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SS _~ ANEXO NE 5 34% REUNIAO DE TECNICOS DA INDOSTRIA DO CIMEWTO PAREMETROS DA DOSAGEM RACIONAL DO CONCRETO Eng? Publio Penna Fimme Rodrigues Associaao Brasileira de Cimento Portland wrRoDUCKO © objetivo principal deste trabalho é fornecer aos téenicos da indistria cimenteira alguns dos elementos principals da dosagen 40 conereto para que possam, dentro de certos limites, ter con igdes de compreender © analisar os principais fatores que alte ram as propriedades do concreto fresco e endurecido. Sendo este trabalho de cardter introdutério, procuramos nic nos estenier de masiadanente nos tépicos que o compéem, devendo aqueles que de- sejarem aprofundar-se no assunto consultar algumas das biELio~ grafias Indicadas. 0 Gltino capitulo 6 reservado & apresentacio de un nétodo de dosagem, por ora designado por ABCP/ACT, adapta G80 do método proposto pelo American Concrete Inetttute, resul- tado 4a experiéncia em mais de una centena de tracos experinen- tais executados no Departamento de Cimento ¢ Concreto, da AXP — Associacéo Brasileira de Cimento Portland, 1. © QUE # posAGEM DO CoNcRETO © concreto de cimento portland, seguramente o mais versitil ma- terial de construgéo idealizade pelo honem, 6 composto por trés componentes bisicos:' cinento portland, agregados e dgua. as suas caracteristicas irdo depender, em primeira instancia, fun- damentalmente do proporcionanento desses trée materiais. Partindo da hipétese de que o volume unitério do concreto, di- ganos im’, & formado pela somatéria dos volumes absolutos de ci mento, agragados ¢ agua, podenos, com auxilio de un diagrana ter nério("), apresentado na figura 1, visualizar todas as possibi- Lidades de proporcionanento dos trés constituintes basicos. ee DOG AES SER PDALALAM, WAVAN oA agREGa00s —— FIGURA | Assim, por exemplo, 0 ponto P representa um concreto omposto gor 0.4m’ de cimento, 0.3m? de agregados e 0,3n! de Agua. Para maior facilidade de raciocinio, transformando os volunes absolutes dos nateriais em massas, através da multiplicacao dos megmos pelas suas maseas especificas (3,15; 2,60 e 1,00, respectivamente), te remos que este metro eibico de concreto & formado por 1260kg de cimento, 780k3 de agregados © 300kg de Agua. Até mesno una pes~ soa no familiarizada com a dosagom consegue perceber que este conereto no deve ter aplicacio pratica. Primeiro, porque a qual tidade de Agua presente é muito pequena, insuficiente até para hidratar todo © cimento, que est presente om quantidade exces- siva em relacio aos outros constituintes, fazendo 0 concroto ter lun alto custo, isto sem falar dos inamvenientes tecnolégics des ta estranha mistura que dificiinente poderia denominar-se concre to. — Bate tipo de raciocinto nos induz & conclusio elenentar de que nao so todas as proporcées de cimento, agregados e sua (os constituintes) que fornecem concretos com interesse pratico. A dosagem do concreto &, portanto, © proporcionamento acequado dos trés constituintes, de maneira que o material resultante desta mistura atenda ace seguintes requisitos. a) No estado fresco possuir trabalhabilidade adequada para ser possivel, de acordo con os meios disponiveis na obra, trans- porté-10, langé-1o e adensd-lo, sem ocorréncia de segregacio, Ge acordo com as normas correntes da boa execugo das obras de conereto. b) Wo estado endurecido, o concreto deve possuir as caracteris— ticas ditadas pelo projeto da obra; deve ter, por exenplo, re sisténcia, durabilidade, perneabilidade, etc., conpativeis con as solicitagdes impostas pelas condigées © destino a que estar sujeita a obra acabada. ¢) Finalmente, todas estas propriedates exigidas do concreto, tanto no eatado fresco como no endurecido, devem ser atingi- das com 0 menor custo possivel, para tornar a obra economica mente vidvel e conpetitiva com os outros materiais al vos para a sua exocus: Com base nestas tréa leis da dosagem do concreto, podemos vol~ tar ao diagrana terndrio e procurar delinitar una regido onde 08 coneretos apresenten interesse pritico, isto 6, onde o pro- porcionenento dos trée materiais so tecnicanente exeqliveis. Primeiranente, a pritica tem mostrado que a relacdo 4qua/cimen- to (a/c), isto &, a quantidade de agua em relacao ao cinento (re Lagdo entre maseas), responsivel principal pela resisténcia qui mica © necénica do concreto, deve estar conpreendida, na grande maioria dos casos, no intervalo de 0,4 até 1,0. Desta forma, as dosagens possiveis que cumprem somente esta, respeitando apenas a Limttagia do fator agua/eimento, fica restrita ao triangule ABC (figura 2). Prosseguindo com o mesmo raciocinio, tenes que a relagio entre as nassas dos agregados secos ¢ 0 cimento m, ge influencia principalnente 0 custo do concreto, deve estar com preendida, aproximadamente, entre 2 © 8; esta nova Limitacdo & representada pela faixa limitada pelo trigngulo WDE. Piralnente, 0 de concreto, que varia em fungai que varia em fungo da sua plasticidade, sttuar-se entre 160 a 240t/n? aproximadamente, dando, gama triangular, @ faixa trapezoidal Fait, PAA SAAR i \ ea \GREGADOS Nee aii Fator ave Figura 2 A intersecgio das trés faixas proposta: @iagrana ternério tituintes result. sen coneistiri antio na encoiha de us doe concees tes a esta regiio, a ac te as do cimento, agregados ¢ da finalida es de que se pretende Pritica ten mostrado que quantidade de agua por metro eibi- KAY POO OOS. ase OS AVR RY 160L/m3 : nos fornece, dentro do 1 regtio na qual as proporgies entre of cons "am em concretos com interesse pratico. A dosa- Pertencen- especiti- deve no dia dar portante, antes de adentrarnos mais detalhadanente nag téenicas ae dosagens, 6 imprescindivel fazernos algunas considerasSes re ferentes os influéncias dos constituintes sobre as propriedades €o concreto, tanto no estado fresco cono no endurecido. 2, PRTORES QUE AFETAM AS PROPRIEDADES 00 CONCRETO ENDURECIDO Dentre as diversas propriedades do conereto endurecido, a que apresenta maior proveito prético é a resisténcia mecinica, pois, alén de ser a primeira caracteristica exigida ao material, go- ralmente correlaciona-se muito bem com outras propriedades de Anteresse, como, por exemplo, 2 durabilidade. Por este mtiv, é a mais controlada ou verificada no concreto, despertando inte- resse especial sobre os fatores que a afetan. A resisténcia do concrete pode ser considerada como sendo fun- cdo, principalmente, das resisténcias da pasta de cinento endu- recido, da aderdneia entre 2 pasta © 0 agregado © da resistancia Antrinseca do agregado. Secundarianente pode ser afetala pelo teor de cimento na mistura e pela dinensio média dos agresados. Para efeitos didaticos, vanos considerar os efeitos da pasta, agregados © teor de cinento icoladanente: 2.1 Resisténcia da pasta de cimento endurecids A resisténcia mecdnica da pasta propriamente dita é fungi, bax sicamente, do seu grau de hidratacio e da sua porosidade; ambos Sm notivel efeito sobre o deaenvolvinento © serio abordados se paradamenté 2.1.1 Grau de hidratagéo — 0 grau de hidratarao da pasta de cimento & foneio da idade, tenperatura de cura e das cazacteris tices fisican (Cinta), quinicas e mineralégicas do cinento. De tes cinco fatores, © tecnologista de concreto ven conaicces ae intervir ou controlar apenas 0 teapo de hidretacio a tempera tara de cura, que podem ver analissics simltancanence steavs do conceito de maturidade, introduride por sani). Sabenos que a resisténcia da pasta seré airetanente propor- cicen! mz ngs) deeeeetae recoste reine es [clio te aque podenos acelerar o processo de endurecinento se fornecernos

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