Professional Documents
Culture Documents
BAHIA
PROCESSO Nº 0079632-43.2012.8.05.0001
CLASSE: RECURSO INOMINADO
RECORRENTES: COELBA – COMPANHIA DE ELETRICIDADE DO ESTADO DA
BAHIA E ARAILDES RODRIGUES SANTANA
RECORRIDOS: OS MESMOS
JUIZ PROLATOR: JOÃO BATISTA ALCÂNTARA FILHO
JUIZ RELATOR: ROSALVO AUGUSTO VIEIRA DA SILVA
EMENTA
VOTO
2
seguindo entendimento da jurisprudência1, o qual sofreu abalo pelo julgamento do REsp
903258, por não ter efeito vinculante, não tendo o voto da Ministra Maria Isabel Gallotti
pacificado o assunto nem mesmo na ocasião do julgamento pela 4ª Turma do STJ, onde o
Ministro Luis Felipe Salomão votou divergente.
PROCESSO Nº 0079632-43.2012.8.05.0001
CLASSE: RECURSO INOMINADO
RECORRENTES: COELBA – COMPANHIA DE ELETRICIDADE DO ESTADO DA
BAHIA E ARAILDES RODRIGUES SANTANA
RECORRIDOS: OS MESMOS
JUIZ PROLATOR: JOÃO BATISTA ALCÂNTARA FILHO
JUIZ RELATOR: ROSALVO AUGUSTO VIEIRA DA SILVA
EMENTA
– RESONSABILIDADE CIVIL – ATO ILÍCITO – DANO MORAL – INDENIZAÇÃO MANTIDA – JUROS MORATÓRIOS
– INCIDÊNCIA DESDE A CITAÇÃO INICIAL – CORREÇÃO MONETÁRIA – DEVIDA DESDE A CONDENAÇÃO – RECURSO
PARCIALMENTE PROVIDO – DECISÃO UNÂNIME – 1) Configurada a responsabilidade da apelante pelo dano moral sofrido pelos
autores, justo é o direito a indenização. Valor fixado dentro dos princípios da eqüidade, da proporcionalidade e razoabilidade, quando então
foi sopesada a capacidade econômica do responsável, a culpa do agente e a extensão danosa. 2) Nos termos do art. 405 do Código Civil, os
juros moratórios devem incidir a partir do momento da citação inicial. 3) O marco inicial da fluência da correção monetária é a data da
decisão condenatória. Jurisprudência do STJ. (TJPE – AC 119429-6 – Rel. Des. Jovaldo Nunes Gomes – DJPE 19.01.2008)
– PROCESSUAL CIVIL – CDC – DANOS MORAIS – INSCRIÇÃO – SERASA – PRÉVIA COMUNICAÇÃO AO
DEVEDOR – ART. 43, § 2º, DO CDC – CORREÇÃO MONETÁRIA – TERMO INICIAL – RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO –
1. É indevida a negativação, pelo banco de dados cadastrais, na ausência de prévia e expressa notificação do consumidor, tal qual
determina o § 2º, artigo 43, do CDC, ainda que a captação das informações ocorra junto ao cartório de protesto. 2. O dano moral, ao
contrário do material, não reclama prova específica do prejuízo, vez que este decorre do próprio fato. Exige-se apenas a demonstração do
ato/fato gerador dos sentimentos que o ensejam. 3. A verba indenizatória deve ser fixada em montante suficiente a inibir o malefício,
levando-se em conta a moderação e prudência do juiz, segundo o critério de razoabilidade, para evitar o enriquecimento sem causa e a
ruína do réu, em observância, ainda, às situações das partes, pressupostos in casu observados pela decisão monocrática na fixação do
quantum debeatur. 4. Nos casos de indenização por danos morais, a jurisprudência é pacífica no sentido de que a correção monetária deve
incidir a partir da sentença e os juros de mora a partir da citação. 5. Recurso parcialmente provido. (TJDFT – APC 20060110132340 – 4ª
T.Cív. – Rel. Des. Sandoval Oliveira – DJU 07.12.2006 – p. 185)
3
REFATURAMENTO COM BASE EM MÉDIA DE CONSUMO
ANTERIOR, FIRMANDO AINDA CONDENAÇÃO PELOS DANOS
MORAIS CONFIGURADOS. ARBITRAMENTO EM VALOR
RECONHECIDAMENTE MÓDICO. NÃO PROVIMENTO DO
RECURSO DA CONCESSIONÁRIA. PROVIMENTO PARCIAL DO
RECURSO DA CONSUMIDORA PARA MAJORAR O QUANTUM
DA INDENIZAÇÃO, RESPEITANDO-SE, ASSIM, OS PRINCÍPIOS
DA PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE.
ACÓRDÃO
– RESONSABILIDADE CIVIL – ATO ILÍCITO – DANO MORAL – INDENIZAÇÃO MANTIDA – JUROS MORATÓRIOS
– INCIDÊNCIA DESDE A CITAÇÃO INICIAL – CORREÇÃO MONETÁRIA – DEVIDA DESDE A CONDENAÇÃO – RECURSO
PARCIALMENTE PROVIDO – DECISÃO UNÂNIME – 1) Configurada a responsabilidade da apelante pelo dano moral sofrido pelos
autores, justo é o direito a indenização. Valor fixado dentro dos princípios da eqüidade, da proporcionalidade e razoabilidade, quando então
foi sopesada a capacidade econômica do responsável, a culpa do agente e a extensão danosa. 2) Nos termos do art. 405 do Código Civil, os
juros moratórios devem incidir a partir do momento da citação inicial. 3) O marco inicial da fluência da correção monetária é a data da
decisão condenatória. Jurisprudência do STJ. (TJPE – AC 119429-6 – Rel. Des. Jovaldo Nunes Gomes – DJPE 19.01.2008)
– PROCESSUAL CIVIL – CDC – DANOS MORAIS – INSCRIÇÃO – SERASA – PRÉVIA COMUNICAÇÃO AO
DEVEDOR – ART. 43, § 2º, DO CDC – CORREÇÃO MONETÁRIA – TERMO INICIAL – RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO –
1. É indevida a negativação, pelo banco de dados cadastrais, na ausência de prévia e expressa notificação do consumidor, tal qual
determina o § 2º, artigo 43, do CDC, ainda que a captação das informações ocorra junto ao cartório de protesto. 2. O dano moral, ao
contrário do material, não reclama prova específica do prejuízo, vez que este decorre do próprio fato. Exige-se apenas a demonstração do
ato/fato gerador dos sentimentos que o ensejam. 3. A verba indenizatória deve ser fixada em montante suficiente a inibir o malefício,
levando-se em conta a moderação e prudência do juiz, segundo o critério de razoabilidade, para evitar o enriquecimento sem causa e a
ruína do réu, em observância, ainda, às situações das partes, pressupostos in casu observados pela decisão monocrática na fixação do
quantum debeatur. 4. Nos casos de indenização por danos morais, a jurisprudência é pacífica no sentido de que a correção monetária deve
incidir a partir da sentença e os juros de mora a partir da citação. 5. Recurso parcialmente provido. (TJDFT – APC 20060110132340 – 4ª
T.Cív. – Rel. Des. Sandoval Oliveira – DJU 07.12.2006 – p. 185)
4
JUIZ WALTER AMÉRICO CALDAS
Presidente