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} Platão aborda, através do registro dos diálogos

socráticos, alguns conceitos como amizade (Lisis),


virtude (Mênon), coragem (Laques), entre outros.

} Na obra “A República”, Platão aprofunda, através de


uma linguagem figurada, o sentido do Bem, que é
o valor supremo para o entendimento dos outros
valores.
} Nesse sentido, Platão aponta que é através do Bem
(agathós) que o indivíduo consegue entender
questões mais profundas, como a Verdade, a
Justiça e a Beleza.

} A ética nasce com temas centrais: Bem, Virtude,


Valor da pessoa e da Sociedade justa

} Tem-se assim a ética em Platão conhecida como


“metafísica do bem”.
} De acordo com o filósofo, o indivíduo que age de
modo ético precisa ter autocontrole e muito
amadurecimento da alma para o entendimento do
Bem

} Para esse amadurecimento é necessário o


desenvolvimento de uma postura crítica e reflexiva,
que ocorre em um processo gradativo de aquisição
de sabedoria
} “Górgias”

} É melhor sofrer uma injustiça ou praticá-la?

} Ao cometer a injustiça, será visto como


injusto e perverso. Isso será negativo para
seu convívio em sociedade e lhe causará
dano.
} “Mênon”
◦ Nesse diálogo, questiona-se a possibilidade do
ensino da virtude (areté).

◦ Conclui-se que esta não pode ser ensinada, por não


ser assunto da instrução.

◦ A virtude é inata e precisa ser despertada.

◦ Ela se transmite pela influência das pessoas que


sabem que é o bem que fundamenta as condutas.
} “A República” - O Anel de Giges

} Noção de justiça e impunidade

} O que seria uma conduta correta?

} O Bem (agathós) como forma suprema e


fundamento da ética e da justiça.

} Tese de que os homens só são justos pois temem a


punição.
} “A República” – O mito da caverna

} Processo de transformação do indivíduo em


homem justo e virtuoso

} O ser humano pode passar de uma visão


unidirecional, condicionada por hábitos e
preconceitos até a visão do Sol –
conhecimento da realidade em seu sentido
mais elevado.
} “A República” – O mito da caverna

◦ O Sol é uma metáfora de representação da forma


do Bem.

◦ O sábio seria aquele que atinge essa percepção.

◦ Contudo, o sumo bem do homem não é apenas a


sabedoria, mas também a regulação dos prazeres
da vida, subordinados à razão.

◦ Conhecer o Bem significa tornar-se virtuoso.


} Primeiro grande tratado sobre o comportamento das
pessoas e da sociedade.

} Para Aristóteles, as questões humanas seriam divididas


em: saber teórico, saber prático e o saber criativo.

◦ Teórico – conhecimento da realidade em suas leis e princípios


gerais.
◦ Prático – sob que condições podemos agir da melhor forma
possível.
◦ Criativo – da ordem da produção

} Na visão do filósofo, a ética pertence ao campo do


saber prático ou prudencial, pois preocupa-se em
nortear as ações da melhor forma possível, mas
subordina-se ao saber teórico.
} A ética em Aristóteles é entendida como a busca da
felicidade (eudaimonia) – objetivo primordial das ações
e visado por todo ser humano.
} ** Eudaimonia também pode ser entendido como bem-estar em
relação a algo que realizamos.

} As discussões conduzidas pelo autor permeiam a


análise do que seria virtude (areté) ou excelência de
caráter.

} O homem compõe-se da mesma matérias de todos os


outros seres. A racionalidade é que dá a especificidade
dos seres humanos.
} O bem é visto como finalidade de ação ou questão: Ex:
o bem para a medicina é a saúde; o bem para estratégia
é a vitória...

} Porém, haveria uma hierarquia de bens. Nesse caso, é


preciso que haja um bem último e supremo: este é a
felicidade.

} A felicidade é apontada como um bem supremo, pois


todos os outros aspectos da vida que buscamos (o
prazer, a valorização da inteligência ou da riqueza) tem
como finalidade última a felicidade.
◦ OBS: discussão sobre felicidade contextualizada
historicamente.
} A atividade racional seria a finalidade específica do
homem. Mas não apenas a racionalidade.

} Condições da vida feliz:

◦ Prática da virtude
◦ Círculo de amizades
◦ Suficiência de bens materiais
◦ Sociedade justa
◦ Boa saúde
◦ Meditação filosófica (esta última não acessível a todos)
} Para Aristóteles a virtude é um hábito e pode ser
ensinada.

} O homem não nasce ético, apenas potencialmente –


pela repetição das ações e autocontrole racional o
homem torna-se virtuoso.

} É necessária a compreensão do conceito de equilíbrio e


moderação – ética da decisão prudencial – (meio-termo,
justa medida ou mesotes) para o indivíduo que busca se
tornar ético.

} A sabedoria prática (phronesis) consiste na capacidade


de discernir essa medida. Ela não é própria dos jovens,
mas dos homens maduros.
} A via do juízo prudencial contribui para
tomada de decisões equilibradas e
prudentes à luz do princípio básico e
universal da ética (fazer o Bem) e das
circunstâncias reais dos indivíduos (fazer o
bem em situações particulares e difíceis).
1) Segundo Platão, qual a importância do Bem para a
conduta ética?

2) Por que, para Platão, a virtude não pode ser


ensinada?

3) Compare o tratamento, de forma geral, das


questões éticas em Aristóteles e em Platão.

4) Como se pode entender, segundo Aristóteles, a


felicidade como um conceito ético?

5) Em que sentido, para Aristóteles, o “meio-termo” se


caracteriza como um critério da conduta ética?

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