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Lc
8:50. Jo 6:28-29. Hb 11:6. 1 Jo 3:22. Jo 5:24. Jo 11:25. Jo 12:46. Jo 20:31. Rm 10:9. Gl
3:24
Depravação total: jó 34:18. Jó 9:2. Jó 25:4. Sl 143:2. Jr 2:22. Ez 14:14. Rm 3:20. Gl 5:4.
Jó 14:4. Sl 130:3. Pv 20:9. Ec 7:20. Ez 14:14. Rm 3:19.
O PRINCÍPIO DO CRISTIANISMO
É bem dito que todas as religiões fora do cristianismo são religiões da Lei. Que é a lei?
Todos aqueles que não foram apresentados ao Caminho e a Verdade e não tem o Espirito
Santo em seus corações, tem ainda sim, a lei divina que está escrita em vossos corações.
Donde que, toda outra religião, gira em torno da Lei, gira em torno de uma reconciliação
nossa com Deus, em razão da culpa do pecado que atormenta a consciência, a falta do
Consolador e o medo da punição eterna, trazendo a experiência mística para esse mundo.
No mesmo passo que, os cristãos creem que a verdadeira religião, isto é, a verdadeira
comunhão com Deus se dá no momento que cremos que o Cristo divino-huma no
estabeleceu esta comunhão a todos aqueles que cressem nele. Mesmo nós, desde o iníc io
dos tempos, não merecemos nem mesmo sermos criados para observarmos a gloria de
Deus em toda a criação, Ele ainda sim, por puro amor as criaturas, salvou-as todas no
sacrifício de Seu Filho.
Consequente, toda outra religião desvinculada do Caminho e da Verdade está alheia a Lei:
Portanto, todo aquele que acha que a experiência com Deus é merecida, adquirida,
comprada, e tudo o mais que dependa do livre arbítrio não é cristão, pois então, aquilo
depende da vontade do homem, seja de forma menor ou maior (isto é, judaizantes,
pelagianistas, semipelagianistas, sinergistas e até mesmo arminianos, estão todos sob esta
heresia anti-cristã), é contrário a doutrina principal do Cristianismo e que permeia toda
Escritura: A salvação pela Graça de Deus por meio da Fé em Cristo.
Todos aqueles que se dizem cristãos e negam esta doutrina, negam o que a Bíblia protesta
do início ao fim. As boas obras, de acordo com John Theodore Mueller em sua Dogmática
Cristã, são-nos impostas nesse livro sagrado, mas apenas enquanto resultado de um
coração agradecido, sendo apenas sacrifícios de louvor, frutos da fé, mas jamais serão o
preço do resgate dos verdadeiros discípulos de Cristo. No livre de autoria de Diego
Cândido chamado A Fé Protestante, ele testifica que:
A Lei, seja qual for, se difere do evangelho por um simples motivo: O evangelho não
depende do ser humano e de seu arbítrio para nos dar a Graça. A lei, mesmo que prometa
algo, só promete na medida que merece, na medida que depende do arbítrio do homem.
Alguém pode objetar da seguinte maneira: mas o evangelho só oferece a graça por meio
de fé em Cristo, isso já não seria depender de um esforço para crer, e sendo assim, do
arbítrio?
Ora, se existe moção em direção a Deus é porque Deus o moveu para isto! Se um
movimento tem um fim, é pela razão de que mesmo antes do movimento, foi previsto para
qual fim iria, por isso se diz que a causa final é a primeira na causa e a última na
execução. Isso é algo que tomistas, zumelianos, molinistas, arminianos, calvinistas,
suarezianos, etc. todos concordam, discordam apenas sobre a natureza desta moção
inicial, isto é, como Deus nos move, e esta natureza não nos importa para os fins da
discussão aqui, importa apenas que, assim como Tomás diz na Summa Theologica:
E Paulo, em Romanos nos oferece todo um sermão contra a doutrina legalista, que é por
si mesma judaizante, pois acredita na expiação do pecado por meio de sacrifícios que nos
fazem merecer
SOMENTE PELA FÉ?
Eu como protestante não acredito na validade das boas ações/obras para Deus pois
acredito nos princípios do Solus Christus, Sola Fide e Sola Gratia e bem como diz nas
escrituras
“Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como
trapo da imundícia” Isaías 64:6
Veja bem, os trapos de imundices era o pano que as mulheres usavam para conter a
menstruação, algo considerado repugnante, e para Deus nossas JUSTIÇAS são como
isso! Isto é, não existe nenhuma ação nossa que nos reconcilia com Deus ou que ao
menos Deus nos recompensa por elas somente, sejam essas o comportamento asceta,
seja a obediência a Lei, seja oferendas, o que for, não é mais valido pois o Redentor
Vicário já nos foi apresentado e é somente por meio da fé n’Ele que as justiças d’Ele
são imputadas pela Graça em nosso nome, tal como nossos pecados foram imputados
no nome do Senhor. Nada nos faz merecer Sua justiça a não ser a própria Graça! Há
quem objete dizendo que a citação de Isaias se trata somente de uma confissão dos
pecados, mas ora como a bíblia é inspirada pelo Espírito Santo, nada seria posto nela que
o Espirito Santo não concordasse e não quisesse que fosse posto (ver capitulo de Sola
Scriptura). Caso ainda resista a dúvida, ainda temos mais versículos de apoio para mostrar
o fato da radicalidade do pecado:
“Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos
quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o
príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da
desobediência; entre os quais também todos nós andamos outrora,
segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e
dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também
os demais.” (Efésios 2: 1-3)
“Que é o homem, para que seja puro? E o que nasce de mulher, para
ser justo? Eis que Deus não confia nem nos seus santos; nem os céus
são puros aos seus olhos, quanto menos o homem, que é abominável e
corrupto, que bebe a iniquidade como a água!” (Jó 15:14–16)
"Como, pois, seria justo o homem para com Deus, e como seria puro
aquele que nasce de mulher? Eis que até a lua não resplandece, e as
estrelas não são puras aos seus olhos. E quanto menos o homem, que é
um verme, e o filho do homem, que é um vermezinho!" (Jó 25:4-6)
“Mas não leves o teu servo a julgamento, pois ninguém é justo diante
de ti”. (Salmo 143:2)
“Todos nós como ovelhas, nos desviamos, cada um se desviou por seu
próprio caminho” (Isaías 53:6)
"Por que você me chama bom? ", respondeu Jesus. "Não há ninguém
que seja bom, a não ser somente Deus." (Marcos 10:18 / Lucas 18:19)
“Pela altivez do seu rosto o ímpio não busca a Deus; todas as suas
cogitações são que não há Deus." (Salmos 10:4)
"Na verdade que não há homem justo sobre a terra, que faça o bem, e
nunca peque." (Eclesiastes 7:20)
Então percebemos que se o parâmetro de dever para o cristão é seguir todas as justiças e
praticar boas ações e obras, ela seria impossível, e sendo assim não seria um dever. Mas
eu como alguém que não segue algum tipo de pelagianismo, não vejo a importância das
boas obras, vejo a importância da Salvação por meio da Fé para Cristo e realizada pela
graça de Deus
“Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso
Senhor Jesus Cristo, por meio de quem obtivemos acesso pela fé a esta
graça na qual agora estamos firmes; e nos gloriamos na esperança da
glória de Deus” (Romanos 5, 1-2)
Imputar algo a uma pessoa significa pôr algo em sua conta, ou contá-la entre as coisas
que lhe pertencem, ser-lhe creditado, e o que lhe é imputado passa a ser legalmente seu;
é-lhe contado como sua propriedade. Quando Deus diz "imputar pecado" a alguém, o
significado é que Deus considera o tal como pecador e em consequência, culpável e
merecedor de castigo. Semelhantemente, a não imputação de pecado significa
simplesmente não atribuir essa carga como base do castigo (Salmos 32.2). Da mesma
forma, quando Deus diz “imputar justiça” a uma pessoa, o significado é que Deus
considera judicialmente tal pessoa como justa e merecedora de todas as recompensas a
que tem direito toda pessoa justa (Romanos 4.6-1)" assim havendo uma dupla imputação :
A Cristo foi imputado os pecados e aos pecadores foi imputado a justiça de Cristo.
Essa imputação é um salto qualitativo do homem. Antes da fé, o homem poderia agir da
forma mais irrepreensível que puder, ainda sim, estaria sob o pecado e sob a culpa
mediante Deus. Portanto, após ter fé em Cristo, a graça de Deus permite a ele que por
meio do sangue do seu filho ame o homem completamente; neste momento, se o mesmo
homem continuar fazendo as mesmas ações, agora embora factualmente sejam o mesmo
estado de coisas, foi lhe imputado a justiça, onde o mesmo estado de coisas é justo pois
Deus nos deu esse direito de sermos justos por meio dele. Tal como na nossa jurisdição
atual, um mesmo estado de coisas parece-nos qualitativamente diferente sob o juízo, a
saber, alguém sendo posto contra sua vontade dentro de um carro, pode ser tanto justo, no
caso de policiais que predem um ladrão, como injusto no caso de um sequestro; a mesma
descrição é normativamente diferente. Há quem duvide, falando que isso é transportar
conceitos externos para a bíblia, sem qualquer necessidade na exegese, sendo portanto,
mera tipologia, mas então, farei aqui uma pequena exegese de alguns capítulos, para
mostrar que a justiça chega ao homem não como um processo na alma, mas como algo
que lhe é imputado por direito.
“Noé, porém, achou graça aos olhos do Senhor [...] Noé andava com
Deus” (Genesis 6: 8-9)
Perceba que, não é Noé que atrai Deus por alguma peculiaridade, mas Noé achou graça
por meio dos olhos do Senhor. Para evitarmos os fatigantes debates soteriologicos sobre
vontade antecedente e consequente, basta dizer aqui, que aquele que é causa da graça de
Noé, é o Senhor, e é por meio dele que Noé foi eleito para salvar a humanidade. É dito
também que Noé andava com Deus. Ora, como alguém pode andar com Deus? Em
Hebreus Paulo nos diz como nos tornamos próximos de Deus:
“Se Abraão foi justificado das obras, ele tem glória, não, porém,
perante Deus. Pois, que diz a Escritura? Abraão creu em Deus, e isso
lhe foi imputado por justiça” (Romanos 4: 3)
Paulos nos distingue o que realmente é uma boa obra para Deus e para os homens. Ora, o
homem pode sim fazer obras boas no que compele a moral e as leis, porém, estas boas
obras não são nada perante os fins sobrenaturais que Deus quer ao homem; a justiça de
Deus, ao contrária da humana, não depende do livre arbítrio, depende unicamente
da fé n’Ele. O que faz alguém justo perante os homens, não faz alguém justo perante
Deus. Como Lutero diz, o homem é “simult justus et pecator”, isto é, o homem por sua
natureza depravada é pecador, mas este mesmo homem, quando imputado de justiça, não
oferece obstáculos pelos pecados mesmo pecando. Uma mesma descrição factual (homem
pecando) sob um ponto de vista normativo diferente (réprobo ou justo/eleito). Paulo
declara muitas vezes que a justificação é um ato já encerrado. Logo, a justificação só pode
ser uma declaração ou um ato e não um processo como afirmam os Romanistas e sua
doutrina da graça infundida na alma.
Na Igreja católica romana, justificação significa que Deus torna o homem inocente de
fato, mediante a obra que Deus faz no coração dele. A igreja transformou a graça, um
atributo de Deus, sua misercórdia e favor imerecido, numa qualidade do homem. A igreja
romana ensinava e ainda ensina que os homens são justificados pela graça de Deus em
seus corações. Já para nós protestantes, a salvação é algo totalmente de fora. Perceba que
na ICAR a justificação é interna e subjetiva enquanto aos protestantes é algo externo e
objetivo. Enquanto na ICAR Deus justifica um homem fazendo-o justo pessoalmente pela
graça CONQUISTADA por Jesus. No protestantismo, Deus justifica o homem imputa ndo
nele a justiça de Cristo, mediante a graça, que é totalmente unilateral de Deus, pois Jesus
sofreu a punição que o pecador merecia e por isto ele pode ser considerado justo, pois a
injustiça foi imputada em Jesus.
Na teoria, isso é confiar na obra de Deus nos homens, mas vejamos, como vimos
anteriormente, não há obra de Deus que faça nosso coração aceitável a ele, pois nem a
maior de nossas justiças, por mais que sejam glorificadas por homens, para Deus são como
trapos de imundiça. O que nos torna aceitável ao pai, é o próprio sangue de Cristo que nos
foi imputado, que aos dizeres de Lewis, Deus “finge” que somos filhos dele.
“Nos predestinou para sermos filhos de adoção por Jesus Cristo, para
si mesmo, segundo o bom propósito de sua vontade” (Efésios 1;5)
Em Deteronômio é afirmado Deus inseria o povo na terra não pelas justiças deles, mas
pelo nome do Deus que havia prometido isso. Sempre penso em um homem jogado na
sarjeta em estado deplorável que recebe uma ajuda imerecida não por aquilo que é, mas
por aquilo que o ajudador vê que o indivíduo pode ser. Também podemos pensar assim:
no evento da matança dos primogênitos, o destuidor atingiu os israelitas não pelas justiças
que praticavam, mas pelo sangue do cordeiro passado nos batentes das portas. Muitos
judeus saíram de lá com ídolos nas mãos etc. A gente poderia pensar que poderiam haver
egípcios mais retos do que judeus, mas a questão ali não era a justiça pessoal, mas a
promessa divina, a eleição pela graça. Daniel, quando ora a Deus pede que não sejam
levadas em conta as muitas justiças do povo de Israel, mas sim as muitas misericórdias de
Deus. O ato primeiro de Deus é sempre uma imputação, um amor não condicionado.
Assim, o Dever não se torna impossível aos homens, mas é plenamente possível ter Fé
em Cristo e assim, Deus sendo o Ser perfeito e cheio de Graça, possibilita que mesmo um
pecador é imputado de justiça ao passo que o Filho é imputado dos pecados. A fé apenas
nos mostra o quão miseráveis somos diante do próprio Ser supremamente gracioso que
fez vir-a-ser a mim e a tudo que amo, mostrando-nos nossa necessidade ter de seguir a
Ele, e assim, ele por meio da sua graça, justifica nossas justiças!
Como Calvino nos mostra nos primeiros dois capítulos de suas Institutas, que o Velho
Testamento é feito para conhecermos nossos erros e conhecermos ao nosso Deus e o Novo
Testamento, tendo em mente o Deus que crê e nos pecados que comente, mostra o
salvador do homem. Um verdadeiro auto-conhecimento vem do conhecimento de nosso
Deus e de nossos pecados. Pelas Escrituras, nos fica obvio que por nossa natureza só
poderíamos pecar e que se há algo de bom em nós, é um auxilio que Deus por meio de
sua graça nos deu.
Sendo a criação feita, imperfeita e movente e Deus perfeito e imóvel, Deus não poderia
ter conhecimento do mal e da imperfeição (tanto que o mal é um ente de razão que é a
negação em um sujeito de um certo, contrariando ideias platônicas e agostinianas do
mal como não-ser). Então a criação, com partes imperfeitas, não poderia ser conhecida
diretamente, mas só na medida que Deus conhece a si mesmo, ele então só conhece aquilo
que Glorifica e participa da Gloria de Deus, e este momento, onde Deus “olha” pra si
mesmo, é onde surge logicamente (pois ontologicamente, são co-eternos e um só, se
diferem pela relação lógica e conceitual) o Verbo, a hipóstase do Filho, que é a hipóstase
de Deus que tem a relação (ou função) de Comunicar o Criador a criação, e é por isso
que reduzir Deus a mera causa é um absurdo, pois ele nos conhece na medida que
parecemos com ele, na medida que somos semelhantes a Ele, na medida que somos Irmãos
do Filho. Agora, como Deus é puramente bom, ele é por si amável, donde surge que as
duas hipóstases de Pai (Deus criador) E Filho (Deus comunicador) são também por si
amáveis, e no momento que o Pai conhece seu Filho da criação, um Ama o outro
eternamente, d’onde surge o Espirito Santo, o Amor do Pai e do Filho que se estende
a nós enquanto participamos do Filho somos amados eternamente.
Agora perceba, Deus criou tudo para sua gloria e só conhece-nos na medida que
participamos de Sua Gloria, então aquele que não glorificar a Deus por meio do Filho,
nunca terá o Amor de Deus para justificar (tornar justo) sua salvação. Além de que, isto
tudo também está na Bíblia, e sendo a Bíblia a manifestação de Deus, ele não poderia se
contradizer (cometer um ato imperfeito) com sua Palavra.
Há Quem objete dizendo que isso é incompatível com a ideia de Deus, pois falar que Deus
quer de nós a glória, nossa devoção, nosso amor, seria dizer que Deus é imperfeito e
precisa de algo, e sendo ele perfeito, não precisa de nada. Outros também objetam dizendo
que Deus é egoísta por esta razão.
Devemos ter em mente que nosso Pai é o Deus santo que não pode contemplar o mal e só
podemos chegar até Ele pois temos o Filho como intermediário. O Pai ao olhar para nós
agora no processo de santificação, não vê a nós, mas "finge" (na linguagem de Lewis) que
somos Seu Filho, vendo apenas a natureza do Filho em nós. Quando tudo o que for
corruptível passar em nós, só sobrará a natureza do Filho de Deus, cumprindo o que diz o
Apóstolo: Até que Cristo seja tudo em todos. Donde surge a doutrina da Theosis dos
ortodoxos.
“Nos predestinou para sermos filhos de adoção por Jesus Cristo, para
si mesmo, segundo o bom propósito de sua vontade” (Efésios 1;5)
“Dando graças ao Pai que nos fez idôneos para participar da herança
dos santos na luz. Ele nos tirou do poder das trevas e nos transportou
para o Reino do Filho do Seu amor, em quem temos a redenção pelo
seu sangue, a saber, a remissão dos pecados” (Colossenses 1;12-14)
Basicamente, tudo é isso é para mostrar que nós, pecadores diariamente, nunca
poderíamos ser salvos por conta propria mas somente em razão “daquele que vos chama”
(Romanos 9) e só somos salvos pois Ele nos ama na medida que nos conhece, e só nos
conhece na medida que deixamos o sangue de Seu Filho sobre nós.
Isso não é só sobre as doutrinas principais das quais nossa salvação depende, mas de todo
os ensinamentos da Sagrada Escrituro, onde próprio Senhor Jesus diz:
Quem objetar dizendo que ateus (ou outros não-cristãos) não caem nesta circularidade
pois os mesmos não tomam a Escritura como reverencia pra fundamentar nada, de tal
forma que a mesma objeção teria efeito argumentativo se feita por um ateu. Mas ora, se
não importasse para ele, o mesmo poderia falar “a ciência não nos fala da autoridade da
bíblia sobre ela”, mas quando ele tem relações linguísticas num contexto pragmático
intrinsecamente cristão ele aceita a reverencia da Bíblia pois objeta “a Bíblia não fala de
sua autoridade”. E isto equivale gramaticalmente a tomar a Escritura como sujeito
determinante normativo para autoridade em geral, esta última que é um predicado
em relação de dependência do sujeito mesmo na negação deste sujeito. A Sola
Scriptura, em termos lógicos, é necessária em razão de que sua negação acaba a negar a
si mesma, portanto, afirma a sola scriptura. De forma que a contradição da qual falamos
é logica e gramatical e não intra-psiquica.
∀¬S: ¬S <-> S
Sabemos que conceitos são intrinsecamente normativos pois cada conceito rege suas
possíveis conexões legitimas em proposições possíveis, i.e., cada conceito tem uma forma
correta de ser posto em um juízo e é próprio conceito que nos dá as regras de uso. De
forma que, numa “hierarquia” da normatividade de conceitos, isto é, no qual um conceito
determina outra gama de conceitos que determinam outros, a Bíblia certamente seria
a superior. Pois ela é um conceito que quando tomado em si ele consegue determinar uma
gama absurda de outros conceitos, de maneira que, toda negação do conteúdo bíblico
certamente está errado, tudo aquilo que é indiferente ou no mínimo sujeito à ela é
provável, e aquilo que concorda diretamente é verdadeiro, determinando desde outros
conceitos jurídicos (pois diz qual norma é realmente justa e/ou correta) até conceitos
empíricos (pois diz qual conceito empírico é real e não somente uma aparência). O que
não acontece com o conceito de ciência (empírica) por exemplo, que consegue só
determinar aquilo que está dentro dos limites da experiência, de forma que conceitos mais
formais não entram em sua regência, donde que, a ciência não consegue dizer que a bíblia
tem autoridade ou não, pois a autoridade é um conceito formalmente jurídico que
transcende os conceitos sob tempo e espaço; e nem mesmo os conceitos puramente
jurídicos são capazes de falar que autoridade da Bíblia é legitima, pois a legitimidade da
Bíblia é justificada pelo Santo Espirito e não por arcabouços de julgamento moral e
legislativo.
Lucas diz:
“Eles se dedicavam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas
orações” (Atos:42)
Perceba que é citado uma doutrina dos apóstolos que é encontrada nas cartas, nos
evangelhos e no velho testamento e não em uma autoridade eclesiástica formada de
homens falhos. Como bem dizem Agostinho:
“Pois os raciocínios de quaisquer homens que seja, mesmo que seja católico e de alta
reputação, não é para ser tratado por nós da mesma forma que a Escritura canônica é
tratada” (Cartas; 148, 4)
E também Aquino: “No entanto, a doutrina sagrada faz uso dessas autoridades como
extrínsecas e argumentos prováveis, mas corretamente usa a autoridade das Escrituras
canônicas como uma prova incontroversa, e a autoridade dos doutores da Igreja como
algo que pode ser adequadamente utilizado, mas meramente como provável. Pois a nossa
fé repousa sobre a revelação feita aos apóstolos e profetas que escreveram os livros
canônicos, e não sobre as revelações (se tais existissem) feitas para outros doutores. Por
isso diz Agostinho [Ep. 82]: 'Eu confesso a sua bondade que eu aprendi a render este
respeito e honra apenas aos livros canônicos da Escritura: Desses somente eu mais
firmemente tenho acreditado que os autores foram completamente livre de erro. E se
nesses escritos eu esteja confuso por qualquer coisa que me parece oposta à verdade, não
hesitaria em supor que o manuscrito seja defeituoso, ou o tradutor não pegou o
significado do que foi dito, ou eu mesmo tenho falhado em entender isso.” (STh, P1, Q1,
A8, obj.2)
Havendo então 39 livros que formam o cânon, escrito por homens em diferentes épocas
que foram todos iluminados pelo Espirito Santo (caso contrário não estaria no cânon e
não teria autoridade alguma). E de todos os livros, o centro de toda escritura é Cristo, de
começo ao fim temos menções ao Messias de forma ou de outra, sendo então Cristo a
chave das escrituras, e mediante Cristo a escritura interpreta a si mesma. Tendo em mente
esse princípio cristológico, o evangelho é a chave para a interpretação de toda Bíblia, onde
toda escritura tende para o evangelho sendo este um fim único para a salvação.
Sobre o princípio do livre-exame: Isso não é dizer que devemos interpretar de forma
exclusivista e subjetiva, mas um exame ao contrário de uma simples interpretação
(opinião) possui um método objetivo, que no caso, é que as escrituras devem ser
interpretadas conforme o sentido logico, histórico e gramatical, observando o contexto no
qual foi escrito, os objetivos do autor, gênero literário e hermenêutica em caso de dúvidas,
e devemos entender também que nenhuma parte da Escritura foi escrito como pura
alegoria, mas foi escrito com uma única finalidade: Nos preparar ou nos explicar sobre o
Evangelho de Cristo. E é esta que devemos buscar, pois a Palavra de Deus é viva!
A bíblia sendo inspirada pelo Espirito Santo não deixaria nada que não fosse a Palavra
D’ele ser escrita, nem mesmo os atos são só descrições históricas são puramente
subjetivas, mas são ambas o próprio Espirito Santo mostrando a Verdade, Caminho e a
Vida.
Também não é, como algumas pessoas acham, que se trata de um método de interpretação
literalista, como já foi falado, é um livre-exame num método histórico-gramatica l
respeitando as intenções de cada autor e as intenções do Espirito Santo, então existem
passagens a ser interpretadas de forma literal, de forma alegórica, de forma poética ou de
forma prosa-historical e todas com o único intuito de falar sobre o Caminho, a Verdade e
a Vida.
Algo muito interessante a se notar, é que como cremos que a bíblia é inspirada pelo Santo
Espirito, que é dizer que nada é escrito nela a não ser pela vontade do Espirito Santo de
ditar uma verdade sobre o Caminho, separamos a descrição meramente factual e material,
que envolve as intenções específicas do autor, e as descrições formais, que são justamente
as que nos mostram uma verdade superior e imutável que o Consolador quer nos mostrar.
Essa segunda, tem um caráter formalístico e normativo, e normalmente há outras
passagens na escritura que falam sobre e apontam, seja implicitamente ou não. Onde por
exemplo, na discussão do Sola Fide, dizem que a afirmativa de Isaias sobre as justiças
serem trapos, que Isaias estava apenas falando de uma confissão comunitária judaica, mas
ora, a Bíblia sendo inspirada pelo Espirito, nada seria dito nela que o Espirito Santo não
permitisse ser dito para ser posta como doutrina da Escritura. Existe um salto enorme em
descrever que foi escrito uma certa época e um certo contexto pra dizer que só vale para
aquela época naquele contexto.
Quem selecionou e inspirou o cânon foi o Espirito Santo e não os homens: Caso
contrário seria confiar toda transcendência escrita em homens falíveis. De tudo que o que
os apóstolos e os discípulos de apóstolos (Lucas e Marcos por exemplo) escreveram, Ele
selecionou a Palavra D’ele mesmo para ser protegida pelos cristãos como firme e infalíve l,
afinal, o que poderia ser mais fundamental? Isto não é dizer que os escritos dos pais da
igreja são inúteis como alguns pensam, mas é sim dizer que podem conter erros pois eram
homens falíveis, santos mas falíveis; enquanto as Escrituras embora escritas por meio de
homens, eram em fato a própria manifestação do Espirito Santo para a Glória de Deus!
A tradição então não é nada mais que algo que jaz nas escrituras e ela só está correta na
medida que concorda com as escrituras. As escrituras não seriam tão só algo determinado
pela tradição ou a parte escrita da tradição, mas a própria manifestação infalível de Deus
na terra e por isso mesmo tudo o resto deve concordar e estar sobre ela.
Vejamos o seguinte, quando digo que a interpretação da bíblia deve ser feita mediante o
método histórico gramatical, não falo que o fim da bíblia é em outra coisa se não ela
mesma, mas o método histórico-gramatical respeita justamente o que já está na bíblia: A
gramáticas e a hermenêutica, segundo as intenções formais e materiais do autor e segundo
outras passagens da Bíblia ditando quais as normas determinantes de toda vida e doutrina
cristã.
Deste modo torna-se até logicamente possível a defesa de algo externo a bíblia enquanto
concorde com as normas bíblicas. Donde se traduz que:
∀T: B -> T
Para toda tradição: A Bíblia é condição necessária para tradição e a tradição é condição
suficiente para bíblia.
Agora, se entende que as Escrituras são suficientes para o que for predicado dela.
Segundo François Torrentini a Escritura prova a si mesma como inspirada por Deus de
duas formas, A) provas externas e B) provas internas, sendo as últimas mais consistentes
que a primeira.
(A) AS MARCAS EXTERNAS SÃO:
(A.1) – Antiguidade: A Bíblia está acima de todos os monumentos pagãos por
antiguidade, tendo mais de 4 mil anos.
(A.2) – Durabilidade: A Bíblia preservou-se pelo cuidado providencial de Deus
contra os poderosos e hostis inimigos até mesmo em comparação com outros
livros religiosos que pereceram com o tempo.
(A.3) – Sinceridade: A Bíblia apresenta tamanha sinceridade e candura dos
escritores, que não ocultam nem mesmo as próprias falhas.
(A.4) – Validade do Martírio: A condição dos mártires que selaram as Escrituras
com seus sangues.
(A.5) – Extensão do Testemunho: O consenso de todos os povos que, ainda que
diferindo em costumes, têm recebido essa Palavra como um valioso tesouro da
verdade divina, e a têm considerado como o fundamento da religião e do culto
divino.
A Bíblia está abaixo da Tradição porque foi a Igreja que a criou. Ora, o criado está
abaixo do criador. Logo, a Bíblia está abaixo da Tradição: O maior erro dessa
afirmação é dizer que a Bíblia foi criada por meros homens que escreveram para fins
próprios. As Escrituras Sagradas não foram escritas pela Igreja nos Concílios, mas foram
reconhecidas por ele, guiada pelo Santo Espírito. Existe uma longa diferença entre criar
e reconhecer, pois quem reconhece descobre algo que é valioso e assim se submete ao
valor, tal como quando reconheço uma autoridade legal, eu descubro que algo merece,
por ser valioso, minha submissão a suas leis.
Ora, sendo a tradição a doutrina dos apóstolos escrita e oral, porque a Igreja se importar ia
em validar um cânon?
A resposta mais simples para essa pergunta dada por um católico é: para preservar a
tradição dos apóstolos! Os próprios apóstolos sabiam que era necessária essa preservação!
Usando-se do mesmo raciocínio católico, poderíamos então afirmar: a Igreja procurou
validar as Santas Escrituras, procurando o que fora guiado pelo Espírito Santo, logo, se a
Igreja decide e valida o que foi escrito pelo Espírito, e em virtude disso a Igreja não está
acima das Escrituras e do Espírito Santo. Assim, a Igreja reconheceu o cânon não para
dizer: "Reconhecemos o cânon e ele está abaixo de nós"; mas para se submeter a
autoridade das Sagradas Escrituras e do Espirito Santo.
Inclusive, a negação da primazia das escrituras é algo que só foi surgir após as críticas ao
papado, antes disso se tem afirmações como Aquino na já citada acima e também em Sth,
P2, Q1, A9; em Sth, P1, Q1, A10, R.obj.1; também em STh, P2, S2, Q62, A1 como em
STh, P2.2, Q174, A6.
"há, porém, ainda muitas outras coisas que Jesus fez. Se todas elas
fossem relatadas uma por uma, creio que nem no mundo inteiro
caberiam os livros que seriam escritos."
Esse verso é usado por muitas pessoas, para afirmar que nem tudo está escrito, logo,
teríamos que ter outras fontes de doutrina além do que está escrito.
Todavia, ao lermos o Evangelho de João em alguns versículos atrás, capítulo 20; 30-31,
temos a explicação de João para o propósito do Evangelho escrito.
Ele diz:
"na verdade, fez Jesus diante dos discípulos muitos outros sinais, que
não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram registrados para que
creiais que Jesus é o Cristo, Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais
vida em seu nome."
Logo, João não estava dizendo que as pessoas deveriam ter outras fontes de saber sobre
Jesus que não fossem os escritos apostólicos.
Ele estava dizendo, na verdade, que o foi escrito tinha tudo o que era suficiente para que
alguém tivesse fé em Jesus como o Cristo. João estava dizendo que o não foi escrito era
desnecessário, uma vez que o que alguém precisa para crer em Jesus e ter vida em seu
nome é o que ele escreveu. Ao afirmar que muita coisa não foi escrita, João não está
descartando o escrito e sim afirmando que o escrito é suficiente.
A suficiência das Escrituras é a base da Sola Scriptura. Embora a Escritura não tenha tudo
sobre Deus, ela tem o que nós precisamos saber sobre Deus de forma perfeita e infalíve l
para nossa comunhão com Ele e alcançarmos ao fim disso a salvação de nossas almas
pela fé em Jesus.
O mesmo argumento eles aplicam para o texto de II Tessalonicenses que nos diz:
"Nós vos ordenamos, irmãos, em nome do Senhor Jesus Cristo, que vos
aparteis de todo irmão que ande desordenadamente e não segundo a
tradição que de nós vós recebeste". (Tessalonicenses; 3;6)
Aqueles que se opõem ao ensino da Sola Scriptura, usam desse texto para dizer que existe
uma tradição oral que teria sido preservada pela igreja e que deveria ser seguida com a
mesma autoridade da Bíblia.
Paulo fala aqui para os cristãos guardarem o que foram ensinado oralmente, bem como
por epístolas. Todavia, é óbvio que Paulo não poderia dizer para crerem apenas no que
estava nas epístolas, porque o primeiro contato dele com a Igreja de Tessalônica não foi
escrito. Paulo esteve em Tessalônica e pregou aos tessalonicenses, conforme Atos 17.1-
9. Logo, foi oralmente que Paulo disse que Jesus morreu ressuscitou, sendo igualme nte
oralmente que Ele pregou as bases do Evangelho.
Além disso, a data da epístola nos ensina muito sobre o que eram as tradições orais que
Paulo ensinou.
A Segunda Epístola aos Tessalonicenses foi escrita entre 50-52 d.c., o Evangelho de
Mateus, por sua vez, foi escrito entre 60-70 d.C., o de Marcos entre 62-69 d.C. de Lucas
entre 60-63 d.C. e João, que foi o último, entre 85-90 d.C. Logo, quando Paulo escreveu
aos tessalonicenses, os Evangelhos ainda eram ensino oral. Não existia nenhum escrito
da vida e obra de Jesus por parte dos apóstolos.
Então, se Paulo tivesse dito para aceitarem só no que ele escreveu nas cartas aos
tessalonicenses, eles não teriam no que crer. Paulo, todavia, teve um papel
importantíssimo na formação dos Evangelhos posteriormente. Dois dos autores dos
Evangelhos foram seus discípulos. Lucas acompanhou Paulo em suas viagens. Em
Colossenses 4; 14, Paulo envia saudação dele a Igreja de Colossos, mostrando que ele
estava junto a Paulo.
Logo, Lucas está dizendo que ele fez investigações acuradas sobre a vida de Jesus. Ele
usou de várias fontes (possivelmente também o Evangelho de Marcos, que é mais antigo),
e assim, ele teria reduzido a escrito aquilo que era tradição oral, até então. Lucas, que
acompanhou Paulo, certamente sabia de tudo que Paulo ensinava oralmente, tendo escrito
esse ensino em seus dois livros.
Marcos, que escreveu seu Evangelho antes de Lucas ainda, também acompanhou Paulo
em suas viagens, conforme Atos 12.25 e 13.5. Também na Epístola aos Colossenses 4.10,
Paulo envia saudação de Marcos.
Logo, tanto Marcos, quanto Lucas, registraram aquilo que ouviram dos apóstolos.
Mateus, que era apóstolo, diferente deles, escreveu Evangelho que conserva e comprova
o que ambos disseram. E por último, João, escreveu o Evangelho para completar o ensino
do que era necessário.
Como dito anteriormente nem tudo foi escrito, mas o que foi escrito é totalmente
suficiente para a salvação pela fé em Jesus. Certamente os apóstolos acreditavam que
Jesus voltaria enquanto eles ainda estivessem vivos, conforme João 21.23.
Na sua primeira epístola aos Tessalonicenses 4.17, Paulo fala sobre a volta de Jesus e
disse "nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados", mostrando crer que ele estaria
vivo na vinda de Jesus.
Já em II Tessalonicenses 2 ele ensina sobre sinais que devem anteceder a vinda de Jesus.
Enquanto os apóstolos estavam vivos não havia mesmo a necessidade de escrever o
Evangelho. Porque afinal, eles mesmos poderiam ensinar.
Todavia, a medida em que os apóstolos perceberam que Jesus demoraria mais que a vida
deles para voltar, a tradição oral foi feita livro. E os apóstolos sabiam que seus livros
seriam tidos como Palavra de Deus, conforme Paulo disse em I Coríntios 14.37.
Logo, concluímos que Paulo disse para seguirmos as tradições orais e as tradições orais
foram feitas livros posteriormente.
Persiste alguma tradição oral apostólica hoje que esteja fora da Bíblia? Se existe, ela
é desnecessária, porque nenhum dos apóstolos ou evangelista escreveu. Podemos saber
que toda a tradição necessária foi colocada nos Evangelhos para ser protegida.
O maior problema da maioria das supostas tradições orais sustentadas por muitos cristãos
é sua contradição com a tradição escrita, o que prova sua falsidade, ora, o que contradiz
a Bíblia contradiz o Espirito Santo, e portanto, não é nada de divino para nos guiar
na vida e na fé, alguns ainda acrescentariam que, se não é divino, é do mundo, e o que é
do mundo é de Satanás. Logo, a tradição oral foi corrompida e a tradição escrita
permanece fiel.
Isso tudo nos demonstra que os próprios apóstolos já indicavam os escritos do Novo
Testamento, de sua própria autoria. Paulo cita o evangelho de Lucas, Pedro cita as cartas
de Paulo. Cristo cita muitos livros do A.T. também. Paulo, aliás, elogia os bereianos (ou
bereanos) justamente por analisarem as Escrituras de modo a julgar seus próprios
ensinamentos. Ora, se a autoridade apostólica não reconhecesse a Sola Scriptura, não
haveria necessidade para tal.