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Estudo de Corrosao Das Armaduras
Estudo de Corrosao Das Armaduras
Abstract
The corrosion of steel reinforcement is one of the most critical problems of the structures of
concrete and could severely undermine their security and ability to service. The main factors
that cause the corrosion is the environment, which is embedded in the structure of concrete
cover inadequate. Thus, the professional engineering, increasingly, have been concerned with
the problem of corrosion of steel reinforcement of the structures of concrete. Among the main
initiators of the process corrosive agents are carbonation of concrete and aggressive entry of
ions such as chloride ions. This study aims to assess the overall effect of carbonation
accelerated and the inclusion of 3% chloride ion in cement mass proportion the
electrochemical properties of the steel reinforcement in concrete. The concrete specimens were
made with cement CP II F-32, water/cement ratio was 0.7, with dimensions of the 20 x 30 x 6
cm, concrete cover of 2.5 cm and central armature of steel CA-50 to 10 mm in diameter. For
the realization of electrochemical testing has been the use of the equipment GECOR 6, to
measure corrosion potential (Ecorr), corrosion current (icorr) and ohmic resistance (Rohm). In the
present paper, can be observed that the carbonation led to the record of the highest values of the
icorr. For measures of Ecorr observed that in the samples with chlorides, they indicated that in the
case of high levels of the ion, corrosion could be possible, even in an environment of low
relative humidity, because of its effect hygroscopic. For the ohmic resistance it was found that
it was mainly influenced by moisture contained in the pores of the concrete.
Resumo
A corrosão das armaduras é um dos problemas mais críticos das estruturas de concreto,
podendo comprometer severamente a sua segurança e capacidade de serviço. Os principais
fatores que provocam a corrosão são o meio ambiente, o qual a estrutura está inserida e o
cobrimento inadequado de concreto. Desta forma, os profissionais de engenharia, cada vez
mais, têm se preocupado com o problema da corrosão nas armaduras das estruturas de concreto
armado. Dentre os principais agentes iniciadores do processo corrosivo estão a carbonatação do
concreto e a entrada de íons agressivos, tais como os íons cloretos. Este trabalho tem como
objetivo geral avaliar a influência da carbonatação acelerada e a inclusão de íons cloretos (3%
massa) em relação à massa de cimento nas propriedades eletroquímicas da armadura do
concreto. Os corpos-de-prova foram confeccionados com cimento CP II F-32, relação a/c de
0,7 com dimensões de 20 x 30 x 6 cm, cobrimento de 2,5 cm e armadura central de aço CA-50
de 10 mm de diâmetro. Para a realização dos ensaios eletroquímicos fez-se o uso do
equipamento GECOR 6, para medir potencial de corrosão (E corr), velocidade de corrosão (icorr) e
resistência ôhmica (Rohm). Na presente pesquisa pode-se observar que a carbonatação levou ao
registro dos mais elevados valores de velocidade de corrosão. Para as medidas de potenciais de
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Mestranda, Escola de Engenharia Civil, UFG, Bolsista CNPq (cecigirlbr@yahoo.com.br).
2 Mestranda, Escola de Engenharia Civil, UFG, Bolsista CNPq (danubiaeng@yahoo.com.br).
3 Mestrando, Escola de Engenharia Civil, UFG, (danilo@etfto.gov.br).
4 Doutor, Professor, Escola de Engenharia Civil, UFG (epazini@eec.ufg.br ).
5 Mestrando, Escola de Engenharia Civil, UFG, Bolsista CAPES (mariosjs2@yahoo.com.br).
6 Mestranda, Escola de Engenharia Civil, UFG, Bolsista CNPq (eng_renata@yahoo.com.br).
7 Mestrando, Escola de Engenharia Civil, UFG, Bolsista CAPES (tiagocouto@bol.com.br).
corrosão observou-se que nas amostras com cloretos, estas indicaram que no caso de altos
teores deste íon, a corrosão poderia ser possível, mesmo em ambiente de baixa umidade
relativa, devido ao seu efeito higroscópico. Para a resistência ôhmica verificou-se que ela foi
essencialmente influenciada pela umidade contida nos poros do concreto.
2. Metodologia
3. Resultados e Discussão
-2-
A Figura 1 mostra as medidas de potencial de corrosão para os corpos-de-prova com adição de
cloretos, referência e carbonatado. Pode-se verificar que para os corpos-de-prova com a adição
de 3% de cloretos em relação à massa de cimento não houve a formação da película de
passivação, registrando-se alta probabilidade de ocorrência de corrosão já nas primeiras leituras
dos parâmetros eletroquímicos. Independentemente do tipo de cimento que possa ser utilizado,
este teor de cloretos ocasiona probabilidades altas de ocorrência de corrosão. Até os 10 dias, o
potencial encontrava-se na faixa de 95% de probabilidade de ocorrência de corrosão com uma
velocidade muito elevada. O mesmo permaneceu em zona de incerteza de corrosão entre o 30º
e 42º dia e nesta mesma zona a partir do 52º dia até o 66º dia. O corpo-de-prova com cloretos
apresentaram uma baixa probabilidade de ocorrência de corrosão no 53º dia o que coincidiu
com o período de baixa umidade relativa do ambiente. Para o concreto de referência, registrou-
se, no início das medidas, valores que caracterizavam a corrosão superficial do aço devido à
formação da película de passivação. Entretanto, após este período, o potencial indicava
probabilidade de ocorrência de corrosão inferior a 5%, podendo-se afirmar que a armadura não
corroeu-se ativamente durante o tempo de duração do ensaio. Já para as amostras carbonatadas,
depois de 16 dias dentro da câmara de carbonatação, os valores medidos já mostravam
potenciais de corrosão que oscilavam entre a zona de incerteza e a de alta probabilidade de
corrosão. A velocidade de corrosão aumentou quando os corpos-de-prova carbonatados e com
cloretos foram para a câmara úmida, devido à presença de água e conseqüente diminuição da
resistividade do eletrólito (concreto).
200
Potencial de corrosão (mV)
100
0
-100
-200
-300
-400
-500
-600
-700
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80
Tempo (dias)
-3-
Resistência ôhmica x Tempo
400
Resistência ôhmica
300
(KΩ)
200
100
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80
Tempo (dias)
10
1
((μA/cm²))
0,1
0,01
0,001
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80
Tempo (dias)
-4-
Conclusões
- As medidas de potenciais de corrosão nas amostras com cloretos indicaram que no caso de
altos teores deste íon, a corrosão pode ser possível, mesmo em ambiente de baixa umidade
relativa, devido ao efeito higroscópico.
- As velocidades de corrosão máximas ocorreram em concretos com elevados conteúdos de
umidade, porém não-saturados.
- A umidade relativa é um fator controlador da taxa de corrosão.
- Para que a velocidade de corrosão atingisse velocidades significativas foi necessária à
difusão de oxigênio e umidade concomitantemente.
- A carbonatação levou ao registro dos mais elevados valores de velocidade de corrosão. No
entanto, vale lembrar que a corrosão por cloretos se dá pela formação de pites e que os valores
de icorr, poderiam ser multiplicados por até 100 (12), o que aumentaria em muito os valores
registrados.
- A resistência ôhmica foi influenciada pela umidade contida nos poros do concreto sendo,
portanto, parâmetro de controle da velocidade de corrosão do aço no concreto.
- Quando o concreto encontrava-se em ambiente seco possuía uma alta resistividade,
dificultando a mobilidade dos íons; À medida que a sua umidade interna aumentava, a
resistência ôhmica ia diminuindo e o processo de corrosão poderia desenvolver-se, caso a
armadura estivesse despassivada pela carbonatação ou pelos cloretos.
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