Professional Documents
Culture Documents
Ver também
Ligações externas
Descrição
Os musgos, geralmente referidos na literatura científica por «briófitos», nas modernas
classificações pertencem à superdivisão Bryophyta sensu lato, juntamente com outros
dois filos, Marchantiophyta (as hepáticas) e Anthocerophyta (os antóceros), com os
quais apresentam semelhanças morfológicas.
São plantas criptógamas, isto é, em que o órgão reprodutor está escondido, ou possuem
os órgãos reprodutores inconspícuos. Apresentam como pigmentos fotossintéticos a
Micrografia de um filídio deBryum
clorofila a, a clorofila b, xantofila e carotenos. A sua substância de reserva é o amido. A capillare mostrando a camada fina de
parede celular é composta por celulose. células (uma única célula de espessura)
com cloroplastos e grânulos de amido.
A generalidade das espécies são pequenas plantas herbáceas não vasculares, de
organização simples, sem vasos lignificados condutores de água e sais minerais, que
absorvem água e nutrientes principalmente através da suas folhas, nas quais também
assimilam dióxido de carbono através da fotossíntese.[6][7]
As estruturas dos musgos, mesmo quando estão presentes tecidos condutores e hidroides, são pouco eficientes na transmissão de água e
nutrientes, o que aumenta a dependência de água, explicando a preferência dos musgos por ambientes húmidos. Pelas mesmas razões,
geralmente atingem poucos centímetros de altura, justamente por não possuírem vasos especializados de condução de seiva. Esta é aliás uma
das diferenças mais marcantes, já que os musgos diferem dasplantas vasculares por não terem traqueídeos de xilema ou vasos condutores.
Os gametófitos dos musgos, a fase persistente, apresentam caulídeos (talos) que podem ser simples ou ramificados, erectos (nos musgos
acrocárpicos) ou prostrados (nos musgos pleurocárpicos). Os filídios (folhas) são simples, geralmente com apenas uma camada de células de
espessura, desprovidos de espaços interiores condutores de ar, frequentemente com nervuras centrais espessadas. Não apresentam raízes, tendo
em seu lugar rizoides filamentosos que ancoram a planta ao substrato, única função destas estruturas, já que não absorvem água ou nutrientes
(função reservada aos filídios). Nesta estrutura distinguem-se das hepáticas (Marchantiophyta), pois estas apresentam rizoides multicelulares.
Outras diferenças, que não são universais para todos os musgos e hepáticas, são a presença nos musgos de caules claramente diferenciados com
filídios nervurados, com formas simples, não profundamente lobados ou segmentados, nunca arranjados em três fileiras.
Os esporófitos, a fase produtora de esporos do ciclo de vida da planta que constitui a geração diploide multicelular, são de vida curta e
totalmente dependentes do gametófito para fornecimento de água e nutrição. As cápsulas produtoras de esporos, os esporângios, são produzidos
na extremidade de longos pedúnculos não ramificados, a seta, cada um dos quais produz uma única cápsula. Esta última característica distingue
os musgos dos polisporangiófitos, o grupo que inclui todas as plantas vasculares. Por outro lado, na maioria dos musgos a cápsula produtora de
esporos cresce e matura apenas após o alongamento da seta se ter concluído, o que os distingue das hepáticas, nas quais a cápsula matura antes
do alongamento.[7]
Os musgos ocorrem sobre os mais variados tipos de substrato, como troncos e ramos de árvores (corticícolas), folhas (epífilas), troncos em
decomposição (epíxilas), solo (terrícolas) ou rochas (rupícolas), geralmente em locais húmidos, já que são dependentes da água para a
reprodução.
Apesar da preferência generalizada por ambientes húmidos e ombrófilos, existem espécies de musgos que toleram condições ambientais
extremas e por isso ocorrem nos mais variados ecossistemas e numa grande diversidade de habitats, sendo distribuídos por todo o mundo. São
encontrados desde a região boreal nas margens do Oceano Árctico até as florestas tropicais, desertos e ambientes submersos, mas nunca no
ambiente marinho. Muitos musgos são espécies pioneiras na colonização de ambientes modificados, incluindo os ruderais, sendo eficazes no
combate à erosão do solo e na manutenção da humidade dos ecossistemas. São muito eficazes nainterceptação da água da chuva, captando água
e nutrientes a partir da atmosfera. Também desempenham um papel importante no fornecimento de habitat para múltiplas espécies animais, com
destaque para os insectos.
O maior valor económico dos musgos é serem o principal constituinte da turfa (principalmente os musgos do género Sphagnum), embora
também sejam usados para fins decorativos, em jardins e no comércio florista. Entre os usos tradicionais de musgos estão o uso como
isolamento térmico em estruturas e vestuário e a utilização da sua capacidade de absorver líquidos, que no esfagno ultrapassa as 20 vezes o peso
seco da planta.
Ciclo de vida
O ciclo de vida dos musgos apresenta uma alternância de gerações em que o
gametófito constitui a fase evidente e dominante, enquanto o esporófito é muito
menor e nutricionalmente dependente do gametófito.
Reprodução sexual
O ciclo de vida dos musgos inicia-se com um esporo haploide que germina para Ciclo de vida de um musgo típico (Polytrichum
produzir um protonema, o qual pode assumir a forma de uma massa de commune).
filamentos enrolados ou ser uma estrutura taloide. Os protonemas dos musgos
crescem e formam massas que parecem um minúsculo e fino feltro verde sobre superfícies como o solo húmido, casca de árvores, rochas,
cimento ou qualquer outra superfície razoavelmente estável. O protonema é um estágio transitório na vida do musgo, do qual cresce o
gametóforo ("portador de gâmetas"), estruturalmente diferenciado em hastes (os cauloides) e filídios (as folhas). Uma única esteira de
protonemas pode conduzir ao desenvolvimento de vários gametóforos, resultando num tufo de musgo, o hábito mais comum e familiar deste
grupo de plantas.
Os órgãos sexuais dos musgos desenvolvem-se a partir das pontas das hastes ou
ramos do gametóforo. Os órgãos femininos, designados por arquegónios, são
protegidos por um grupo de folhas modificadas conhecidas por periquetas. Os
arquegónios são pequenos grupos de células em forma de taça com um pescoço
aberto (venter), através do qual o gâmeta masculino (anterozoides ou esperma)
penetra e nada até ao óvulo, a oosfera. Os órgãos masculinos são conhecidos
como anterídios e são fechados por folhas modificadas que formam uma
estrutura designada por perigónio. Em alguns musgos, as folhas circundantes
dos órgãos sexuais formam uma taça que, ao encher de água da chuva, permite Ciclo de vida de um musgo.
a formação de respingos pela queda de gotículas de água da chuva, permitindo
que o anterozoide contido no copo seja transportado pelos salpicos para as
plantas vizinhas.
Os musgos podem ser tanto dioicos (semelhante à dioecia nas plantas com flor)
ou monoicos (semelhante à monoecia nas plantas com flor). Nos musgos
dioicos, os órgãos sexuais masculinos e femininos são suportados em diferentes
plantas gametófitas. Em musgos monoicos (também por vezes chamados
autoicos), os órgãos de ambos os sexos são produzidos na mesma planta. Na
presença de água, o anterozoide libertado pelo anterídio move-se até ao
arquegónio e ocorre a fertilização, levando à produção de um esporófito
diploide. Os anterozoides dos musgos são biflagelados, isto é, apresentam dois
flagelos que ajudam na propulsão no percurso entre o anterídio e o arquegónio.
Uma vez que o anterozoide necessita de nadar até ao arquegónio, a fertilização Um tufo de musgos com gametófitos (as estruturas
baixas semelhantes a folhas) e esporófitos (as
não pode ocorrer sem água. Algumas espécies (por exemplo, Mnium hornum e
estruturas altas, pedunculadas).
várias espécies de Polytrichum) mantêm em torno dos anterídios as chamadas
"taças de salpico", estruturas em forma de taça que se enchem de água da chuva
e permitem que as gotas de chuva formem salpicos cujas gotículas transportam
os anterozoides a vários decímetros de altura, aumentando a distância de
fertilização.[8]
No interior da cápsula, as células produtoras de esporos sofrem repetidas meioses, dando origem a esporos haploides, os quais, após serem
libertados para o ambiente, vão germinar e começar novo ciclo de vida.
Embora possa estar ausente em alguns musgos, a abertura da cápsula, a boca, é geralmente rodeada por um conjunto de dentículos que forma
uma estrutura designada porperistoma. A função do peristoma é, após adeiscência, ajudar na dispersão dos esporos.
Embora a hidrocoria e a zoocoria tenham sido observadas, a maioria das espécies de musgos é anemocórica, dependendo do vento para
dispersar os esporos. Alguns géneros desenvolveram estratégias de dispersão que envolvem, para além da presença de um peristoma
denticulado, mecanismos de ejecção dos esporos da cápsula para o ar. Um dos mais notáveis é o género Sphagnum, cuja cápsula projecta os
esporos a 10-20 cm acima da planta utilizando a libertação explosiva de ar comprimido dentro da cápsula, mecanismo que é capaz de imprimir
uma grande aceleração inicial aos esporos.[9][10]
Estudos realizados sobre a espécie Ceratodon purpureus (Dicranales) demonstraram que as plantas masculinas e femininas emitem diferentes e
complexos odores através da produção de compostos orgânicos voláteis distintos.[12] As plantas femininas emitem mais compostos odorantes
do que as plantas masculinas e durante o estudo oscolêmbolos escolheram preferencialmente as plantas do sexo feminino. Um estudo descobriu
que a presença de colêmbolos aumenta a taxa de fertilização do musgo, sugerindo uma relação mediada pela emissão de odores, análoga à
relação planta-polinizador encontrada em muitasplantas com semente.[12]
A espécie Splachnum sphaericum (Splachnales) apresenta mecanismos sofisticados de polinização por insectos, em tudo semelhantes aos
utilizados pelas plantas com flor, atraindo moscas para os seus esporângios através da emissão de um cheiro forte a carniça e fornecendo uma
forte sugestão visual sob a forma de um anel saliente de coloração vermelha localizado abaixo de cada cápsula de esporos. As moscas atraídas
pelo musgo carregam os esporos para as fezes frescas de herbívorosbosta),
( [13]
o habitat preferido das espécies deste género de musgos.
Reprodução vegetativa
A reprodução vegetativa também está presente nos musgos já que muitas espécies, entre as quais Ulota phyllantha (Orthotrichales), produzem
estruturas vegetativas verdes, pequenas gemas, nos filídios ("folhas") e nos caulídios (hastes). As gemas separam-se da planta-mãe e são
arrastadas pelo vento ou pela água e formam novas plantas sem necessidade de percorrer o ciclo de fertilização. Esta é uma forma de
reprodução assexual, e os indivíduos geneticamente idênticos a que dão origem podem conduzir à formação de populações
clonais.
O nanismo das plantas masculinas (filodioicia) ocorre principalmente quando esporos dispersos pelo vento germinam sobre plantas femininas
dando origem a plantas masculinas, ficando o seu crescimento restrito a alguns milímetros. Em algumas espécies o nanismo é geneticamente
determinado, sendo que todos os esporos que dêem origem a plantas masculinas ao germinar produzem espécimes anãs.[15] Contudo, é mais
frequente que o nanismo seja determinado por factores ambientais, ficando restrito aos esporos que germinem sobre plantas femininas, enquanto
[15][16][17][18]
que os que germinam isoladamente, apesar de masculinos, atingem dimensões semelhantes às das plantas femininas.
Neste último caso, sendo o nanismo determinado pela presença da planta feminina, as plantas masculinas anãs, quando transplantadas de junto
das plantas femininas para outro substrato, desenvolvem rebentos de dimensões normais. Esta constatação sugere que são as plantas femininas
que emitem substâncias que inibem o crescimento das plantas masculinas que sobre elas crescem e que possivelmente também aceleram o
aparecimento da maturação sexual.[17][18] A natureza dessa substância, ou substâncias, é desconhecida, mas a fitormona auxina poderá estar
envolvida.[15]
O nanismo das plantas masculinas que crescem sobre plantas femininas deverá aumentar a eficiência da fertilização ao minimizar a distância
entre os órgãos reprodutivos masculinos e femininos. Apontando nesse sentido, foi observado que a frequência de fertilização está
positivamente correlacionada com a presença de plantas masculinas afectadas por nanismo em várias espécies ondefilodioicia
a ocorre.[19][20]
Plantas masculinas anãs ocorrem em diversas linhagens filogeneticamente afastadas[20][21] e está a ser demonstrado ser mais comum do que
previamente se acreditava.[20] Por exemplo, estima-se que entre 25% a 50% de todas as espécies de musgos pleurocárpicos com dioicia
apresentam nanismo masculino.[20]
Se a planta não consegue reparar os danos no ADN das suas células somáticas, por exemplo os resultantes de quebra em cadeias duplas, as
células podem perder a sua função normal ou podem morrer. Se tal ocorre durante o processo de meiose (parte do ciclo de reprodução sexual),
podem ficar inférteis.[22]
O genoma de P. patens foi sequenciado, o que tem permitido a identificação de diversos genes envolvidos na reparação do ADN.[22] Espécimes
mutantes de P. patens que apresentam defeitos em passos chave do processo de recombinação homóloga têm sido utilizados para estabelecer a
forma como o mecanismo de reparação funciona nas plantas. Por exemplo, um estudo conduzido com recurso a uma linhagem mutante de P.
patens que apresenta defeitos em RpRAD51, um gene que codifica a proteína que está no centro da reacção de reparação recombinacional,
[23]
produziu resultados que indicam que a recombinação homóloga é essencial para reparar rupturas de dupla cadeia no ADN desta planta.
Da mesma forma, estudos realizados com mutantes que apresentam defeitos nos genes
Ppmre11 ou Pprad50 (que codificam uma proteína chave
do complexo MRN, o principal sensor de rupturas de dupla cadeia de ADN) mostram que estes genes são necessários para a reparação de danos
[24]
no ADN, bem como para o normal crescimento e desenvolvimento da planta.
História geológica
O registo fóssil dos musgos é esparso devido à sua natureza frágil e ao predomínio de estruturas com paredes macias e facilmente decompostas.
Fósseis de musgos livres de ambiguidade foram recuperados de estratos tão antigos como depósitos do Pérmico inferior da Antártida e Rússia, e
num caso são apontados fósseis de musgos datados do Carbonífero.[25] Tem sido proposto que fósseis de estruturas tubulares datadas do
Silúrico são restos macerados dacaliptra de musgos.[26]
Os musgos parecem evoluir 2–3 vezes mais lentamente que ospteridófitos (fetos), gimnospérmicas e angiospérmicas.[27]
Investigação recente mostra que o rápido desenvolvimentos dos musgos poderá explicar a origem das idades do gelo que ocorreram no
Ordoviciano. Quando os ancestrais dos atuais musgos começaram a se expandir na terra há cerca de 470 milhões de anos, absorveram grandes
quantidades de CO2 da atmosfera terrestre e extraíram minerais das rochas, secretando ácidos orgânicos que dissolveram as rochas sobre as
quais se fixaram. As rochas quimicamente alteradas, por sua vez, reagiram com o CO2 atmosférico e contribuíram para a formação de novas
rochas carbonatadas cálcicas no oceano em resultado do arraste pela erosão de iões de cálcio e magnésio libertados das rochas silicatadas da
crusta terrestre.[28]
As rochas degradadas também libertaram grandes quantidades de fósforo e ferro que acabaram nos oceanos, onde causaram grande crescimento
de algas, resultando no sequestro de mais carbono do ar sob a forma de carbono orgânico, extraindo mais dióxido de carbono da atmosfera.
Pequenos organismos decompondo os nutrientes criaram grandes áreas anóxicas (pobres em oxigénio), o que resultou numa extinção em massa
[28][29]
de espécies marinhas, enquanto os níveis de CO2 caíam em todo o mundo, permitindo a formação de calotas de gelo sobre os polos.
Classificação
A etimologia do vocábulo «musgo» provém do termo latino muscu,[30] utilizado para
designar de forma genérica os briófitos.
Subdivisão Takakiophytina
Classe Takakiopsida
Subdivisão Sphagnophytina "Muscinae" (ilustração deKunstformen der
Natur de Ernst Haeckel , 1904).
Classe Sphagnopsida
Subdivisão Bryophytina
Classe Andreaeopsida
Classe Andreaeobryopsida
Classe Oedipodiopsida
Classe Tetraphidopsida
Classe Polytrichopsida
Classe Bryopsida
Tendo em conta os actuais conhecimentos dafilogenia e composição dos Bryophyta, é possível construir o seguintecladograma.[2][34]
Marchantiophyta (hepáticas)
Anthocerotopsida (antóceros)
Takakiophytina Takakiopsida
Sphagnophytina Sphagnopsida
Andreaeopsida
Andreaeobryopsida
Bryophyta sensu stricto
Oedipodiopsida
Bryophytina
Polytrichopsida
Neomusci
Cenomusci Tetraphidopsida
Altamusci
Bryopsida
Seis da oito classes de briófitos contêm cada apenas um ou dois géneros. A classe Polytrichopsida inclui 23 géneros e a classeBryopsida agrupa
a maioria da diversidade dos musgos, com mais de 95% das espécies descritas a pertencer a este grupo.
A classe Sphagnopsida, os musgos formadores de turfeiras, para além de taxa conhecidos apenas do registo fóssil, agrega apenas dois géneros
extantes, Ambuchanania e Sphagnum. Contudo, o género Sphagnum é rico em diversidade, apresenta distribuição natural muito alargada e
grande importância económica na formação de turfas e no uso como material. Estes musgos de grandes dimensões contribuem para a formação
de extensos pântanos acídicos, as turfeiras, com grandes implicações no ciclo hidrológico e na taxa de decomposição da matéria orgânica e na
retenção de carbono da atmosfera. Os filídios (folhas) das espécies do génerosSphagnum apresentam uma alternância de grandes células mortas
com células fotossintéticas, servindo as células mortas para armazenar água. Para além destas características únicas, que permitem a estas
plantas armazenar grandes volumes de água, distinguem-se dos restantes musgos por apresentarem um protonema taloso ramificado (com
aspecto achatado e expandido) eesporângios que rompem na maturidade numa forma explosiva dedeiscência.
As classes Andreaeopsida e Andreaeobryopsida distinguem-se pelos rizoides bisseriados (com duas filas de células), pelo protonema
multisseriado (muitas camadas de células) e por esporângios que, ao contrário da maioria dos musgos que apresenta cápsulas que abrem no topo
na deiscência, fendem ao longo de linhas longitudinais.
A classe Polytrichopsida apresenta filídios (folhas) com conjuntos paralelos de lamelas, abas de células ricas em cloroplastos que formam
"folhos" laterais. Estas células para além da sua função fotossintética podem a ajudar a conservar humidade ao recobrirem parcialmente as
superfícies onde ocorre a troca de gases com a atmosfera. Os membros da classe Polytrichopsida diferem dos restantes musgos em vários
detalhes do seu desenvolvimento e anatomia, podendo atingir dimensões maiores do que quaisquer outros musgos. Por exemplo, a espécie
Polytrichum commune forma tufos com até 40 cm de altura, mas o musgo mais alto que se conhece, também um membro dos Polytrichidae, é
provavelmente Dawsonia superba, uma espécie nativa daNova Zelândia e outras partes da Australásia.
Ecologia e conservação
Habitat
Os gametófitos dos musgos são autotróficos fotossintéticos, pelo que requerem
suficiente luz solar para que a fotossíntese possa ocorrer com suficiente eficiência.[35]
Como a tolerância ao ensombramento varia com a espécie, tal como ocorre com as
restantes plantas, a radiação solar é um dos principais factores limitantes à distribuição
espacial dos musgos. Contudo, a maior parte dos musgos, ao contrário do que ocorre
com as plantas vasculares, apresenta sérias dificuldades em manter a hidratação em
situações de insolação directa, razão pela qual a maioria das espécies ombrófila.
é
As limitações em hidratação, típicas das plantas avasculares, levam a que na maior parte
dos biomas os musgos ocupem maioritariamente habitats que correspondem a biótopos
húmidos e sombrios, tais como áreas florestadas e margens de cursos de água e encostas Densa massa de colónias de musgos
íngremes voltadas para ângulos em que o sol não ilumina directamente, falésias e epífitos sobre árvores numa floresta
despenhadeiros. Note-se que em regiões de clima frio e húmido, especialmente quando costeira.
correspondem a grande frequência de céus nublados ou de ocorrência de nevoeiros, os
musgos podem ocupar qualquer tipo de habitats, mesmo os mais expostos à radiação
solar directa. Apesar das limitações apontadas, existem espécies de musgos adaptadas a
habitats ensolarados e sazonalmente secos, tais como os rochedos alpinos, os muros e as
calçadas ou dunas consolidadas.
As espécies de musgos que crescem sobre as árvores ou à sua sombra imediata são Musgos numa turfeira.
muitas vezes específicas, aparecendo sempre associadas a determinadas espécies
arbóreas, ou grupo de espécies. Existem espécies que preferem coníferas em detrimento
de árvores de folha larga, espécies que preferem os carvalhos face às faias e outras
espécies similares, e vice-versa.[7] Apesar de ser muito frequente encontrar musgos que
crescem sobre as árvores comoepífitas, nunca são parasitas às árvores.
Algumas musgos são totalmente aquáticos, como ocorre com a espécie Fontinalis antipyretica, um musgo comum em águas estagnadas, e
outros, como os membros do género Sphagnum, habitam pântanos, turfeiras e cursos de água de escoamento muito lento.[7] Estes musgos
aquáticos estão libertos das restrições impostas pela dificuldade de manter a hidratação na falta de estruturas vasculares eficientes, pelo que
podem exceder em muito o comprimento médio dos musgos terrestres, sendo, por
exemplo, comuns plantas com mais de 20-30 cm entre as espécies deSphagnum.
Por outro lado, a fertilização nos musgos requer que o anterozoide (o esperma
masculino) nade até atingir a oosfera. Esse requisito implica que, independentemente do
tipo de habitat de ocorrência, os musgos requeiram a presença de água líquida durante
pelo menos parte do ano para poderem completar a fertilização. Apesar disso, muitos
musgos podem sobreviver durante períodos de dessecação, por vezes de alguns meses de
[35]
duração, revivendo em poucas horas após a re-hidratação.
Musgos sobre uma estrutura de retenção
Considera-se que em geral, particularmente nas latitudes mais elevadas do hemisfério de terras.
norte, o lado norte das árvores e das rochas geralmente apresenta um crescimento de
musgos mais luxuriante do que os outros lados.[36] A explicação assumida assenta na
maior insolação do lado sul, a qual cria um ambiente mais seco e por isso menos
propício ao desenvolvimento muscinal. A sul do equador, o inverso seria verdadeiro. No
entanto, os naturalistas apontam que os musgos na realidade crescem melhor no lado
mais húmido das árvores e das rochas, independentemente da orientação.[6] Em alguns
casos, especialmente nos climas ensolarados em latitudes temperadas do norte, este será
o lado norte, mais sombreado, da árvore ou da rocha. Em encostas íngremes, pode ser o
lado voltado para a parte mais alta. Para os musgos que crescem nos ramos das árvores,
o lado mais húmido é geralmente o lado superior do ramo em troços que se posicionam
horizontalmente ou perto das ramificações. Em climas húmidos com céus
frequentemente nublados, todos os lados dos troncos e das rochas podem ser igualmente Jardins de musgos em Bloedel Reserve,
suficientemente húmidos para um bom desenvolvimento dos musgos. Por outro lado, Bainbridge Island, Washington State.
diferentes espécies de musgos apresentam diferentes requisitos de humidade e
ensombramento, crescendo em diferentes secções da mesma árvore ou rocha.
Conservação
O principal factor de risco para a conservação das espécies de musgos é a destruição de habitat, especialmente a desflorestação e as queimadas.
Outro factor de risco é o uso de herbicidas e a poluição, já que muitas espécies de briófitos são sensíveis à presença de compostos químicos.
Etnobotânica
Cultivo
Os musgos são frequentemente considerados comoervas daninhas em relvados, mas em alguns casos são deliberadamente encorajados a crescer
por razões estéticas ou princípios filosóficos, situação bem exemplificada nos jardins tradicionais japoneses. Na cultura japonesa, nos antigos
jardins dos templos, os musgos podem ser utilizados para embelezar uma cena de floresta, considerando-se que adicionam uma sensação de
calma, idade e quietude às paisagens de jardim. O musgo também é usado em técnicas bonsai para recobrir o solo e coadjuvar na criação da
impressão de idade avançada das plantas.[38]
As regras de cultivo dos musgos não estão amplamente estabelecidas. As colecções de musgo são muitas vezes iniciadas usando amostras
transplantadas da natureza em sacos de retenção de água. No entanto, algumas espécies específicas de musgo podem ser extremamente difíceis
de manter fora do seu habitat natural, dados os seus complexos requisitos únicos de combinações de luz, humidade do ar e do solo, química do
substrato, abrigo de vento e outros factores ambientais.
As técnicas de cultivo de musgos a partir de esporos são ainda menos conhecidas. Os esporos dos musgos caem constantemente sobre as
superfícies expostas, trazidos pelo vento e pela chuva. As superfícies com condições favoráveis para determinada espécie de musgo serão
tipicamente colonizadas por esse musgo após alguns anos de exposição ao vento e à chuva. Materiais porosos e capazes de reter humidade,
como tijolos, madeiras e certas misturas de betão grosso e poroso são facilmente colonizadas por musgos desde que tenham humidade adequada
e ensombramento. As superfícies também podem ser preparadas utilizando substâncias ácidas, incluindo soro de leite, iogurte, urina ou misturas
suavemente moídas de musgo, água ecomposto (de preferência acídico obtido porcompostagem de ericáceas).
Em regiões de clima frio e húmido, como nas regiões costeiras do noroeste da América do Norte, os musgos são por vezes deixados
naturalmente crescer como um substituto dos relvados, por precisarem de pouca ou nenhuma manutenção, não sendo necessário o corte,
[39]
fertilização ou rega. Neste caso, asgramíneas da relva são consideradas como as ervas daninhas.
Os paisagistas da área deSeattle, por vezes, recolhem pedregulhos e troncos derrubados contendo musgos para posterior instalação em jardins e
paisagens urbanas. Os jardins florestados de muitas partes do mundo podem incluir um tapete de musgos naturais.[35] A Bloedel Reserve, na
ilha de Bainbridge, no estado de Washington, é famosa pelo seu jardim de musgos. Aquele jardim de musgos foi criado pela remoção dos
arbustos do sub-bosque e da cobertura herbácea e pelo desbaste das árvores de forma a permitir que os musgos preenchessem naturalmente o
espaço deixado livre.[40]
Os musgos são por vezes utilizados na construção de telhados verdes. As vantagens dos musgos sobre as plantas superiores na construção de
coberturas de edifícios incluem cargas de peso mais reduzidas, aumento da absorção de água, ausência de requisitos de fertilizantes e alta
tolerância à seca. Como os musgos não possuem verdadeiras raízes, exigem menos meio de plantio do que as plantas superiores com sistemas
radiculares extensos. Com uma selecção de espécies adequadas ao clima local, os musgos utilizados nos telhados verdes não precisam de
[41]
irrigação uma vez estabelecidos e são de muito baixa manutenção.
O crescimento dos musgos pode ser inibido recorrendo a vários métodos, entre os quais:
Muscinários
No norte da Europa e na América do Norte existiu no final do século XIX uma moda passageira de criação de colecções vivas de musgos,
conhecidas por muscinários (em inglês mosseries). Essa moda levou ao estabelecimento de colecções em muitos jardins botânicos britânicos e
norte-americanos.
Aquelas estruturas são tipicamente construídas a partir de abrigos em barrotes e pranchas de madeira, com telhado plano, abertos do lado norte
(mantendo assim sempre a sombra). Amostras de musgos eram instaladas nas fendas entre os lâminas de madeira. Os musgos assim cultivados
são regularmente humedecidos para manter o crescimento.
Usos tradicionais
As sociedades pré-industriais utilizaram os musgos que cresciam nas suas regiões para múltiplos usos, com destaque para os povos das regiões
circumpolares da Eurásia e da América do Norte.
Os lapões e muitas tribos norte-americanas usaram musgos para confeccionar camas.[6][35] Os musgos também foram usados como isolamento
térmico, tanto para habitações quanto roupas. Tradicionalmente, em alguns países escandinavos e na Rússia musgo seco era usado como
isolamento entre toros em cabanas de troncos. Também as casas tribais do nordeste dos Estados Unidos e do sudeste do Canadá usavam musgo
para preencher fendas em casas de madeira.[35] Os povos das regiões circumpolares e alpinas usaram musgos para isolamento em botas e luvas.
[35]
Ötzi, o Homem do Gelo dos Alpes, tinha botas preenchidas com uma camada isolante de musgo.
Nas regiões europeias onde ocorreesfagno era comum o seu uso na confecção de almofadas e em trabalhos de estofador
.
A capacidade do musgo seco para absorver fluidos tornou o seu uso prático tanto para fins médicos como culinários. Os povos tribais da
[35]
América do Norte usavam musgos parafraldas, compressas para feridas e para absorção do fluido menstrual.
As tribos do Pacífico Noroeste, nos Estados Unidos e Canadá, usaram os musgos para limpar o salmão antes da secagem e para assar a fogo
lento e cozer a vapor bolbos de Camassia (quamash ou camas) em escavações cheias de musgo molhado que ardia lentamente, mantendo
temperaturas elevadas e saturação de vapor de água durante muitas horas. As cestas de armazenamento de alimentos e cestas de fervura de
[35]
alimentos destes povos eram também forradas com musgos.
Nas regiões rurais do Reino Unido, a espécie Fontinalis antipyretica era tradicionalmente utilizada para extinguir fogos, já que pode ser
facilmente encontrada em grandes quantidades e rapidamente recolhida nas margens de cursos de água lentos, sendo capaz de reter grandes
volumes de água que ajudavam a apagar as chamas. Este uso histórico está reflectido no seu epíteto específico antipyretica, cujo significado
aproximado é "contra o fogo".
Na Finlândia, musgos das turfeiras foram usados para fazer pão em períodos defome.[44]
Num outro uso similar, musgos do géneros Sphagnum, conhecidos por esfagnos,
Biorreactor (biorreactor de musgos) para
geralmente da espécies S. cristatum e S. subnitens, são colhidos enquanto ainda em cultivo da espécie Physcomitrella patens.
crescimento e secos para serem usados em viveiros e na horticultura como meio de
cultura de plantas.
A prática da colheita de esfagno não deve ser confundida com a colheita de turfa. O esfagno pode ser colhido de forma sustentável e orientada
para que volte a crescer, enquanto que a colheita de "turfa de musgo" geralmente é considerada como causa de danos ambientais significativos,
pois as turfeiras são exploradas com pouca ou nenhuma oportunidade de recuperação.
Alguns esfagnos podem absorver volumes de água correspondentes a 20 vezes o seu próprio peso seco.[45] Essa propriedade levou a que na
Primeira Guerra Mundial se utilizassem musgos do género Sphagnum como compressas de primeiros socorros no tratamento de soldados
feridos, já que aquelas compressas absorvem líquidos três vezes mais depressa do que o algodão, são capazes de reter melhor os líquidos,
distribuir melhor os líquidos através da estrutura da compressa e eram consideradas pelos feridos como mais frescas, suaves e menos
irritantes.[45] Também se afirmava que tinham suaves propriedades antibacterianas. O seu uso comercial começ
a a ganhar novamente interesse.
Alguns povos nativos das Américas que costumavam usar Sphagnum para confeccionar fraldas e lenços sanitários continuam com essa prática
no Canadá.[46]
A espécie Physcomitrella patens está a ser usada de forma crescente em biotecnologia. Entre os mais importantes exemplos deste uso conta-se a
identificação de genes dos musgos com implicações para a melhoria genética de cultivares ou para a saúde humana[47] e o desenvolvimento de
técnicas seguras de fabricação de produtos biofarmacêuticos complexos em biorreactores de musgos desenvolvidos pela equipa científica
liderada por Ralf Reski.[48]
Referências
1. Hubers, M.; Kerp, H. (2012). «Oldest known mosses discovered in Mississippian (lateisean) V strata of Germany».Geology.
40 (8): 755–758. doi:10.1130/G33122.1 (https://dx.doi.org/10.1130%2FG33122.1)
2. Goffinet, Bernard; William R. Buck (2004). «Systematics of the Bryophyta (Mosses): From molecules to a revised
classification». Missouri Botanical Garden Press.Monographs in Systematic Botany. Molecular Systematics of Bryophytes.
98: 205–239. ISBN 1-930723-38-5
3. Ligrone, R.; Duckett, J.G.; Renzaglia, K.S. (2000). «Conducting tissues and phyletic relationships of bryophytes». Philos Trans
R Soc Lond B Biol Sci. 355 (1398): 795–813. doi:10.1098/rstb.2000.0616(https://dx.doi.org/10.1098%2Frstb.2000.0616)
4. Goffinet, Bernard; William R. Buck (2004). «Systematics of the Bryophyta (Mosses): From molecules to a revised
classification». Missouri Botanical Garden Press.Monographs in Systematic Botany. Molecular Systematics of Bryophytes.
98: 205–239. ISBN 1-930723-38-5
5. Lichens of North America,Irwin M. Brodo, Ms. Sylvia Duran Sharnoff, ISBN 978-0300082494, 2001
6. Mathews, Daniel (1994).Cascade-Olympic Natural History. Portland, Oregon: Audubon Society of Portland/Raven Editions.
ISBN 0-9620782-0-4
7. Pojar and MacKinnon (1994).Plants of the Pacific Northwest Coast. Vancouver, British Columbia: Lone Pine Publishing.
ISBN 1-55105-040-4
8. van der Velde, M.; During, H. J.; van de Zande, L.; Bijlsma, R. «The reproductive biology of Polytrichum formosum: clonal
structure and paternity revealed by microsatellites»(http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1046/j.0962-1083.2001.01385.x/full) .
Molecular Ecology. 10: 2423–2434. doi:10.1046/j.0962-1083.2001.01385.x(https://dx.doi.org/10.1046%2Fj.0962-1083.2001.0
1385.x)
9. Johan L. van Leeuwen (23 de julho de 2010). «Launched at 36,000 g». Science. 329 (5990): 395–6. PMID 20651138 (https://w
ww.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20651138). doi:10.1126/science.1193047(https://dx.doi.org/10.1126%2Fscience.1193047)
10. Dwight K. Whitaker & Joan Edwards (23 de julho de 2010). Sphagnum
« Moss Disperses Spores with Vortex Rings». Science.
329 (5990): 406. PMID 20651145 (https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20651145). doi:10.1126/science.1190179(https://dx.
doi.org/10.1126%2Fscience.1190179)
11. Cronberg, N.; Natcheva, R.; Hedlund, K. (2006). «Microarthropods Mediate Spermransfer T in Mosses». Science. 313 (5791).
1255 páginas. PMID 16946062 (https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16946062). doi:10.1126/science.1128707(https://dx.do
i.org/10.1126%2Fscience.1128707)
12. Rosenstiel, T. N.; Shortlidge, E. E.; Melnychenko, A. N.; Pankow, J. F.; Eppley, S. M. (2012). «Sex-specific volatile compounds
influence microarthropod-mediated fertilization of moss».Nature. 489 (7416): 431–433. PMID 22810584 (https://www.ncbi.nl
m.nih.gov/pubmed/22810584). doi:10.1038/nature11330 (https://dx.doi.org/10.1038%2Fnature11330)
13. Vaizey, J. R. (1890). «On the Morphology of the Sporophyte ofSplachnum luteum». Annals of Botany. 1: 1–8
14. Frida Rosengren & Nils Cronberg, "The adaptive background of nannandry: dwarf male distribution and fertilization in the
moss Homalothecium lutescens(https://watermark.silverchair.com/bij12332.pdf?token=AQECAHi208BE49Ooan9kkhW_Ercy7
Dm3ZL_9Cf3qfKAc485ysgAAAbEwggGtBgkqhkiG9w0BBwagggGeMIIBmgIBADCCAZMGCSqGSIb3DQEHA TAeBglghkgBZQ
MEAS4wEQQM7qFYjzbIMH9JtbRwAgEQgIIBZL1Y5lcQhIbVqAKZ8oOazBxgz-F5AIuQ31R3A1jF0h3Yzgkv_RQIDLAdbZDdtIA
ldG-jDt3oazUSxwVyxoUiC3G45Xmi_bHxr0QOyvZSG52nfQm8dG4ebH3quH1zSDmYWzmx49NX3PexK9-lfZILbLrs8GsPNJf5
acKRXfaVM_j5MY5PPMiLJU2c8swhoahSEQVleHwTZYQgaz5yjsS46K2o5_lafoEmE33RoZI-t4ST iSt2u2uc1aNTcyJWtSZmUd
pz6n_dMllZLOnPVGJVRMRmTAco4SDK3XaAbwvSHM9CEMvBIdpBrfdx236rONSeEMOEel1fZgzwPrI4o1ZH8ovcl5dzbY3dQ
_ZEKelj2iUiq6HnMTLthTlMZrDd2dVXEeHKSNgHZx6-u2UQANgaCfFbiGj-3OiANcY vsZ7oR8c9vs0Gh0K7FBVeAQa33vMf9b6
3Ho85eeE24jCcKo0Aofk3hmy2). Biological Journal of the Linnean Society, 2014, 113, 74–84
15. Une, Kouji (1985). «Sexual dimorphism in the Japanese species of Macromitrium Brid.(Musci: Orthotrichaceae)» (http://ir.lib.o
saka-kyoiku.ac.jp/dspace/handle/123456789/2572) . The journal of the Hattori Botanical Laboratory devoted to bryology and
lichenology. 59: 487–513
16. Blackstock, T. H. (1987). «The male gametophores of Leucobryum glaucum (Hedw .) Ångstr. and L. juniperoideum (Brid.) C.
Muell. in two Welsh woodlands» (http://www.maneyonline.com/doi/abs/10.1179/jbr.1987.14.3.535). Journal of bryology. 14 (3):
535–541. doi:10.1179/jbr.1987.14.3.535 (https://dx.doi.org/10.1179%2Fjbr.1987.14.3.535)
17. Loveland, Hugh Frank (1956).Sexual dimorphism in the moss genus Dicranum Hedw . (Dissertation). [S.l.]: University of
Michigan
18. Wallace, M. H. (1970). Developmental morphology and sexual dimorphism in Homalothecium megaptilum (Sull.) Robins.
(Dissertation). [S.l.]: Washington State University
19. Sagmo Solli, I. M.; Söderström, Lars; Bakken, Solveig; Flatberg, Kjell Ivar; Pedersen, Bård (1998). «Studies of fertility of
Dicranum majus in two populations with contrasted sporophyte production» (http://www.maneyonline.com/doi/abs/10.1179/jbr.
2000.22.1.3). Journal of Bryology. 22 (1): 3–8. doi:10.1179/jbr.2000.22.1.3 (https://dx.doi.org/10.1179%2Fjbr.2000.22.1.3)
20. Hedenäs, Lars; Bisang, Irene (2011).«The overlooked dwarf males in mosses—unique among green land plants» (http://ww
w.sciencedirect.com/science/article/pii/S1433831911000151). Perspectives in Plant Ecology, Evolution and Systematics. 13
(2): 121–135. doi:10.1016/j.ppees.2011.03.001(https://dx.doi.org/10.1016%2Fj.ppees.2011.03.001)
21. Ramsay, Helen P.; Berrie, G. K. (1982). «Sexdetermination in bryophytes».Journal of the Hattori Botanical Laboratory. 52:
255–274
22. Rensing SA, Lang D, Zimmer AD, T erry A, Salamov A, Shapiro H, Nishiyama T, Perroud PF, Lindquist EA, Kamisugi Y,
Tanahashi T, Sakakibara K, Fujita T, Oishi K, Shin-I T, Kuroki Y, Toyoda A, Suzuki Y, Hashimoto S, Yamaguchi K, Sugano S,
Kohara Y, Fujiyama A, Anterola A, Aoki S, Ashton N, Barbazuk WB, Barker E, Bennetzen JL, Blankenship R, Cho SH, Dutcher
SK, Estelle M, Fawcett JA, Gundlach H, Hanada K, Heyl A, Hicks KA, Hughes J, Lohr M, Mayer K, Melkozernov A, Murata , T
Nelson DR, Pils B, Prigge M, Reiss B, Renner ,TRombauts S, Rushton PJ, Sanderfoot A, Schween G, Shiu SH, Stueber K,
Theodoulou FL, Tu H, Van de Peer Y, Verrier PJ, Waters E, Wood A, Yang L, Cove D, Cuming AC, Hasebe M, Lucas S,
Mishler BD, Reski R, Grigoriev IV, Quatrano RS, Boore JL (janeiro de 2008). «The Physcomitrella genome reveals
evolutionary insights into the conquest of land by plants».Science. 319 (5859): 64–9. PMID 18079367 (https://www.ncbi.nlm.n
ih.gov/pubmed/18079367). doi:10.1126/science.1150646(https://dx.doi.org/10.1126%2Fscience.1150646)
23. Markmann-Mulisch U, Wendeler E, Zobell O, Schween G, Steinbiss HH, Reiss B (outubro de 2007).«Differential requirements
for RAD51 in Physcomitrella patens and Arabidopsis thaliana development and DNA damage repair» (https://www.ncbi.nlm.ni
h.gov/pmc/articles/PMC2174717). Plant Cell. 19 (10): 3080–9. PMC 2174717 (https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC
2174717) . PMID 17921313 (https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17921313). doi:10.1105/tpc.107.054049(https://dx.doi.or
g/10.1105%2Ftpc.107.054049)
24. Kamisugi Y, Schaefer DG, Kozak J, Charlot F, Vrielynck N, Holá M, Angelis KJ, Cuming AC, Nogué F (abril de 2012).«MRE11
and RAD50, but not NBS1, are essential for gene targeting in the moss Physcomitrella patens» (https://www.ncbi.nlm.nih.gov/
pmc/articles/PMC3333855). Nucleic Acids Res. 40 (8): 3496–510. PMC 3333855 (https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/P
MC3333855) . PMID 22210882 (https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22210882). doi:10.1093/nar/gkr1272 (https://dx.doi.or
g/10.1093%2Fnar%2Fgkr1272)
25. Thomas, B.A. (1972). «A probable moss from the Lower Carboniferous of the Forest of Dean, Gloucestershire». Annals of
Botany. 36 (1): 155–161. ISSN 1095-8290 (https://www.worldcat.org/issn/1095-8290). JSTOR 42752024 (https://www.jstor.or
g/stable/42752024)
26. Kodner, R. B.; Graham, L. E. (2001).«High-temperature, acid-hydrolyzed remains ofPolytrichum (Musci, Polytrichaceae)
resemble enigmatic Silurian-Devonian tubular microfossils»(http://www.amjbot.org/cgi/content/abstract/88/3/462). American
Journal of Botany. 88 (3): 462–466. JSTOR 2657111 (https://www.jstor.org/stable/2657111). PMID 11250824 (https://www.ncb
i.nlm.nih.gov/pubmed/11250824). doi:10.2307/2657111 (https://dx.doi.org/10.2307%2F2657111)
27. Stenøien, H. K. (2008).«Slow molecular evolution in 18S rDNA,rbcL and nad5 genes of mosses compared with higher
plants» (http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1420-9101.2007.01479.x/abstract;jsessionid= FC29FB22C3DDA26BC08E
C802D0081E34.d04t02). Journal of Evolutionary Biology. 21: 566–571. PMID 18205784 (https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubme
d/18205784). doi:10.1111/j.1420-9101.2007.01479.x(https://dx.doi.org/10.1111%2Fj.1420-9101.2007.01479.x) . Consultado
em 11 de setembro de 2013
28. «First land plants plunged Earth into ice age»(https://www.newscientist.com/article/dn21417-first-land-plants-plunged-earth-int
o-ice-age.html). Newscientist.com. Consultado em 11 de setembro de 2013
29. «First Plants Caused Ice Ages, New Research Reveals»(http://www.sciencedaily.com/releases/2012/02/120201094923.htm).
Sciencedaily.com. 1 de fevereiro de 2012. Consultado em 11 de setembro de 2013
30. FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.1 174
31. Costa, DP., & Luizi-Ponzo, AP. "Introdução: as briófitas do Brasil".In: Forzza, RC., org., et al. Instituto de Pesquisas Jardim
Botânico do Rio de Janeiro: Catálogo de plantas e fungos do Brasil[online]. Rio de Janeiro: Andrea Jakobsson Estúdio:
Instituto de Pesquisa Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010. p. 61-68. ol. V 1. ISBN 978-85-8874-242-0.
32. Ribeiro, S.P.M. Briófitas. Editora Vertigem, 2008.
33. Wolfgang Frey, Eberhard Fischer, Michael Stech: "Bryophytes and seedless Vascular Plants". In: Wolfgang Frey (editor):
Syllabus of Plant Families- A. Engler's Syllabus der Pflanzenfamilien. 13.ª edição, vol. 3. Borntraeger , Berlin/Stuttgart 2009,
ISBN 978-3-443-01063-8, pp. 121–124.
34. Buck, William R. & Bernard Goffinet. (2000). "Morphology and classification of mosses", pages 71-123in A. Jonathan Shaw &
Bernard Goffinet (Eds.), Bryophyte Biology. (Cambridge: Cambridge University Press).ISBN 0-521-66097-1.
35. Kimmerer, Robin Wall (2003). Gathering Moss. Corvallis, Oregon: Oregon State University Press.ISBN 0-87071-499-6
36. Porley, Ron; Hodgetts, Nick (2005).Mosses & Liverworts. London: Collins. pp. 80–81.ISBN 0-00-220212-3
37. Rousk, Kathrin; Jones, Davey L.; DeLuca, Thomas H. (1 de janeiro de 2013). «Moss-cyanobacteria associations as biogenic
sources of nitrogen in boreal forest ecosystems»(http://journal.frontiersin.org/article/10.3389/fmicb.2013.00150/abstract) .
Frontiers in Microbiology(em English). 4. ISSN 1664-302X (https://www.worldcat.org/issn/1664-302X). PMC 3683619 (https://
www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3683619) . PMID 23785359 (https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23785359).
doi:10.3389/fmicb.2013.00150(https://dx.doi.org/10.3389%2Ffmicb.2013.00150)
38. Chan, Peter (1993). Bonsai Masterclass. New York City: Sterling Publishing Co.ISBN 0-8069-6763-3
39. Smith, Sally W. (1998). Sunset Western Garden Problem Solver. Menlo Park, California: Sunset Books.ISBN 0-376-06132-4
40. «The Bloedel Reserve»(http://www.bloedelreserve.org/). Consultado em 24 de Abril de 2011
41. «RoofTopGarden» (http://rooftopgarden.com/category/green-roof/) . Consultado em 22 de Maio de 2011
42. Haglund, William A.; Russell and Holland (verão de 1981).«Moss Control in Container-Grown Conifer Seedlings»(http://www.
rngr.net/publications/tpn/32-3/32_3_27_29.pdf) (PDF). Tree Planter's Notes(USFS). 32 (3): 27–29. Consultado em 24 de Abril
de 2011
43. Steve Whitcher; Master Gardener (1996).«Moss Control in Lawns»(http://gardening.wsu.edu/library/lawn003/lawn003.htm) .
Gardening in Western Washington. Washington State University. Consultado em 10 de fevereiro de 2007
44. Engman, Max; D. G. Kirby (1989).Finland: people, nation, state. C. Hurst & Co. p. 45.ISBN 0-253-32067-4.
45. The Plant Underworld, Sphagnum and Water, Australian Botanic Garden (https://www.anbg.gov.au/cryptogams/underworld/pa
nel-10/index.html)
46. Hotson, J. W. (1921). «Sphagnum Used as Surgical Dressing in Germany during the World War (Concluded)». The Bryologist.
24 (6): 89–96. JSTOR 3237483 (https://www.jstor.org/stable/3237483). doi:10.1639/0007-2745(1921)24[89:suasdi]2.0.co;2(ht
tps://dx.doi.org/10.1639%2F0007-2745%281921%2924%5B89%3Asuasdi%5D2.0.co%3B2)
47. Ralf Reski and Wolfgang Frank (2005): Moss ([Physcomitrella patens)functional genomics – Gene discovery and tool
development with implications for crop plants and human health. Briefings in Functional Genomics and
Proteomics 4, 48-57.
48. Decker, E. L.; Reski, R. (2007). «Moss bioreactors producing improved biopharmaceuticals».Current Opinion in
Biotechnology. 18 (5): 393–398. PMID 17869503 (https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17869503).
doi:10.1016/j.copbio.2007.07.012(https://dx.doi.org/10.1016%2Fj.copbio.2007.07.012)
Ver também
Embryophyta
Líquen
Ligações externas
Information, diagrams and photos
Moss description
Moss grower's handbook- 2.39MB, PDF file
The British Bryological Society
Picture Gallery of Mosses
World of Mosses - Watercolour paintings of moss by Robert Muma
Tree of life - Bryophyta (texto em inglês).
Ordem Musci em Jussieu, Antoine Laurent de (1789). G" enera Plantarum, secundum ordines naturales disposita juxta
methodum in Horto Regio Parisiensi exaratam "
Ordem Musci em Gallica
Encyclopædia Britannica online
Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Musgo&oldid=52984578
"
Esta página foi editada pela última vez às 20h02min de 25 de agosto de 2018.
Este texto é disponibilizado nos termos da licençaAtribuição-CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada (CC BY -SA 3.0) da Creative
Commons; pode estar sujeito a condições adicionais. Para mais detalhes, consulte as condições de utilização.