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Dezembro

2017

Taxalert
Congresso americano
aprova reforma tributária
de Trump
Nesta quarta-feira (20.12.2017), o Tax Cuts and Jobs Act (H.R.1), que trata das
medidas da reforma tributária americana, foi aprovado em votação final no
Congresso americano. Dentre as principais alterações, vale destacar o seguinte:

TRIBUTAÇÃO INTERNA

• Alíquota de Imposto de Renda – A partir de 01.01.2018, a alíquota nominal do


imposto de renda de pessoas jurídicas passará a ser 21%.
• Regime Alternativo de apuração mínima de Imposto de Renda (Corporate
Alternative Minimum Tax – AMT) – O regime alternativo de apuração do imposto
de renda mínimo deixa de existir. Contudo, aqueles que já possuem saldo de
créditos relacionados ao AMT poderão utilizá-los para compensar imposto devido
ou requerer sua restituição, desde que algumas condições sejam observadas.
• Dedução de Dividendos Recebidos – O limite de dedução de valores recebidos a
título de dividendos foi reduzido de 70% para 50%, quando oriundos de
investimentos não qualificados como pequenas empresas ou quando enquadrados
na categoria de “qualifying dividends”, e de 80% para 65% nos casos de
investimentos cuja participação do investidor americano seja superior a 20%.
• Despesas Dedutíveis – O bônus de depreciação foi aumentado de 50% para 100%
para propriedades classificadas como “qualified property”, desde que se observem
algumas condições temporais. O referido bônus, contudo, será reduzido
gradativamente a partir de 2023 (20% por ano).
• Limitações de Dedução de Juros – Despesas de juros cujo valor líquido exceda
30% do lucro tributável ajustado (adjusted taxable income - ATI) não serão mais
dedutíveis. Para os 4 primeiros anos, o ATI deverá ser apurado sem considerar
valores de depreciação, amortização e exaustão. A partir de 2022 tais despesas
passarão a ser consideradas em sua apuração, de forma que o ATI corresponderá
ao EBIT.
• Prejuízos Acumulados – Para prejuízos gerados a partir de 2017, o limite de
dedução será de até 80% da base tributável. A previsão que dispõe sobre a
possibilidade de utilizar prejuízos retroativos não será mais válida. Exceções
existirão.
• Despesas com P&E – como regra, despesas com pesquisa e experimentos (P&E)
poderão ser amortizadas em até 5 anos. Excepcionalmente, para P&E conduzidos
fora do território americano, tal prazo será de 15 anos. Créditos com pesquisa e
desenvolvimento (P&D) não devem ser afetados.
TRIBUTAÇÃO INTERNACIONAL

• Isenção para Dividendos Recebidos do Exterior


 Dividendos recebidos de um investimento estrangeiro (desde que não seja
uma empresa coligada com renda passiva – Passive Foreign Income
Corporation - “PFIC”), cuja participação seja de ao menos 10%, passarão a
ser isentos, desde que algumas condições sejam observadas.
 Dentre elas, pode-se citar: o investimento deve ser detido por mais de 1
ano e o valor pago a título de dividendos não pode ser dedutível para a
empresa que o estiver distribuindo.
 Esta mesma isenção poderá ser aplicada ao ganho na venda de ações
estrangeiras, desde que algumas condições sejam observadas.
• Tributação de Renda Estrangeira Diferida
 A renda diferida auferida entre 1986 e 2017 por empresa estrangeira,
cujo investimento americano corresponda a pelo menos 10% de seu
capital, passará a se sujeitar a uma tributação transitória à alíquota de
15,5% (para os valores detidos em caixa, equivalentes de caixa ou certos
ativos de curto prazo) ou 8% (para os valores detidos em ativos de longo
prazo – imóveis, plantas e equipamentos).
 Prejuízos acumulados auferidos a partir de 1986 poderão ser
Dezembro compensados com lucros de outros investimentos estrangeiros.
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 Tal tributação transitória poderá ser paga em até 8 anos.
 Para empresas que se tornem expatriadas nos 10 primeiros anos após a
implementação da reforma tributária americana, será imposto um tributo
de repatriação presumida de 35%, sem a possibilidade de utilização de
crédito de imposto pago no exterior.
• Regras Anti-Erosão da Base Tributária Externa
 “The Stick” – A receita bruta global decorrente da exploração de
intangíveis sujeita a baixa tributação (global intagible low-taxed income -
GILTI) que exceda os rendimentos extraordinários de ativos depreciáveis,
não relacionados a effectively connected income (ECI), controladas
estrangeiras, high-taxed income, dividendos de partes relacionadas e
extração de óleo e gás, sujeitar-se-á a uma tributação especial.
Observadas as peculiaridades de sua apuração, para o período de 2018 a
2025, a alíquota efetiva máxima deverá corresponder a 10,5%; de 2026
em diante, a alíquota efetiva será de 13,125%.
 “The Carrot” – Criação de incentivo fiscal para renda oriunda da
exploração de ativos intangíveis americanos no exterior. Assim, de 2018 a
2025, a alíquota efetiva à qual este tipo de renda se sujeita será de
13,125%; a partir de 2026, esta passará a ser 16,406%.
 Estruturas híbridas – Qualquer valor pago a empresas híbridas, ou em
decorrência de uma transação híbrida, em relação à qual a jurisdição
destinatária trate a renda de forma diferente daquela que os EUA
adotariam, não será dedutível para fins tributários americanos.
 Regras de inversão para “qualified dividends” – Pessoas físicas não
estarão autorizadas a aplicar alíquotas reduzidas em relação a dividendos
recebidos de empresas que deixem de ser controladoras de um grupo
societário para se tornar entidades substitutas.
• Regras Anti-Erosão da Base Tributária Interna
 Para fins de apuração do imposto devido, empresas americanas não
poderão mais deduzir pagamentos realizados a partes relacionadas,
quando estes sejam considerados como causadores de erosão da base
tributária. Custo das vendas, alguns valores pagos por serviços e certos
valores qualificados para derivativos não serão considerados como
pagamentos que promovem a erosão da base tributária.
 10% (5% para casos específicos) do lucro tributário ajustado de uma
empresa sobre sua obrigação fiscal normal para o ano (líquida de ajustes
realizados por créditos tributários permitidos) constituirá o imposto
mínimo devido por erosão da base tributária. A partir de 31 de dezembro
de 2025, essa alíquota seria elevada de 10% para 12,5%.
 Esta medida será aplicável a companhias sujeitas à tributação da renda
nos EUA, com receitas médias anuais superiores a 500 milhões de dólares,
e que tenham deduções de 3% (2% no caso de instituições financeiras) ou
mais do total de suas deduções derivadas de pagamentos realizados a
partes relacionadas (“pagamentos que promovem a erosão da base
tributária”).
 As alíquotas para certas instituições financeiras serão 1% superiores às
descritas acima.

SEGUROS
• Foram aprovadas medidas que modificarão as regras aplicáveis a empresas de
serviços financeiros, seguros de vida e seguros patrimoniais.

ENERGIA
• Muitos dos ajustes aprovados focaram em incentivos para a indústria de óleo e gás
(O&G) e energia renovável.

MÉTODOS CONTÁBEIS
• Apesar de a reforma dos métodos contábeis ser em grande medida benéfica aos
Dezembro contribuintes, ela se limita em parte principalmente a pequenas empresas.
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IMPOSTO DE RENDA DE PESSOAS FÍSICAS
• Para pessoas físicas, embora diversas deduções, isenções e créditos tenham sido
eliminados, os incentivos ficais para juros de hipotecas e contribuições
filantrópicas foram mantidos (com algumas modificações). Deduções estaduais e
locais também foram eliminadas, com exceção dos impostos sobre imóveis e renda
(ou venda) de até 10 mil dólares.
• A maior parte das medidas focadas em pessoas físicas será aplicável a partir de
2026, mas poderão eventualmente ser estendida pelo Congresso no futuro.
• Alíquotas – As alíquotas de imposto de renda de pessoas físicas foram revisadas.

Contatos

Tatiana Ponte | Sócia-líder de Tax Brasil - São Paulo


tatiana.ponte@br.ey.com • + 55 11 2573 3773
Sergio Fontenelle | Sócio-líder de Indirect Tax –São Paulo
sergio.fontenelle@br.ey.com • + 55 11 2573 3857
Gil Mendes | Sócio-líder de International Tax Services - São Paulo
gil.f.mendes@br.ey.com • + 55 11 2573 5753
Alexandre Hoeppers | Sócio-líder de Global Compliance & Reporting – São Paulo
alexandre.hoeppers@br.ey.com • + 55 11 2573 3061
Carlos Alberto Antonaglia | Sócio-líder de People Advisory Services – São Paulo
carlos.a.antonaglia@br.ey.com • + 55 11 2573 3072
Frederico H. God | Sócio-líder de Business Tax Services - São Paulo
frederico.h.god@br.ey.com • + 55 11 2573 4495
Katherine S. Pinzón | Sócia-líder de TransferPricing - São Paulo
katherine.pinzon1@br.ey.com • + 55 11 2573 3794
Orlando Veloci | Sócio-líder de Transaction Tax - São Paulo
orlando.veloci@br.ey.com • + 55 11 2573 3583
Ronaldo Marsolla | Sócio de Tax – Campinas
ronaldo.marsolla@br.ey.com • +55 19 3322 0553
Waine Peron | Sócio de Tax - Belo Horizonte e Goiânia
waine.peron@br.ey.com • +55 31 3232 2104
Ricardo Gomes | Sócio de Tax - Rio de Janeiro
ricardo.gomes@br.ey.com • +55 21 3263 7209
Maria do Carmo Leocadio | Sócia de Tax – Recife
maria.c.leocadio@br.ey.com • +55 81 3201 4801
Bergson Pereira | Sócio de Tax – Fortaleza
bergson.pereira@br.ey.com • +55 85 3392 5648
Rodrigo A Silva | Diretor de Tax – Curitiba
rodrigo.a.silva@br.ey.com • +55 41 3593 0706
Andre Sancho | Sócio de Tax – Porto Alegre
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Gustavo Carmona Sanches | Diretor executivo de International Tax – São Paulo
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