You are on page 1of 41

A Defensoria Pública no CPC.

(Título VII dentro do capítulo 3).

Art. 185. A Defensoria Pública exercerá a orientação jurídica, a promoção dos direitos
humanos e a defesa dos direitos individuais e coletivos dos necessitados, em todos os
graus, de forma integral e gratuita.

Art. 186. A Defensoria Pública gozará de prazo em dobro para todas as suas
manifestações processuais.

§ 1º O prazo tem início com a intimação pessoal do defensor público, nos termos do
art. 183, § 1º.
§ 2º A requerimento da Defensoria Pública, o juiz determinará a intimação pessoal da
parte patrocinada quando o ato processual depender de providência ou informação que
somente por ela possa ser realizada ou prestada.
§ 3º O disposto no caput aplica-se aos escritórios de prática jurídica das
faculdades de Direito reconhecidas na forma da lei e às entidades que
prestam assistência jurídica gratuita em razão de convênios firmados com a
Defensoria Pública.

§ 4º Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei


estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para a Defensoria Pública.

Art. 187. O membro da Defensoria Pública será civil e regressivamente


responsável quando agir com dolo ou fraude no exercício de suas funções.
1. (FCC/2018/DPE-RS/Defensor Público)
O Código de Processo Civil de 2015 trouxe inovação reservando à Defensoria Pública um
título próprio (artigos 185 a 187), afirmando a importância da Instituição na efetivação da
assistência jurídica integral dos necessitados.
Nesse contexto, julgue o caso concreto:
Defensor Público no exercício da função, em ação de guarda, representando judicialmente
a parte autora, não consegue estabelecer contato com esta, mesmo após ter enviado
correspondência para comparecimento na Defensoria Pública, para dar-lhe ciência de que
deverá atender determinação do juiz no sentido de comprovar, no prazo de 30 dias, o início
do tratamento recomendado na avaliação psicológica realizada nos autos.
Nesse caso, o Defensor Público deverá requerer ao juiz
A - que seja expedido ofício ao Conselho Tutelar para que este diligencie junto ao
endereço da parte autora, a fim de verificar a situação familiar.
B - a suspensão do processo para que se aguarde o comparecimento espontâneo da
parte assistida.
C - a intimação pessoal, sob pena de extinção, porque o não atendimento à carta
expedida faz presumir o desinteresse no prosseguimento da ação.
D - que seja dada vista ao Ministério Público.
E - a intimação pessoal da parte porque a providência somente por ela pode ser
realizada ou prestada.
GABARITO:
Art. 186 § 2º CPC. A requerimento da Defensoria Pública, o juiz determinará
a intimação pessoal da parte patrocinada quando o ato processual
depender de providência ou informação que somente por ela possa ser
realizada ou prestada.
2. (FCC/2018/DPE-AP/Defensor Público)
Relativamente à Defensoria Pública, considere:
I. A Defensoria Pública gozará de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais,
não se aplicando esse benefício quando a lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para
ela.
II. De ofício ou a requerimento da Defensoria Pública, o juiz determinará a intimação pessoal da
parte patrocinada quando o ato processual depender de providência ou informação que
somente por ela ou pelo Juízo possa ser realizada ou prestada.
III. O prazo em dobro para as manifestações processuais aplica-se aos escritórios de prática
jurídica das Faculdades de Direito reconhecidos na forma da lei e às entidades que prestam
assistência jurídica gratuita em razão de convênios firmados com a Defensoria Pública.
IV. O membro da Defensoria Pública será civil e diretamente responsável quando agir com dolo
ou culpa no exercício de suas funções.
V. A Defensoria Pública exercerá a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a
defesa dos direitos individuais e coletivos dos necessitados, em todos os graus, de forma
integral e gratuita.
Está correto o que se afirma APENAS em
A - I, III e V.
B - I, II, IV e V.
C - II, IV e V.
D - I e III.
E - II, III e IV
3. (FCC/Câmara Legislativa do Distrito Federal Prova/ 2018/Procurador Legislativo)
No que se refere às normas fundamentais do Processo Civil,
A - todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em
tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva.
B - é assegurado às partes tratamento diferenciado em relação ao exercício de direitos
e faculdades processuais, inclusive quanto ao contraditório, a ser discricionariamente
resguardado a elas pelo juiz.
C - as partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito,
excluída a atividade satisfativa.
D - o juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a
respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, salvo se
tratar-se de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.
E - os juízes e tribunais atenderão obrigatoriamente à ordem cronológica de conclusão
para proferir sentença ou acórdão.
GABARITO:
Art. 6º do CPC. “Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se
obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva. Trata-se da previsão
legal do princípio da cooperação.
Art 7º do CPC: “É assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao exercício
de direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres e à
aplicação de sanções processuais, competindo ao juiz zelar pelo efetivo contraditório”.
Art. 4º do CPC: “As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do
mérito, incluída a atividade satisfativa”.
Art. 10 do CPC: “O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em
fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se
manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício”.
Art. 12. Os juízes e os tribunais atenderão, preferencialmente, à ordem cronológica de
conclusão para proferir sentença ou acórdão.
4. (FCC/2017/Juiz do Trabalho Substituto)
Considerando as normas fundamentais do processo civil, de acordo com a Parte Geral do Código de
Processo Civil, é correto afirmar:
A - A legislação atual assegura às partes o direito de obtenção, em lapso temporal razoável, da plena
resolução meritória da demanda judicial, excluída a atividade satisfativa, isto é, de cumprimento ou
execução.
B - É possível decidir questão de ofício sem oportunizar a manifestação das partes sobre o fundamento
adotado quando a decisão judicial estiver sendo tomada no âmbito jurisdicional dos tribunais
superiores.
C - O juiz não deve proferir decisão contra uma das partes sem que lhe seja dada oportunidade de se
manifestar, ainda que a decisão seja proferida em ação monitória, quando evidente o direito do autor.
D - Mesmo em questões a respeito das quais o magistrado está legalmente autorizado a decidir de
ofício, o juiz não está autorizado a proferir decisão sem oportunizar que as partes tenham assegurado
o direito de manifestação a fim de poder influenciar no julgamento.
E - O dever de todos os sujeitos processuais, inclusive o perito, cooperarem para buscar a obtenção de
decisão que julgue o mérito da demanda judicial, em tempo razoável, de modo justo e efetivo, não
está previsto nas normas fundamentais do processo civil no Brasil.
GABARITO:
Art. 4º do CPC: "As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do
mérito, incluída a atividade satisfativa".
*
Art. 10 do CPC: “O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em
fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se
manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício".
*
Art. 9º do CPC: “Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja
previamente ouvida". No mesmo dispositivo, o CPC traz exceções ao previsto no caput:
"I - a tutela provisória de urgência; II - as hipóteses de tutela da evidência previstas no
art. 311, incisos II e III; III - a decisão prevista no art. 701".
*
Art. 6º do CPC: Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se
obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva.
5. (CESPE/2017/TJ-PR - Juiz Substituto)
Com referência ao litisconsórcio e à intervenção de terceiros, assinale a opção correta.
A - No incidente de desconsideração da personalidade jurídica, estará sempre presente
interesse público que torne obrigatória a intervenção do MP como fiscal da ordem
jurídica.
B - O magistrado deve indeferir o requerimento de ingresso de amicus curiae em
processo que esteja em primeira instância, porque essa hipótese de intervenção de
terceiro somente pode ocorrer em causa que tramite no tribunal.
C - Na hipótese de desmembramento do litisconsórcio multitudinário, a interrupção da
prescrição deve retroagir à data de propositura da demanda original, inclusive para os
autores que forem compor um novo processo.
D - A sentença de mérito, quando proferida sem a integração do contraditório pelo
litisconsorte necessário, será nula de pleno direito, não importando que o litisconsórcio
seja simples ou unitário.
GABARITO:
Enunciado 123 FPPC: “É desnecessária a intervenção do Ministério Público, como fiscal da
ordem jurídica, no incidente de desconsideração da personalidade jurídica, salvo nos casos em
que deva intervir obrigatoriamente, previstos no art. 178”.
*
Art. 138 do CPC: O juiz ou o relator, considerando a relevância da matéria, a especificidade do
tema objeto da demanda ou a repercussão social da controvérsia, poderá, por decisão
irrecorrível, de ofício ou a requerimento das partes ou de quem pretenda manifestar-se,
solicitar ou admitir a participação de pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade
especializada, com representatividade adequada, no prazo de 15 (quinze) dias de sua intimação.
Enunciado 10 FPPC: "Em caso de desmembramento do litisconsórcio multitudinário, a
interrupção da prescrição retroagirá à data de propositura da demanda original."
É que a interrupção da prescrição retroage à data da propositura da ação e, para todos
os efeitos, todos os litisconsortes propuseram a demanda na mesma data, embora
tenha ocorrido o desmembramento posterior.
*
Art. 115 do CPC: Art. 115. A sentença de mérito, quando proferida sem a integração do
contraditório, será:
I - nula, se a decisão deveria ser uniforme em relação a todos que deveriam ter
integrado o processo; (UNITÁRIO)
II - ineficaz, nos outros casos, apenas para os que não foram citados. (SIMPLES)
Parágrafo único. Nos casos de litisconsórcio passivo necessário, o juiz determinará ao
autor que requeira a citação de todos que devam ser litisconsortes, dentro do prazo que
assinar, sob pena de extinção do processo.
6. (FCC/2018/DPE-RS - Defensor Público)
No que se refere ao instituto do litisconsórcio é correto afirmar:
A - A vontade de duas ou mais pessoas é elemento suficiente para que figurem juntos
no mesmo polo processual, caso em que se tem litisconsórcio facultativo.
B - Nos casos de litisconsórcio necessário o regime de tratamento é sempre também de
litisconsórcio unitário, pois o juiz não poderá decidir o mérito de modo não uniforme
entre os litisconsortes.
C - A limitação ao litisconsórcio multitudinário pode ser feita pelo juiz de ofício ou a
requerimento da parte e é viável tanto no litisconsórcio facultativo quanto no
necessário.
D - O CPC vigente consagra o princípio da independência entre os litisconsortes, mas
abre exceção em caso de litisconsórcio unitário, ao permitir que os atos de um dos
litisconsortes aproveitem aos demais.
E - A sentença de mérito proferida em processo no qual não tenham sido citados todos
os litisconsortes necessários será sempre nula.
GABARITO:
Art. 113 do CPC: Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em conjunto,
ativa ou passivamente, quando: I - entre elas houver comunhão de direitos ou de
obrigações relativamente à lide; II - entre as causas houver conexão pelo pedido ou pela
causa de pedir; III - ocorrer afinidade de questões por ponto comum de fato ou de
direito.
*
Litisconsórcio NECESSÁRIO ≠ Litisconsórcio UNITÁRIO
*
Art. 113 § 1º do CPC: O juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao número
de litigantes na fase de conhecimento, na liquidação de sentença ou na execução,
quando este comprometer a rápida solução do litígio ou dificultar a defesa ou o
cumprimento da sentença.
Art. 117 do CPC: Os litisconsortes serão considerados, em suas relações com a parte
adversa, como litigantes distintos, exceto no litisconsórcio unitário, caso em que os atos
e as omissões de um não prejudicarão os outros, mas os poderão beneficiar”.
*
Art. 115 do CPC. Art. 115. A sentença de mérito, quando proferida sem a integração do
contraditório, será:
I - nula, se a decisão deveria ser uniforme em relação a todos que deveriam ter
integrado o processo;
II - ineficaz, nos outros casos, apenas para os que não foram citados.
7. (2018/CESPE/DPE-PE/Defensor Público)
Beatriz ajuizou ação de cobrança contra determinada empresa. Paralelamente, por petição
simples, ela instaurou, contra a mesma empresa, incidente de desconsideração da
personalidade jurídica contemporânea e em apenso à petição inicial. No âmbito da ação de
cobrança, foi julgado procedente o pedido de desconsideração da personalidade jurídica que
havia sido formulado.
Com relação ao incidente referido na situação hipotética, assinale a opção correta.
A - A alienação de bens será sempre ineficaz em relação à Beatriz, bastando, para tanto, que o
seu pedido do referido incidente seja julgado procedente.
B - Como o referido incidente foi instaurado paralelamente à inicial, dispensa-se a comunicação
ao distribuidor.
C - Seria dispensável a instauração do referido incidente caso a desconsideração tivesse sido
requerida na petição inicial da ação de cobrança.
D - A instauração do referido incidente não provoca, em nenhuma hipótese legal, a suspensão
do processo.
E - Contra a decisão que julgará o referido incidente, caberá agravo interno.
GABARITO:
Art. 137 CPC. Acolhido o pedido de desconsideração, a alienação ou a oneração de bens,
havida em fraude de execução, será ineficaz em relação ao requerente.
*
Art. 134 CPC. O incidente de desconsideração é cabível em todas as fases do processo de
conhecimento, no cumprimento de sentença e na execução fundada em título executivo
extrajudicial.
§ 1º A instauração do incidente será imediatamente comunicada ao distribuidor para as
anotações devidas.
§ 2º Dispensa-se a instauração do incidente se a desconsideração da personalidade jurídica
for requerida na petição inicial, hipótese em que será citado o sócio ou a pessoa jurídica.
§ 3º A instauração do incidente suspenderá o processo, salvo na hipótese do § 2º.
Art. 136 CPC. Concluída a instrução, se necessária, o incidente será resolvido por decisão
interlocutória.
Parágrafo único. Se a decisão for proferida pelo relator, cabe agravo interno.
INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA
✓ É cabível, em procedimentos dos juizados especiais, o incidente de desconsideração da personalidade
jurídica. Art. 1.062 do CPC.

✓ É cabível em todas as fases do processo de conhecimento, no cumprimento de sentença e na


execução fundada em título executivo extrajudicial. Art. 134 CPC.

✓ É resolvido por meio de uma decisão interlocutória recorrível por agravo de instrumento. Art. 1.015,
IV do CPC.

✓ O requerimento deve conter fundamentação específica e demonstrar o preenchimento dos


pressupostos legais específicos para desconsideração da personalidade jurídica.
8. (FCC/PGE-TO/2018) Em contestação, incumbe ao réu,
A - alegar toda a matéria de defesa, só se permitindo deduzir novas alegações quando competir ao
juiz conhecer delas de ofício.
B - alegar litispendência, que se configura quando se repete ação que já foi definitivamente
julgada.
C- alegar, antes de discutir o mérito, incompetência absoluta e relativa, esta última por meio de
exceção, por petição em apartado.
D - indicar o sujeito passivo da relação jurídica discutida sempre que tiver conhecimento, quando
alegar sua ilegitimidade, sob pena de arcar com as despesas processuais e de indenizar o autor
pelos prejuízos decorrentes da falta de indicação.
E - levantar a existência de convenção de arbitragem, que também pode ser conhecida de ofício
pelo juiz.
GABARITO:
Art. 342 do CPC: Depois da contestação, só é lícito ao réu deduzir novas alegações quando:
I - relativas a direito ou a fato superveniente;
II - competir ao juiz conhecer delas de ofício;
III - por expressa autorização legal, puderem ser formuladas em qualquer tempo e grau de
jurisdição.
*
Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:
VI - litispendência;
§ 3o Há litispendência quando se repete ação que está em curso.
Art. 337 do CPC. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:
II - incompetência absoluta e relativa;
Art. 64 do CPC. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão
preliminar de contestação.
*
Art. 339 do CPC: Quando alegar sua ilegitimidade, incumbe ao réu indicar o sujeito
passivo da relação jurídica discutida sempre que tiver conhecimento, sob pena de arcar
com as despesas processuais e de indenizar o autor pelos prejuízos decorrentes da falta
de indicação.
*
Art. 337 do CPC. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:
X - convenção de arbitragem;
§ 5o Excetuadas a convenção de arbitragem e a incompetência relativa, o juiz
conhecerá de ofício das matérias enumeradas neste artigo.
9. (FCC/2018/PGE-AP/Procurador do Estado)
O advogado José de Oliveira ajuíza ação sem procuração outorgada pelo autor, alegando urgência na tutela
postulada, reintegratória na posse de imóvel. Essa conduta é
A - vedada, no caso, pois a ação reintegratória dependerá necessariamente de audiência prévia de justificação,
não podendo pois ser considerada urgente.
B - vedada, pois só se permite o ingresso em juízo sem procuração para evitar preclusão, decadência ou
prescrição do direito do autor.
C - permitida, mas José de Oliveira deverá prestar caução nos autos, em nome do autor, e exibir a procuração
nos autos no prazo improrrogável de vinte dias.
D - permitida, mas José de Oliveira deverá, independentemente de caução, exibir a procuração no prazo de
quinze dias, prorrogável por igual período por despacho do juiz.
E - vedada, pois a procuração é requisito indispensável ao ajuizamento da demanda, o que não comporta
exceções.
GABARITO:
Art. 104 do CPC. O advogado não será admitido a postular em juízo sem procuração,
salvo para evitar preclusão, decadência ou prescrição, ou para praticar ato considerado
urgente.
§ 1o Nas hipóteses previstas no caput, o advogado deverá, independentemente de
caução, exibir a procuração no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogável por igual período
por despacho do juiz.
§ 2o O ato não ratificado será considerado ineficaz relativamente àquele em cujo nome
foi praticado, respondendo o advogado pelas despesas e por perdas e danos.
JURISPRUDÊNCIA IMPORTANTE:

Em ação consignatória, a insuficiência do depósito realizado pelo devedor conduz ao


julgamento de improcedência do pedido, pois o pagamento parcial da dívida não
extingue o vínculo obrigacional.

REsp 1.108.058-DF, Rel. Min. Lázaro Guimarães (Desembargador Convocado do TRF da


5ª Região), Rel. Acd. Min. Maria Isabel Gallotti, Segunda Seção, por maioria, julgado em
10/10/2018, DJe 23/10/2018 (Tema 967) Informativo 636 STJ.
CURADORIA ESPECIAL

✓ Art. 4º, inciso XVI da Lei Orgânica da Defensoria Pública (LC 80/94) estabelece que dentre as
funções institucionais da Defensoria Pública está a de exercer a curadoria especial nos casos
previstos em lei.
Art. 72 do CPC. O juiz nomeará curador especial ao:
I - incapaz, se não tiver representante legal ou se os interesses deste colidirem com os daquele,
enquanto durar a incapacidade;
II - réu preso revel, bem como ao réu revel citado por edital ou com hora certa, enquanto não
for constituído advogado.
Parágrafo único. A curatela especial será exercida pela Defensoria Pública, nos termos da lei.
CURADORIA ESPECIAL

✓ A função institucional de exercer a curadoria especial independe da situação


econômica do assistido.

✓ o recurso interposto pela Defensoria Pública, na qualidade de curadora especial, está


dispensado do pagamento de preparo.(EAREsp 978.895/SP 04/02/2019 - Info 641).

✓ O curador especial tem legitimidade para propor reconvenção em favor do réu cujos
interesses está defendendo. (REsp 1088068-MG 29/08/2017 - Info 613).
TEMAS RELACIONADOS À DEFENSORIA PÚBLICA

✓ A multa por ato atentatório à dignidade da justiça (Att. 77, IV e VI) não se aplica ao
membro da Defensoria Pública, pois sua eventual responsabilidade disciplinar deve
ser apurada por sua corregedoria.

Art. 77 §6º Aos advogados públicos ou privados e aos membros da Defensoria Pública e
do Ministério Público não se aplica o disposto nos §§ 2º a 5º, devendo eventual
responsabilidade disciplinar ser apurada pelo respectivo órgão de classe ou
corregedoria, ao qual o juiz oficiará.

✓ Incumbe ao juiz, quando se deparar com diversas demandas individuais repetitivas,


oficiar o Ministério Público ou a Defensoria Pública para promover a propositura da
respectiva ação coletiva (art. 139, X).
✓ No litígio coletivo pela posse de imóvel, a Defensoria Pública será intimada para a
audiência de mediação sempre que houver parte beneficiária de gratuidade da
justiça.

Art. 565 CPC. No litígio coletivo pela posse de imóvel, quando o esbulho ou a turbação
afirmado na petição inicial houver ocorrido há mais de ano e dia, o juiz, antes de
apreciar o pedido de concessão da medida liminar, deverá designar audiência de
mediação, a realizar-se em até 30 (trinta) dias, que observará o disposto nos §§ 2o e 4o.
§ 2o O Ministério Público será intimado para comparecer à audiência, e a Defensoria
Pública será intimada sempre que houver parte beneficiária de gratuidade da justiça.
✓ Nas ações rescisórias ajuizadas pela Defensoria Pública não se exige o depósito de cinco por cento
sobre o valor da causa.

Art. 968 CPC. A petição inicial será elaborada com observância dos requisitos essenciais do art. 319,
devendo o autor:
I - cumular ao pedido de rescisão, se for o caso, o de novo julgamento do processo;
II - depositar a importância de cinco por cento sobre o valor da causa, que se converterá em multa caso a
ação seja, por unanimidade de votos, declarada inadmissível ou improcedente.
§ 1o Não se aplica o disposto no inciso II à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios, às suas
respectivas autarquias e fundações de direito público, ao Ministério Público, à Defensoria Pública e aos que
tenham obtido o benefício de gratuidade da justiça.
10. (FCC/DPE-ES/2016) Sobre o sistema recursal no novo Código de Processo Civil
(A) o Superior Tribunal de Justiça deverá negar seguimento ao recurso especial
que suscite o conhecimento de questão constitucional.
(B) são cabíveis embargos infringentes contra acórdão não unânime que tenha
reformado, em grau de apelação, a sentença de mérito, ou houver julgado
procedente ação rescisória.
(C) os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou
decisão judicial em sentido diverso, mas a apelação, como regra, tem efeito
suspensivo.
(D) as decisões interlocutórias que não se enquadram nas hipóteses de
cabimento do agravo de instrumento são irrecorríveis, razão pela qual podem ser
atacadas por mandado de segurança contra ato judicial.
(E) o recurso especial tem seu juízo de admissibilidade realizado exclusivamente
pelo próprio Superior Tribunal de Justiça.
GABARITO:
Art. 1.032. Se o relator, no Superior Tribunal de Justiça, entender que o recurso especial versa
sobre questão constitucional, deverá conceder prazo de 15 (quinze) dias para que o recorrente
demonstre a existência de repercussão geral e se manifeste sobre a questão constitucional.
Parágrafo único. Cumprida a diligência de que trata o caput, o relator remeterá o recurso ao
Supremo Tribunal Federal, que, em juízo de admissibilidade, poderá devolvê-lo ao Superior
Tribunal de Justiça.
*
Os embargos infringentes, previstos no CPC/73, foram excluídos pelo CPC/15, que passou a não
mais prever esta espécie recursal.
Art. 995 CPC. Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou
decisão judicial em sentido diverso.
Art. 1.012 CPC. A apelação terá efeito suspensivo.
*
Apenas não há impugnação imediata.
Art. 1.009, §1º, do CPC: As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a
seu respeito não comportar agravo de instrumento, não são cobertas pela preclusão e
devem ser suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente interposta contra a
decisão final, ou nas contrarrazões.
Extinção do juízo prévio de admissibilidade em relação aos recursos ordinários.

Art. 1.030 CPC. Recebida a petição do recurso pela secretaria do tribunal, o recorrido
será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual
os autos serão conclusos ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, que
deverá:

V – realizar o juízo de admissibilidade e, se positivo, remeter o feito ao Supremo


Tribunal Federal ou ao Superior Tribunal de Justiça, desde que:

a) o recurso ainda não tenha sido submetido ao regime de repercussão geral ou de


julgamento de recursos repetitivos;
b) o recurso tenha sido selecionado como representativo da controvérsia; ou
c) o tribunal recorrido tenha refutado o juízo de retratação.
AGRAVO DE INSTRUMENTO
✓ Interpretação extensiva ou analógica
• Definição de competência (REsp 1.679.909-RS)
• Quando não concede efeito suspensivo aos embargos à execução (REsp 1.694.667-PR).

Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:
III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem;
X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução;

✓ Em 05/12/2018: o STJ entendeu pela insuficiência da interpretação extensiva ou analógica dos


incisos do artigo 1.015 do CPC.
AGRAVO DE INSTRUMENTO

✓ A taxatividade do rol do artigo 1.015 do CPC é mitigada e admite, excepcionalmente, a


interposição de agravo de instrumento contra decisões que não estejam previstas
expressamente no rol, quando verificada a urgência.

✓ Tese jurídica: O rol do art. 1.015 do CPC é de taxatividade mitigada, por isso admite a
interposição de agravo de instrumento quando verificada a urgência decorrente da
inutilidade do julgamento da questão no recurso de apelação. REsp 1704520/MT, Rel.
Ministra NANCY ANDRIGHI, DJe 19/12/2018

You might also like