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SERAFIM – ASSESSORIA & CONSULTORIA JURÍDICA

MARCELO SERAFIM DE SOUZA - OAB/ES 18.472


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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA ÚNICA DA COMARCA DE


FUNDÃO-ES.

ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA

ANA VITÓRIA PIRES RIBEIRO, brasileiro, nascido em 19 de agosto de 2015, menor impúbere,
representada por sua genitora GISELLE PIRES FRANCISCO, brasileira, solteira, do lar, portadora
da Carteira de Identidade RG nº 3.748.987 SPTC/ES, inscrita no CPF/MF sob o nº 168.645.547-
08, residente e domiciliada na Rua dos Crisantemos, nº 49, bairro Santo Antônio, Fundão/ES,
CEP: 29185-000, por seu advogado signatário, com escritório descrito no rodapé da página, onde
recebe as intimações e notificações de praxe, vêm com todo o acato e respeito à honrada
presença de V. Exa., ajuizar a presente

AÇÃO DE ALIMENTOS C/C PEDIDO DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS

em face de ERICK DANIEL RIBEIRO, brasileiro, solteiro, residente e domiciliado na Escadaria


Projetada, s/nº, bairro Orly Ramos, Fundão – ES, trabalhando atualmente na Columbia
Tecnologia Em Petróleo E Serviços SA, inscrita no CNPJ sob o nº 00.691.219/0004-27, situada na
Avenida Florêncio Simoura, nº 2001, bairro São Jose, Fundão/ES, CEP: 29185-000, em razão dos
seguintes fatos e fundamentos:

Rua Constante Sodré, nº 220 Vitória/ES www.marceloserafim.jud.adv.br


Sala 403, Bairro: Santa Lúcia 3022-1841 / 99778-6930 marceloserafim.adv@gmail.com
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PRELIMINARMENTE
Ab initio, impende ressaltar que, a autora da presente ação pede, que seja concedido à mesma
os Benefícios da Justiça Gratuita, haja vista não ter condições econômicas e/ou financeiras de
arcar com as custas processuais e demais despesas aplicáveis á espécie, honorários advocatícios,
sem prejuízo próprio ou de sua família, nos termos de expressa declaração de hipossuficiente,
na forma do artigo 4º, da Lei nº 1.060, de 05 de fevereiro de 1950, e art. 1º da Lei nº 7.115/83.

Haja vista, estar sendo assistida neste momento por defensor dativo, pois ausente defensoria
pública nesta Comarca e mm. Vara, bem como faz juntada neste ato de Declaração de
hipossuficiente em anexo.

I. DO DEFERIMENTO DE HONORÁRIOS DE DEFENSOR DATIVO, TENDO EM VISTA A AUSÊNCIA


DE DEFENSORIA PÚBLICA NESTA COMARCA E MM. VARA
Ab ovo, cumpre ressaltar que, no momento em que a genitora da autora teve acesso à este
causídico subscritor, sua intenção era a de ser assistida pela Defensoria Pública, haja vista, não
possui recursos de arcar com as custas e despesas processuais e honorárias, conforme
demonstrado na Declaração de Hipossuficiência que segue em anexo.

Todavia, tendo em vista a ausência de defensoria pública nesta Comarca e mm. Vara, o que tem
causado diversos suplícios e flagelos à população de Fundão, este causídico subscritor pugna,
seja lhe deferido honorários de defensor dativo a ser arbitrado por este douto juízo, em atenção
aos trabalhos a serem prestados por este nos autos que se formarão com a presente peça de
ingresso.

II. DOS FATOS


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A requerente é filha das partes ora litigantes, contando com apenas 1 (um) mês de vida
atualmente.
Quadra registrar que a mesma vive com sua mãe, que é quem lhe garante a subsistência,
provendo todo o cuidado e assistência à mesma. Sendo auxiliada por parentes próximos, nesta
árdua tarefa.

Insta consignar que o requerido trabalha na empresa Columbia Tecnologia Em Petróleo E


Serviços AS, conforme descrito na qualificação da presente exordial.

Todavia, ainda na gestação, abandonou a autora, bem como sua genitora, que teve que
despender com muito esforço o enxoval da autora.

E até a presente data sequer o requerido teve a capacidade de visitar a autora, muito menos
Exa., de inquirir de sua genitora, quais as necessidades básicas da autora, no afã de cumprir seu
papel de pai.

Pelo contrário, até a presente data, a autora não recebeu nenhum amparo ou sustento por parte
do requerido, não lhe restando outra alternativa, senão provocar o judiciário, para ver-se
amparada pelo requerido ainda que por decisão judicial.

Não Assim, apenas com a fixação judicial dos alimentos, poderá atender ao menos as
necessidades alimentares da requerente, visto também cabe ao Pai a dita obrigação, conforme
afirmado alhures. Aliás, que decorre da Lei e da moral.

Enfim o sustento da autora se tornou impossível apenas para ser arcado por sua genitora, razão
pela qual se faz necessária a condenação do requerido para o pagamento da pensão alimentícia.

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No montante referente a 30% sobre os ganhos que o tal tem com o seu trabalho na empresa
supramencionada, para que lhe seja garantida sua subsistência.
III. DO DIREITO
A nossa Constituição Federal, em seu artigo 229, tem o seguinte teor “Os pais têm o dever de
assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar
os pais na velhice, carência ou enfermidade”.

Já o artigo 1.634, inciso I, do Código Civil fala que “a criação e a educação dos filhos menores
compete aos pais”, o Estatuto da Criança e do Adolescente Lei 8.069/90, em seu artigo 22 fala o
seguinte:
Art. 22. Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos
filhos menores, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de
cumprir e fazer cumprir as determinações judiciais.

Como verificado compete também ao requerido, promover a subsistência da autora, algo que
não vem ocorrendo no caso citado, antes posto que apenas sua genitora, conforme alhures
afirmado é quem vem mantendo o sustento da autora com a ajuda e auxílio de parentes
próximos.

A grande Doutrinadora Maria Helena Diniz no seu Livro “Curso de Direito Civil Brasileiro, 5. Vol.,
18. Ed., São Paulo: Saraiva, 2003, p. 467 diz que:
O fundamento desta obrigação de prestar alimentos é o princípio da
preservação da dignidade da pessoa humana (CF, art. 1º, III) e o da
solidariedade familiar, pois vem a ser um dever personalíssimo, devido
pelo alimentante, em razão do parentesco que o liga ao alimentado.

Podemos aqui citar o referente artigo 1.694, no seu caput, do Código Civil, subscreve que:
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Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os


alimentos de que necessitarem para viver de modo compatível com a sua
condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação.

O requerido mesmo percebendo remuneração mensal através de seu trabalho na empresa suso
descrita, tem mais que obrigação de colaborar com o sustento da autora, em algo tão essencial
que é a alimentação, senão dever moral também.
A ação de alimentos é disciplinada pela Lei 5.478/68 em seu artigo 2º, tem algo que não
poderíamos deixar de citar que diz que o credor de alimentos, exporá suas necessidades,
provando apenas, o parentesco ou a obrigação de alimentar ao devedor.

Assim resta mais que provado, que o pai tem o dever de prestar alimentos não podendo se
escusar sobre tal dever em nenhuma hipótese.

Diante do que aqui ficou exposto, não resta outro meio à requerente senão buscar através da
presente ação de alimentos a prestação jurisdicional, a fim de proteger seus direitos.

Pelos fatos em questão, se faz necessário que Vossa Excelência estabeleça um valor de no
mínimo 30% sobre os ganhos do mesmo, para garantir a integridade essencial da autora.

IV. DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS


O famoso artigo 4.º da Lei 5.478/68 Lei de Alimentos fala que: “Ao despachar o pedido, o juiz
fixará desde logo alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o credor
expressamente declarar que deles não necessita”.

Visto que e de extrema necessidade a alimentação da requerente, de verão de máxima vênia,


ser fixados imediatamente os alimentos provisórios.
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V. DOS PEDIDOS
1. Diante dos fatos e fundamentos jurídicos, acima dispostos sobre a necessidade de
subsistência da autora, requer a Vossa Excelência a concessão de liminar, de alimentos
provisórios em favor desta, com a fixação de 30% sobre os ganhos do requerido, que
atualmente trabalha na Columbia Tecnologia Em Petróleo E Serviços SA, inscrita no CNPJ
sob o nº 00.691.219/0004-27, situada na Avenida Florêncio Simoura, nº 2001, bairro São
Jose, Fundão/ES, CEP: 29185-000, a ser descontado em seu hollerith/contracheque.
2. Que seja feita a citação do requerido, no endereço indicado no preâmbulo desta peça
vestibular, para, querendo, contestar aos termos da presente demanda no prazo legal,
sob pena de revelia, confissão e demais cominações legais (CPC art. 285 e art. 319) e ao
final, seja esta, julgada procedente a respectiva ação, para determinar a concessão dos
alimentos provisórios.
3. A manifestação na ação, do ilustre Representante do Ministério Público que atua nessa
Vara.
4. A condenação do requerido para pagar no mínimo, 30%, sobre os seus respectivos
ganhos, assim cumprindo o seu papel como pai que e garantir uma vida digna para a
autora.
5. Que Seja concedido a requerente os Benefícios da Justiça Gratuita, haja vista não ter
condições econômicas e/ou financeiras de arcar com as custas processuais e demais
despesas aplicáveis á espécie, honorários advocatícios, sem prejuízo próprio ou de sua
família, nos termos de expressa declaração de hipossuficiente, na forma do artigo 4º, da
Lei nº 1.060, de 05 de fevereiro de 1950, e art. 1º da Lei nº 7.115/83.
6. Tendo em vista a ausência de defensoria pública nesta Comarca e mm. Vara, o que tem
causado diversos suplícios e flagelos à população de Fundão, seja deferido a este
causídico subscritor, honorários de defensor dativo a ser arbitrado por este douto juízo,

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em atenção aos trabalhos a serem prestados por este nos autos que se formarão com a
presente peça de ingresso.

7. Sejam deferidos todos meios de provas em direito admitidos, inclusive os moralmente


legítimos que não estão previstos no Código de Processo Civil, mas hábeis a provar a
verdade dos fatos em que se funda a presente demanda (CPC, art. 332);

Dá-se a causa o valor de 5.000,00 (cinco mil reais)

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