Professional Documents
Culture Documents
Talude
São Paulo
2019
3
Sumário
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 5
1. Talude .................................................................................................................................................................. 6
2. Tipos de Talude.................................................................................................................................................. 7
3. Geometria............................................................................................................................................................ 8
4. Estabilidade ......................................................................................................................................................10
5. Movimento de Massa ......................................................................................................................................12
5.1 Queda ........................................................................................................................................................13
5.2 Rastejo.......................................................................................................................................................14
5.3 Tombamento ..................................................................................................................................................15
5.3 Rolamento .................................................................................................................................................16
5.4 Desplacamento ........................................................................................................................................17
5.5 Escorregamentos .....................................................................................................................................18
5.6 Corridas de Massa ...................................................................................................................................21
5.7 Subsidência e Colapso ...........................................................................................................................22
6. Coesão ..............................................................................................................................................................23
7. Tipo de Solo ......................................................................................................................................................24
8. Fator de Segurança .........................................................................................................................................26
9. Drenagem..........................................................................................................................................................27
10. Talude Escolhido para Analise ..................................................................................................................36
11. Discussão ......................................................................................................................................................45
Conclusão .................................................................................................................................................................48
Anexos .......................................................................................................................................................................49
1. Exemplo de Taludes Naturais: ...................................................................................................................49
2. Exemplo de Taludes Artificiais:..................................................................................................................50
3. Movimento de Massa ..................................................................................................................................51
3.1 Queda ....................................................................................................................................................51
3.2 Rastejo...................................................................................................................................................52
3.3 Tombamento .........................................................................................................................................52
3.4 Rolamento .............................................................................................................................................53
3.5 Desplacamento ....................................................................................................................................53
3.6 Escorregamento Circular ....................................................................................................................53
4
INTRODUÇÃO
O trabalho tem como objetivo analisar um talude, onde verificou-se, dimensionamento, tipos de
Podemos definir talude como uma face de solo exposta que forma um ângulo com superfície
O talude natural é aquele formado pela natureza, pela ação das intempéries (chuva, sol, vento,
etc.). Já o talude artificial é aquele que foi construído pelo homem, por exemplo, os que
encontramos nas barragens, nas laterais de estradas, nas escavações de valas, entre outros.
35°, possui uma formação artificial por aterro, seu solo é constituído de argila dura, não foi
identificado percolação de água nesse solo e através do método de estabilidade, analisa-se que
1. Talude
Podemos entender como Talude, qualquer terreno inclinado, qualquer superfície que delimita
uma massa de solo, rocha ou qualquer outro material. Um talude é uma superfície de terreno
exposta que faz um dado ângulo com a horizontal.
Por ser um plano de terreno inclinado, ele também limita um aterro e tem como função garantir
a estabilidade do aterro. O Talude pode ser de origem natural ou construídos pelo Homem
(Artificial- corte e aterro).
2. Tipos de Talude
Em função da origem, eles podem ser naturais ou construídos artificialmente pelo homem:
➢ Talude Natural: É aquele que foi formado naturalmente pela natureza, pela ação
geológica ou pela ação intempéries (sol, vento, chuva, etc.). São encontrados
principalmente nas encostas de montanhas e foram formados há milhões de anos.
➢ Talude Artificial: É aquele que foi construído pelo homem, são os declives de aterros
diversos, como os taludes de corte e aterro. Podemos encontrar taludes artificiais nas
laterais de estradas e ruas, nas barragens de reservatórios de água, nas minas a céu
aberto e até nos fundos das casas construídas em local em aclive ou declive.
• Talude de Corte: É aquele que se forma como resultado de um processo de corte,
de retirada do material.
• Taludes de Aterro: É aquele que se forma como resultado, da terraplenagem, da
deposição e de bota-fora.
3. Geometria
Em alguns casos, onde a altura do Talude é elevada, acima de 6 metros, a solução ideal é a remoção de uma
porção de solo para aliviar o empuxo e com isso estabilizar o terrapleno.
O Talude em várias camadas muitas vezes é melhor do que o talude com uma camada só, pois
quando se divide um talude em camadas diminui-se a pressão, a tensão vertical e a tensão
normal, mas o ângulo continua o mesmo. O processo para a separação do talude em camadas
é realizado através do corte e aterro.
Nas condições de presença de água e sempre que a inclinação do talude excede aquela imposta
pela resistência ao cisalhamento do maciço, ocorre escorregamentos. A prática tem indicado,
para taludes de corte de até 8 metros de altura, constituídos por solos, a inclinação de 1:1 (1 pra
1 ou 45°) como a mais generalizável.
Os padrões usuais indicam as inclinações associadas aos gabaritos estabelecidos nos triângulos
retângulos mostrados na Figura 04. Estes gabaritos são frequentemente usados na prática da
Engenharia, porém, para um grande número de casos de taludes não se obtém a sua
estabilidade com estas inclinações, sendo necessário a realização de uma análise de
estabilidade.
10
4. Estabilidade
Devido aos riscos que os escorregamentos ou rupturas de taludes podem gerar para as pessoas
e infraestruturas, a estabilidade de taludes artificiais e naturais tem uma enorme importância.
Para avaliar a estabilidade de um determinado talude, é necessário fazer a análise de
estabilidade, determinar a geometria do talude e os parâmetros de resistência ao cisalhamento
dos solos envolvidos.
Existem diversos fatores que afetam á estabilidade dos taludes, como a composição e estrutura
geológica, a existência ou não de vegetação na superfície (e o tipo de vegetação), as condições
climáticas ou as alterações antropogênicas (causadas pela ação do homem).
Após a análise de estabilidade, se o talude estiver instável, existem várias técnicas para
estabilizar os taludes, algumas delas são:
➢ Superficiais:
• Implantação de cobertura vegetal.
• Instalação de geomantas ou georedes.
• Revestimento com concreto projetado.
• Drenagem superficial.
➢ Profundas:
• Atirantado.
• Drenagem profunda.
➢ Ativo:
• Atirantado.
• Muros de arrimo.
• Reforços com redes de aço.
• Reforços químicos.
➢ Passivo:
• Barreiras dinâmicas.
• Georedes.
12
5. Movimento de Massa
Uma porção do material de um talude, sob condições específicas, pode deslocar-se em relação
ao maciço restante, desencadeando um processo denominado de movimento de massa, ao
longo de uma dada superfície chamada superfície de ruptura.
Existem vários tipos de Movimentos de Massa, são eles: Queda, Rastejo, Tombamento,
Rolamento, Desplacamento, Escorregamentos, Corridas de Massa, Subsidência e Colapsos. Na
imagem a seguir estão alguns tipos de movimento de massa e as suas respectivas simbologias.
13
5.1 Queda
São movimentos em queda livre de fragmentos rochosos (de volumes variáveis) que se
desprendem de taludes íngremes.
Em geral, quedas de blocos ocorrem em encostas verticais, em maciço fraturado, ou seja, locais
como: pedreiras de diabásio, basalto, granito e regiões serranas.
14
Fonte: Unesp.
5.2 Rastejo
Fonte: Unesp.
5.3 Tombamento
Quando um bloco rochoso sofre um movimento de rotação frontal para fora do talude o
movimento de massa é classificado como Tombamento.
Fonte: Unesp.
5.3 Rolamento
Rolamentos são movimentos de blocos rochosos ao longo de encostas que geralmente ocorrem
devido aos descalçamentos (Perda de apoio).
Fonte: Unesp.
5.4 Desplacamento
Fonte: Unesp.
5.5 Escorregamentos
Fonte: Unesp.
Fonte: Unesp.
Fonte: Unesp.
Fonte: Org.
Fonte: Unesp.
São movimentos de massa caracterizados por afundamento rápido ou gradual do terreno devido
ao colapso de cavidades, redução da porosidade do solo ou deformação de material argiloso.
6. Coesão
De uma forma intuitiva, a coesão é aquela resistência que a fração argilosa empresta ao solo,
pelo qual ele se torna capaz de se manter coeso em forma de torrões ou blocos, ou pode ser
cortado em formas diversas e manter esta forma. Os solos que têm essa propriedade chamam-
se coesivos. Os solos não-coesivos, que são areias puras e pedregulhos, esborroam-se
facilmente ao serem cortados ou escavados. (VARGAS, 1997).
Exemplo, suponha que a superfície de contato entre os corpos, na Figura abaixo esteja colada.
Na situação quando N = 0, existe uma parcela da resistência ao cisalhamento entre as partículas
que é independente da força normal aplicada. Esta parcela é definida como coesão verdadeira.
24
A coesão é uma característica típica de solos muito finos. São responsáveis pelo aumento da
coesão: a quantidade de argila, a relação de pré–adensamento, a diminuição da umidade ou o
aumento da sucção.
A Coesão real ou verdadeira não deve ser confundida com a coesão aparente. A coesão
aparente é a parcela da resistência ao cisalhamento de solos úmidos (parcialmente saturados),
devido à sucção, que atrai as partículas. No caso da saturação do solo a coesão tende a zero.
7. Tipo de Solo
Esta divisão não é muito rígida, pois, quase nunca se encontra terrenos que se enquadram em
um único tipo de solo. A forma com que classificamos o solo é determinada pela maior parte
composta por ele, caso ele tenha maior composição de argila, ele é considerado um solo argiloso,
da mesma forma um solo com maior parte composta por areia, ele é considerado um solo
arenoso.
➢ Solo Siltoso:
A classificação de um solo silte está entre um solo argiloso e um arenoso, é um pó como a argila,
mas sua coesão não é apreciável, podendo ser comparado ao solo arenoso sem coesão.
Também não tem uma plasticidade digna de ser considerado um solo argiloso quando entra em
contato com a água.
➢ Solo Arenoso:
São os solos onde a predominância de sua composição é a areia. Composto por grãos finos,
médios e grossos. Coesão não há nesse solo quando seco, pois seus grãos são facilmente
separados, porém quando adicionado água, temos uma baixa coesão temporária. Não é o tipo
de solo indicado para aplicar-se um talude, haveria uma movimentação de solo caso não
houvesse uma contenção, devido a sua coesão.
25
➢ Solo Arenoso
Consiste em grãos muitos pequenos, microscópicos. Conhecidos por sua impermeabilidade, eles
têm as seguintes vantagens:
8. Fator de Segurança
A forma mais simples de verificar a segurança é considerar que a relação entre as ações (S) e a
resistência mobilizada no terreno (R) verifica uma margem de segurança dada por um fator de
segurança (FS). O Fator de Segurança contra a ruptura é calculado como a razão entre as forças
estabilizadoras (resistentes) e as forças instabilizadoras(atuantes):
As forças estabilizadoras são função dos parâmetros de resistência do solo (coesão e ângulo de
atrito interno). Já as forças que atuam ao longo da superfície de ruptura arbitrada devem resistir
à força aplicada no elemento de fundação
Existem 3 métodos para determinar o Fator de segurança, cada método é para facilitar a analise
em um determinado tipo de talude (ruptura de talude). Esses métodos são:
9. Drenagem
➢ Drenagem Superficial:
Dentre as principais obras de drenagem superficial podemos destacar algumas mais utilizadas
ilustradas na figura a seguir.
29
Legenda da Figura 5:
águas pluviais que atingem a berma escoem longitudinalmente, e não pela canaleta
longitudinal.
3. Canaletas de Crista: São canais construídos próximos a crista de um talude de corte,
para interceptar o fluxo de água superficial proveniente do terreno a montante, evitando
que esse fluxo atinja a superfície do talude de corte, evitando assim a erosão nesta
superfície.
4. Canaletas de Pé (base) de Talude: São canais construídos no pé dos taludes para
coletar as águas superficiais provenientes da superfície desses taludes. Esse sistema
impede que se iniciem processos erosivos junto ao pé dos taludes.
5. Canaletas de Pista: São canais construídos lateralmente à pista, acompanhando a
declividade longitudinal da rodovia, com o objetivo de captação das águas superficiais
provenientes da pista ou plataforma lateral.
6. Saídas laterais d´água: São canais construídos junto e obliquamente às canaletas de
pista, tendo por objetivo interceptar as águas das canaletas e encaminhá-las para as
drenagens naturais ou para bueiros próximos.
7. Escadas d´água: São canais construídos em forma de degraus geralmente segundo a
linha de maior declive do talude. Têm por objetivo coletar e conduzir as águas superficiais
captadas pelas canaletas não deixando que as mesmas atinjam velocidades de
escoamento elevadas devido à dissipação de energia.
8. Caixas de Transição ou Dissipação: São caixas, em geral de concreto, construídas nas
extremidades das escadas d´água e canaletas de drenagem para direcionar melhor o
escoamento das águas e dissipação da energia hidráulica das águas coletadas, evitando,
dessa forma, velocidades elevadas de escoamento.
De uma maneira geral, as obras de drenagem superficiais, são constituídas por canaletas ou
valetas de captação das águas do escoamento superficial e por canaletas, escadas d´água ou
tubulações para sua condução até locais adequados.
31
➢ Drenagem Profunda:
Tem como essencial objetivo promover processos que redundem na retirada de água da
percolação interna dos maciços (do fluxo através de fendas e fissuras de um maciço terroso ou
através de fendas e fissuras de maciços rochosos) reduzindo a vazão de percolação e as
pressões neutras intersticiais. Para sua perfeita funcionalidade devem ser aliadas às obras de
drenagem superficial para que se encaminhe de forma adequada a água retirada do interior do
maciço.
32
É realizada por drenos sub-horizontais, cujo funcionamento se dá por fluxo gravitacional, poços
de alívio (com ou sem bombeamento d´água), ponteiras (com bombeamento por sucção),
trincheiras drenantes ou galerias.
Drenos sub-horizontais Profundos (DHP): são tubos de drenagem, geralmente de PVC rígido,
instalados em perfurações sub-horizontais e têm por finalidade a captação de parte da água de
percolação interna de aterros ou cortes saturados.
Deve-se tomar cuidado para que o tubo tenha a extremidade interna obturada através de um
plug e que o trecho perfurado do tubo seja revestido com geotêxtil ou tela de nylon, que funciona
como um filtro, evitando a colmatação (o aterro) e o carreamento do solo.
Trincheiras Drenantes: consistem em drenos enterrados, utilizado tanto para captar a água que
percola pelo maciço de solo como para conduzir esta água até pontos de captação e/ou
lançamento a superfície. É utilizado frequentemente associadas às pistas de rodovias,
longitudinalmente junto às bordas do pavimento com o objetivo de impedir a subida do nível
d´água no subleito do pavimento.
34
O Talude escolhido para analise se encontra na Avenida Francisco Marrengo, Jardim Dona
Como observado nas imagens acima, o talude tem Implantação de cobertura vegetal para manter
a estabilidade. O Talude se encontra estável.
Identificamos que é um talude artificial por aterro, seu solo é composto de argila dura e não foi
identificado nenhuma percolação de água no solo.
40
Figura 17 – Talude.
Fonte: Pesquisa imagens Google.
11. Discussão
O Talude analisado foi feito a mais de 20 anos, e nunca teve nenhum problema. E nada indica
que futuramente terá problemas. Ele se encontra de acordo com as normas.
Apesar de que em tese o sistema de drenagem deveria estar livre apenas para a passagem da
água, na realidade não é bem assim, quando fomos analisar o talude encontramos bastante lixo
(papeis e latinhas) no sistema de drenagem.
Em muitas obras nem sempre acontece na realidade o que está na teoria. Nas imagens abaixo
estão alguns casos típicos:
➢ Talude de Corte – Caso de talude artificial feito para ganhar espaço no terreno de baixo:
Fonte: Ebanataw.
➢ Talude de Aterro - Caso de talude artificial feito para ganhar espaço no terreno de cima:
46
Fonte: Ebanataw.
➢ Talude de Vala: Caso de talude artificial formado pela escavação de uma vala para
instalação de tubulação enterrada, de água, esgoto, gás e outras redes:
47
Fonte: Ebanataw.
➢ Talude de Fundação - Caso de talude artificial formado pela escavação para confecção
de fundação de edifício:
Fonte: Ebanataw.
48
Conclusão
observação de dados verificados no mesmo. Com base em dados teóricos realizamos a pesquisa
onde foram exploradas informações como: tipo de solo, altura, ângulo de inclinação, entre outros.
A estabilidade do talude é de imensa importância, devido aos riscos que as rupturas podem gerar
Através desse trabalho foi possível nos proporcionar, de maneira prática, realizar e adquirir maior
Anexos
1. Exemplo de Taludes Naturais:
Fonte: Ebanataw.
Fonte: Ebanataw.
3. Movimento de Massa
3.1 Queda
Fonte: Unesp.
52
3.2 Rastejo
Fonte: Unesp.
3.3 Tombamento
Fonte: Unesp.
53
3.4 Rolamento
Fonte: Unesp.
3.5 Desplacamento
Fonte: Unesp.
Fonte: Unesp.
Fonte: Unesp.
Fonte: Unesp.
Fonte: Unesp.
Fonte: Unesp.
57
Fonte: Fenix.
Fonte: Fenix.
58
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICA