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Pesquisa de Confiança do Empresariado Baiano

Dezembro de 2012

Empresários baianos arrefecem o ICEB no mês de dezembro

No mês de dezembro, o Indicador de Confiança do Empresariado Baiano – ICEB,


calculado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia – SEI,
registrou 36,2 pontos, arrefecimento de 66,9 pontos em relação ao mês anterior. Embora
ainda permaneça na zona de Otimismo Moderado, o indicador atinge o menor valor da sua
série histórica.

Verificando os setores por atividade econômica, observa-se que a Agropecuária manteve a


tendência de recuperação com alta de 52,1 pontos, passando assim para zona de Otimismo
Moderado com 41,7 pontos. Já o setor da Indústria apresentou redução de 35,5 pontos e
alcança -115,2 pontos, permanecendo na zona de Pessimismo Moderado. O setor de
Serviços e Comércio acabou colaborando com o recuo do ICEB no mês de dezembro, uma
vez que o indicador setorial registrou 102,3 pontos, redução de 96,8 pontos em relação ao
mês anterior, ainda assim continuando na zona de Otimismo Moderado.

A expectativa de Otimismo Moderado da Agropecuária emana do fim da estiagem na região


do semiárido e o crescimento da produção agrícola para o próximo ano. Quanto a Indústria,
há incertezas quanto á recuperação do setor, uma vez que não depende somente do cenário
econômico interno. No que diz respeito a Serviços e Comércio, a pesquisa aponta uma
maior preocupação dos empresários quanto à situação financeira das empresas para os
próximos doze meses.

Fonte: SEI

O questionário da Pesquisa de Confiança do Empresariado Baiano divide-se em duas


partes: a primeira é referente às variáveis econômicas (PIB, câmbio, inflação e juros) e a
segunda, ao desempenho das empresas (vendas, crédito, situação financeira, emprego,
capacidade produtiva, abertura de unidades). No mês de dezembro, as variáveis de
desempenho das empresas apresentaram resultados melhores que as variáveis
econômicas, exceto para a Indústria. No geral, as Variáveis econômicas apresentaram
decréscimo de 85,4 pontos em relação ao mês anterior, enquanto as de Desempenho das
empresas registraram redução de 57,6 pontos. Para análise setorial das Variáveis
econômicas, a Agropecuária e a Indústria deixam a zona de Otimismo Moderado e passam
para o Pessimismo Moderado. No que se refere as variáveis de Desempenho das
empresas, a única modificação é em relação à Agropecuária que sai da zona de Pessimismo
Moderado para o Otimismo Moderado. As Variáveis econômicas encontram-se na zona de
Pessimismo Moderado com -0,8 pontos. Já as de Desempenho das empresas continuam na
zona de Otimismo Moderado marcando 54,7 pontos.

Indicador de confiança por tema e setor de atividade – Novembro/ 2012 - Dezembro/2012


Variáveis Econômicas Desempenho das Empresas ICEB
Setores Novembro Dezembro Variação Novembro Dezembro Variação Novembro Dezembro Variação
Agropecuária 62,5 -83,3 -145,8 -46,9 104,2 151,0 -10,4 41,7 52,1
Indústria 0,0 -34,1 -34,1 -119,4 -155,7 -36,2 -79,6 -115,2 -35,5
Serviços e
125,0 25,0 -100,0 236,1 141,0 -95,1 199,1 102,3 -96,8
Comércio
Geral 84,6 -0,8 -85,4 112,3 54,7 -57,6 103,1 36,2 -66,9
Fonte: SEI.

Observando as expectativas de inflação para os próximos 12 meses, 41,7% dos


entrevistados afirmam que os preços estarão tendendo para a estabilidade, 50,0% que os
preços estarão se afastando da estabilidade e 8,3% acreditam que os preços estarão
extremamente instáveis. Em relação aos juros, no que se refere à taxa Selic para os
próximos 12 meses, 4,2% afirmam que irá diminuir em mais de 4 pontos percentuais,
91,7% têm como expectativa variação entre -2 e 2 pontos percentuais e 4,1% indicam
aumento entre 2 e 4 pontos percentuais.

Fonte: SEI.

Quanto à expectativa do PIB nacional para os próximos 12 meses, 12,5% dos entrevistados
apontam que o país irá crescer entre 3% e 4,9%, 70,8% acreditam no crescimento entre 1%
e 2,9%, 12,5% apontam que irá variar entre -1,0% e 0,9% e 4,2% dos respondentes balizam
que irá diminuir mais de 1,0%. Analisando o PIB estadual para os próximos 12 meses,
4,2% dos entrevistados acreditam na possibilidade de crescimento acima de 5%, 25,0%
indicam que haverá crescimento entre 3% e 4,9%, 54,2% afirmam que o produto crescerá
entre 1% e 2,9% e 16,6% esperam uma variação entre -1% e 0,9%.

Avaliando as expectativas de vendas para os próximos 12 meses, 29,2% dos entrevistados


apontam aumentos razoáveis, 58,3% acham que não haverá alteração e 12,5% indicam
redução razoável. Em relação ao crédito para os próximos 12 meses, 8,7% espera que o
crédito esteja muito atrativo, 39,1 % atrativo e 52,2% pouco atrativo. Quanto o câmbio
para os próximos 12 meses, 34,8% dos representantes patronais acreditam que estará
favorável, 30,4% são indiferentes e 34,8% apontam que estará desfavorável. Já a
capacidade produtiva para os próximos 12 meses, 4,2% afirma que estará
consideravelmente maior, 16,7% pouco maior, 58,3% permanecerá a mesma, 16,7% pouco
menor e 4,2% apostam que estará consideravelmente menor.

Em relação à situação financeira das empresas para os próximos 12 meses, 25,0% dos
entrevistados responderam que estará pouco melhor, 41,7% a mesma, 29,2% pouco pior e
4,2% consideravelmente pior. Analisando o emprego para os próximos 12 meses, 20,8%
pretendem contratar trabalhadores, 58,3% manter a quantidade atual de empregados, 16,7%
demitir trabalhadores e 4,2% demitir muitos trabalhadores. Quanto à expectativa das
exportações para os próximos 12 meses, 11,8% dos respondentes acreditam no aumento,
82,4% na estabilidade e 5,8% na redução. Para os próximos 12 meses, quanto a abertura
de unidades, 16,7% dos empresariados contam com abertura de algumas unidades, 54,2%
apontam que o saldo de abertura e fechamento não irá se alterar e 29,2% apontam para o
fechamento de algumas unidades.

Desempenho das empresas


Abertura
Capacidade Situação
Vendas Crédito Câmbio Emprego Exportação de
produtiva financeira
Setores unidades
Agropecuária 166,7 500,0 500,0 -166,7 166,7 -166,7 0,0 -166,7
Indústria -90,9 -318,2 -200,0 -136,4 -181,8 -136,4 0,0 -181,8
Serviços e Comércio 250,0 277,8 50,0 200,0 0,0 150,0 100,0 100,0
Geral 147,4 129,7 18,3 74,5 -36,7 42,7 63,5 -1,7
Fonte: SEI.

No que diz respeito às variáveis econômicas, a expectativa de inflação encontra-se na zona


de Pessimismo Moderado para todas as atividades setoriais. Sendo que no geral, a melhor
expectativa é em relação ao PIB estadual. Já os juros, PIB nacional e PIB estadual
permanecem na zona de Otimismo Moderado.

Verificando as variáveis de desempenho, percebe-se que para o setor da Indústria todas as


variáveis continuam na zona de Pessimismo Moderado, exceto exportação que passa para a
zona de fronteira entre o Otimismo Moderado e o Pessimismo Moderado. No geral destaca-
se em ordem decrescente no Otimismo Moderado: vendas, crédito, capacidade produtiva,
exportação, emprego e câmbio. Já situação financeira e abertura de novas unidades passam
para zona de Pessimismo Moderado.

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