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FACULDADE PITÁGORAS

ODONTOLOGIA

ANDREZZA GOMES; GABRYELA RESENDE; GHEENEFFS MATEUS


GOMES KAMILLA MEDINA; MARIA CLAÚDIA BORRÁS

PREVALÊNCIA DE CÁRIE EM CRIANÇAS DE 4 A 6 ANOS

Uberlândia
2018
ANDREZZA GOMES; GABRYELA RESENDE;GHEENEFFS MATEUS
GOMES ; KAMILLA MEDINA;MARIA CLAÚDIA BORRÁS

PREVALÊNCIA DE CÁRIE EM CRIANÇAS DE 4 A 6 ANOS

Trabalho apresentado ao Curso (Odontologia) da


Faculdade Pitágoras , para a disciplina [Metodologia
Cientifica].

Orientador: Prof. Rosana Ono

Uberlândia
2018
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 3
JUSTIFICATIVA.........................................................................................................
OBEJTIVO GERAL....................................................................................................
OBJETIVO ESPECIFICO...........................................................................................
REVISÃO DA LITERATURA.....................................................................................
MATERIAIS E METODOS....................................................................................
CRONOGRAMA DE ATUAÇÃO................................................................................
REFERÊNCIAS..........................................................................................................Er
ror! Bookmark not defined.
1 INTRODUÇÃO

Como abertura da Conferência de Alma-Ata, a World Health Organization OralHealth


Unit (Declaração de Alma-Ata; 1978) e a Fédération Dentaire Internacionale
estabelecera , entre as metas de saúde oral para o ano 2000, que pelo menos 50%
das crianças entre cinco e seis anos de idade precisariam estar livres
de cárie, e que crianças de 12 anos de idade deveriam ter no máximo três dentes
cariados,perdidos ou obturados (CPO-D), (LUCAS, SIMONE DUTRA ET AL.,2005).
É importante lembrar que os pais exercem um papel fundamental na promoção e
conservação da saúde de suas crianças,o controle e prevenção da cárie dentária é
um desafio constante para pesquisadores em todo o m u n d o. A adoção de
medidas preventivas populares de controle da cárie dentária como a fluoretação da
água de abastecimento e dos cremes dentais, admitiram uma melhora substancial
na saúde bucal de diferentes grupos sociais ,(MARCENES e, BONECKER, 2000;
JHONSON ET al.,2000).
A Odontologia, ao longo de seu processo histórico,deixou de utilizar apenas seus
processos curativistas de saúde e vem atuando cada vez mais na promoção de
saúde e prevenção dos males bucais. Assim se inseriram conceitos de trabalho em
equipes multiprofissionais e interdisciplinares,abrangendo os mais múltiplos
ambientes de cuidados com a saúde, (MCMAHON AD ET AL.,2011).
Apesar de pesquisas recentes, direcionadas ao estudo da cárie dentária em
crianças, terem relatado de caimento na sua prevalência,( BASTOS JRM ET
al.,2006) tal condição ainda continua como a doença de origem bucal mais
prevalente na população, sendo considerado um problema de saúde pública,(
PlUTZER K ET al.,2011). A identificação precoce da cárie dentária (infecção),
especialmente em crianças é um pré-requisito para a prevenção secundária da
destruição dos dentes decíduos e,consequentemente, do aparecimento de lesões
nos dentes permanentes devido à assiduidade do processo da doença,( NOWAK AJ
ET AL.,2007).A experiência de cárie na dentição decídua é um forte preditorde cárie
na dentição permanente, pois ela indica se o meio bucal estará ou não adequado
durante a erupção dos primeiros molares permanentes.
Para (Drury et al.,1999), a identificação de lesão cariosa captada em crianças com
idade inferior a 71 meses indica a presença de cárie precoce na infância ou
susceptibilidade a ela.Além disso, a avaliação de fatores sociais e biológicos,
que interferem no desenvolvimento de doenças bucais, pode significar contribuição a
estudos populacionais que objetivem a identificação do público-alvo preferencial a
receber atenção no âmbito dos serviços públicos, tendo em vista a escassa
destinação de recursos ao setor saúde e a amplidão das
necessidades acumuladas.

Justificativa
Não se pode separar higiene bucal de saúde, é um dos cuidados básicos não apenas
com a aparência mas com uma das partes mais importantes do corpo humano, por
onde consumimos alimentose líquidos que nos mantém vivos.
Cuidar da nossa boca, nossos dentes não apenas deixa o sorriso mais bonito e faz
bem para a auto-estima ,mas também previne muitos males como cáries, tártaro ,
doença periodontal ,mau halito, e até certo ponto alguns males do estômago. Nesse
sentido, é importante que a escola trabalhe essse temas com os alunos, de forma a
atuar preventivamente os ensinamentos evitar transtornos futuros.
Objetivo Geral
O objetivo dessa pesquisa é fazer um levantamento epidemiológico enfatizado a cárie
e placa bacteriana em crianças no ínicio da vida escolar a fim de analisar como as
crianças e os pais lidam com a higiene bucal e também para encaminhar casos para
o tratamento e acompanhamento visando conscientizar tanto as crianças quanto os
pais diante a saúde oral e quais hábitos podem melhorar a qualidade de vida de cada
individuo assim, visando um futuro com menores prevalências de doenças bucais e
baixos índices de doenças periodontais.
Objetivo Especifico
Reconhecer a importancia da escovação dos dentes, para prevenir as cáries;
Entender a necessidade de se ter bons hábitos de higiene bucal;
Demonstrar maneiras corretas de se ecovar dente ;
Reconhecer que a saúde começa pela boca e que para ter um sorriso bonito é preciso
cuidar dos nossos dentes ;
REVISÃO DE LITERATURA
Segundo Dias Et. AL.,(2011) a cárie dentária é uma doença multifatorial, infecciosa,
transmissível e está intimamente ligada à introdução dos carboidratos refinados na
dieta, principalmente a sacarose. Logo, é uma das doenças de maior incidência na
infância e a alimentação pode ser vista como um fator primário de determinação da
susceptibilidade para a doença. A prevenção da cárie deve começar na infância e
para que isso ocorra é de fundamental importância uma mudança de atitude dos
pais. Sendo assim, o presente estudo realizou uma revisão da literatura sobre
aspectos nutricionais relacionados à prevenção de cáries na infância e concluiu que
a implementação da educação em saúde bucal e nutrição por meio de programas
preventivos pode estabelecer não só hábitos favoráveis quanto à higiene bucal, mas,
também, o estabelecimento de uma dieta alimentar saudável reduzindo assim a
incidência de cárie e proporcionando uma condição favorável de saúde Geral. E,
para que isso aconteça,é importantíssima a integração das áreas afins.

De acordo Nilce .et al (1996) foi avaliada a prevalência de cárie na dentição decídua
de crianças entre 0 e 6 anos, matriculadas em creches dos Municípios de Bauru e
São Paulo, SP (Brasil). O primeiro grupo (Bauru) não recebia cuidados
sistematizados de saúde na instituição e o segundo (São Paulo) apresentava uma
rotina de cuidados como norma institucional. Foram analisadas as variáveis relativas
aos modos de viver desses grupos populacionais e sua associação com a ocorrência
de cárie, efetuando um estudo de caso para caracterização de fatores coletivos de
risco à cárie. Através de análise de regressão múltipla, verificou-se a influência da
idade e freqüência de consultas odontológicas sobre a prevalência de cárie na
amostra estudada (p<0,05). Na faixa etária de 5-6 anos, 23,3% das crianças de
Bauru e 9,3% de São Paulo estavam isentas de cárie, contra a expectativa de
50% prevista na Meta n.o 1 da Organização Mundial da Saúde para o ano 2000.
A prevalência de cárie foi mais elevada em Bauru nas crianças de 3-4 e 5-6
anos, apresentando significância estatística apenas para o grupo 3-4 anos
(p<0,05). Não foram observadas diferenças estatisticamente significantes entre
os sexos quanto à ocorrência de cárie.
Conforme Palma ET AL.(2009) estudo transversal, de base populacional, que
descreveu a saúde bucal das crianças de 5 anos do município de Montes Claros,
Minas Gerais, Brasil. Metodologia: Adotou-se amostragem probabilística por
conglomerados, aleatoriamente selecionada. Dados de 997 crianças foram
coletados por meio de entrevistas e exame da cavidade bucal. Avaliou-se a
presença de placa e de cálculo, de sangramento gengival, cárie dentária e
necessidade de tratamento dentário, maloclusão e prevalência de lesões de
mucosa. O programa PASW foi utilizado para análise descritiva com correção pelo
efeito de desenho. Resultados: Foi observada inexistência de placa e cálculo em
71,8% e 99,6% das crianças. Sangramento gengival foi observado em 2,8% das
crianças. O ceo-d médio foi de 1,79 (EP=0,25), com predominância do componente
cariado; 47,2% apresentaram experiência de
cárie (ceo> 1). Aproximadamente metade necessitava de tratamento odontológico
(57,3%), sendo principalmente restaurador (42,7%); 19,2% apresentavam
maloclusão leve e 4,8% moderada/severa. Quase a totalidade da amostra (98,7%)
não apresentou lesões fundamentais em tecidos moles. A cárie dentária e a
maloclusão são os principais problemas de saúde bucal entre crianças de 5 anos.
Segundo, Eleutério ET AL (2012) Avaliar, clinicamente, a saúde bucal de 447
crianças, de 0 a
71 meses de idade, pertencentes a escolas públicas e privadas, com e
sem assistência odontológica, de dois municípios brasileiros (Alfenas e
Areado, Minas Gerais).
Método: A experiência de cárie dentária (CPI) foi obtida através do
índiceceos. Adicionalmente, determinou-se o índice de sangramento
gengival (ISG), o índice de placa visível (IPV) e foi aplicado um
questionário para avaliação de fatores indicadores de risco à cárie
(FIRC). Os dados foram analisados pelos testes t-student e do Quiquadrado
e através de análise de regressão linear múltipla, com nível
de significância pré-estabelecido de 5%.
Resultados: Houve predomínio de lesões de cárie nos molares decíduos
e um aumento da experiência de CPI com a idade, atingindo maiores
valores aos 37-48 meses (ceos=1,09). O ISG foi igual a zero em todas as
crianças estudadas. O ceos (P=0,0326) e o IPV (P=0,0000) entre os dois
municípios foram significantes. O IPV foi significante entre as crianças
com e sem assistência odontológica (P=0,0000) e entre as crianças de
escolas públicas e privadas de Areado (P=0,023). Apenas o gênero
masculino (P=0,00529) e a frequência de visitas ao Cirurgião Dentista
(P=0,0000) influenciaram a experiência de CPI significantemente. A
análise de regressão linear múltipla (P=0,0000 e R2=26%) mostrou
significância somente entre a variável dependente (CPI) e as seguintes
variáveis independentes: gênero masculino (P=0,0013), frequência de
escovação (P=0,0000), uso de fio dental (P =0,0485), presença de
fumante na residência (P =0,0020) e nível socioeconômico (P =0,0187).
Conclusão: A cárie dentária afeta a população infantil de forma
polarizada, numa idade muito precoce, com ênfase nos dentes
posteriores e requer atenção preventiva profissional e dos
pais/responsáveis.
De acordo com Ballestreri (2016)Manter a saúde bucal em pacientes pediátricos
hospitalizados mostra-se de grande importância para a
condição sistêmica desses, devido à mútua relação
entre doenças bucais e infecções sistêmicas. Objetivo:
este estudo descritivo transversal com abordagem
quantitativa teve como objetivo avaliar os hábitos de
saúde bucal de crianças e as percepções de saúde bucal
dos cuidadores, a fim de compreender a importância
da higiene bucal durante o período de internação
hospitalar, diferenciando-o de outras características,
como o convívio com a família e a escola. Sujeitos e
método: a pesquisa teve como participantes crianças,
representadas por seus cuidadores, admitidas no setor
de internação do Hospital da Criança de Chapecó, SC,
de maio a dezembro de 2014. Foi utilizado um questionário
autoaplicável aos pais ou responsáveis, sobre
variáveis socioeconômicas, de saúde bucal e saúde geral.
Os dados coletados foram analisados no programa
SPSS versão 19.0. Resultados: os resultados demonstram
que a principal causa de internação foi o diagnóstico de pneumonia (37,6%). As
mães constituíram o grupomais frequente no acompanhamento hospitalar
(78,5%). Em torno de 30% das crianças hospitalizadasjá haviam passado por
episódios de internação anteriore 59,4% relataram que ninguém explicou o que a
doença pela qual a criança estava hospitalizada causaem seu corpo. Apenas 8%
foram orientados pelo cirurgião-dentista da relação da doença e a condição bucal.

Segundo Martello ET AL (2012)o estudo pretende determinar a prevalência de cárie


precoce na infância e fatores associados em crianças nascidas
vivas em 2006, em áreas cobertas pela Estratégia Saúde da Família no Município de
Rondonópolis, Estado do Mato Grosso, Brasil.
Métodos: estudo transversal com população-alvo de 1.235 nascidos vivos; exames
clínicos bucais verificaram a prevalência de cárie
dentária, defeitos no esmalte e biofilme visível em amostra de 247 crianças em idade
pré-escolar (com 3 anos de idade período
deste estudo, 2009); aplicou-se um questionário junto aos pais/responsáveis e os
dados foram submetidos a análise multivariada.
Resultados: a prevalência de cárie nas crianças em idade pré-escolar foi de 34,2%,
associada a defeitos de esmalte e hábitos de
higiene e dieta desfavoráveis; e o índice de dentes decíduos cariados, com extração
indicada e obturados (índice ceo-d), 0,79; as
variáveis associadas à cárie em pré-escolares foram presença de defeitos de
formação de esmalte, hábito de mamar durante o sono
e presença de biofilme visível. Conclusão: a prevalência de cárie indica a
necessidade intensificação do atendimento preventivo e
curativo a essas crianças, devido à presença de doença ativa, e a identificação
precoce da população sob risco.

De acordo com Ribeiro ET AL (2005) O objetivo deste estudo foi verificar a prevalência
de cárie precoce na infância em crianças de nível sócio-econômico baixo da grande
João Pessoa, Paraíba, Brasil, aos 48 meses de idade, pertencentes a uma coorte.
Foram analisados os hábitos alimentares, higiene, exposição ao flúor e presença de
defeitos de esmalte. Examinaram-se 224 crianças em domicílio, sob luz natural,
utilizando-se a técnica joelho-a-joelho. Cada dente foi limpo com gaze estéril, sendo
registrados cárie (OMS) e defeitos de esmalte (DDE Index). Durante o exame foi
aplicado um questionário para obtenção de dados sobre dieta, higiene, uso de flúor e
presença de amamentação natural e/ou artificial. Para análise estatística, utilizou-se
o programa SAS com teste não paramétrico Mantel-Haenszel. Observou-se que
10,7% e 33,0% da amostra apresentaram cárie precoce e cárie severa,
respectivamente. Dentre as crianças examinadas, 79,9% tinham ao menos um dente
com defeito de esmalte, sendo este o único fator estatisticamente significante (p <
0,001) associado à etiologia da cárie precoce na infância. Sabendo da associação
significativa entre cárie precoce e defeitos do esmalte, pode-se concluir que alterações
superficiais no esmalte podem facilitar a propagação da doença.

De conformidade com Freire ET AL (2010) Comparar os alunos de 12 anos das


escolas públicas e privadas de Goiânia, Goiás,
quanto à prevalência de cárie, condição periodontal, anomalia dentofacial e fluorose.
Métodos. Em 2003, o Projeto Condições de Saúde Bucal da População Brasileira
2002–2003
(SB Brasil) foi ampliado para Goiânia na forma de um estudo transversal, descrito
neste trabalho.
A amostra foi constituída por 1 947 escolares de 12 anos frequentando escolas da
zona
urbana do Município: 1 790 (91,9%) eram de escolas públicas e 157 (8,1%) de
escolas privadas.
Através de exame clínico, foram coletados dados sobre as seguintes condições
bucais: cárie
dentária (índice de dentes cariados, perdidos e obturado, CPOD), condição
periodontal (índice
periodontal comunitário, CPI), anormalidade dento-facial (índice de estética dental,
DAI) e
fluorose dentária (índice de Dean). Para comparação entre os grupos foram
utilizados os testes
doqui-quadrado e U de Mann Whitney.
Resultados. Houve diferença entre os tipos de escola para todas as variáveis
investigadas.
Os escolares de instituições públicas apresentaram índices mais elevados de cárie,
condição periodontal
e anomalia dentofacial do que aqueles de escolas privadas (P < 0,05). Os escolares
de
instituições privadas apresentaram maior prevalência de fluorose (P < 0,05).
Conclusões. O tipo de escola foi associado à condição de saúde bucal dos
escolares pesquisados.
São recomendados investimentos em ações e serviços que busquem minimizar tais
desigualdadese seus efeitos como parte das políticas de saúde bucal.

Conforme Ribeiro (2005) O objetivo deste estudo foi verificar a prevalência de


cárie precoce na infância em crianças de nível socioeconômico baixo da grande
João Pessoa, Paraíba, Brasil,aos 48 meses de idade, pertencentes a uma coorte.
Foram analisados os hábitos alimentares, higiene, exposiçãoao flúor e presença de
defeitos de esmalte. Examinaram-se 224 crianças em domicílio, sob luz natural,
utilizando-se a técnica joelho-a-joelho. Cada dente foi limpo com gaze estéril, sendo
registrados cárie(OMS) e defeitos de esmalte (DDE Index). Durante oexame foi
aplicado um questionário para obtenção dedados sobre dieta, higiene, uso de flúor e
presença deamamentação natural e/ou artificial. Para análise estatística,utilizou-se o
programa SAS com teste não paramétricoMantel-Haenszel. Observou-se que 10,7%
e33,0% da amostra apresentaram cárie precoce e cáriesevera, espectivamente.
Dentre as crianças examinadas,79,9% tinham ao menos um dente com defeito
deesmalte, sendo este o único fator estatisticamente significante
(p< 0,001) associado à etiologia da cárie precocena infância. Sabendo da
associação significativaentre cárie precoce e defeitos do esmalte, pode-se concluir
que alterações superficiais no esmalte podem facilitara propagação da doença.

Segundo Losso ET AL (2009) Fornecer informações para auxiliar o médico pediatra


a reconhecer os fatores de risco para o início da cárie precoce na infância
e da cárie severa na infância (CSI), possibilitando a intervenção precoce
de tais fatores, e, assim, evitar a instalação dessa doença prevenível e
as suas consequências.
Fontes dos dados: As informações foram coletadas a partir de artigos
científicos publicados nas bases de dados SciELO, MEDLINE e PUBMED nos
últimos 25 anos, livros técnicos e publicações de consenso de organismos
internacionais. As palavras-chave utilizadas foram: earlychildhood caries,
severe early childhood caries, dental caries e children.
Síntese dos dados: A CSI é uma forma de cárie dentária que afeta
bebês e crianças. É infecciosa, de etiologia multifatorial e de desenvolvimento
rápido, iniciando logo após a erupção dos dentes. Por apresentar
fatores de risco local e sociocultural, deve ser considerada como sintoma
de uma alteração na criança e de falta de cuidados adequados. Suas
manifestações incluem dor, abscessos e dificuldades mastigatórias,
afetando a alimentação e o sono da criança. Além disso, afeta também
sua saúde geral, fala e auto estima.
Conclusões: A CSI é uma doença com métodos preventivos estabelecidos,
que devem ser introduzidos o mais precocemente possível,
por meio de programas preventivos na comunidade e no núcleo familiar.
Os profissionais que atendem bebês e crianças devem estar atentos aos
casos com risco para o desenvolvimento da doença cárie e interceder a
fim de se obter saúde.

De conformidade com Tomita ET AL (1996) Foi avaliada a prevalência de cárie na


dentição decídua de crianças entre 0 e 6 anos, matriculadas em creches dos
Municípios de Bauru e São Paulo, SP (Brasil). O primeiro grupo (Bauru) não recebia
cuidados sistematizados de saúde na instituição e o segundo (São Paulo)
apresentava uma rotina de cuidados como norma institucional. Foram analisadas as
variáveis relativas aos modos de viver desses grupos populacionais e sua
associação com a ocorrência de cárie, efetuando um estudo de caso para
caracterização de fatores coletivos de risco à cárie. Através de análise de regressão
múltipla, verificou-se a influência da idade e freqüência de consultas odontológicas
sobre a prevalência de cárie na amostra estudada (p<0,05). Na faixa etária de 5-6
anos, 23,3% das crianças de Bauru e 9,3% de São Paulo estavam isentas de cárie,
contra a expectativa de
50% prevista na Meta n.o 1 da Organização Mundial da Saúde para o ano 2000. A
prevalência de cárie foi mais elevada em Bauru nas crianças de 3-4 e 5-6 anos,
apresentando significância estatística apenas para o grupo 3-4 anos (p<0,05). Não
foram observadas diferenças estatisticamente significantes entre os sexos quanto à
ocorrência de cárie.

Consoante Dias ET AL (2011) A cárie dentária é uma doença multifatorial,


infecciosa, transmissível e está intimamente ligada à introdução dos carboidratos
refinados na dieta, principalmente a sacarose. Logo, é uma das doenças de maior
incidência na infância e a alimentação pode ser vista como um fator primário de
determinação da susceptibilidade para a doença. A prevenção da cárie deve
começar na infância e para que isso ocorra é de fundamental importância uma
mudança de atitude dos pais. Sendo assim, o presente estudo realizou uma revisão
da literatura sobre aspectos nutricionais relacionados à prevenção de cáries na
infância e concluiu que a implementação da educação em saúde bucal e
nutrição por meio de programas preventivos pode estabelecer não só hábitos
favoráveis quanto à higiene bucal, mas, também, o estabelecimento de uma dieta
alimentar saudável reduzindo assim a incidência de cárie e proporcionando uma
condição favorável de saúde geral. E, para que isso aconteça, é importantíssima a
integração das áreas afins.

De acordo com Lucas ET AL (2005) Neste estudo ecológico o objetivo foi analisar o
cumprimento de metas da OMS para a cárie dentária no ano2000 em Minas Gerais,
identificando fatores associados à variação no CPO-D médio e na ocorrência de
CPO-D £ 3, entre crianças de 12 anos, e no percentual de livres de cáries aos cinco
anos. Foram utilizados dados secundários de diferentes fontes. As técnicas de
regressão linear e regressão logística múltiplas foram aplicadas nas análises das
variáveis dependentes numéricas e dicotômica consideradas. Indicadores sócio-
econômicos e da oferta/utilização de serviços odontológicos foram empregados
como variáveis explicativas potenciais. As metas expressas pelo CPO-D £ 3 aos 12
anos e pelo percentual mínimo de 50% de crianças livres de cárie aos cinco anos
foram atingidas por 37% e 9% dos municípios,respectivamente. De modo geral, as
variáveis dependentes mostraram-se associadas ao nível sócio-econômico,
não se identificando associações com as variáveis relativas à atenção odontológica.
Os resultados não devem ser generalizados, mas indicam iniqüidades na saúde
bucal e o papel desempenhado por fatores sócio-econômicos e a fluoretação da
água.

Conforme Bardal ET AL Analisou-se a percepção de mães ou responsáveis


sobre a saúde-doença bucal de seus filhos,com idade de 2 a 6 anos, matriculados
em uma creche filantrópica de Bauru (SP). Foram realizadas 26 entrevistas,
analisadas por metodologia qualitativa. Os entrevistados foram ouvidos
sobre a presença de cárie dentária em suas crianças e como compreendiam sua
causalidade. Foi realizado o exame de cárie das crianças, utilizando
critérios epidemiológicos para o diagnóstico.Na maioria das entrevistas (65,4%)
houve concordância de respostas com a condição bucal verificada
no exame das crianças. A percepção dos entrevistados
sobre a presença da cárie dentária foi relacionada à aparência do dente (“furadinho”)
e à dor. A compreensão quanto à causalidade da doença fez referência ao cuidado
dispensado às crianças pelos entrevistados, acesso ao cirurgião dentista,
ingestão de doces e à fatalidade (“Todo mundo tem cárie, pelo menos um pouquinho
tem”). A maneira pela qual as pessoas percebem o processo saúde-doença
influencia as práticas e os cuidados em saúde bucal. Buscar compreender estas
construções e valores é essencial para se trabalhar,de forma contextualizada, a falta
de informação e os conceitos que ainda persistem, como a crença que a cárie
dentária é um fenômeno “natural”e não um processo patológico.

Segundo Feitosa ET AL (2004) Esta pesquisa teve como objetivo determinar a pre
valência de cárie dentária em crianças com quatro anos de idade, de ambos os sexo
s , das escolas públicas municipais da cidade do Re c i f e , Pernambuco, Brasil ,n o
ano de 2002, enfatizando a necessidade de tratamento dentário para essa faixa
etária. Os dados foram coletados por meio do exame clínico de 861 crianças
pertencentes a 45 escolas públicas.O exame clínico foi realizado
por uma ex a m i n a d o ra calibrada (Kappa = 1),na própria escola, após assinatura
do consentimento livre e esclarecido pelo responsável. Para determinação
da pré valência de cárie dentária foi adotado o índice ceo-d. Após análise dos dados,
verificou-se que a p re valência de cárie dentária na população estudada foi de
47,00% e o ceo-d médio foi de 2,06. Apenas 13,60% das crianças que
apresentavam cárie possuíam restaurações . É pertinente concluir que as crianças
examinadas apresentaram uma alta pré valência de cárie dentária (47,00%), apesar
do percentual de crianças portadoras de cárie em estágio severo ter sido
considerado baixo (8,94%)
MATERIAIS E METODOS

O estudo foi realizado com o objetivo de verificar a prevalência de cárie precoce da


infância, em crianças de nível sócio-econômico médio-baixo, na Escola Municipal de
Educação Infantil (EMEI) do bairro Martins, na cidade de Uberlândia, em Minas
Gerais, durante o período de 8 meses, iniciado no dia 5 de Março de 2018 e com o
término no dia 7 de Novembro de 2018. Esse estudo foi executado com 150 crianças
correlacionando com o gênero, hábitos alimentares, higiene, exposição ao flúor e
presença de defeitos de esmalte.
O intuito é pesquisar o nivel de carie e placa bacteriana nessas crianças e para isso
elaboramos uma palestra dedicada aos pais ou responsaveis onde, de uma maneira
clara e objetiva iriamos mostrar como trabalharíamos durante esses meses. Para isso,
alertamos sobre as doenças bucais mais prevalentes em crianças, como eram as
manifestações e como reverter e prevenir esses quadros. Juntamente, levamos
alguns Termos de Consentimento Livre e Esclarecido para serem assinados, após a
assinatura os acadêmicos do 3º período do curso de Odontologia da Faculdade
Pitágoras foram recolher dados para realizar a anamnese de cada paciente, no caso,
as crianças. Posteriormente, os academicos foram a escola para realizar uma aula de
escovação e para isso foram criados cartazes, brinquedos e brindes lúdicos feitos com
cartolinas, balões, feltro, tinta, caneta colorida, carimbos além de, escovas de dentes,
dentifrício, fio dental e evidenciador de placa bacteriana. Depois do aprendizado, o
retorno ao EMEI foi para o exame clínico, de forma improvisada, , sob luz natural,
utilizando a técnica joelho-a-joelho. Com o auxílio de luvas,toucas e máscaras
descartáveis, kits clínicos (composto por : espelho clinico, sonda exploradora, pinça,
preconizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), cada elemento dentário foi
limpo e seco com gaze estéril e examinado quanto à presença de cárie, segundo os
critérios da OMS (Levantamento Epidemiológico Básico de Saúde Bucal:Manual de
Instruções.
Das 150 crianças, 90 tinham 6 anos das quais 60 crianças do sexo feminino e 30 do
sexo masculino haviam também crianças de 4 anos sendo 30 de cada sexo, a divisão
para execução do trabalho foi feita indiferentemente de sexo remanejando 30 alunos
em 1 semana e nas semanas posteriores 40 alunos. O levantamento epidemiológico
final foi feito da seguinte forma : R1 para pacientes com dentes cariados, R2 presença
de placa bacteriana e R3 para ausência de placa bacteriana e cárie.
R1 – 42% das crianças apresentavam 1 ou mais dentes cariados
R2 – 53% das crianças apresentavam placa bacteriana
R3 – 5% não apresentavam nenhum dos itens anteriores

ORÇAMENTO

Escova de dente – 50 unidades – 4,00 = 600,00


Pasta de Dente - 50 unidades – 3,00 = 150,00
Fio Dental – 7 unidades – 8,00 = 56,00
Gaze- 1 pacote = 7,00
Máscara – 1 pacote = 7,00
Luva – 2 caixas – 21,00 = 42,00
Touca – 1 pacote = 10,00
Evidenciador de Placa – 6 unidades - 8,00= 48,00
Caneta – 10 unidades – 1,00 = 10,00
Kit Clinico – 40 unidades - 46,00 = 1840,00
Papel Sulfite – 2 pacote - 24,00 = 48,00
Impressão – 80,00
Transporte – faculdade/EMEI/faculdade = 480,00
Caneta – 10 unidades – 1,00 = 10,00
Canetas coloridas – 5 unidades - 4,00 = 20,00
Balões – 5 pacotes - 8,00 = 40,00
Feltro - 3 metros = 35,00
Tinta - 3 potes = 18,00
Carimbos = 20,00

Total do projeto = 3520,00


CONOGRAMA DE ATUAÇÃO

ATIVIDADES MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV

Revisão da
bibliografica e
Discurssão X X
Teorica
Elaboração de
Palestra para pais
ou responsáveis X

Assinatura de
Termo de
Consentimento; X
Anamnese
Atendimento as
Crianças : Aula de
escovação X X

Exame Clínico

X X

Analise de

Relatórios X X

Encaminhamento

X
REFERÊNCIAS

Eleutério, Adriana S. de L., Cota, Ana Lídia S., KOBAYASHI, Tatiana Y., Silva, Salete
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