancia das mesmas, nenhuma corrente pode ter acesso 20 operacional — a0 menos teoricamente. Assim, 8 corrente Vinda da fonte de referéncia seque 0 trajeto indicado pela linha tracejada, no diagrama da figura 1d. Como U1= U2 ligualdade garantida pelo operacinal), 0 rivel de corrente permanece constante, totalmente independente de P © de carga. Esse nivel de corrente equivale ¢ Uref/R. Como 0 operacional iré sempre equilibrar 8 tens&o sobre P. a corente de referéncia sera ‘compensada @ cada variacdo da carga. E 0 resultado é exatamente © circuito que estévamos procurando: uma corrente fonte... constante de referéncia (mesmo em 0 V}, empregando uma tensdo A fonte real A principal diferenca entre o diagrama de blocos da fonte de preciso, representado na figura 2, € 0 da figura 1d reside na inclusio facional e de um . Ja as partes teforentes & fonte de corronte (Uref e R) ¢ a0 potenciémetro {P1), continuam inalteradas. 0 segundo operacional (A2) & responsdvel pela limitagdo da corrente na Repare que a tensdo sobre o resistor de emissor Rs, pertencente ao transistor T, & proporcional 4 corrente de carga, ‘Ao mesmo tempo, uma parcela da tenso de referéncia é desviada pelo cursor de P2, para ser comparada por A2 com o nivel presente em Rs. Toda vez que a Tensdo sobre esse resistor torna-se mais elevada que a estadelecide por P2, 0 operacional reage diminuindo a corrente de base do transistor, até que @ diferenca seja anulada. O LED na saida de A2 atua como um limitador de cotrente, Agora, ao esquema Bem, ia basta de teoria; vamos encarar a parte pratica, ‘comecando pelo esquema da figura 3. O circuito, como se va, & formado praticamente por duas fontes independentes: a etapa de poténcia ficou a cargo do transformador Tr2, enquanto que Tr alimenta o estagio de referéncia e 0s operacionais. ‘A referéncia {oi obtida a partir do inovitével intogrado 723, ainda tual apesar de sua Seus componentes de apoio foram selecionados para fornecer uma tensdo de referéncia de 7,15 V, a qual vai surgir na junedo formada por R4/R5, R15/R16e R9. Para facilitar a andlise, conver esclarecer desde jé que R4/R5 correspondem aR” e IC2 a0 A2, no diagrama tebrico da figura 2. Essa tensGo de referéncia vai alcangar @ entrada ndo inversora de IC2 (pino 3), a0 passo que a inversora fica acoplada @ linha de terra, via RB. Os diodos D2» 03 fonte... figure 2 ~ Diagrams de tiocas bssico referente & fonte de precisdo, 0 operacional ‘AY proporeiona a reguiacto de tensto, ‘enquanto A2 cuida 6a limitacdo de foram incluidos para proteger as entradas do operacional contra tansientes. A saida de IC2 controls todo 0 estagio final da forte (composto pelos tansistores 5), fazendo a “dosagem" da 08 finais, les est8o ligados em paralelo © suas saidas S80 combinadas através dos resistores de emissor, para fornecer a corrente necesséria, via resistor R21 — que é 0 equivaiente pratico de Rs, na figura 2. A edocio de trés 2N3055 nessa configuraco proporcionou um estagio de poténcia razoavelmente econdmico, capaz de manipular até 3 amperes confortavelmenie. ‘A tonsio sobre R21 & comparada, em IC3, com 9 nivel estabelecido pelo cursor de P2; este provem da fonte de referéncia, por intermeédio do par R15/R16. Note que a saida de IC3, assim como a de |C2, fica ligada (Via D5) com a base de T2. Sempre que 2 corrente de saida for superor 8 determinada por P2, equela sera reduzida por IC3, até ue os dois niveis sejam iguais. 0 transistor T1 e os componentes astociados acondem 0 LED D7 para indicar 0 acionamento da limitacao de corrente, Dois microamperimettos iguais foram incluidos no circuito, a fim de permitir 2 monitoracdo direta da tensdo.e da corrente de saida. Ambos contam com um trimpot de ajuste, colocado em série, para ¢ calibracdo fina da leiture. Uma vez ‘encontrado o valor exato de resisténcia, os dois podem ser ‘substituidos por rosistores fixos. Quanto ao capacitor C3, no estagio da tenséo de referencia (ICI), assume duas funcdes: reduz qualquer ruido provocado pelo ro do 723 e proporciona uma “‘partida lenta” para a tonte da tensdo de referéncia. Isto quer dizer que quando a fonte é igada, 0 operacionais tam algum tempo para estabilizar, antes que seiam solicitados: Iho. Caso essa partida lenta nBo fosse incluida no rojeto, 0 maximo nivel de tenséo poderia surgir repentinamente na ‘saida — por breves instantes, & elektor — 11

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