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© tivro € uma sevifo extensa da primelra edigdo, publicada em 1948 Grande parte do material fot reeecito com vistas & exatidzo Wiglea & clareza © capitulo 11, sobre formule integeis do Poisson, é inteiramente novo. Ao que saiba, autor, consitel a primeiza colegio de tais f6rmulas, O niimero de ‘xercicios foi aumentado- consideravelmente, dando-se 28 respostas para « maioria dele. Algumas extens6es da teoria eparecem nos exercicios. Durante a preparagio do livo nesta edicio, o autor se valeu de sugestes de vicios estulantes ¢ colegss. Dentso seus colegas locais, Prof. C. 1. Dojph, B. Dushnik, T. H. Hildebrandt, W. Kaplan e E. D. Rainville merecem agradeck rmentos especials. Por comentarios proveitosos de colegse, entro of quais J. R, Briton, W. B. Curry, R. J. Duffin, W. L. Duren, T. J. Higgins, 1 Mars, ME. ‘Shanks ¢ Fs H, Steen, o autor expressa sua apreciagso. A selegfo do material ow dot métodos de demonsteggo fol influenciada por alguns dos livros cujostitulos se encontram no Apéndice i Roel V. Churchill CAPITULO 1 Nuimeros .Complexos 1, Definigdo, Unr gimero complexo z pode ser definido como um par orde- nado (x,y) de ndmeros ras x € y, @ a= yu), sujeito as repras e leis de operagao a serem especifieadas abaixo, par (x,0) & identificado com o.nlimero real x: @ (0) = = Esta regra permite configuris os imeros reais como um subconjunto do conjunto dos nimeros complexos. Convém dar um nome ¢ um simbolo a0 par (0,1) Este par serd chamado uni- acle imaginaria e indicado ports (On) =e Os mimes reais x ey so, respectivament, spurte rele a parte imagine de. (6.3), sondo indicados por OG) = 2, s@) = ¥ ‘Um par do tipo (0,») & um nimero imagindrio puro. ‘Uma outra regea @ ser imposta a tais pares € que dois ntmeros complexos sf iguais se, e somente se, as partes real e imaginéria de um sHo iguais, respectivamente, as do outro. @) (uv) = Gays) sevesomentese zy ee Em particular, visto que O = (0,0), temse (zy) = 0s, ¢ somente sex =0ey =O. 2 ~ VARIAVEIS COMPLEXAS F SUAS APLICAGOES Dois ntimeros complexos quaisquer 2, = (¥i,94) € 22 = (32,2) tém asoma e © produto, denotados por 2, +22 € 2)Z, definidos como os riimeros complexos da- os pelss formulas: \ @ aut an = (aun) + (ens) = (et on, rn + 1H), ©) ute = (easys) aa) = (Hite — dav, Zaye + ath) Em particular, tem-se (x,0)+(0,y) = (3,7) ¢ (0,9) = (¥,0)(0,1). Assim, cada nie ‘mero complexo, que nfo é real, pode ser escrito como soma de um mimero real ¢ um nimero imaginario puro: © a= (ey) meta. © produto zz se esereve 2; 2” significa 22”. etc. De acordo com a definigio (8), temse (0,1)? = (1,0), isto 6, Pent Em vista da equagio (6), a formula (5) pode ser esrita (eu wii) a + at) = ats — yas + (cave + zhi A expansio formal do produto no:primeiro membro, efetusda como se os biné- ios fossem reais, € a substituigao de? por ~1, do 0 mesmo resultado. A definigao (5) justifica esse procedimento formal Os pares ordenados (1) de nimeros reais que satisfazem as condigbes (2) a (8) sto definidos como mimeros complexos. 2, Propriedades Adicionais. Podem-se- definir vérias outras operagBes sobre mimeros. A operagio de subtragdo 6 a inversa da sdigdo, isto 6, s0 a diferenga 21-4, 82 denota por Z3, entio x € © miimero complexo que deve ser somado a 2; para produzi eaters ou (aye) + (anys) = (umn). Em vista da definigo (4), Sec. 1, da adipdo, temse (eat xy vst ya) = Gan) © igualando-se as partes correspondentes, vé-so que ntnay wtien NOMEROS COMPLEXOS ~ 3 Resolvendo-se em relago 2.x) © Js, obtémee a lei da subtragfo: OQ ara mann) = at in we A divisao é 2 inversa da multiplicagfo, isto 6, Bea se 225 = 21 (#0), ou (eats — vets, Zaye + aay) = (eny) ‘A seguir, igualando as partes correspondentes e resolvendo as duas equagdes resul- tantes em relapfo 2x3 ¢ ys, obtemos @ lei da divisto: a itt pe y tan ms at ryt 7 at Fut ® wn o. til obsorar que esta mesma fSrmula aparece numa manera puramente manipy- lativa quando o numeridor o denominador no primeiro membro slo ambos mul tipleados por % ~ yx A divisio por zero ndo ¢ definida., ‘A pot das ormults para 0 quocientee o produto é fel mostrar que © seaQ) -@G) waene (a1 300 $29 4.3; = S540 Ay 5 m3 +i ‘As leis comutativas para a adigio e 2 multiplicagio, @ Abas atay, ‘22a ™ 2th, decorrem da definkfo de niimeros complexos e do fato de que os niimeros reais satisfazem a tais leis. Por exemplo, atesutad@tyin a tat (tH Saban A prova da segunds das lis comutatias (4) 6 deixada como exereicio. De acordo ‘com esta lei, temosyi~ iy, ¢ doravante podemos eserever ou zerhy om 2=etiy. is associativas para a adigfo ¢ a multiplicagéo, 4. = VARIAVEIS COMPLEXAS SUAS APLICACOES 6) at Geta) = (te) tan ©) ay(2tx) = (2i22)e3, ea lei distibutiva de multiplicagdo em relapfo & adigd0, o ales + 23) = 2ute + nts, io também satisfeitas pelos niimeros complexos. As demonstragdes destas leis, que decorrem da definigao ¢ das leis correspondentes para os niimeros reais, bem como fs dedugées de algumas consequéncias das leis (4) a (7), s80 deixadas como exe’ ios, Dentre as conseqGncias vemos que © eaucetal (es #0, 24 # 0). Estas formulas podem ser deduzidas com o auxitio das frmues (3). Obsorve-se que 2 lei dstibutiva (7) também é uma lei para fatorago. evemos destacar aqui outra propsiedade que decorre da nossa definigto. Se © produto de dois mimeres complexos 6 nulo, entZo pelo menos um dos fatores deve ser nuo, isto 6, ©) implica = = 0 ow Da definigfo do produto decorre que, se 2122 = 0, ento (a0) ey =O @ yom toy = 0. ‘Se, pelo menos, um dos.x; ¢ 71 nfo 6 nulo, ento o determinante dos seus coef cientes no sistema homogéneo (10) deve ser igual 22er0, isto é, ae byt = 0. © portanto x; = yx = 0. Logo, 2 2122 = 0, ent¥0 out z, = 0 ou 23 = 0 ou, ainda, =720, 3, Representagio Geometries. natural associar ao par (8,9), que ropre- senta 0 nimero complexo 2, as coordenadas cartesianas retangulares de um ponto no plano-ay. Cada nimero Complexo corresponde a um tinico ponto, © reciproce: mente. © nimero ~2+, por exemplo, & yay) representado pelo ponto (-2,1) (Fig. D- {531 aly 'A origem representa 0 ponto 7 = 0. Quan- do usado para exibir os niimeros comple x01 z geometricamente, o plano-xy s© diz plano complexo ou plano-2. Fie. NOMEROS COMPLEXOS Por outro lado, 0 nimero z pode ser concebido como o segmento orientado (yetor) da origem a0 ponte (%,)), ou como qualquer vetor obtido pela transleglo, to plano, desse velor. Assim, 0 vetor emanando do ponto (2,1) 20 ponto (3,3), que fem 2 primeira componente igual a 1 ea segunda igual a2, representa 0 ndmero 2K. A representasdo vetoral © a representagfo por pontos, de némeros comple: 05, sfo, ambas, muito Stes. Doravante, © mimero complexo 2 seré considerado freqentemente como onto z ou como vetor 2, Deve-se notar, porém, que o produto Za de dos iane- qos complexes & um nimoro complexo, vetor no plano, dos vetores 2, ¢ 72. Este produto, portanto, nfo é 0 produto escalar nem o produto vetora, usados no cil falo vetoral. Conseqientemente, o& riimeros complexos ndo podem ser identifica dot com os vetores do eéleulo vetorial de dimensio dois. Os vetores no cileslo ve torial, asim como matrize,sfo rsimeros complexos de outro tipo; sus digebras Ho iferentes da digebra para bs dmeros 2. De acordo com a definigio da soma de dois nimeros complexos, 2; + 22 cor responde ao ponto (x; +%,3 + 9s). Este ponto, por sua vez, corrsponde ao vetor tajas componentes sZo as coordenadas do ponto, Assim, 0 mimero 21 +22 érepre tentado pels soma vetorial dos vetores:, e;, como mostra a figura 2. ‘A diferenga z, ~ Z2 € representada pelo vetor,partindo do ponto 2, a6 ponto sy (Fig. 3). EXERCICIOS 1 Ves (3-1) =i EVI = = 2-H 0 PTOI. -WG 2) = 2.05 (EE Be wana 3)(2)1) = (1.8); 5 © Tyee 9 2. presente o¢ mero 5, £9.21 42 © £1 ~ #2 gafcamente, quando (an Bn=F—G Oa= (VID = (VEO; © n= (328); @O a= at ys = HI

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