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ENC SB | CIT neato 0 eneajumemo police sersrpr coal lnc atendvincrecenedolharpusdonosomescresionee a Inicio, nde desevolerengehosdae clea ee i ‘ne oato-tlaneiodacidema Dela elepoe vine speigs casosedesetaaum came dccrdiocapan a a tement snp, Exe neo-ecolticmo marta oe comoafiloGncasocoopa pus seidecuiclanerease Nae tants necanvios aa grr oasis pegunicc dsc atari forasoye masioigenives quemnes Ocapsnee aca Ieceismo podeos dese tp, lver wo honeos eat ca ciéncias humanss. Sem ele, o desenvolvimento desss ccncigsestariaene ist 10 + O QUE OS HISTORIADORES DEVEM AKARL MARX? COstrés capes sequins, que inrodcem wna seco sobre controvér- suas histirtcas, abordan especticamente 0 marsismo ea histria. Os dois imeiros separadosporumintervalode quinzeanos, sdotentatvasdeava- Ihara impacto de Marx sobre os historiadorescontemporiineos. O presente ‘usta fo excritoinicialmente para o simposio “O papel de Karl Mars no Uesensolvimento do pensamentocienfico contemportineo”, realizado ¢ rise maio de 1968, com patrocinio da UNESCO. Foi inetuidono volume Jina publicado pelo Consetho Inremacional de Ciéncias Socials, Marx an Contemporary Scientific Though Mar tla pense eientfiqueconterpo- rane (aia e Paris, 1969), pp. 197-211, em Diogenes, 64, pp. 37-5, ecm nas publicacdes. (© século x1, aera da civilizagoburpuesa, tem como crédito diversas ‘calizagies intelectuais importantes, masa discplina académica da hist, que eresceu nese periodo, no € uma dlas. De fato, excetuando-sea téeni- ‘as de psu em tudo ela marcou um nd fecuo em relagao aos ensaios Freqientemente mal documentados, especilativos¢excessivamentegenér- ‘as nos quai os que estemunharam aera mais profundamenterevolucions ria aera das revolugbes francesa industrial —tentavam compreender a transforma das weiedades humana, histria academica,enguantoins Piro pelo ensino ¢exemplo de Leopold von Ranke e pubicada nos peri dicosespecalizados que se desenvolveram na time parte do século, estava ‘orrta em se contrapor a generalizasio baseada em fatos insufcientes, ou respaldada por fates no configveis. Por outro lado, concentrava todos 08 seusesforgos na taefa de estabelecer 0s “fatos"ecom isso contribu pouco para a histri,exceto por um conjunto de crisis empiricos para avaliar ‘eros tpos de evidéncia documenta (como, por exemplo, epitrs manus ass eritos de eventos que envolviam a deviso consciente de individuos intluen tes eas téenicas auiliares necesséras esse intent Raramenteobservava que esses documentos procedimentos apenasse aplicavam a uma classe limitada de fendmenos histéicos, porque acitava acritieamente certosfendmenos como dignos de estudo especial enquanto ‘otros ndo, Assim, no se dispunha a concentrarse na “histria de eventos” =e fato, em alguns paises ela apresentava um ntidoviés institucional — ‘mas sua metodologia se prestava de imediato& narraiva eronolégica, De ‘modoalgumela se confinava integralmente&hisria da politica, da guerrae da diplomacia (ou, na versio simplificada mas no aipica ensinada pelos professors, relativa ares, batalhas ¢tratados), mas sem divida tendia a supor que era essa estrutura central dos eventos que interessavam ao histo- iar. Bias histria no singular. Quando tratados com enudigao e metodo, ‘outros temas podiam dar origem a vras historia, qalificadas por epitetos scritivos (constitucional, econdmica,eclesistica, cultural, a histria da ate, da cigncia ou da filateliae assim por diante). Seu vinculo com 0 corpo Principal da historia era obscuro ou negligenciado, exceto por algumasespe= ‘culagdes: vagus sobre o Zeitgeist. das quai oshistoriadores profissionaispre= Teriam se abster, Em terms filos6ticos e metodolégicos, os historiadores acaémicos ‘endiam a demonsirar uma inocéneia igualmente admiravel. E verdade que 0s resultados dessa inocéncia coincidiam com o que, nas ciéncias naturis, cera uma metodologia consciente, sinda que controversa, © que podemoe, _grosso modo, chamar de positivismo, embora seja duvidoso que muitos his toriadores académicos (Fora dos paises latinos) soubessem que eram posi: vistas. Na maior parte doscasos,eram apenas homens que, asim como acei= ‘vam um dado tema (tal como hst6ria politico-milita-diplomitica)euma dduasrea geosrtica (a Europaocidentaleceniral. porexempla) coma mai importante, também aceitavam, entre outs idées resues, as do pensamento ientfico popularizado de que, por exemplo, as hipteses brotam automati- camente do estudo dos “fatos", a explicagdo consiste de um conjunto de cade de causa efeito, ow os conceitos de determinism, evolugio assim Por diante, Supuntiam que, tal comoacrudigio ciemitica podiaestabelecero texto e sucesso definitives dos documentos que publicavam em séries de volumes sofisticadase valiosssimas, ela também poderia estabelecer a ver- dade exata da historia. A Cambridge Modern History de Lord Acton fo um ‘exemplo taro mas tpico de ais erengas “Memo pelos pailrdes modestos da cgnciashumanase sociaisdoséeu- Jo xix, historia era, portato, uma discipina extremamente — poder se |quase dizer deliberadamente — reteigrada, Suas conribuigdes ao enteni 156 mento da sociedade hua weseoca svonais. Una vez que 0 entendimento da sociedade requerentendimento Istria mais cedo ou mais tarde teriam de ser encontradas maneirasaltema ‘se mais produtivas de investigaro passado humano. O ema deste ensio ‘a comtribuigdo do marxismo paraessa busca. ‘Um século depois de Ranke, Arnaldo Momigliano resumia as mudan ‘os historiografia em quatro situagbes prineipas: |. Aistviapoticae reigiosa hava dectinado vsivelmente, ao passoque"as histriasnacionaispareciam antiquadas. Em toca tinh havido uma nti vel viradaem drego a histria socioecondmica, 2 Nieramaiscomumn,ourealmente fil ilizaras"idéas®comouraexpli- cago da hist 3. As explicagies vigentes agora se davam “em termos de forgas so ‘embor isolevantase, de uma forma maisaguida que no tempo de Ranke, “questo da elagoentrenexpliagiodosacontecimentoshistrcoseaexpl- cago dis ages individu 4 Tornavase agora (194) dif falar em peogresso ou mesmo em desenv0 J. passadae presente, eram insignifc ‘A ttima das observagbes de Momigliano —e o citamos mais como ‘eprter da situago da historiografia que como analista —talvezfosse mais «sperada nos anos 50 que em décadas aneriores.ou posteriores, masa outros ues representam claramente tendéncias muito antigasie consolidadas no wimento anti-rankeano na historia Em 1910 se notava que, apart da imetade do culo xtx, havia se tentado sistematicamente introdzir um ree rencial materalista no lugar de seu referencalidealisa, leyando assim a. um \Jclinio da historia politica e&ascensio da histéria “eéondmica ou sociol6- sem dvida, sob oestimulo cada vez mais premente do“ problema s- ial” que “dominava” a historiografia na segunda metade daquele seculo.” [evidentemente, foi preciso mais tempo para conguistaras Fortalezas univer: sitrias das faculdades e cursos de arquivos do que supunham os entusiasma- dos enciclopedistas, Até 1914, as forgas de atague haviam ocupado poueo ‘mais que os postosremotos a “hist6riaecondmica” eda sociologia de orien tagiohistérica eos deFensores apenas toram forgados a uma retirada plena —embora de modo algum derrotacos — depois da Segunda Guesra Mun- dial! Nao obstante, ocaritr gral eo sucesso do movimento antitankeano sto indiscutives. ‘A questo imediata diane de nés€ até que ponto essa nova orientagio foi devida ainfluéneta marxista, Uma segunda pergunta & em que sentido ‘nfluéncia marxista continua a contibuir para ela 157

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