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PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
ESCOLA DE DIREITO E RELAÇÕES INTERNACIONAIS
COORDENAÇÃO DO CURSO DE DIREITO
NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA
APOSTILA DE
DIREITO PENAL II
Resumo: Material didático
Goiânia – GO 2018
DIREITO PENAL II
Profª: Ana Maria Duarte Página 2
Obs. : Parte dos esquemas desta apostila foram retiradas da “Apostila Axioma Jurídico” Curso Semestral
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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
UNIDADE I – DO CRIME
1. – Exclusão de Ilicitude
1.2 – Noções de tipicidade e antijuridicidade
1.3 – Estado de Necessidade
1.4 – Legítima Defesa
1.5 – Estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular do direito
UNIDADE II – DA IMPUTABILIDADE PENAL
2.1 – Conceitos
2.2 – Natureza jurídica
2.3 – Efeitos
2.4 – Requisitos
2.5 – Doença mental
2.6 – Desenvolvimento mental incompleto
2.7 – A visão da psiquiatria forense
2.8 – Responsabilidade diminuída
2.9 – Exame médico legal
2.10 – Menores de dezoito anos
2.11 – Emoção e paixão
2.12 – Embriaguez
UNIDADE III – DO CONCURSO DE PESSOAS
3.1 – Conceitos
3.2 – Divisão de concurso de pessoas
3.3 – Requisitos do concurso de pessoas
3.4 – Natureza do concurso de pessoas
3.5 – Efeitos do concurso de pessoas
3.6 – Coautoria e partícipe
3.7 – Circunstâncias incomunicáveis
3.8 – Casos de Inimputabilidade
UNIDADE IV – DAS PENAS
4.1 – Conceitos
4.2 – Das espécies de penas
4.3 – Das penas privativas de liberdade
4.4 – Regras do regime fechado
4.5 – Regras do regime semiaberto
4.6 – Regras do regime aberto
4.7 – Regime especial
4.8 – Direitos do preso
4.9 – Trabalho de Preso
4.10 – Legislação especial
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4.11 – Superveniência de doença mental
4.12 – Detração
4.13 – Das Penas Restritivas de Direitos
4.14 – Conversão das penas restritivas de direitos
4.15 – Prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas
4.16 – Interdição temporária de direitos
4.17 – Limitação de fim de semana
4.18 – Da Pena de Multa
4.19 – Multa
4.20 – Pagamento da multa
4.21 – Conversão da multa e revogação
4.22 – Suspensão da execução da multa
4.23 – Da Cominação das Penas
4.24 – Da Aplicação das Penas
4.25 – Fixação da pena
4.26 – Critérios especiais da pena de multa
4.27 – Circunstâncias agravantes
4.28 – Reincidência
4.29 – Circunstâncias atenuantes
4.30 – Cálculo da pena
4.31 – Concurso Material
4.32 – Concurso Formal
4.33 – Crime continuado
4.34 – Limite das penas
4.35 – Da Suspensão Condicional da Pena
4.36 – Do Livramento Condicional
4.37 – Dos Efeitos da Condenação
4.38 – Da Reabilitação
UNIDADE V – DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA
5.1 – Espécies de medida de segurança
5.2 – Imposição da medida de segurança para inimputável
5.3 – Direitos do internado
UNIDADE VI – DA AÇÃO PENAL
6.1 – Espécies
6.2 – Denúncia e Queixa
6.3 – Ação penal pública
6.4 – Ação penal privada
6.5 – Ação penal privada subsidiária da pública
6.6 – Irretratabilidade da representação
6.7 – Decadência do direito de queixa ou representação
6.8 – Renúncia expressa ou tácita do direito de queixa
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6.9 – Perdão do ofendido
UNIDADE VII – DA EXTINÇAO DA PUNIBILIDADE
7.1 – Conceitos
7.2 – Prescrição antes de transitar em julgado a sentença
7.3 – Prescrição das penas restritivas de direito
7.4 – Prescrição depois de transitar em julgado sentença final condenatória
7.5 – Prescrição da pena de multa
7.6 – Redução dos Prazos de prescrição
7.7 – Causas impeditivas da prescrição
7.8 – Perdão judicial
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UNIDADE I
DO CRIME – exclusão de ilicitude
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da normalidade social, seriam atípicas (exs.: perfuração de parte da orelha ou
do nariz dos índios pequenos, por seus pais, para manter a tradição de fixação
de objetos da cultura indígena ou mesmo na nossa cultura; assim como certos
castigos escolares verificados dia a dia, em que não há autorização legal, etc.)
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consideradas tradicionalmente como típicas, mas enquadráveis nas
excludentes de ilicitude (exercício regular de um direito ou estrito cumprimento
de um dever legal), passariam a ser tratadas como atípicas, pela falta de
tipicidade conglobante. Com a adoção da imputação objetiva, tais resultados
(atipicidade de fatos então considerados típicos, porém lícitos) atingida sem
necessidade dessa construção, que se torna supérflua.
CLASSIFICAÇÃO DO TIPO
Tipo fechado ou direto – ocorre a tipicidade direta quando a adequação do
fato se opera de forma direta - é a conduta proibida descrita integralmente na
lei (Ex.: matar alguém: A mata B, portanto, A violou o preceito normativo
contido na norma do art. 121, do CP);
Tipo aberto ou Indireto – ocorre a tipicidade aberta ou indireta quando for
necessário para que o tipo penal esteja completo de complementação de uma
norma de caráter geral, que se encontra fora do tipo descrito, ou seja, se
encontra contida na parte geral do CP (Ex.: A paga B para matar C. Assim, A
violou o preceito normativo contido no art. 121 c/c 29 do CP – “Quem, de
qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na
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medida de sua culpabilidade”. É o que a doutrina chama de concurso de
pessoas);
ELEMENTOS DO TIPO PENAL INCRIMINADOR
A doutrina costuma destacar e classificar as elementares do tipo em:
a) - Elementos descritivos ou objetivos do tipo – são aqueles que como
o nome já indica – narram ou referem-se à obstrução da conduta
proibida, ou seja, constituem-se no objeto do crime, no núcleo do tipo
(no verbo), ex.: “matar alguém”;
b) - Elemento subjetivo do tipo – é aquele referente ao animus do agente
(dolo ou culpa);
c) - Elementos normativos do tipo – são aqueles tipos penais que
demandam uma valoração por parte do aplicador da norma – deixados
propositalmente em aberto, ou seja, quando o legislador insere alguma
expressão que exigirá do julgador um juízo de valor, ex.: alheia” no
crime de furto). Podem referir-se ao injusto (devidamente, sem “sem
justa causa”, vide arts. 151, 153, CP) a um termo jurídico (“cheque”,
“documento”, “funcionário público” etc. – arts. 171, 297, 312) ou termo
extrajurídico (inexperiência da vítima; dignidade – (arts.174 e 140 CP
respectivamente). Assim, o juízo de valoração pode ser social, religioso,
político, cultural, jurídico ou outro conhecimento humano qualquer.
DA ILICITUDE (ANTIJURIDICIDADE)
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De acordo com o professor Rodrigues1 “a expressão mais correta é
ilicitude, embora boa parte de doutrinadores prefiram denominá-la de
antijuridicidade. Afirma ainda que, o Código Penal repudiou a expressão
antijuridicidade, nos termos do artigo 23 do Código Penal”
Espécies:
a) - ilicitude formal – é a mera contrariedade do fato ao ordenamento
legal; confunde-se com a tipicidade;
b) - ilicitude material – é a que fere o interesse material protegido pela
norma; possibilita a admissão de causas supralegais de justificação;
c) - ilicitude subjetiva – considera que o fato só é ilícito se o agente
tiver capacidade de avaliar seu caráter criminosos (o inimputável, segundo esta
teoria, não comete fato ilícito);
d) - ilicitude objetiva – sua ocorrência não depende da capacidade de
avaliação do agente.
Obs.: importante lembrar que o exame da conduta delituosa segue a
ordem: fato típico, antijuridicidade e culpabilidade. Assim, caso constatado que
o fato não é típico (Ex.: aplicação do princípio da insignificância), sequer será
analisada a sua antijuridicidade.
1
Rodrigues, Roberto – Direito penal fundamental: parte geral - professor na PUC Goiás. P. 175.
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Causas legais de exclusão de ilicitude
DO ESTADO DE NECESSIDADE
TEORIAS:
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REQUISITOS:
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Classificação do estado de necessidade:
DA LEGÍTIMA DEFESA
REQUISITOS:
a)- repulsa a agressão atual ou iminente e injusta – o primeiro aspecto da
legítima defesa é a reação defensiva, o que exclui de seu âmbito qualquer ato
agressivo em sua origem; é a resistência contra posta á agressão injusta (atual
e iminente).
a1) - agressão atual – é aquela que já esta em curso no momento da
reação defensiva; não se funda no temor de ser agredido em no revide de
quem já o foi. Não se admite legitima defesa antecipada, ou seja, temor de
agressão futura. Atenção – o bem somente será passível de autodefesa se não
for possível socorrer-se do Estado para sua proteção.
a2) - agressão iminente – é aquela que está preste a acontecer; é a
previsibilidade concreta de agressão dentro de um quadro de possibilidades
reais (nos crimes permanentes a agressão será sempre atual, enquanto não
cessada a permanência);
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a3) - agressão injusta – é a agressão ilícita, antijurídica (a penhora é
injusta) ao contrário do estado de necessidade, que admite um contra outro,
não se admite legitima defesa contra legitima defesa; não é necessário que a
agressão seja crime ex(art. 1210, § 1º, CC);
a4) - agressão de inimputáveis – se a agressão não precisa ser crime,
também não se exige que seja ela proveniente de alguém culpável; admitem-se
a legítima defesa contra ébrios, menores, doentes mentais, etc.;
a5) - aberratrio ictus – na reação defensiva, se o agente erra na
execução dos atos necessário de defesa, não descaracteriza a causa de
justificação (art. 73 CP); não exclui, porém, a responsabilidade civil.
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em intensidade além do razoavelmente exigidos pelas circunstâncias para
fazer cessar a agressão.
e) - orientação do animo do agente no sentido de praticar atos defensivos
– assim, como nas demais causas de justificação, na legitima defesa o agente
deve mover-se no propósito de defender-se (posição majoritária). Em sentido
diverso, Nelson Hungria, para quem análise da legítima defesa era puramente
objetiva.
Obs.: A possibilidade de fuga pelo agredido não afasta a legitima
defesa, pois “a lei não pode exigir que se leia na cartilha dos covardes e
pusilânimes” (Nelson Hungria).
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agressão injusta. Ex.: proprietário de um veículo, que, com o auxílio de outrem,
reagiu violentamente contra a vítima que tentava abrir, por equivoco, seu
veículo, induzindo o agente a supor que se tratava de furto. Mesmo nessa
hipótese é sempre indispensável a moderação. (art. 20, § 1º), primeira parte e
21, CP).
Excesso na legítima defesa – ocorre quando o uso desnecessário ou
imoderado de um certo meio venha dar causa a resultado mais grave do que
razoavelmente suportado nas circunstâncias. “O agente, em qualquer das
hipóteses do Parágrafo único do art. 23, responderá pelo excesso doloso ou
culposo”. Assim, se o agente exceder, em qualquer das causas de justificação,
por dolo ou culpa, deverá responder por dolo ou culpa.
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interesses jurídicos lícitos; tutelado;
b)- é exercida contra qualquer b)- somente por ser exercida contra
causa; a conduta do homem;
c)- É exercida por uma ação; c)- constitui-se numa reação;
d)- bem jurídico é exposto a perigo d)- o bem jurídico é exposto a uma
agressão;
e)- pode ser utilizado contra terceiro e)- a reação somente pode ser
inocente. dirigida contra agressor.
Conceito: ocorre esta excludente quando o agente público (ou particular que
temporariamente exerça a função pública) atua mediante ação praticada em
cumprimento de um dever imposto por lei penal ou extrapenal, mesmo que
cause lesão ao bem jurídico de terceiro. Pode-se vislumbrar, em diversos
pontos do ordenamento jurídico pátrio, a existência de deveres atribuídos a
certos agentes que, em tese, podem figurar fatos típicos, que para realizar uma
prisão, por exemplo, o art. 292 do CPP, prevê que, “se houver, ainda que por
parte de terceiros, resistência à prisão em flagrante ou à determinada por
autoridade competente, o executor e as pessoas que o auxiliarem poderão usar
dos meios necessários para defender-se ou para vencer a resistência...”. O
mesmo se diga da previsão feita no art. 245, §§ 2º e 3º, do CPP, tratando da
busca legal e autorizando o emprego de força para cumprir mandado judicial,
ou seja, a violação de domicilio pela policia ou servidor judiciário para cumprir
mandado judicial de busca e apreensão ou mesmo quando for necessário para
prestar socorro a alguém ou impedir a prática de crime.
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Obs.: apesar do dever de cumprimento da lei, não estão os agentes, sob
tal fundamento, autorizados a matar, ressalvados os casos militares previstos
por exceção, como o assassinato em caso de guerra e a destruição de avião
que invade território nacional e, apesar das insistências, se nega a obedecer a
ordem de retirada. Nos casos de perseguição policial para prisão em flagrante
delito ou para recuperação de prisioneiros em fuga, por exemplo, não podem
os policiais matar alegando estrito cumprimento do dever legal, apenas estando
autorizados a tanto, nos casos em que configure legítima defesa.
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Algumas situações de exercício regular de direito – constituem casos
típicos de exercício de direito as seguintes hipóteses:
a) - aborto quando a gravidez resulte de estupro, se houver o
consentimento da gestante;
b) - o tratamento médico e a intervenção cirúrgica, quando admitidas em
lei; (para que exista o exercício regular de direito é indispensável o do paciente
ou de seu representante legal. Inexistindo este, poderá haver o estado de
necessidade em favor de terceiro (o próprio paciente), como dispõe o art. 146,
§ 3º, inciso I , CP)
c) - lesões corporais advindas de violência esportiva; pois, há esportes
que podem provocar danos a integridade corporal ou à vida (boxe, luta livre,
futebol etc.) havendo lesões corporais ou morte, não ocorrerá crime por ter o
agente atuado em exercício regular do direito. O Estado autoriza, regularmente,
e até incentiva a prática esportiva, socialmente uteis, não podendo punir
aqueles que, exercitando direito, causam dano. No Brasil deve ser observada
as normas gerais sobre a prática dos esportes (lei nº 9.615, de 24/03/1998 –
conhecida como Lei Pelé)
Obs.: haverá crime apenas quando ocorrer excesso do agente, ou seja,
quando a pessoa intencionalmente desobedecer às regras esportivas,
causando resultados lesivos, hipótese em que se verifica o elemento subjetivo
da conduta, agendo ilicitamente aquele que se aproveita da prática para lesar o
bem jurídico alheio (vida, integridade corporal etc.).
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a) - como causa de exclusão da tipicidade: quando a figura típica
contém o dissentimento do ofendido como elemento específico, o consenso
funciona como causa de exclusão da tipicidade (Ex.: violação de domicílio
quando o morador acaba consentindo na entrada ou permanecia do sujeito; no
estelionato quando o agente ciente da fraude entrega bem jurídico ao que tenta
ludibria-lo etc.);
b) - como causa de exclusão da ilicitude (ou antijuridicidade):
quando a figura típica não contém o dissentimento do ofendido como
elementar, tratando-se de pessoa capaz e disponível o bem jurídico, o
consenso funciona como causa de exclusão da ilicitude (ex.: a injúria e a
difamação aceitas pela vítima, embora figuras típicas, não são antijurídicas).
Obs.: o consentimento após a prática do ilícito penal não o desnatura,
mas pode impedir a ação penal quando esta dependa de iniciativa da vítima
(ou ofendido).
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Excesso doloso – hipótese em que o sujeito após iniciar sua conduta
conforme o direito extrapola seus limites na conduta excedendo-se, podendo
responder o agente por crime dolo causado no excesso.
UNIDADE II
DA IMPUTABILIDADE PENAL
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tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito
do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
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EMBRIAGUEZ – è a intoxicação aguda e transitória causada pelo álcool ou
substancia de efeitos análogos, cujos efeitos podem progredir de uma ligeira
excitação inicial até o estado da paralisia e coma.
Espécies:
1) Não acidental: (voluntária e culposa)
a) Voluntária – quando a agente ingere substancia alcoólica ou de
efeitos análogos com a intenção de embriagar-se;
b) Culposa – ocorre quando o agente não pretende embriagar-se, mas
em virtude de excesso imprudente acaba por se embriagar.
Actio libera in causa – A embriaguez não acidental seja voluntária ou culposa,
completa ou incompleta, não exclui a imputabilidade do agente. Segundo a
teoria do actio libera in causa (ação livre na causa), no momento em que o
agente ingere a substancia (alcoólica ou análoga) está livre para decidir se
deve ou não fazê-lo. Mesmo que a conduta seja praticada em estado de
embriaguez completa, origina-se, porém, de um ato livre do agente. Esta teoria
leva em consideração o momento da ingestão da substancia e não o momento
da prática do crime. Entretanto, se no momento que o agente se coloca em
situação de embriaguez completa, não lhe for possível prever a ocorrência do
crime, ficam afastados o dolo e a culpa, levando-se à atipicidade do fato. Caso
contrário restabeleceria a responsabilidade penal objetiva, já banida do direito
penal moderno. Se o sujeito se embriaga, prevendo a possibilidade de praticar
o crime e aceitando a produção do resultado, responde pelo delito a titulo de
dolo; se ele se embriaga prevendo a produção do resultado, mas esperando
que ele não se produza, ou não prevendo, mas devendo prevê-lo, responde
pelo delito a titulo de culpa. Nos dois exemplos citados é aceita a aplicação da
teoria da actio libera in causa.
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3) Patológica – É considerada doença mental.
EMOÇÂO E PAIXÃO
De acordo com o art. 28, I, do Código Penal, que não excluem a
imputabilidade penal a emoção e a paixão, aliás, posição acertada, uma vez
que em ambas as situações não se estão diante de doença mental, nem
mesmo de perturbação apta a retirar a capacidade de entendimento do agente
ou de autodeterminação.
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Culpabilidade diminuída ou semi-imputabilidade – É a perda parcial da
capacidade de entendimento ou autodeterminação do agente, em virtude de
perturbação mental (sentido mais amplo que doença mental) ou
desenvolvimento mental incompleto ou retardado. O juiz está obrigado a
reduzir a pena (art. 26, parágrafo único), ou se preferir, poderá substituí-la por
medida de segurança.
UNIDADE III
DO CONCURSO DE PESSOAS
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a) - de condutas paralelas – quando as condutas se auxiliam
mutuamente, visando obtenção de um resultado comum (ex.: crime
de associação criminosa, art. 288 CP);
b) - de condutas convergentes – quando as condutas tendem a se
encontrar e desse encontro surge o resultado. (Ex.: bigamia);
c) - de condutas contrapostas – quando as condutas são praticadas
umas contra as outras. Ex.: crime de rixa (art. 137 CP).
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agente segura à vítima e o outro mantém relações sexuais; no roubo, um
ameaça a vítima e o outro subtrai-lhe os bens).
b) Participação - Partícipe é quem concorre para que o autor ou
coautores realizem a conduta principal, ou seja, aquele que, sem praticar o
verbo (núcleo) do tipo, concorre de algum modo para a produção do resultado.
CÓDIGO PENAL:
Regra: (art. 29, caput) – teoria unitária ou monista;
Exceção: art. 29, § 2° - teoria pluralista ou pluralística.
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(ex.: entre quatro ladrões apenas três subtraem, enquanto o outro faz vigilância
do lado de fora). É acessório de um fato principal, por isto inexiste participação
sem que alguém realize atos de execução de um crime consumado ou tentado
(ato principal). O caráter acessório da participação é, doutrinariamente,
escalonado em graus: acessoriedade mínima, acessoriedade extrema e
hiperacessoriedade.
ESPÉCIES DE ACESSORIEDADE:
a) - Teoria da acessoriedade mínima: basta concorrer para um fato
típico, ou seja, é suficiente que a conduta do participe aceda a um
comportamento principal que constitua fato típico;
b) – Teoria da hiperacessoriedade: deve concorrer para um fato típico,
ilícito e culpável, incidindo, ainda, todas as circunstâncias de caráter
pessoal relativas ao autor principal.
c) – Teoria da acessoriedade limitada: deve concorrer para um fato
típico e ilícito;
d) – Teoria da acessoriedade máxima ou extremada: deve concorrer
para um fato típico, ilícito e culpável.
DIREITO PENAL II
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sujeito ativo do fato, seja por ausência de crime em relação a ele ou por
ausência de culpabilidade. Ex.: alguém que, pretendendo matar várias
pessoas, induz a erro empregada doméstica, vendendo-lhe veneno em vez de
açúcar; induzir doente mental à prática de furto. A autoria mediata exige
pluralidade de pessoas, por isto não se confunde com as hipóteses em que o
agente utiliza-se de seres irracionais. Não há concurso entre autor mediato e
executor material do crime. O autor mediato controla do início ao fim, o
desenrolar dos acontecimentos. Os crimes de mão própria e culposos não
admitem autoria mediata.
DIREITO PENAL II
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consequência, a tipicidade do fato em relação a ele. Quem determinou o erro
não pode ficar impune.
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mesmo fim; inexiste vínculo subjetivo entre participantes. Embora mais de uma
pessoa pratique o fato delituoso, fica afastado o concurso de pessoas., seja
pela coautoria ou participação.
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O arrependido é o participe e impede (por qualquer meio) que a
execução se inicie; (obs.: nestes casos, não há que se falar em fato típico).
Não há punição pela desistência voluntária e arrependimento eficaz
– que são circunstancias comunicáveis – quando, já iniciada a execução:
a) - o arrependimento é do autor, o qual desiste da consumação ou
impede que o resultado produza;
b) - o arrependido é o partícipe, que consegue evitar (por qualquer
meio) seja atingida o objetivo desejado. Para alguns, esta hipótese pode gerar,
em certos casos, uma situação de tentativa punível. (Ex.: se o partícipe se
arrepende, vai ao local do crime e entre em luta corporal com o executor que
queria continuar a prosseguir na execução, conseguindo evitar a consumação
do delito, resta claro que o crime não se consumou, em relação ao executor,
por circunstâncias alheias à sua vontade, caracterizando assim os canatus.
Há punição quando o arrependimento é do partícipe e resulta inútil o
seu esforço para impedir a execução ou consumação. (assevera MIRABETE),
nesta hipótese, que o participe, tendo agindo para impedir o resultado, não
pode ser considerado causador dele. O que a lei impõe, no art. 13, § 2º, ‘c’,
para aquele que, com o seu comportamento criou o risco da ocorrência do
resultado, é apenas o dever de agir, dentro do possível, para impedir o
resultado, e não que consiga realmente evitá-lo.
Outros conceitos:
Autoria colateral: mais de um agente realiza a conduta, sem que exista liame
subjetivo entre eles.
Autoria incerta: Não se sabe quem foi o causador do resultado na autoria
colateral.
Autoria ignorada: não se consegue apurar quem foi o realizador da conduta;
Participação de Participação: conduta acessória de outra conduta acessória.
Participação sucessiva: mesmo partícipe concorre para a conduta principal
de mais de uma forma.
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Conivência ou participação negativa: o sujeito, sem ter o dever jurídico de
agir, omite-se durante a execução do crime, quando tinha condições de impedi-
lo.
Participação por omissão: o sujeito, tendo o dever jurídico de agir para evitar
o resultado, omite-se intencionalmente, desejando que ocorra a consumação.
Participação impunível: o fato principal não chega a ingressar em sua fase
executória (art. 31).
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b) A circunstância objetiva não pode ser considerada no fato do
participe se não ingressou na esfera de seu conhecimento. Ex. João induz
Pedro a participar de crime de lesão corporal contra Mário, sem determinar a
forma de execução; Pedro pratica o crime de emboscada; João não responde
pela agravante; “A” instiga “B” a praticar homicídio contra “C”, que o faz por
asfixia, a não responde pela qualificadora.
c) As elementares, sejam de caráter objetivo ou pessoal,
comunicam-se entre os fatos cometidos pelos participantes desde que tenham
ingressado na esfera de seu conhecimento. Ex.: “A” funcionário público,
comete crime de peculato, pois a elementar funcionário público comunica-se ao
partícipe. Se “B” desconhecia que “A” era funcionário público, não pode
responder por peculato.
Súmula STF nº 245 “A imunidade parlamentar não se estende ao corréu sem
essa prerrogativa”.
ORIGEM DA PENA
Caráter sacral - As violações ou desobediências das regras acarretavam aos
infratores os castigos ditados pelo encarregado do culto, que também era o
chefe do grupo, e tinham um caráter coletivo.
Vingança de sangue - Precursora da pena e a primeira manifestação de
cultura jurídica (Von Liszt).
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Castigo - A sanção mais frequentemente aplicada era a morte, e a repressão
alcançavam não só o patrimônio, como também os descendentes do infrator.
CONCEITOS
Conceito 1 – segundo Sebastian Soler, “A pena é uma sanção aflitiva imposta
pelo Estado, através da ação penal, ao autor de uma infração (penal), como
retribuição de seu ato ilícito, consistente na diminuição de um bem jurídico e
cujo fim é evitar novos delitos”.
Finalidade da Pena – todo crime pressupõe uma pena, sua base legal é o art.
5ºXXXIX da Constituição Federal, que assim prescreve: “Não há crime sem lei
anterior que o defina, nem pena sem prévia comunicação legal, igualmente o
art. 1º do Código Penal. Com a redação igual.
Assim, na posição de titular do direito/dever de punir, não pode o Estado
esquivar-se da aplicação da sanção. Mas esta não pode ser aplicada
cegamente pelo simples dever de cumprir a lei. A pena tem um fim, uma
razão de ser, intimamente vinculada à sua necessidade.
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prevenção geral, seja em relação a fatos ainda não praticados, ou em relação
a fatos já praticados (prevenção especial).
Prevenção geral - é a ameaça de um mal contra um ilícito penal, dirigida a
todos os destinatários da norma penal. Tem um caráter educativo e age
pela ameaça da pena acerca da lesão de bens jurídicos fundamentais. Há
assim, uma ação intimidatória contra todos os indivíduos pré-dispostos a
cometer algum delito.
Prevenção especial - dirige-se ao agente delituoso, a fim de impedi-lo de
praticar novos crimes, ao mesmo tempo em que o intimida, promovendo-
se com a emenda ou a segregação do indivíduo. Visa à proteção da
sociedade no período estabelecido na cominação legal, além de prever a
ressocialização do indivíduo para posterior inserção no convívio social.
A justiça aparece como elemento regulador dos limites de segurança
impostos pelo direito, mas não age como justificador da pena.
c) Teorias mistas ou (eclética): A pena tem duas finalidades
especificas, punir e prevenir, ou seja, sua finalidade é não só a prevenção,
mas, também, um misto de correção e educação, ou seja, reuniu o aspecto de
retribuição ao mal cometido da teoria absoluta e a prevenção para não haver o
cometimento de novos delitos da teoria relativa para a definição da finalidade e
função da pena.
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Assim, orientado por ideais iluministas, acidamente defendidas por
Marques de Beccaria, o direito objetivo brasileiro cuidou de preservar e garantir
ao agente do crime um processo justo e uma pena adequada, buscando
afastar quaisquer violências contra o homem, pois o que deve ser execrado é o
crime e não o criminoso. Portanto, não são admitidas penas de morte, salvo em
caso de guerra declarada, perpétuas (CP, art. 75), de trabalhos forçados, de
banimento e cruéis (Art. 5°, XLVII).
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critérios são previamente estabelecidos por lei (art. 59, 61, 62, 65, 66, 67,68,
etc., todos do Código Penal).
Princípio da Proporcionalidade - Deve ser proporcional ao crime praticado
(Art. 5°, XLVI e XLVII), ou seja, não pode ser mais nem menos do que o
suficiente para a reprovação e prevenção do crime. Desejo este de nossa
legislação penal, conforme dispõe o art. 59 do Código Penal.
Princípio da Inderrogabilidade - Salvo as exceções legais, depois de fixada a
pena não pode deixar de ser aplicada sob nenhum fundamento;
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c) – Multa
Das penas privativas de liberdade
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IV – Somente nos crimes punidos com reclusão geram a incapacidade
do pátrio poder, tutela ou curatela como efeito da condenação (art. 92, II CP).
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Saída temporária – no regime semiaberto o condenado pode obter autorização
judicial para sair temporariamente da colônia penal (art. 116-B da LEP, com
redação dada pela Lei 121.258/10).
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Prisão domiciliar – o condenado quando maior de setenta anos, estiver
acometido de doença grave, ou a condenada gestante ou com filho menor ou
deficiente, sujeitos ao regime aberto, podem cumpri-lo em residência particular
(art. 117 e incisos da LEP).
Características/consequências do (RDD).
I) Duração máxima de 360 dias, sem prejuízo de repetição da sanção
por falta grave de mesma espécie, até o limite de um sexto da pena;
II) Recolhimento em sela individual;
III) Visitas semanais de duas pessoas, sem contar as crianças, com
duração de 2 horas;
IV) Duas horas diárias de banho de sol.
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são fundamentados na espécie e quantidade da pena, residência e mérito do
condenado (subsidiado pelos elementos do art. 59 do CP).
Pena reclusão:
a) Pena imposta superior a 8 anos - Se a pena imposta for superior a
oito anos o regime inicial de cumprimento será o regime fechado não
importando se o réu é ou não reincidente;
b) Pena igual ou superior a quatro anos que não exceda a oito anos – o
início de cumprimento será o semiaberto, desde que não seja
reincidente e as circunstâncias judiciais sejam favoráveis;
c) Se a pena for igual ou inferior a quatro anos – regime inicial aberto,
desde que não seja reincidente e as circunstâncias judiciais sejam
favoráveis;
d) Se reincidente o condenado – o início de cumprimento da pena será,
regra geral, em regime fechado. Exceção Súmula 269 STJ – “é
admissível a adoção do regime prisional semiaberto aos reincidentes
condenados a pena igual ou inferior a quatro anos se favoráveis as
circunstâncias judiciais”.
e) Se desfavoráveis os critérios do art. 59 do CP – poderá a pena ser
cumprida inicialmente no regime fechado, independentemente da
quantidade;
f) Se crime hediondo, de tráfico de drogas e de terrorismo – de acordo
com a Lei 11.464/07, a progressão nos crimes hediondos (lei
8.072/90) se dá da seguinte forma: após cumprimento de 2/5 da
pena, se o condenado for primário, e 3/5, ao condenado não
reincidente. Abandonando-se, a regra da pena em regime
integralmente fechado.
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Obs.: fixada a pena base no mínimo legal, é vedado o estabelecimento
do regime prisional mais gravoso do que o cabível em razão de sanção
imposta, com base na gravidade apenas na gravidade abstrata de delito –
Súmula 440 STJ.
Pena de detenção
a) Pena superior a 4 anos – inicia-se em regime semiaberto,
independemente de ser reincidente ou não (não sendo possível
cumprimento inicial em regime aberto nem se as circunstâncias
judiciais forem favoráveis);
b) Pena igual ou inferior a 4 anos – inicia-se no regime aberto desde
que não seja reincidente e as circunstâncias judiciais forem
favoráveis;
c) Condenado reincidente ou critérios desfavoráveis (art 59 CP) –
inicia-se no regime mais gravoso, semiaberto.
Obs.: quando a pena cominada for de detenção a lei não prevê regime
inicial fechado. Bem como a reincidência e as circunstâncias judiciais
prevalecem sobre a quantidade de pena para agravar o regime inicial de
cumprimento.
DA PROGRESSÃO E REGRESSÃO
Progressão: segundo dispõe o art. 112 da Lei de Execuções Penais,
Art. 112 “a pena privativa de liberdade será executada em forma
progressiva, com a transferência para regime menos rigoroso, a ser
determinado pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos um
sexto da pena no regime anterior e ostentar bom comportamento
carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as
normas que vedam a progressão”.
§ 1º - A decisão será sempre motivada e precedida da manifestação do
Ministério Público e do defensor.
§ 2º - Idêntico procedimento será adotado na concessão de livramento
condicional, indulto e comutação de penas, respeitadas os prazos previstos nas
normas vigentes.
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Requisitos para a progressão
a) Subjetivo: mérito do condenado, comprovado mediante atestado
de conduta carcerária e cumprimento de um sexto da pena no regime anterior;
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possível se descumprir as condições elencadas no art. 36, § 2º da LEP,
em que prevê a possibilidade de regressão se o condenado que está
cumprindo pena em regime aberto deixa de pagar a pena de multa
cumulativamente imposta (caso tenha condições de fazê-lo). Entretanto,
é pacifico entre a doutrina que parte deste dispositivo foi revogada em
face da Lei 9.268/96 que alterou o art. 51 do Código Penal proibindo a
conversão da pena de multa em privativa de liberdade. Mas é importante
observar que a hipótese aqui não é de conversão de multa em prisão,
mas por descumprimento no pagamento desta quando tem condições de
pagar.
Obs.: quando decretada a regressão em razão de falta grave,
novo período de cumprimento passa a ser contado a partir do
cometimento da falta.
Regime especial
Mulheres presas: Art. 37- “As mulheres cumprem pena em estabelecimento
próprio, observando-se os deveres e direitos inerentes à sua condição pessoal,
bem como, no que couber, o disposto neste Capítulo”. Isto em face das
peculiaridades relacionadas à maternidade, conforme expressamente disposto
na Constituição Federal (art. 5, L), que exige que os estabelecimentos penais
tenham condições de garantir a amamentação, assegurando ainda
acompanhamento médico no pré-natal e pós-parto, extensivo ao recém-
nascido (art. 14, § 3º LEP), assegura também que os estabelecimentos tenham
berçários (art. 83, § 2º LEP), do mesmo modo existência de creche para
crianças maiores de 6 meses e menores de 7 anos (art. 89, caput, LEP).
Preso idoso: art. 82, § 1º da LEP, dispõe que a pessoa com mais de 60 anos
deve cumprir pena em estabelecimento próprio, adequando à sua condição
pessoal.
Direitos do preso: Art.38 - O preso conserva todos os direitos não atingidos
pela perda da liberdade, impondo-se a todas as autoridades o respeito à sua
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integridade física e moral. Ver arts. (5º, XLIX, CF; art. Art. 1º, = 1º, da Lei
9.45/97, arts. 5º, LXXIV e LXXV CF). A depender do comportamento do preso
alguns desses direitos podem ser restringidos (art. 41, parágrafo único e art.
52, que trata do regime disciplinar diferenciado) ambos da LEP.
Visita íntima: segundo . (NUCCI, 2011, p. 995). O direito à visita íntima não se
encontra, ainda, previsto em lei, originando-se do costume adotado pelas
direções dos presídios, de modo que não pode encontrar barreira justamente
em critérios subjetivos, por vezes, preconceituosos.
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Noções - Não confundir superveniência de doença mental que ocorre no
cumprimento ou no curso da pena, de doença mental que possui o agente no
momento da conduta delituosa, a esta se aplica o disposto no art. 26 do Código
Penal, em que não se aplica pena, mas medida de segurança, o que se chama
de absolvição imprópria, ou seja, o juiz apesar de absolver o réu, impõe-lhe
medida de segurança (internação ou tratamento ambulatorial) que segundo
termos do artigo 97, §1º do Código Penal, afinal cometeu um crime no estado
de insanidade.
Quanto à superveniência da doença mental do condenado, é a que
ocorre no curso da execução da pena e pode levar a conversão desta em
medida de segurança, conforme termos do art. 41 do Código Penal, combinado
com o art. 183 da LEP.
Art. 41 – o condenado a quem sobrevém doença mental deve ser
recolhido a hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou, à falta, a
outro estabelecimento adequado.
REMIÇÃO
Noções gerais: trata-se de instituto regulado nos arts. 126 a 130 da LEP, que
passou por importantes alterações com o advento da Lei 12.433/2011, a qual
conferiu ao instituto da remição maior abrangência, como por exemplo, a
remição de pena, que até o advento da citada Lei, consubstanciava-se em
instituto benéfico ao apenado que poderia remir dias de sua pena com o
trabalho. No que diz respeito ao estudo não tínhamos lei (expressa) sobre o
tema, que era cuidado somente pela jurisprudência, conforme Súmula 341 do
STJ dizia: “A frequência a curso de ensino formal é causa de remição de parte
do tempo de execução de pena sob regime fechado ou semi-aberto.”
Porém, tal súmula não fixava critérios, ficando a cargo de cada juiz
adotar ou não. Mas, o direito (ideal) não pode conviver com violações da
igualdade (quando as situações são iguais).
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Conceito: é o desconto de parte da pena face o trabalho ou estudo realizado
pelo condenado durante a execução. Considerado para o condenado que
cumpre pena no regime fechado ou semiaberto em que 1 dia de pena para
cada 3 dias trabalhados ou 12 horas de frequência escolar.
As atividades de estudo
Particularidades:
A realização da remição é declarada pelo juiz da execução após oitiva
do Ministério Público.
O preso provisório não esta obrigado ao trabalho, mas se trabalhar terá
direito a remir parte de sua futura condenação. Segundo entendimento
majoritário da doutrina e da jurisprudência o trabalho do preso provisório enseja
a remição. Três dias de liberdade cumprida em regime fechado ou semiaberto.
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O condenado a pena em regime aberto não faz jus a esse benefício,
haja vista que neste regime tem no trabalho a própria razão de ser da sua
concessão.
Se o condenado estudar e concomitantemente trabalhar, poderá haver
cumulação dos dias a remir.
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não havendo essa oportunidade, o reeducando tem o direito a pena remida de
forma virtual, como se tivesse efetivamente alcançada”.
DETRAÇÃO
Conceito - nos termos do art. 42 do Código Penal, é o cômputo, ou seja, é o
desconto do tempo já cumprido pelo réu quando em prisão provisória, em que
há o abatimento na pena privativa de liberdade, na restritiva de direito e na
medida de segurança aplicadas na sentença. Vejamos:
Art. 42 - Computam-se, na pena privativa de liberdade e na medida
de segurança, o tempo de prisão provisória, no Brasil ou no
estrangeiro, o de prisão administrativa e o de internação em qualquer
dos estabelecimentos referidos no artigo anterior.
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Competência: a competência para a detração da pena era exclusiva do juízo
da execução nos termos do art. 66. III, ‘c’ da LEP. Agora de acordo com a Lei
nº 12.736/2012, cujo teor é o seguinte:
Art. 1º A detração deverá ser considerada pelo juiz que proferir a
sentença condenatória, nos termos desta Lei.
Art. 2º O art. 387 do Decreto-Lei no 3.689, de 3 de outubro de 1941 -
Código de Processo Penal, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 387. ......................................................................
§ 1º O juiz decidirá, fundamentadamente, sobre a manutenção ou, se
for o caso, a imposição de prisão preventiva ou de outra medida cautelar, sem
prejuízo do conhecimento de apelação que vier a ser interposta.
Conceito: as penas restritivas de direitos são sanções autônomas que tem por
finalidade substituir as penas privativas de liberdade, razão pela qual
constituem as chamadas penas alternativas, que objetiva evitar a colocação do
condenado na prisão, substituindo por certas restrições entre elas: a perda de
DIREITO PENAL II
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bens, limitação de fim de semana, interdição de direitos, ou em obrigações
como prestação de serviço pecuniária, prestação de serviços á comunidade.
Obs. As sanções de que trata o art. 43, apenas uma corresponde a
restritiva de direitos (art. 43, V, CP). As demais são restritivas de liberdade
(conforme incisos IV e VI) ou pecuniárias (inícios I e II).
Espécies
a) Prestação pecuniária
b) Perda de bens e valores
c) Prestação de serviços á comunidade ou entidades públicas
d) Interdição temporária de direitos.
e) Limitação de fim de semana.
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recomendável e a reincidência não se tenha operado em virtude da prática do
mesmo crime.
§ 4º A pena restritiva de direitos converte-se em privativa de liberdade
quando ocorrer o descumprimento injustificado da restrição imposta. No cálculo
da pena privativa de liberdade a executar será deduzido o tempo cumprido da
pena restritiva de direitos, respeitado o saldo mínimo de trinta dias de detenção
ou reclusão.)
§ 5º Sobrevindo condenação a pena privativa de liberdade, por outro
crime, o juiz da execução penal decidirá sobre a conversão, podendo deixar de
aplicá-la se for possível ao condenado cumprir a pena substitutiva anterior.
Conversão das penas restritivas de direitos.
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Requisitos - Cumulativos para substituição da pena:
a) Quando aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro
anos e o crime praticado não o for cometido com violência ou grave
ameaça à pessoa, ou independentemente a pena aplicada, se o
crime for culposo;
b) Quando o réu não for reincidente;
c) Quando a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a
personalidade do condenado, bem como os motivos e as
circunstâncias indicarem que a substituição seja o suficiente.
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b) Se a pena fixada for superior a um ano, o juiz deverá substituí-la por
duas penas restritivas de direitos, ou por uma pena restritiva e outra
de multa.
No caso de transitada em julgado a sentença, caberá ao juiz das
execuções penais arts. 147 e 148 LEP. O art. 180 da LEP denomina a
conversão como incidente de execução e poderá o restante da pena não
superior a 2 (dois) anos, ser convertida em restritiva de direitos, desde que:
I- o condenado a esteja cumprindo em regime aberto;
II - tenha sido cumprido pelo menos 1/4 (um quarto) da pena;
III - os antecedentes e a personalidade do condenado indiquem ser a
conversão recomendável.
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Em se tratando de limitação de fim de semana será convertida quando o
condenado,
a) Não comparecer ao estabelecimento designado para o cumprimento
da pena;
b) Recusar-se a exercer alguma atividade determinada pelo Juiz; ou
c) Não for encontrado para iniciar a pena por estar em local incerto
(art. 181, § 2 LEP).
Tratando-se de interdição temporária de direitos, a conversão será
decretada se o condenado:
a) Exercer, injustificadamente, o direito interditado; ou
b) Não for encontrado para dar início ao cumprimento por estar em local
incerto (art. 181, § 3º).
Hipótese de perda de bens, o descumprimento ocorre se o condenado;
a) Se desfizer do bem declarado perdido pelo juiz antes da execução
da sentença.
Na hipótese de prestação pecuniária,
a) Quando o condenado deixa de prestá-la injustificadamente.
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Prestação pecuniária e pena de multa – prestação pecuniária não se
confunde com a pena de multa. Os beneficiários são diversos. A multa destina-
se a Fundo Penitenciário, e seu montante não é descontado de futura
indenização à vítima ou a seus dependentes. Enquanto a prestação pecuniária
(originária ou substitutiva) é devida a vitima, dependentes ou às entidades
fixadas pela lei. A multa é calculada em dias-multa entre 10 a 360 dias. A
prestação pecuniária é fixada em salários mínimos, entre 1 a 360.
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extensiva para abarcar as condenações superiores a 4 anos, por se tratar de
medida prejudicial ao réu. Entretanto, apesar do disposto no art. 92, II, a e b; o
§ 4º do art. 25 da Lei nº 9.605/98, prevê expressamente o confisco dos
instrumentos utilizados na prática da infração penal ambiental
independentemente de serem eles de origem licita ou não.
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INTERDIÇÃO TEMPORÁRIA DE DIREITOS
DA PENA DE MULTA
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sentença e calculada em dias multa, sendo, no mínimo de10, e, no máximo de
trezentos e sessenta dias-multa, conforme dispõe art. 49 do Código Penal.
MULTA
ESPÉCIES:
a) Originária;
b) Substitutiva
ORIGINÀRIA – é aquela descrita em abstrato no próprio tipo penal
incriminador, em seu preceito secundário. Pode ser prevista de forma isolada,
cumulativa ou alternativa com pena privativa de liberdade.
Obs.: a previsão de multa isoladamente em abstrato ou (exclusiva), só é
prevista em contravenções penais. Ex.: nas contravenções penais de anúncio
abortivo (art. 20, da LCP – Lei de Contravenções Penais), bem como a
contravenção de imputação ofensiva ao pudor (art. 61 da LCP).
Ex.: de pena alternativa, crime de ameaça (art. 147 CP), a pena é de
detenção, de 1 a 6 meses ou multa.
Ex.: de pena cumulativa, no crime de furto simples (art. 155, caput CP),
a pena prevista é de reclusão de, 1 a 4 anos, e multa.
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SUBSTITUTIVA ou (vicariante) – É aquela aplicada em substituição a uma
pena privativa de liberdade fixada na sentença em montante não superior a 1
ano, e desde que o réu n]ao seja reincidente em crime doloso e as
circunstâncias do art. 59 do Código Penal indiquem que seja suficiente (art.
44,§ 2º, do CP), exige-se, ainda, que se trate de crime sem o emprego de
violência ou grave ameaça.
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Procuradoria da fazenda (estadual ou federal, dependendo da origem da
condenação).
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privativa de liberdade e à medida de segurança. Assim. O tempo anterior à
prisão é irrelevante.
DA APLICAÇÃO DA PENA
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Antecedentes – são os fatos bons ou maus da vida pregressa do acusado,
que possuem relevância na aferição da pena a ser imposta. Tendo como
constatação, na prática, a chamada folha de antecedentes criminais, que
registra as passagens anteriores do acusado pelo sistema penal.
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aquele cometido no interior de uma residência em que a família inteira ficou
dominada por horas pelos roubadores, sob a mira de armas, enquanto eles
arrecadavam os bens. Da mesma maneira, existe maior gravidade na conduta
de quem, em crime de estupro, mantém conjunção carnal prolongada com a
vítima.
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evento. A partir da reforma penal de 1984, o comportamento da vítima adquiriu
relevância não só em determinados delitos, conforme prevê a parte especial,
mas em qualquer crime, desde que tenha contribuído para o desencadeamento
do fato.
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IV - executa o crime, ou nele participa, mediante paga ou promessa de
recompensa.
Reincidência
Conceito - É um status decorrente da prática de novo crime após o trânsito em
julgado de sentença condenatória por crime anterior, ela é conceituada no
artigo 63, caput, do Código Penal. É a única agravante aplicável aos crimes
culposos.
Alcance da reincidência:
a) Não há qualquer distinção quanto à natureza dos crimes
(antecedente e consequente), podendo caracterizar reincidência
entre crimes dolosos ou culposos;
b) Não induz reincidência a condenação anterior, se entre a data do
cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior tiver ocorrido
período de tempo superior a cinco anos, computado o período de
prova da suspensão ou livramento condicional, se não ocorrer
revogação (art. 64, I);
c) Os crimes militares próprios e os crimes políticos não induzem
reincidência (art. 64, II).
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c) Aumenta o prazo de cumprimento da pena para concessão do
livramento condicional (art. 83, II);
d) Impede a concessão do livramento condicional quando se trata de
reincidência específica em crimes hediondos, tráfico de drogas,
terrorismo e tortura (art. 83, V do CP; e 44, parágrafo único da Lei
de drogas)
e) Constitui causa obrigatória de revogação de sursis, caso a nova
condenação seja por crime doloso (art. 81, I);
f) Interrompe prazo da prescrição executória (art. 117, VI);
g) Aumenta o prazo da prescrição executória (art. 110);
h) Revoga a reabilitação quando o agente for condenado a pena que
não seja de multa (art. 95);
i) Obriga que se inicie o cumprimento da pena em regime inicial
semiaberto, salvo caso de detenção, ou aberto (art. 33, § 2ª);
j) Impede o reconhecimento de sua diminuição de pena no furto,
apropriação indébita, estelionato e receptação (art. 155, § 2º; 170;
171, § 1º; e 180, § 5º);
l) Faz com que o tempo de cumprimento de pena para a progressão
para regime mais brando deixe de ser de 2/5 e passe para 3/5 nos
crimes hediondos, tráfico de entorpecentes, terrorismo e tortura (art.
2, § 2º, da lei 8.072/90);
m) Impossibilita a transação penal nas infrações de menor potencial
ofensivo (art. 76, § 2º da Lei 9.099/95);
n) Impede a suspensão do condicional do processo (art. 89, da Lei
9.099/95)
o) Nos crimes de tráfico de drogas, impede que a pena seja reduzida
de 1/6 a 2/3, ainda que o acusado não se dedique reiteradamente
ao tráfico e não integre associação criminosa (art. 33,§ 4º);
p) Impede a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva
de direitos (art. 44, II), caso se trate de reincidência em crime
doloso, ou por multa (art. 44, § 2º).
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Obs.: De acordo com o que expressa o art. 120 do Código Penal, o
acusado não perde a primariedade em decorrência de sentença na qual o juiz
concede perdão judicial (sentença de natureza declaratória), nos termos da
súmula 18 do STJ. “A sentença concessiva do perdão judicial é declaratória da
extinção da punibilidade, não subsistindo qualquer efeito condenatório”.
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Se o crime é cometido com a finalidade de facilitar ou assegurar a
execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime (art. 61,
II, b, 1ª e 2ª figuras) – é uma modalidade de torpeza do agente autor do delito
que se mantém totalmente indiferente à paz social, já que prática tantos crimes
quantos forem necessários à garantia do primeiro ilícito e de sua impunidade.
Esta parte do dispositivo abrange, em verdade, três agravantes que são
marcadas pela conexão denominada consequencial, em que o agente primeiro
comete um crime e, em seguida, o outro para assegurar a ocultação, a
impunidade ou a vantagem daquele.
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Veneno – é uma substancia de natureza química ou biológica que, introduzida
no organismo da vítima, pode provocar sua morte ou lesões. Pode se
apresentar de forma líquida, sólida ou gasosa.
Meio insidioso – é um meio desleal, enganador, que reduz a possibilidade de
defesa da vítima.
Meio cruel – o meio que causa um sofrimento desnecessário à vítima, que
ultrapassa o limite do que bastaria para a prática do delito.
Perigo comum – É aquele resultante de conduta que expõe a risco a vida ou o
patrimônio de número elevado e indeterminado de pessoas.
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suas funções ou abusando de seu poder e extrapola um dever inerente à sua
profissão ou cargo que ocupa.
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d) Coage ou induz outrem à execução material de crime.
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“Para efeitos penais, o reconhecimento da menoridade do réu requer prova
por documento hábil”.
Quanto os 70 anos, se o agente completa 70 anos quando o processo
esta em fase recursal, sua pena será reduzida.
Ter o agente cometido o crime por motivo de relevante valor social (art.
65, III, a) - É aquele que beneficia condutas, que apesar de ilícitas, estão
ligadas a um sentimento que não é antissocial, por referirem à honra, à moral,
que são conceitos cultivados pela sociedade.
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injusto da vítima, também atenua a pena. Havendo, contudo, injusta agressão
por parte da vítima, não existirá crime em face da legitima defesa.
Atenuantes inonimadas
Conceito – são circunstancias que não se encontram especificadas na
legislação, mas, permite que o juiz reduza a pena sempre que entender existir
circunstância relevante, anterior ou posterior ao crime, não elencada no rol do
art. 65, e desde que relevantes Ex.: doença incurável do agente; grande
penúria financeira, etc.
Art. 66 - A pena poderá ser ainda atenuada em razão de
circunstância relevante, anterior ou posterior ao crime, embora não
prevista expressamente em lei.
DIREITO PENAL II
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De acordo com o art. 66 do Código Penal, o juiz pode atenuar a pena em
razão de qualquer outra circunstância relevante anterior ou posterior ao crime,
embora não prevista em lei merecem consideração no momento de se
mensurar a dosimetria da pena.
DIREITO PENAL II
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c) – no homicídio privilegiado, a pena é reduzida de 1/6 a 2/3 (art. 121,
§ 1º).
Concursos de causas de aumento ou de diminuição de pena em relação
ao mesmo delito.
Noções: o artigo 68, parágrafo único, do Código Penal expõe regra de extrema
importância no sentido de que, no concurso de causas de aumento ou de
diminuição de pena previstas na parte especial, pode o juiz limitar-se a um só
aumento ou a uma só diminuição, prevalecendo, todavia, a causa que mais
aumente ou diminua.
Art. 68 - A pena-base será fixada atendendo-se ao critério do Art. 59
deste Código; em seguida serão consideradas as circunstâncias atenuantes e
agravantes; por último, as causas de diminuição e de aumento.
Parágrafo único - No concurso de causas de aumento ou de diminuição
previstas na parte especial, pode o juiz limitar-se a um só aumento ou a uma só
diminuição, prevalecendo, todavia, a causa que mais aumente ou diminua.
Circunstâncias qualificadoras
DIREITO PENAL II
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Conceito: são aquelas previstas na parte especial que, agregadas à figura
típica fundamental, têm função de aumentar a pena. Diferem das causas de
aumento de pena. Porque nestas, a norma legal prevê o percentual de
aumento (um a dois terços), enquanto nas qualificadoras os limites mínimo e
máximo da pena abstrata já vêm majorados no próprio dispositivo penal.
CONCURSO DE CRIMES
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Exasperação (pena do crime mais grave, aumentada de certa quantidade)
ESPÉCIES
Modalidades de concurso de crimes previstas no código Penal:
a) – concurso material ou real (art. 69)
b) – concurso formal ou ideal (arft. 70)
c) – crime continuado (arft. 71)
Concurso formal próprio (ou perfeito) – ocorre quando o agente não quer a
multiplicidade de resultados. São os casos em que a conduta é culposa na
origem, cujos resultados são atribuídos ao agente a esse título, ou quando a
ação é dolosa, porém pelo menos um dos resultados é culposo (aberrante)
Concurso formal impróprio (ou imperfeito) – ocorre com uma conduta, mais
de um resultado, entretanto estes decorrem de desígnios autônomos do
agente. Ele quer, com mais de uma conduta, praticar um crime. Aplica-se a
regra do cúmulo material, isto é, soma das penas.
DIREITO PENAL II
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Cúmulo material – no concurso formal imperfeito o individuo tem consciência
e vontade em relação a cada um dos crimes, realizando com uma só conduta
dois fins.
CRIME CONTINUADO
DIREITO PENAL II
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Crimes da mesma espécie – exemplo (crimes de furto simples e qualificado –
único bem jurídico atingido = patrimônio). Aplica-se a somente uma (se
diferentes, a mais grave) aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois
terços. Nos crimes dolosos, contra vítimas diferentes, cometidos com violência
ou grave ameaça à pessoa, aplica-se a pena mais grave (ou a pena de um só
dos crimes, se idênticas, aumentadas até o triplo). O percentual de aumento
varia de acordo com o número de infrações penais praticadas. É considerado
crime único por ficção jurídica.
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Nexo de continuação – para a existência do crime continuado é necessário
que exista entre o antecedente e o consequente um nexo de continuação,
considerando as circunstâncias de tempo, lugar, maneira de execução e outras
condições assemelhadas, que deverão guardar entre si certa homogeneidade.
Vale afirmar, deve haver uma relação de contexto entre as diversas infrações.
DIREITO PENAL II
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Teoria puramente objetiva – nessa teoria dispensa-se a unidade ideação e
deduz o conceito de condutas continuadas dos elementos exteriores da
homogeneidade.d crimes da mesma espécie, praticados em tais condições de
tempo, lugar e maneira de execução, que os subsequentes são havidos como
continuação dos precedentes. Teoria adotada pelo Código Penal. Entretanto,
as jurisprudências do STF e do STJ indicam que o reconhecimento da
continuidade delitiva, faz-se necessário a existência de unidade de desígnios,
ou seja, os crimes devem fazer parte do mesmo objeto criminoso do agente.
De qualquer modo, o benefício não alcança quem faz do crime uma profissão,
casos em que, não basta o reconhecimento de tempo, lugar, maneira de
execução, etc., quando estiver reiterada a reiteração delitiva.
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ao início de cumprimento da pena, far-se-á nova unificação, desprezando-se o
período de pena já cumprido (art. 75, § § 1º e 2º)
Conceito – a pena privativa de liberdade não superior a dois anos pode ter sua
execução suspensa, por um período de dois a quatro anos, mediante o
cumprimento, pelo réu, de determinadas condições estabelecidas pelo juiz. O
sursis é um direito subjetivo do condenado que atende os requisitos descritos.
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Sursis e substituição da pena – para a concessão do sursis, é necessário
que não caiba substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de
direitos; porém estas e as penas de multa não poderão ter execução suspensa.
Condições judiciais do Sursis – são aquelas fixadas pelo juiz, desde que
adequadas aos fatos e à situação pessoal do condenado (art. 79). Devem ser
evitadas condições ociosas ou vexatórias.
DIREITO PENAL II
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irrecorrivelmente condenada, por crime culposo ou contravenção, a pena
privativa de liberdade ou restrita de direitos (art. 81, § 1º).
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específico em crimes dessa natureza. (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016)
(Vigência)
Parágrafo único - Para o condenado por crime doloso, cometido com violência
ou grave ameaça à pessoa, a concessão do livramento ficará também
subordinada à constatação de condições pessoais que façam presumir que o
liberado não voltará a delinquir. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984).
Pena unificada (Súmula 715 STF) – A pena unificada para atender ao limite
de trinta anos cumprimento, determinado pelo art. 75 do Código Penal, não é
considerada para a concessão de outros benefícios, como o livramento
condicional ou regime mais favorável de execução.
DIREITO PENAL II
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Concessão e condições – atendidos os requisitos legais o juiz, após parecer
do Conselho Penitenciário e ouvido o Ministério Público, concederá o
livramento condicional, impondo ao condenado as seguintes condições
obrigatórias, conforme dispõe art. 132, § 1º LEP:
a) – obter ocupação lícita, dentro do prazo razoável se for apto para o
trabalho.
b) – comunicar periodicamente ao juiz suas ocupações;
c) – não mudar da comarca do juízo da execução, sem prévia
autorização deste.
Condições facultativas art. 132, § 2º LEP:
a) – não mudar de residência sem comunicação ao juiz e à autoridade
incumbida de observação cautelar e de proteção;
b) – recolher-se em casa em hora fixada;
c) – não frequentar determinados lugares.
d)
Revogação obrigatória – são causas obrigatórias de revogação de livramento
condicional a condenação a pena privativa de liberdade em sentença
irrecorrível (art. 86):
I - por crime cometido durante a vigência do benefício do benefício;
II - por crime anterior, observado o disposto no art. 84 deste Código.
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Desse modo, se já se encontrarem presentes os requisitos objetivos e
subjetivos necessários à concessão do benefício, pelo fato de não ter havido
recurso do Ministério Público e sendo impossível a reformatio in pejus.
O STF em 24/09/03, em sessão plenária, aprovou a Súmula 716 que,
embora dirigida aos casos de progressão de regime e aplicação de regime
menos severo do que o determinado na sentença pode, através de raciocínio
analógico, ser ampliada para a hipótese de livramento condicional, quando
ainda não houver transito em julgado da sentença penal condenatória.
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necessidade de tratamento tenha sido constatada. É certo que o juiz pode,
ainda, substituir pena privativa de liberdade por restritiva de direitos ou de
multa ou, suspendê-la condicionalmente (sursis) já anteriormente estudados.
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a) dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo
fabrico, alienação, uso, porte ou detenção constitua fato ilícito;
b) do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua
proveito auferido pelo agente com a prática do fato criminoso.
§ 1º Poderá ser decretada a perda de bens ou valores equivalentes ao
produto ou proveito do crime quando estes não forem encontrados ou quando
se localizarem no exterior
§ 2º Na hipótese do § 1º, as medidas assecuratórias previstas na
legislação processual poderão abranger bens ou valores equivalentes do
investigado ou acusado para posterior decretação de perda.
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que constitua proveito auferido pelo agente com a pratica do fato
criminoso (art. 91, II, ‘a’ CP);
d) – Suspensão dos direitos políticos, enquanto durarem os efeitos da
condenação (art. 15, III CF)
e) – Rescisão do contrato de trabalho por justa causa (art. 482, d, CLT)
f) – obrigatoriedade de novos exames às pessoas condenadas por
crimes praticados na direção de veiculo automotor descritos no
Código de Trânsito Brasileiro (art. 160 da Lei 9.503/97)
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e) – Condenação por crime falimentar – de acordo com a Lei nº
11.101/05) a condenação por qualquer dos crimes falimentares nela descritos
pode gerar:
I – a inabilitação para o exercício de atividade empresarial;
II – o impedimento para o exercício de cargo ou função em
conselho de administração, diretoria ou gerencia das sociedades sujeitas à lei
falimentar;
III – a impossibilidade de gerir empresa por mandato ou por
gestão de negócios.
DA REABILITAÇÃO
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b) – conferir novamente aos condenados direitos que lhe foram
retirados como efeito secundário da condenação.
Requisitos:
a) – é necessário que o condenado tenha tido domicilio no país no
prazo de dois anos, a contar do cumprimento ou extinção da pena;
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Efeitos – o Código Penal (art. 93) assegura ao condenado reabilitado uma
folha de antecedentes sem registros criminais a respeito do processo e da
condenação. Embora a lei preveja que a reabilitação alcança quaisquer penas
aplicadas em sentença definitiva, não possui estes efeitos, mas apenas o de
assegurar o sigilo dos registros sobre o processo e sustar os efeitos
extrapenais da condenação, previstos no art. 92 do Código Penal,
I - perda de cargo função pública ou mandato eletivo;
II – incapacidade para o exercício do pátrio poder ou curatela;
III – e inabilitação para dirigir (veículo).
Nos casos dos incisos I e II é vedada a reintegração na situação
anterior.
Disposição do art. 202 LEP – cumprida ou extinta a pena, não constarão da
folha corrida, atestados ou certidões fornecidas por autoridade policial ou por
auxiliares da justiça, qualquer noticia ou referencia à condenação, salvo para
instruir processo pela prática de nova infração penal ou outros casos expressos
em lei. Apesar da garantia legal de sigilo previsto na LEP.
UNIDADE V
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Art. 96. As medidas de segurança são:
I - Internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou, à
falta, em outro estabelecimento adequado;
II - sujeição a tratamento ambulatorial.
Parágrafo único - Extinta a punibilidade, não se impõe medida de
segurança nem subsiste a que tenha sido imposta.
DIREITOS DO INTERNADO.
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aplicação da pena tem fundamento a culpabilidade do acusado, a medida de
segurança baseia-se na periculosidade do condenado.
Sistemas:
Sistema duplo binário – abandonado pela legislação atual, previa a aplicação
conjunta de pena e medida de segurança tanto para os inimputáveis quanto
para os semi-inimputáveis.
Sistema vicariante – adotado pelo Código Penal, prevê a aplicação apenas de
medida de segurança para os inimputáveis e, pena ou medida de segurança
para os semi-inimputáveis.
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segurança em 30 anos, os mesmos limites previstos no art. 75, do Código
Penal.
Para Bittencourt, a medida de segurança não pode ultrapassar o limite
máximo de pena abstratamente prevista ao delito. Em qualquer caso de
extinção da punibilidade nãose impõe medida de segurança (art. 96, parágrafo
único).
Execução e revogação – transitada em julgado a sentença, dá-se início à
execução da medida de segurança imposta. Vencido o prazo mínimo fixado,
será o condenado submetido obrigatoriamente a perícia médica, caso em que,
comprovada a cessação da periculosidade, o juiz determinará a suspensão da
execução da medida. Transitada em julgado esta decisão, será expedida
ordem para desinternação ou liberação.
Espécies:
a) Detentiva – constitui na internação do condenado em hospital de
custódia e tratamento psiquiátrico ou estabelecimento adequado. É obrigatória
nos casos em que o fato previsto cromo crime e for apenado com reclusão.
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ambulatorial, poderá o juiz determinar a internação do agente, se necessária
para fins curativos (art. 97, § 4º CP).
UNIDADE VI
DA AÇÃO PENAL
Conceito – é o direito subjetivo, de invocar a prestação jurisdicional penal ao
Poder Judiciário. É a faculdade de proceder em juízo contra autor de uma
infração penal, com o intuito de que lhe sejam aplicadas as sanções previstas
em lei.
É também o direito público subjetivo do Estado-Administração, único titular do
poder-dever de punir, de pleitear ao Estado-Juiz a aplicação do direito penal
objetivo, com a consequente satisfação da pretensão punitiva.
1 - CONDIÇÕES GENÉRICAS
a) Possibilidade jurídica do pedido - caracteriza-se quando o
pedido for possível de atendimento. A análise jurídica do pedido deve ser feita
de acordo com os fatos abstratamente descritos na denúncia, sem analisar as
provas porventura existentes.
2- JUSTA CAUSA
Segundo insigne jurista Afrânio da silva Jardim, a justa causa, consistir-
se-á numa quarta condição da ação, e é caracterizada como a existência de
elementos probatórios mínimos que dão lastro à acusação, amparando a
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imputação. Com o advento da Lei 11.719/08, a justa causa passou a ser,
expressamente, instituto a ser observado no juízo de admissibilidade da ação
penal, cuja ausência leva a rejeição da exordial acusatória.
Para Guilherme Nucci a justa causa não é, em si mesmo, uma condição
das condições da ação, mas uma síntese das outras condições da ação. De
modo, que, inexistindo uma delas, não há justa causa para a ação penal.
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Desse modo, o fundamento do direito de ação repousa na proibição da
autodefesa, e o seu fundamento jurídico encontra-se na Constituição Federal
(arft. 5º, XXXV) que dispõe “a lei não excluirá da apreciação do Poder
Judiciário lesão ou ameaça a direito”, bem como no (art. 345, CP), que define e
tipifica o crime de exercício arbitrário das próprias razões.
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Subsidiária da Pública – a legitimidade surge para o ofendido em razão
de inércia do MP em promover a ação penal no prazo legal (art. 5º, LIX, CF e
art. 29 CPP).
O prazo por ser decadencial não esta sujeito à suspensão por recessos
ou feriados (RT 470/392, 468/371 e 525/389 – art. 797 e 798, CPP). Observa-
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se que a representação prescinde de forma especial, admitindo-se como tal,
simples manifestação de vontade da vítima, desde que evidenciadora da
intenção de que seja processado o agente.
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38 do CPP), sob pena de decadência e, consequentemente, da extinção da
punibilidade (art. 107, IV, 2ª figura, CP). Assim, como nas ações que se
procede mediante representação, o prazo por ser decadencial, não está sujeito
a suspensão por recessos ou feriados (RT 470/392, 468/371, e 525/389 – art.
797 e 798, CPP).
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Hipossuficiência do titular do direito de queixa – se comprovada a pobreza
a ação penal será proposta pela Defensoria Pública ou na ausência dessa o
juiz nomeará advogado para o patrocínio da ação penal (art. 32, CPP);
Curador especial – de acordo com o art. 33 CPP, “Se o ofendido for menor de
18 anos, ou mentalmente enfermo, ou retardado mental, e não tiver
representante legal, ou colidirem os interesses deste com os daquele, o direito
de queixa poderá ser exercido por curador especial, nomeado, de ofício ou a
requerimento do Ministério Público, pelo juiz competente para o processo
penal”;
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Art. 60 – nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-
se-á perempta a ação penal:
I – quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do
processo durante 30 dias seguidos;
II – quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não
comparecer em juízo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60
(sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo, ressalvado o
disposto no art. 36;
III – quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a
qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou deixar de formular o
pedido de condenação nas alegações finais;
IV – quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar
sucessor.
UNIDADE VII
DA EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE2
DIREITO PENAL II
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Morte do agente (Inciso I) - a morte é causa extintiva da punibilidade porque
a pena é personalíssima, não se transmitindo aos herdeiros do condenado.
Falecendo o autor do fato, não há espaço à aplicação da pena.
É importante destacar que os efeitos civis da sentença condenatória
(notadamente o dever de indenizar) não se extinguem com a morte do agente,
alcançando limite das forças de seu espólio.
Obs.: A prova da morte se dá mediante certidão de óbito.
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A decadência é a extinção do direito de promover a ação penal privada, a
representação nos crimes de ação penal condicionada a ela ou a denúncia
substitutiva da ação penal pública, como regra seu prazo é de 06 (seis) meses.
DIREITO PENAL II
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O artigo em análise disciplina duas situações distintas:
1.ª – Quando uma conduta criminosa for pressuposto para outro crime
ou quando alguns dos elementos ou circunstâncias agravantes dele, em sendo,
delitos autônomos, sofrerem extinção da punibilidade, preservam-se todos
esses (pressupostos, elementos ou circunstâncias) no delito que os agrega.
2.ª – Nos crimes conexos, a agravação da pena pela conexão não será
afetada se for extinta a punibilidade em face de um dos delitos.
DA PRESCRIÇÃO
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A prescritibilidade/imprescritibilidade como regra constitucional - A
Constituição Federal (art. 5.º, incisos XLII e XLIV), prevê duas espécies de
crimes considerados imprescritíveis:
a) O Racismo, previsto em diversas figuras da lei 7.716/89 (art. 5.º,
incisos XLII da CF);
b) Aqueles decorrentes de ações de grupos armados, civis ou militares,
contra a ordem constitucional e o Estado Democrático definidos na
Lei nº 7.170/83, conhecida como Lei de Segurança Nacional (art. 5.º,
incisos, XLIV).
Fora essas duas exceções a Constituição consagrou como regra a
prescritibilidade das infrações penais. Assim, todo o autor do ilícito penal tem
direito público e subjetivo a ver reconhecida a prescrição após o decurso de
determinado prazo previamente estabelecido na legislação. No direito penal,
ela segue o escalonamento de prazos previsto no artigo 109 do Código Penal e
será tanto maior quanto for a pena máxima para o crime ou a pena fixada na
sentença condenatória transitada em julgado.
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Parágrafo único - Aplicam-se às penas restritivas de direito os
mesmos prazos previstos para as privativas de liberdade.
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b) – Prescrição da Pretensão da pena em concreto, que subdivide-se
em prescrição retroativa e intercorrente.
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para aumentar o prazo prescricional, com base na pena prevista em abstrato,
vez que não podem exorbitar os limites legais da pena, nem para mais, nem
para menos.
Causas de aumento e diminuição de pena – estas causas, utilizadas na
terceira fase do procedimento trifásico de fixação de pena, determinadas em
proporções fixas (1/6 a 1/3, 1/6 à ½, etc), previstas na parte geral e especial do
Código Penal, e que são de aplicação obrigatória, devem ser consideradas no
cálculo da prescrição pela pena abstratamente prevista. Isto porque elas
autorizam o juiz a fixar a pena acima do máximo ou abaixo do mínimo legal.
Por tratar de matéria de interesse da sociedade (público), deve ser aplicado o
fator que mais aumente (em caso de majorante) ou que menos diminua (em
caso de minorante). Observação. Neste calculo deve ser observado a pior das
hipóteses possíveis para o réu, ou seja, deve se levar em conta o máximo da
pena que ele poderia receber em caso de condenação.
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: idade do réu – de acordo com o
disposto no art. 115 do Código Penal que estabelece, se o réu é menor de 21
anos na data do fato ou maior de 70 por ocasião da sentença, o prazo
prescricional será reduzido pela metade.
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Contagem do prazo prescricional - conforme já estudado, o prazo
prescricional, leva em conta o montante da pena máxima em abstrato, mas,
pressupõe também a apreciação do termo inicial a partir do qual ele cômica a
fluir (art. 11 do CP), do mesmo modo, que a verificação de eventuais causas
interruptivas e suspensivas (art. 117 do CP).
Obs.: por tratar-se de prazo de natureza penal, inclui-se na contagem o
dia inicial e exclui-se o último (art. 10 do CP). Se o prazo prescricional de 1 ano
começa em 07 de agosto de 2010, a prescrição se dá no dia 06 de agosto de
2011. O prazo é improrrogável, podendo terminar em fins de semana ou
feriados.
Termos iniciais do prazo da prescrição da pretensão punitiva – o termo a
quo dos prazos prescricionais varia de acordo com a figura delitiva, conforme
disposto no art. 111 do Código Penal, que indica que a prescrição comoça a
fluir:
a) - Da data da consumação do crime – o legislador adotou a teoria do
resultado e não a do lugar do crime. Porém, tratando-se de crimes
(formal, material ou continuado) inicia a contagem do prazo
prescricional isoladamente a partir da consumação de cada dilito
praticado (art. 119 CP).
b) – no caso da tentativa, da data em que cessou a atividade criminosa,
ou seja, da data em que for realizado o último ato executório.
c) – nos crimes permanentes, do dia em que cessar a permanência.
d) Nos crimes de bigamia (art. 235 do CP) e nos de falsificação ou
alteração de assento de registro civil (arts. 241,242 e 299, parágrafo
único, do CP), da data em que o fato se tornar conhecido da
autoridade.
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a) O recebimento da denuncia ou queixa; (art. 117, I )
b) A pronúncia (art. 117, II);
c) Decisão confirmatória da pronúncia (art. 117, III);
d) Publicação da sentença ou do acórdão recorríveis (art. 117, IV).
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prazo prescricional até o cumprimento da rogatória. Porém, se o réu
está no estrangeiro em local desconhecido, cita-se por edital caso em
que se aplica a regra do tópico anterior.
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Ex.: se o réu acusado por furto simples (art. 155 caput, CP), pena
reclusão de 1 a 4 anos. Antes da sentença, a prescrição pela pena em abstrato
é de 8 anos, mas ao sentenciar o juiz fixa a pena em 1 ano. Entretanto o MP
não recorre (apela). De acordo com o art. 617 do CPP, não pode haver
aumento de pena em recurso exclusivo da defesa – proibição (reformatio in
pejus), e mesmo não tendo o transito em julgado, passa-se a ter com base,
para fim de prescrição, a pena fixada na sentença, vez que não mais poderá
ser aumentada. Assim, como a pena foi fixada em 1 ano, a prescrição ocorrerá
em 4 anos 9art. 109, V,CP), contudo, se após o transito em julgado da
sentença de 1º grau transcorrer o prazo de 4 anos sem que haja transito em
julgado para ambas as partes, terá havido a prescrição
intercorrente/superveniente. Caso em que o tribunal, verificando decurso de
prazo de 4 anos, sequer analisará o mérito do recurso interposto pela defesa,
declarando de imediato a prescrição interocorrente
Entretanto, havendo recurso da acusação, que possa de alguma forma
aumentar o quanto a pena, está continuará a regular pelo máximo da pena em
abstrato, e de acordo com o exemplo já citado, se já tiver ocorrido o prazo de 5
anos desde a publicação da sentença de 1º grau, o tribunal deverá julgar o
mérito dos recursos (não podendo declarar, de imediato, a prescrição
intercorrente). Caso improvido o recurso da acusação (não havendo recurso
especial ou extraordinário para aumentar a pena), é que o tribunal poderá
reconhecer que houve prescrição intercorrente pelo decurso de 4 anos, desde
a publicação da sentença de 1º grau (art. 110, § 1º CPP).
Art. 110 - A prescrição depois de transitar em julgado a sentença
condenatória regula-se pela pena aplicada e verifica-se nos prazos
fixados no artigo anterior, os quais se aumentam de um terço, se o
condenado é reincidente.
§ 1o A prescrição, depois da sentença condenatória com trânsito
em julgado para a acusação ou depois de improvido seu recurso, regula-
se pela pena aplicada, não podendo, em nenhuma hipótese, ter por termo
inicial data anterior à da denúncia ou queixa.
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Prescrição retroativa – é uma das formas de prescrição da pretensão
punitiva, cujo calculo tem por base a quantidade de pena fixada na sentença
(art. 110, § 1º, CP). O juiz da condenação não pode dela conhecer. A
prescrição retroativa é contada para trás, ou seja, refere-se relativamente ao
período anterior à sentença condenatória. Também requisito obrigatório que
tenha havido trânsito em julgado para a acusação ou improvimento de seu
recurso.
Obs.: a prescrição retroativa e intercorrente, são formas de prescrição
da pretensão punitiva, e, por esse motivo, afastam todos os efeitos, principais e
secundários, penais e extrapenais, da condenação.
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Prescrição da pena de multa – a prescrição da pretensão punitiva da multa
ocorre da seguinte forma:
a) Multa como única pena abstratamente cominada – prescrição em 2
anos (art. 114, inciso I, primeira parte);
b) Multa como única pena imposta na sentença condenatória –
prescrição em 2 anos (inciso, II, 2ª parte);
c) Multa cominada alternativamente com a pena privativa de liberdade –
prazo igual ao estabelecido para a prescrição da pena detentiva
(Inciso II);
d) Multa cominada cumulativamente com a pena detentiva – prazo igual
ao da pena privativa de liberdade.
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Pena restante - interrompida a execução da pena, pela fuga do condenado ou
revogado o livramento condicional, a prescrição é regulada pelo prazo restante
pena.
Contagem do prazo – o cálculo da prescrição da pretensão penal executória é
sempre efetuado com base na pena fixada na sentença, computando-se o dia
do início. Deve-se obervar a tabela constante do art. 109 do Código Penal.
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Pública (lei 9.268/96), casos em que se aplica as normas relativas à dívida da
fazenda Pública, inclusive, no que tange a prescrição, que se dá em caráter
tributário em 5 anos, e as causas interruptivas e suspensivas são também
aquelas da legislação tributária.
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(pretensão punitiva e executória) devem tomar por base o montante máximo da
pena em abstrato.
Quanto à medida ao semi-inimputáveis, na há dificuldade, nesse sentido,
o art. 98 do Código penal estabelece que o juiz condena o réu, aplica pena
privativa de liberdade (diminuída de 1/3 a 2/3 em razão da perturbação mental)
e em seguida substitui pela medida de segurança. Desse modo, é com base no
montante da pena aplicada na sentença que é feito o calculo, embora seja a
MS aplicada por tempo indeterminado, com prazo mínimo entre 1 a 3 anos.
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Crime contra a Segurança Nacional - (art. 6 e 7 LSN nº 7.170/83) aplicam-se,
quanto à prescrição, os critérios adotados no Código Penal Militar, que tem
procedimento próprio.
Nas hipóteses dos artigos 109 e 110 do Código Penal, então, é possível
imaginar um quadro resumido para melhor entendimento da prescrição
retroativa, antes e depois da Lei n.º 12.234/10:
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BIBLIOGRAFIA
BÁSICA
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
1. COSTA, Álvaro Mayrink da. Direito Penal: parte geral. Rio de Janeiro:
Forense, 20001.
2. CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal. São Paulo: Saraiva, 2002.
3. NORONHA, E, Magalhães. Direito Penal. São Paulo; Saraiva, 2001.
PRADO, Luiz Regis, Curso de direito penal / Luiz Regis Prado, Érika
mendrvalho, Gisele mendes de Carvalho. – 14ª ed.. ver. Atual. E ampl. – São
Paulo editora revista dos tribunais 2015.
https://canalcienciascriminais.com.br/exame-criminologico-entenda/
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