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ATIVIDADE: RODA DE CONVERSA SOBRE MOBILIDADE E GÊNERO

Relatoria: Jackeline Cristina Oliveira Pereira Dia: 10/11/18


Público da roda de conversa
 O público presente foi diverso, sendo alguns dos membros: estudantes de
arquitetura, psicóloga, moradora de periferia na RMBH e pesquisadores do
tema mobilidade.

Temas Discutidos
. Botão do Assédio e Apito
A instauração do botão de assédio nos ônibus gerou discussões sobre a viabilidade
deste e as consequências de sua implementação.
Opiniões sobre o tema:
 Mulher: acredita que o apito pode ser positivo, porém penalizar com prisão ou
medidas socioeducativas não é a melhor opção.

 Moradora da periferia: mulheres omitem casos de assédio/agressão sofridos


na própria residência, assim estas não denunciariam os sofridos dentro do
transporte coletivo com medo do que poderia acontecer com elas
posteriormente. “ Chamar um homem, para chamar outro homem e resolver
problema de um homem”.

 Mulheres podem ficar mais frágil, devido não saberem as consequências e


acontecimentos que se sucederão após o apitar.

 Pesquisador: O fato de sofrer o assédio e não denunciar pode se tornar uma


dupla violência, visto que a mulher foi assediada e ainda tem que se manter
calada.

 Acreditam que o botão de assedio foi instaurado sem consulta a população.

Transporte coletivo
 Grande parte se manifestou dizendo ser usuário de transporte coletivo (ônibus
e/ou metro).

 Uma das participantes da roda iniciou o debate sobre como a cidade não é
pensada para mulheres negras e de periferia. Como usuária de transporte
público relatou dificuldades na utilização deste meio, devido às tarifas abusivas
cobradas principalmente pelas linhas de ônibus que atendem a RMBH.
 Foram relatados casos de assédios sofridos dentro de transporte coletivo ou
nas ruas pelas mulheres e o medo vivenciado diariamente por temerem serem
as próximas vítimas de assedio.

 Discussão sobre catracas, modos de pagamento de passagem e a retirada dos


cobradores dos ônibus.

 Insatisfação com o transporte coletivo, pois consideram que as empresas


responsáveis acreditam que um transporte eficiente é aquele em que é possível
transportar mais pessoas realizando menos viagens, visando somente obter
lucro.

 Para aqueles que possuem rotas alternativas o metrô foi citado como o
preferido devido ao preço mais acessível da tarifa se comparado com os
ônibus.

 Um dos membros da roda acredita que o transporte público está em crise


devido aos preços das tarifas e pelas pessoas procurarem meios alternativos
para se locomoveram. Acredita que os que ainda não buscaram outros meios
são aqueles que não conseguem sair do sistema de transporte público devido
condições financeiras ou por residirem em área periféricas.

Vagão rosa

 Vagão rosa em Bh só funciona na teoria. No RJ ele funciona em horários de


pico, porém alguns homens desrespeitam.

 Problema de travestis, lésbicas masculinizadas de usarem o vagão rosa. Quão


feminina é necessário ser para utilizar esse vagão?

Outros

 Pessoas não são sensibilizadas a discutirem questões de gênero. Quando são


convidadas a conversarem sobre este tema se sentem com receio.
Pesquisadora relatou que sofreu muita dificuldade para entrevistar pessoas
sobre a questão de mobilidade e gênero.

 Ausência de políticas públicas para pedestres e usuários de transporte publico

 Espaço cedido a pedestres e ciclistas na cidade são poucos. Foi citado um


estudo que realiza manchas visando demostrar a proporção de espaços nas
cidades destinados a ciclistas, pedestre e automóveis.

 Foi citado uma pesquisa que tinha como foco analisar a vida de diaristas que
utilizavam transporte público. Como resultado foi evidenciado que a maioria
possuía carros em casa, porém não os utilizavam, pois, os mesmos nunca
estavam disponíveis para ela e sim para seus filhos e marido.

 Preconceito de marido em deixar mulher fazer aulas de direção com instrutor


de autoescola do sexo masculino.

 Mulher é tida como barbeira, por isso sempre os homens que dirigem e
controlam a velocidade.

 Motoristas possuem atitudes imprudentes com os ciclistas o que ocasiona


acidentes.

 Topografia influência nos índices de usuários de bike em BH.

 Mulheres relataram receio ao transitarem nas ruas a noite devido a insegurança


e má iluminação das vias públicas.

 Questionamentos foram realizados a respeito da divulgação escassa das


reuniões realizadas pela Comissão Regional de Transportes e Trânsito (CRTT).

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