histéria local e
Imagens da China
fontes graficas para os azulejos
do Palacio do Sobralinho
or Anni Cals Mangus
rsp Tacs rag rear da Sea
fo Coue dedrta delat
‘ima reconstrugo da nobre Quinta do
A Sobralinho, realizada entre 08 anos de
1955 e 1963, foi acompanhada pela
aquisigioe integrago de uma importante colegio
de azulejos. Embora proveniente de diversas ef
ios, 0 conjunto apresenta uma assinalvelcoerén-
cia, em parte devido&eriteriosaseleego dos exem-
plaes, na maior produzidos em Lisboa na segunda
‘metade do sc. XVIM. Em vez de optaem por uma,
colecso de pangs isolados, os novos proprietirios
do Sobralinho esforgaram-se por adquirr a série
completa, com o propésito de reconstruir uma arqui-
‘ecturaaristerétca ¢recriar um ambiente seteces-
tista, sob @ direogio do arquitecto Lafs Possolo
Riseano 1996: 69).
CContinuando a frutuosecolaboraso com a C8
‘mara Municipal de Vila Franca de Xia, o Centro de
Arqueologia de Almada, a exemplo do sucedido em
relago ao espatio da Quinta de Nossa Senhora da
Piedade, foi convidado a realizar 0 invenitio desta
coleego que integra, actualmente,o ncleo sede da
‘Museu Municipal
(0s pains de azulejos com cena chinesas, qua-
dros galants, eagadas easpectos da vida quotidina
Aistribuidos pelos bancos floreires do terago da
entrada, bem como pelo terago superior, ao lado da
piscina, constituem o conjunto emblemtico do palé-
cio, e foram infelizmentetransferidos dos apraiveis
temtagos suspensos do Pulécio Pombal, & Rua das
Janelas Verdes, n° 37, em Lisboa. Como é frequente
‘corre em punts aplicads no exterior, operas
de remogo destes exemplares do suport original
no fi bem sucedid, provocando um sem niimero
de fracturas e Tacunas, e, por esta razo, 0 conjunto
necesita, akém de uma intervened derestauro acu
tw prazo, de um programa rigoroso de manutengo e
scompanhamento do seu estado de conservaco,
A nica meméria desses paingis, ainda no local
‘original de aplicazi, & curta descrigfo do histora-
dor Santos Sises (1979; 263), no seu estudo dedi-
cado& azalejaria do séeulo XVII:
“Nos terracos, jardin, muros baixes, bancos,
tc, form & de aeulejospelicromes com motivos
diversos: passaros, cenas pitorescas de cagadas,
‘musica, marimas echinesices muito curiasas
(Quando, em 1968, a Cimara Municipal de Lis-
boa adquite 0 Palacete Porbal, és azuleos do ter
ago haviam sido removidos,e se Irisalva Moita no
0s pide deserever na breve monografa ddicada a0
eaificio, nio se esquece, porém, de’ mencionar que
parte dos azulejos haviam sido vendidos & Fundagao
Ricardo Espirito Santo (Morr 1969: 9). Essasinfor-
‘mages levaram-nos a uma vista 80 local, confit-
‘mando as medidas origina das apicagdes ¢ cons-
tatando a presenga de alguns fragments de azulejos
esponjados a manganés e a amarelo, ue cortespon-
dem ao rodapé ¢ a0 fund marméreo dos referidos
pains
‘A decorago dos terraos ajardinados das casas
do abastado negociante ¢ armadar José Anténio Pe-
reir, engenhosamente situa sobre 0s seus arms-
ns &beira Teo, pssuta, ainda, um segundo nile
de azulejos,consttuido por painéis com molduras
neoclisscas, € uma reserva central com a represen
tugdo de aves exéticas. Estes interessante painéis
foram lamentavelmente dispesos no mercado ant-
{quo lisboeta,valorizando ainda mais a meméria
de um tnico registo fotogrtico existente na Co-
lecgdo Santos Simbes dos Arquivos de Arte da Fun-
ago Calouste Gulbenkian,
(0s dois conjuntos de azuljos coincidem eronc-
Togicamente com as lipides inserdas nos arcos dos
passadigos entre os diversos teragos, com a ins-
cig do nome do proprictrio eas datas de 1801 ¢
Rehr toe
‘mdf ori gris
essen pon ae
fal rom ch scandal fhe
Hey pean eed
efi d Qua & Sai,
‘rete mine of he Me
seri ein Fra do Xr
(ep Masami,
“hip stow ss ee
ip ung lay
‘anid ial he
gery af 80 Emp
coy ue eye gee
‘Hopf a,
résumé
Ede ues gris
‘te aon din er
ede pana dc de
I enema x
laze pod
lis de Qua do Soba
Sane annison ere
le Mala Fre
Ne
Compra eis tee
ere end es
neo ea specs de
|W ots ces pane
reneme ene eee
ons ce spre ep
tons de Ch ul ein
Taare act ie
Xi ers ca
espe: te ona.“PATRIMONIO 12 histéria local
pce i deste Din Ge. (OU Ha SEI
tas Neco eit
Fiors2es
titer eo eh. Bcd il i dra cs
oredr os rar aso ars oP debit
ni. ra or pans el aa
Pc Sebo (HH, Mae Mn i Fra age cm da pss
tor eo)
1805 (Mors 1969: 3), iastando a fase final das
ras de eecorago do efi, E meso provivel
fue a edo pens, agora aplicad 0Palico do
Soran tena sido execu em dus fase di
tins, uma primi sobo tema dis pss ex-
cose ds chiniseri uma segunda, poco ps-
tro, comespondend a una anpiago do emo,
com aig de aps represents glans da
‘ida quoidana ge conser, ro eto ems
Inenago utllzada nos szljos com ces chine-Embora 0 conjunto de paints das casas nobres
de José Pereira consitua um dos marcos fundamen-
tnis da implementagdo do vocaulério neoclissico na
azulearia portuguese, & pouco provével que 0s a2
lejos do teragotenham sido executados na Fabrica
«de Louca do Rat, onde pontificavao pintor Francis
co de Paula e Oliveira (ef. Ceriucs Neoclésica,
1997: 92). Aids, mais do que qualquer tipo de para-
lela estlistco, as atibuiges aquelafibrica deveme-se
3 hipotétca relagdo do edifcio com o Marqués de
Pombal ou seus descendents, situagio que no se
vetificava quando da encomenda dos azulejos, mas
‘apenas a pair da segunda metade do sé. XIX, com.
‘casamento de D* Mara do Carmo Femandes, her