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Preparatório para Comissários de Voo

Meteorologia Aeronáutica

CADERNO IV – CGA
1. Meteorologia Aeronáutica
Aula #1
Conceitos, Classificação e Instituições

CADERNO IV – CGA
CONCEITO

METEOROLOGIA:

É um ramo da Geofísica.

É a ciência que estuda a


atmosfera, seus fenômenos
e atividades.
DIVISÃO DA METEOROLOGIA

c
METEOROLOGIA c

Meteorologia Pura Meteorologia Aplicada


É o Estudo voltado para É o estudo voltado para as
a pesquisa: Climatologia, atividades humanas:
Dinâmica, Tropical Polar Meteorologia Aeronáutica,
e etc. Agrícola, Espacial
Marítima e etc.
METEOROLOGIA AERONÁUTICA

Estuda os fenômenos de
tempo que ocorrem na
atmosfera, visando a
economia e a segurança da
circulação do tráfego aéreo.
INSTITUIÇÕES DA METEOROLOGIA
INSTITUIÇÕES DA METEOROLOGIA
METEOROLOGIA GERAL: OMM – ORGANIZAÇÃO METEOROLÓGICA MUNDIAL

METEOROLOGIA AERONÁUTICA: OACI (ANEXO 3)

NO BRASIL: GOVERNO BRASILEIRO - COMANDO DA AERONÁUTICA (DECEA)

COMANDO DA MARINHA

GOVERNO BRASILEIRO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA


ESTAÇÕES METEOROLÓGICAS
COMANDO DA AERONÁUTICA – DECEA CINDACTA

CENTROS METEOROLÓGICOS
REDE DE ESTAÇÕES METEOROLÓGICAS
Rede de EMS
Estações Meteorológicas de Superfície

Rede de EMA
Estações Meteorológicas de Altitude
11
REDE DE CENTROS METEOROLÓGICOS

Rede de CMV
Centros Meteorológicos de vigilância

Rede de CMA
Centros Meteorológicos de Aeródromo

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1. Meteorologia Aeronáutica
Aula #2
Informações Meteorológicas

CADERNO IV – CGA
INFORMAÇÕES METEOROLÓGICAS

Informações úteis ao planejamento, desenvolvimento e segurança


da navegação aérea.

Temperatura do ar
Pressão atmosférica
Direção e velocidade do vento
Tempo presente, etc.

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INFORMAÇÕES METEOROLÓGICAS
METAR - Informe Meteorológico Aeronáutico Regular
METAR SBRF 060300Z 06005KT 9999 SCT020 28/23 Q1009=

SPECI - Informe Meteorológico Especial Selecionado (não regular)


SPECI SBCT 060327Z 13004KT 9999 BKN008 16/16 Q1017=

TAF - Previsão de aeródromo


TAF SBBR 052000Z 0600/0624 00000KT 9999 SCT025 FEW040TCU
TN18/0608Z TX26/0616Z
PROB40 0600/0604 4000 TS BKN010 FEW035CB
BECMG 0604/0606 SCT012
PROB30 0608/0612 BKN010
BECMG 0612/0614 08003KT 9999 BKN025 FEW040CB
TEMPO 0617/0621 TSRA SCT030 FEW040CB RMK PDS=
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PROCESSO DE PRODUÇÃO DA INFORMAÇÃO METEOROLÓGICA

Exposição

Análise

Coleta
CLIENTE
Divulgação

Observação

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PROCESSO DE PRODUÇÃO DA INFORMAÇÃO METEOROLÓGICA

OBSERVAÇÃO:
Verificação visual ou instrumental das condições
meteorológicas, numa determinada hora ou local.
Pode ser em superfície ou em altitude.

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PROCESSO DE PRODUÇÃO DA INFORMAÇÃO METEOROLÓGICA

DIVULGAÇÃO:
É a transmissão das observações realizadas para
fins de difusão.
Ex.: remessa das Estações para os Centros.

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PROCESSO DE PRODUÇÃO DA INFORMAÇÃO METEOROLÓGICA
COLETA:
É a coleção das observações feitas, para fins meteorológicos.
Ex.: Recepção de dados enviados pelas Estações aos Centros.

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PROCESSO DE PRODUÇÃO DA INFORMAÇÃO METEOROLÓGICA
ANÁLISE:
Estudo e interpretação das observações coletadas
para fins de previsões meteorológicas.

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PROCESSO DE PRODUÇÃO DA INFORMAÇÃO METEOROLÓGICA

EXPOSIÇÃO:
Entrega das previsões para
consulta aeronáutica sob a forma
de produtos: METAR, TAF, SIGMET
ou SPECI.

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PROCESSO DE PRODUÇÃO DA INFORMAÇÃO METEOROLÓGICA

Exposição

Análise

Coleta
CLIENTE
Divulgação

Observação

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1. Meteorologia Aeronáutica
Aula #3
O Planeta Terra e o Sistema Solar

CADERNO IV – CGA
O SISTEMA SOLAR

Sistema é um conjunto formado por uma estrela e todos os objetos que


orbitam à sua volta.
24
O SISTEMA SOLAR

ASTROS LUMINOSOS:
estrelas.

SISTEMA SOLAR

ASTROS ILUMINADOS:
planetas e satélites.

25
As Galáxias e o Universo

Quando vários sistemas se encontram reunidos em um grupo, passam a


constituir uma galáxia. A nossa galáxia é a Via Láctea.

O Universo é constituído pelo conjunto total das galáxias.


26
Movimentos da Terra

27
AFÉLIO E PERIÉLIO

AFASTADO

PERIÉLIO AFÉLIO
d Mínima d Máxima

PERTO

ÓRBITA ELÍPTICA DA TERRA

28
MOVIMENTOS DA TERRA: ROTAÇÃO

A Rotação é o movimento responsável


pela alternância entre dias e noites.
29
MOVIMENTOS DA TERRA: ROTAÇÃO

A Rotação é o movimento responsável


pela alternância entre dias e noites.
30
MOVIMENTOS DA TERRA: TRANSLAÇÃO OU REVOLUÇÃO

EQUINÓCIO

SOLSTÍCIO

d Mínima d Máxima
SOLSTÍCIO

EQUINÓCIO
31
MOVIMENTOS DA TERRA
Rotação: Responsável pelos dias e noites;
Duração 23h 56min 4,09s.

Translação ou Revolução: Responsável pelas Estações do Ano;


Tempo 365 dias, 5 horas e cerca de 48 minutos;
A cada 4 anos, um ano de 366 (bissexto).

Solstício de Verão – Dias maiores que as noites;


Solstício de Inverno – Noites maiores que os dias;
Equinócio – Dias e noites iguais.
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MOVIMENTOS DA TERRA: TRANSLAÇÃO OU REVOLUÇÃO
21-22 março
N - Primavera EQUINÓCIO

S - Outono 21-22 dezembro


21-22 junho SOLSTÍCIO
SOLSTÍCIO N - Verão N - Inverno

d Mínima d Máxima

S - Inverno
S - Verão

N - Outono

S - Primavera 22-23 setembro


EQUINÓCIO Observação: As datas podem variar!
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1. Meteorologia Aeronáutica
Aula #4
Coordenadas Geográficas

CADERNO IV – CGA
COORDENADAS GEOGRÁFICAS

Ponto de encontro das Linhas imaginárias (paralelos e meridianos)


que servem para localizarmos um ponto na superfície terrestre.

Paralelos Meridianos
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MERIDIANOS

Meridiano é qualquer semicírculo máximo que passa pelos dois


polos do planeta.
Os meridianos dividem a Terra como se ela fosse uma laranja com
gomos.
Meridianos Importantes:
Greenwich (Meridiano Zero)
Antimeridiano de Greenwich
(Linha Internacional de Mudança de datas)

36
LONGITUDE

Distância medida em graus, entre um


determinado ponto e o Meridiano de
Greenwich.
- Medida em graus
- Varia entre 00 e 180º
De Greenwich para Oeste (W)
De Greenwich para Leste (E)

Meridiano de Greenwich = Meridiano Padrão.


Cada Meridiano corresponde a 1 fuso horário.

37
PARALELOS

Paralelo (ou paralelo geográfico) é todo círculo menor na posição


horizontal, perpendicular ao eixo terrestre e, portanto, paralelo à
linha do equador.

Paralelos Importantes:
Equador;
Trópico de Câncer;
Trópico de Capricórnio;
Circulo Polar Ártico; e
Circulo Polar Antártico.

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LATITUDE

Distância medida em graus, entre um


determinado ponto e a linha do Equador.
- Medida em graus
- Varia entre 00 e 90º
Do Equador para Norte (N)
Do Equador para Sul (S)

39
ZONAS CLIMÁTICAS

Zona Polar Ártica

Zona Temperada

Zona Tropical Zona Equatorial

Zona Temperada

Zona Polar Antártica

40
ZONAS CLIMÁTICAS
Zona Equatorial - Compreendidas imediatamente em torno do Equador
Geográfico.
A Zona de Convergência Intertropical (ITCZ), também conhecida como Equador
Meteorológico ou Convergência Intertropical (CIT).
Zona Tropical - Latitudes tropicais compreendidas entre os trópicos de Câncer
e Capricórnio.
Zona Temperada - Compreendidas 23º 27’ e 66º 33’ (Círculos Polares) de cada
hemisfério. Aqui, as quatro estações do ano são bem definidas.
Zona Polar – são aquelas compreendidas entre 66º 33’ (Círculos Polares) e 90º
(Polos).
O dia e a noite polar têm duração de seis meses.

41
1. Meteorologia Aeronáutica
Aula #5
Atmosfera Terrestre

CADERNO IV – CGA
ATMOSFERA TERRESTRE

Atmosfera é uma mistura mecânica,


inodora e incolor de gases, que envolve
o planeta e na qual cada componente
exerce função definida.
Composição (sempre Ar Seco):
Nitrogênio (N2) – 78%
Oxigênio (O2) – 21%
Gases Nobres – 1%
Desconsidere as impurezas e o vapor d’água.

Função:
A Atmosfera realiza a filtragem seletiva
das Radiações Solares
43
ESTRUTURA VERTICAL DA ATMOSFERA

É a divisão superposta da estrutura


da atmosfera terrestre baseada na
distribuição vertical de temperatura.

44
ESTRUTURA VERTICAL DA ATMOSFERA

TROPOSFERA
Camada mais baixa da atmosfera onde ocorrem os principais fenômenos
meteorológicos;

Equador: 17 a 19 Km
Altura da Camada Latitudes Temperadas: 13 a 15 Km
Polos: 7 a 9 Km

Característica: Gradiente Térmico = 0,65ºC/100m ou 2ºC/1.000 ft

45
ESTRUTURA VERTICAL DA ATMOSFERA

TROPOPAUSA
Zona de transição que separa a Troposfera da Estratosfera.
Espessura: de 3 a 5 Km
Característica: Isotermia (mesma temperatura)

ESTRATOSFERA
Camada seguinte à Troposfera com extensão de 70 Km;
Início da Difusão da luz (Cor azulada do céu).

Camada de Ozônio ou Ozonosfera: Funciona como filtro seletivo dos raios


ultravioleta. Responsável pela absorção de 75% dos raios ultravioletas.

46
ESTRUTURA VERTICAL DA ATMOSFERA
IONOSFERA
Camada acima da Estratosfera;
Início da filtragem seletiva da radiação solar;
Absorve a radiação composta por raios X, Gama e Ultravioleta;
Reflexão das ondas de rádio;
Camada eletrizada, ótima condutora de eletricidade devido a presença de íons
eletrificados;
Ionização maior durante o dia;
Estende-se até cerca de 400 a 500 Km.

EXOSFERA
Estende-se verticalmente até 1.000 Km de altitude;
Confunde-se gradativamente com o espaço interplanetário;
Não exerce efeito de filtragem seletiva.
47
ESTRUTURA VERTICAL DA ATMOSFERA

EXOSFERA ERREI

IONOSFERA INFELIZMENTE

ESTRATOSFERA E

TROPOPAUSA TENTEI

TROPOSFERA TENTEI

48
1. Meteorologia Aeronáutica
Aula #6
Filtragem Seletiva da Atmosfera

CADERNO IV – CGA
FILTRAGEM SELETIVA DA ATMOSFERA

Filtragem Seletiva:
Absorção;
Difusão;
Reflexão.

50
ABSORÇÃO

Ocorre em maior número nas


camadas superiores da atmosfera,
onde são absorvidas as energias mais
penetrantes, tais como Raios
Ultravioletas Raio X, Raios Gama. A
atmosfera funciona como uma
“esponja”.

51
DIFUSÃO

É quando a onda de luz (radiação solar)


se “choca” com partículas da atmosfera
e se difunde, ou seja, se espalha em
todas as direções.

A difusão é responsável pela coloração do


céu. A luz que melhor se difunde na
atmosfera é a de cor azul.

52
DIFUSÃO

A difusão também é responsável


pela restrição à visibilidade.

53
REFLEXÃO

A energia luminosa é
refletida de volta para o
espaço, em sua maioria
pelo topo das nuvens e pela
superfície terrestre.

54
1. Meteorologia Aeronáutica
Aula #7
Radiação e Equilíbrio Térmico Terrestre

CADERNO IV – CGA
CONCEITOS
Radiação Solar: do sol (dia);

Radiação Terrestre: da superfície (noite);

Insolação: radiação solar que consegue


chegar à superfície terrestre após a
filtragem seletiva.

Equilíbrio Térmico da Terra: resultado


entre o aquecimento diurno e o
esfriamento noturno.

56
INSOLAÇÃO

Insolação é a radiação solar que atinge a


superfície da Terra;

Constante Solar : Quantidade de energia


solar que alcança o limite superior da
atmosfera terrestre;
Não varia, é constante;
Valor = 1,94 cal/cm2/min.

57
INSOLAÇÃO

A intensidade e o tempo de
duração da insolação são
medidos por um instrumento
chamado Heliógrafo.

58
RADIAÇÃO SOLAR

Durante o dia, os 100% de


radiação acontece :
25% de Reflexão;
18% de Absorção;
15% de Difusão; e
42% de Insolação.

59
RADIAÇÃO TERRESTRE

À noite, os 42% de insolação que


atingiram a Terra:
2% retidos na superfície;
18% absorvidos pelo Efeito Estufa;
14% voltam para a atmosfera;
8% retornam para o espaço.

60
ALBEDO

É a capacidade de reflexão
de uma superfície. É a
relação entre o total de
energia luminosa refletida
por uma superfície e o total
de energia incidente sobre a
mesma.

O Albedo médio da superfície


é de 30 a 35%.

61
EQUILÍBRIO TÉRMICO DA ATMOSFERA

O aquecimento diurno e o resfriamento noturno são responsáveis em


manter as temperaturas na Terra dentro de limites suportáveis,
constituindo o Equilíbrio Térmico da Atmosfera.
1. Meteorologia Aeronáutica
Aula #8
Pressão Atmosférica

CADERNO IV – CGA
PRESSÃO ATMOSFÉRICA

É a força que a Atmosfera exerce sobre a


superfície da Terra, sob o efeito da ação da
gravidade terrestre no peso do ar.

A pressão atmosférica é exercida em todas as


direções.

Resumindo, é a pressão exercida em todos os


sentidos pelos gases que compõem a
atmosfera.

64
INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO DA PRESSÃO ATMOSFÉRICA

Barômetro é o instrumento utilizado


para medir a pressão atmosférica;

Tipos de barômetro:
barômetro de mercúrio;
barômetro aneroide ou metálico;

Barógrafo - mede e registra a pressão


atmosférica.
2 1
INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO DA PRESSÃO ATMOSFÉRICA

Barômetro de mercúrio
2 1
VARIAÇÕES DA PRESSÃO ATMOSFÉRICA

A pressão atmosférica varia com:


Variação com a Altitude: A pressão atmosférica diminui com o aumento da
altitude na razão de 1 hpa para cada 30 pés (Gradiente de Pressão ou
Gradiente Bárico);
Variação com a Densidade: Quanto maior a massa maior a densidade e
maior pressão;
Variação com a Temperatura: Inversamente proporcional à temperatura. Ar
frio é mais pesado que o ar quente.
VARIAÇÕES DA PRESSÃO ATMOSFÉRICA

Variação com o período do dia: A pressão atmosférica varia em “marés” de


acordo com o período do dia;

Variação com a Latitude: a pressão é maior na linha do Equador;

Variação Dinâmica: Movimento de grandes massas de ar.


MARÉ BAROMÉTRICA

2 máximos 1000H às 2200H


2 mínimos 0400H às 1600H

Maré barométrica :

10 é Máximo
4 é Mínimo
69
VARIAÇÕES DA PRESSÃO ATMOSFÉRICA

Centros de Alta Pressão


(Anticiclones):

- Associados a Bom Tempo;


- Pressão maior no centro;
- Ventos divergentes.

70
VARIAÇÕES DA PRESSÃO ATMOSFÉRICA

Centros de Baixa Pressão


(Ciclones):

- Associados a Mau Tempo;


- Pressão menor no centro;
- Ventos convergentes.

71
1. Meteorologia Aeronáutica
Aula #9
Atmosfera Padrão e Altimetria

CADERNO IV – CGA
ATMOSFERA PADRÃO
A atmosférica padrão, do inglês ISA (ICAO Standard Atmosphere ou
International Standard Atmosphere) é uma atmosfera teórica, ideal,
criada para estabelecer parâmetros de comparação com a atmosfera
real.

Alguns Valores da ISA

Pressão...................1013,2 hPa / 29,92 Pol Hg

Temperatura............15ºC / 59ºF

Gradiente Térmico.....0,65ºC/100m = 2ºC /1000pés

Latitude Média..........45º
PRESSÃO ATMOSFÉRICA PADRÃO

A pressão atmosférica aferida na atmosfera ISA recebe a designação de


1 atm (uma atmosfera) e terá a seguinte equivalência em outras
escalas:

1 atm = 76 cm Hg = 760 mm Hg = 1013.2 mb = 1013.2 hPa

Unidades:
atm (atmosfera);
mm de Hg (milímetros de Mercúrio);
hPa (Hectopascal) - utilizada na aviação no Brasil;
Mb (milibares).
ALTÍMETRO
O Altímetro é o instrumento usado para indicar o posicionamento da
aeronave a partir de uma referência no plano vertical. É um tipo de
barômetro aneroide destinado a registrar alterações da pressão
atmosférica que acompanham as variações de altitude.

O Altímetro usa como referências a pressão medida ao Nível Médio do


Mar - MSL (Mean Sea Level), medida em solo levando-se em
consideração a elevação de um Aeródromo ou medida na Atmosfera
Padrão (ISA). Cada referência fornecerá ao piloto da aeronave uma
leitura diferente.
ALTÍMETRO
ALTIMETRIA

ALTITUDE NÍVEL DE VOO ALTURA


QNH QNE QFE

AERÓDROMO

MSL – NÍVEL MÉDIO DO MAR


ISA – ATMOSFERA PADRÃO
1. Meteorologia Aeronáutica
Aula #10
Calor e Temperatura

CADERNO IV – CGA
CONCEITOS

Calor: É uma forma de energia. É o estado de agitação das moléculas de um


corpo.

Temperatura: é a medida da quantidade de calor de um corpo.

Termômetro: aparelho que fornece a leitura momentânea da temperatura.

Termógrafo: aparelho que mede e registra a temperatura.

79
INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO E REGISTRO DO CALOR

TERMOMETRO
TERMÓGRAFO

80
ESCALAS TERMOMÉTRICAS

81
ESCALAS TERMOMÉTRICAS
Escala Celsius
É a escala usada no Brasil e na maior parte dos países, oficializada em 1742 pelo astrônomo
e físico sueco Anders Celsius (1701-1744). Esta escala tem como pontos de referência a
temperatura de congelamento da água sob pressão normal (0 °C) e a temperatura de
ebulição da água sob pressão normal (100 °C).

Escala Fahrenheit
Outra escala bastante utilizada, principalmente nos países de língua inglesa, criada em 1708
pelo físico alemão Daniel Gabriel Fahrenheit (1686-1736), tendo como referência a
temperatura de uma mistura de gelo e cloreto de amônia (0 °F) e a temperatura do corpo
humano (100 °F).

Escala Kelvin
Também conhecida como escala absoluta, foi verificada pelo físico inglês William Thompson
(1824-1907), também conhecido como Lorde Kelvin. Esta escala tem como referência a
temperatura do menor estado de agitação de qualquer molécula (0 K) e é calculada
apartir da escala Celsius.
82
CONVERSÃO ENTRE ESCALAS TERMOMÉTRICAS

ºC = 5/9 ( ºF – 32 )
Celsius para Fahrenheit
ºF = 9/5 ºC + 32

Kelvin para Celsius K = ºC + 273

83
1. Meteorologia Aeronáutica
Aula #11
Transmissão de Calor

CADERNO IV – CGA
TRANSMISSÃO DE CALOR

O calor é um tipo de energia e como tal, pode ser transferido de um


corpo para o outro, quando há diferença de temperatura entre eles;

Para exemplificar, a transmissão de calor é uma das razões que


explicam a permanencia em movimento constante do ar atmosférico;

Há quatro processos principais de transmissão de calor: Condução,


Radiação, Convecção e Advecção.

85
CONDUÇÃO

É a transmissão de calor de um corpo mais quente a um mais frio,


molécula a molécula através da matéria, sem o transporte de matéria,
apenas da energia.

O ar permanecendo sobre uma superfície mais quente adquire calor por


condução e aquele que está sobre uma superfície mais fria perde calor
por condução.

Melhores Condutores: Metais


Péssimos Condutores: Cortiça, Amianto, Feltro, Lã, etc

86
CONDUÇÃO

É mais efetivo nos corpos solidos, principalmente os metais.

87
RADIAÇÃO
Transporte de calor à distância, sem haver contato entre os corpos.

É um processo de transmitir energia sob forma de ondas, como ondas de


rádio e ondas luminosas.

Tipos: Radiação Solar e Terrestre


A parte da radiação solar que consegue alcançar a superfície terrestre
corresponde a 42%.
Destes apenas 2% é absorvido pela superfície terrestre.
A radiação terrestre é mais intensa em noites de céu claro.
88
RADIAÇÃO

89
CONVECÇÃO
É a transmissão de calor por meio de correntes de ar ascendentes e
descendentes.

Quando o ar fica em contato com uma superfície quente, as camadas


inferiores ficam aquecidas e, em consequência, o ar nestas camadas torna-se
menos denso do que nas camadas superiores e tende a subir.

Para compensar a ascensão de ar quente ocorre um movimento descendente


de ar mais frio.
A convecção na atmosfera é a responsável pela formação de nuvens tipo
cumulus.
90
CONVECÇÃO

91
ADVECÇÃO

É processo de transmissão de calor por meio de movimento


horizontal do ar atmosférico.

Os casos mais típicos de adveção são as massa de ar.

O movimento advectivo é realizado pelos ventos .


ADVECÇÃO
TRANSMISSÃO DE CALOR

Radiação: Transferência de
calor através do espaço.
Ex.: radiação solar, chama do
fogão.

Condução: Transferência de
calor molécula à molécula.
Melhores condutores são os
metais.
TRANSMISSÃO DE CALOR

Convecção: Calor transportado


por movimentos verticais do ar,
formando correntes
ascendentes e descendentes ou
“correntes convectivas”.

Advecção: Calor transportado


por movimentos horizontais da
ar. É o transporte do calor pelo
vento.
TRANSMISSÃO DE CALOR

Efeito Estufa: Quando em noites


nubladas a energia calorífica é
impedida pelas nuvens de ser
irradiada para o espaço.
1. Meteorologia Aeronáutica
Aula #12
Estados Físicos da Água

CADERNO IV – CGA
ESTADOS FÍSICOS DA ÁGUA

A água está presente na atmosfera nos seus três estados físicos:

SÓLIDO LÍQUIDO GASOSO

Mudanças de estado físico da água dependem de dois fatores que são:


temperatura e/ou pressão.

98
MUDANÇA DE ESTADOS FÍSICOS DA ÁGUA
Vaporização ou Evaporação

99
MUDANÇA DE ESTADOS FÍSICOS DA ÁGUA

Fusão: (Sólido-líquido) derretimento do gelo;


Solidificação: (Líquido-sólido) formação das geleiras;
Evaporação: (Líquido-gasoso) evaporação dos rios,
lagos, mares, etc;
Condensação ou liquefação: (Gasoso-líquido)
Gás: oxigênio, hidrogênio, gás carbônico;
Vapor: vapor d'água, vapor de ferro;
Sublimação: (Sólido-gasoso) naftalina, gelo-seco, iodo,
enxofre.
100
VAPOR D’ÁGUA
Vapor D’água – Não compõe a atmosfera
Presença de Vapor D’água na Atmosfera:
Limite: 4%
Ar Seco – 0% (nenhuma umidade)
Ar úmido – mais que 0% e menos que 4%
Ar saturado – Exatamente 4% (precipitação)

Maior Concentração no Equador;


Diminui com a altitude;
Desprezível acima de 30 mil pés.

101
HUMIDADE ABSOLUTA E HUMIDADE RELATIVA

Humidade Absoluta – é a capacidade


da atmosfera em conter vapor d’água.
Varia de 0% a 4% do volume total de ar
ATMOSFERA atmosférico.
Humidade Relativa – é a quantidade
de vapor d’água contida no espaço
máximo de 4% do volume total de ar
Vapor
d’água atmosférico. Varia de 0% a 100%.

4%
Quando a Humidade Absoluta é de 2%, temos a Humidade Relativa de 50%.
102
AR SECO E AR HÚMIDO

Se pegarmos uma balança e inserirmos ar SECO


SECO ÚMIDO de um lado e ar ÚMIDO do outro notaremos que
o lado do ar seco pesará mais... Isso se deve ao
peso molecular de seus componentes.
Ex.:
O2 = 32
N2 = 28
H2O = 18 (vapor d’água)

Ou seja; no lado do ar SECO existe maior


quantidade de componentes atmosféricos (N2,
O2), pois no ar ÚMIDO o vapor d’água ocupa o
lugar destes componentes.

O AR SECO É MAIS PESADO QUE AR ÚMIDO


1. Meteorologia Aeronáutica
Aula #13

Vento

CADERNO IV – CGA
VENTO

Vento é o ar em movimento;

Vento é um movimento horizontal de ar provocado por uma diferença de


pressão entre dois pontos, ocasionadas por variações de temperatura;

Influência na Aviação:

Ventos de Superfície: pouso e decolagem (até 100m);

Ventos de Altitude: navegação aérea.

105
FORÇAS QUE ATUAM NO VENTO

Força do gradiente de pressão


Formada pela diferença de pressão entre dois pontos, em uma mesma
superfície.

Vento sopra em função da diferença de pressão, da pressão maior para


menor pressão. Quanto maior a diferença de pressão, mais fortes serão os
ventos;

Força de Coriolis (1792-1843)


Força Inercial causada pela Rotação da terra, que provoca um desvio, para a
esquerda no hemisfério sul e para a direita no hemisfério norte.

Ela é mais forte nos polos e decresce até zero no equador.


106
Força de Coriólis:
Máxima nos pólos e nula no Equador
FORÇAS QUE ATUAM NO VENTO

Força centrífuga
Força que se opõe à força centrípeta, fazendo o ar fluir para fora do centro
de curvatura da terra;

Força de Atrito
Vento que flui próximo à superfície da terra sofre influência direta desta
superfície, modificando tanto a direção quanto a velocidade;

Força da Gravidade
Atrai os corpos em direção à superfície terrestre.

108
DESCRIÇÃO DO VENTO
Direção
É aquela de onde o vento está soprando.
Referente ao Norte verdadeiro
Expresso de 10º em 10º

Velocidade
É a distância percorrida por uma partícula de ar durante a unidade de tempo
expressa em NÓS (Knots).

Rajada é o pico máximo de velocidade, informada quando a velocidade


máxima exceder em 10KT a velocidade média num período inferior a 20s.

Caráter
Fluxo contínuo ou descontínuo do vento
109
VENTO
Instrumentos de análise do vento:
Anemômetro - Mede
Anemógrafo – Mede e Registra

Importância para os pousos e decolagens


Sustentação

Importância para Navegação Aérea


rumo e velocidade

110
INSTRUMENTOS DE ANÁLISE DO VENTO

ANEMÔMETRO ANEMOSCÓPIO ANEMÓGRAFO


Fornece velocidade Fornece direção Mede e Registra
111
1. Meteorologia Aeronáutica
Aula #14

Nuvens

CADERNO IV – CGA
NUVENS

Nuvem é o aglomerado de visíveis partículas de água, líquidas e/ou sólidas,


em suspensão na atmosfera, formados a partir da condensação ou sublimação do
vapor d’água na atmosfera.

A formação de uma nuvem acontece, quando uma parte do vapor de água


contido na atmosfera passa para o estado líquido ou sólido. Para que tal
transformação se realize, é preciso que existam determinadas condições:
Alta umidade relativa e;
Núcleos higroscópios ou de condensação (sal, pólens, fuligem, partículas).

113
CLASSIFICAÇÃO DAS NUVENS

Quanto ao aspecto físico

Estratiformes – Possuem desenvolvimento horizontal, de pouca espessura;


precipitação de caráter leve e contínua. Caracterizam o ar estável e ausência de
turbulências.

Cumuliformes – Possuem desenvolvimento vertical, em grande extensão; surgem


isoladas; precipitação forte, em pancadas e localizadas. Caracterizam o ar
instável ou agitado, com presença de turbulências.

114
ASPECTO FÍSICO DAS NUVENS
ESTRATIFORMES

CUMULIFORMES

115
CLASSIFICAÇÃO DAS NUVENS

Quanto à estrutura física:

Líquidas: constituídas apenas por gotículas d’água;

Sólidas: constituídas apenas por cristais de gelo;

Mistas: constituídas por gotículas d’água e por cristais de gelo.

116
CLASSIFICAÇÃO DAS NUVENS

Quanto ao estágio de formação

Um dos critérios mais utilizados para a identificação e classificação de


nuvens é pela altura de formação de sua base:

Estágio Região Tropical Regiões Temperadas Regiões Polares

Baixo até 2 km até 2 km até 2 km


Médio de 2 a 8 km de 2 a 7 km de 2 a 4 km
Alto de 6 a 18 km de 5 a 13 km de 3 a 8 km

117
1. Meteorologia Aeronáutica
Aula #15

Tipos de Nuvens

CADERNO IV – CGA
CLASSIFICAÇÃO DAS NUVENS

Quanto ao Gênero (Tipos de Nuvens)


A classificação das nuvens empregada no Atlas Internacional de Nuvens baseia-
se, essencialmente, em 10 grupos principais, chamados “gêneros” que são
mutuamente exclusivos, quer dizer, uma determinada nuvem só pode pertencer
a um único gênero. Estes são:
Nuvens Altas - cirrus, cirrocumulus, cirrostratus,
Nuvens Médias - altocumulus, altostratus, nimbostratus,
Nuvens Baixas - stratus, stratocumulus, cumulus e cumulunimbus.

119
CLASSIFICAÇÃO DAS NUVENS

CIRRUS (CI)
Nuvens com aspecto delicado,
sedoso, sem sombra própria.
Sem precipitação;

120
CLASSIFICAÇÃO DAS NUVENS

CIRROCUMULUS (CC)
Nuvens brancas sem sombra própria;
Compostas de elementos muitos
pequenos em forma de grãos, rugas.
Indicam a base da corrente de jato e
turbulência em níveis altos.

121
CLASSIFICAÇÃO DAS NUVENS

CIRROSTRATUS (CS)
Ar estável – sem turbulência; Sem
sombra própria;
Véu transparente e esbranquiçado,
de aspecto fibroso.
Característica: círculo ao redor do
sol ou da lua, denominado “HALO”.

122
CLASSIFICAÇÃO DAS NUVENS

ALTOSTRATUS (AS)
Ar estável – sem turbulência;
Cinzento-azulada, de aspecto
uniforme, cobrindo quase que
inteiramente o céu;
Pode ocorrer precipitação na
forma de chuva de caráter
contínuo.

123
CLASSIFICAÇÃO DAS NUVENS

ALTOCUMULUS (AC)
Ar instável;
Sombra Própria;
Nuvens brancas ou acinzentadas;
Constituem o chamado céu encarneirado.
Pode produzir precipitação em forma de
virga (chuva que não alcança o solo);
Os altocumulus identificam Turbulência
nos níveis médios.

124
CLASSIFICAÇÃO DAS NUVENS

NIMBOSTRATUS (NS)
Ar estável
Nuvens de aspecto amorfo, base
difusa, muito espessa e escura.
Precipitação é intermitente e
mais ou menos intensa.

125
CLASSIFICAÇÃO DAS NUVENS

STRATUS (ST)
Restrição de teto. Ar estável.
Camada de nuvem comumente cinza com
base bastante uniforme, a qual pode
apresentar precipitação na forma de
CHUVISCO.
Quando o sol é visível através da nuvem
seu contorno é claramente distinguido.

126
CLASSIFICAÇÃO DAS NUVENS

STRATOCUMULUS (SC)
Banco, lençol ou camada de nuvem
cinzentada ou esbranquiçada que têm
partes escuras compostas de massas ou
rolos.
A precipitação é fraca, e o voo dentro
dessa nuvem é acompanhado de
TURBULÊNCIA LEVE.
Caracteriza o equilíbrio condicional
(turbulência dentro apenas).

127
CLASSIFICAÇÃO DAS NUVENS
CUMULUS (CU)
Nuvens isoladas, geralmente densas e de
contornos definidos,
Apresenta desenvolvimento vertical, com
bases horizontais.
Assemelha-se a couve-flor, sendo maior
frequência sobre a terra durante o dia e
sobre a água a noite.
Quando desenvolvidos são chamados de TCU
(Grande Cumulus).
Precipitação na forma de pancadas de chuva.

128
CLASSIFICAÇÃO DAS NUVENS

CUMULONIMBUS (CB)
Nuvem densa e possante de considerável
dimensão vertical.
Sua região superior pode desenvolver-se
em forma de bigorna.
Nuvem de trovoada, relâmpago.
É constituída por gotículas de água,
cristais de gelo, gotas superesfriadas,
flocos de neve e granizo.
CLASSIFICAÇÃO DAS NUVENS

130
CLASSIFICAÇÃO DAS NUVENS

ALTAS

MÉDIAS

BAIXAS

131
1. Meteorologia Aeronáutica
Aula #16

Nevoeiro

CADERNO IV – CGA
DEFINIÇÃO

O nevoeiro é um tipo de hidrometeoro que tem como característica restringir


drasticamente a visibilidade a valores inferiores a 1.000 metros

Podem ser conhecidos regionalmente como: neblina, sereno, cerração e


acontecem com mais frequência no inverno e na primavera.

Quando apresentar visibilidade de 1.000m ou mais, o fenômeno nevoeiro será


denominado de Névoa Úmida.

133
DEFINIÇÃO

134
CONDIÇÕES PARA SURGIR NEVOEIRO

Humidade Relativa do ar entre 97% e 100%;

Presença de Núcleos Higroscópios em abundância;

Vento de superfície calmo (abaixo de 10kt).

135
CLASSIFICAÇÃO DOS NEVOEIROS

O nevoeiro, em função da redução da visibilidade, pode ser classificado como:

Leve: Reduz a visibilidade a valores entre 500 e 1.000 metros;


Moderado: Reduz a visibilidade a valores entre 500 e 100 metros e;
Forte: Reduz a visibilidade a valores inferiores a 100 metros.

136
CLASSIFICAÇÃO DOS NEVOEIROS

O nevoeiro, em função do processo de formação, pode ser classificado como:

DE RADIAÇÃO
DE MASSAS DE AR
DE VAPOR (VENTO FRIO SOB SUPERFÍCIE QUENTE)

DE ADVECÇÃO MARÍTIMO
NEVOEIRO
OROGRÁFICO
PRÉ-FRONTAIS DE BRISA MARÍTIMA
FRONTAIS GLACIAL
PÓS-FRONTAIS

137
1. Meteorologia Aeronáutica
Aula #17

Turbulência

CADERNO IV – CGA
DEFINIÇÃO

A turbulência é o resultado da agitação do ar, seja por flutuações do vento


apresentando diferenças de direção, velocidade ou direção e velocidade
simultaneamente, ou provocada por fatores físicos ou térmicos que
interfiram no fluxo normal do ar.

139
TIPOS DE TURBULÊNCIA

CONVECTIVA/TERMAL ou TÉRMICA

OROGRÁFICA
MECÂNICA
TURBULÊNCIA
DE SOLO

FRONTAL
CAT – TURBULÊNCIA DE CÉU CLARO (JET STREAM FL200/400)
DINÂMICA
WINDSHEAR – CORTANTE DE VENTO OU TESOURA DE VENTO
ESTEIRA DE TURBULÊNCIA - AERONAVES
TIPOS DE TURBULÊNCIA
MECÂNICA
CONVECTIVA
TERMAL ou TÉRMICA

DE SOLO

OROGRÁFICA
TIPOS DE TURBULÊNCIA
FRONTAL WINDSHEAR

CAT
ESTEIRA DE TURBULÊNCIA
INTENSIDADE DE TURBULÊNCIA

LEVE

MODERADA
TURBULÊNCIA

FORTE

SEVERA

143
1. Meteorologia Aeronáutica
Aula #18

Massas de Ar e Frentes

CADERNO IV – CGA
DEFINIÇÃO
Quando um grande volume de ar está em
repouso ou se deslocando lentamente sobre
uma superfície uniforme, tende a adquirir as
características de temperatura, pressão e
umidade da superfície pela qual ela se
desloca, constituindo o que em meteorologia
denominamos de MASSA DE AR.

145
CLASSIFICAÇÃO DAS MASSAS DE AR
EQUATORIAL (E)
TROPICAL (T)
QUANTO A ORIGEM
POLAR (P)
ÁRTICA (A)
ANTÁRTICA (A)

MASSA DE AR FRIA (K)


QUANTO A TEMPERATURA
QUENTE (W)

CONTINENTAL (C) - SECA


QUANTO A UMIDADE
MARÍTIMA (M) - ÚMIDA

146
DEFINIÇÃO E CARACTERÍSTICAS

Zona de transição que separa duas massas de ar com características diferentes;

Sistema de pressões baixas, alongado, situadas entre dois sistemas de Alta pressão;

O Ar mais frio sempre se desloca em direção ao polo e o ar mais quente na direção do


equador;

Quando o ar frio avança para o equador a frente será fria.

Quando o ar quente avança para o polo a frente será quente.

Toda frente (fria ou quente) ocorre entre dois centros de alta. A frente sempre será uma
área de baixa.

Quanto maior a inclinação, mais rápida e mais intensa

147
CLASSIFICAÇÃO
FRENTE FRIA
É uma superfície de descontinuidade, formada por uma massa de ar polar
que avança sobre uma massa de ar tropical.

FRENTE QUENTE
Massa de ar quente avançando sobre uma massa de ar frio.

FRENTES ESTACIONÁRIAS
Quando uma frente perde velocidade e seu deslocamento é desprezível.
Duas massas em equilíbrio.

FRENTES OCLUSAS
Encontro de duas frentes de características diferentes.

148
CLASSIFICAÇÃO

149
1. Meteorologia Aeronáutica
Aula #19

Trovoadas

CADERNO IV – CGA
DEFINIÇÃO

O fenômeno conhecido como


Trovoada caracteriza as
tempestades locais produzidas por
nuvens Cumulunimbus (CB).

Durante uma trovoada, podem


ocorrer fenômenos como ventos
fortes, granizo, saraiva, descargas
elétricas, turbulência, tornados,
formação de gelo e chuva intensa.

151
DEFINIÇÃO

Conjunto de fenômenos que se produzem associados a uma nuvem


Cumulunimbus.

Fenômeno meteorológico que constitui num dos maiores riscos para a


atividade aérea.

Quando Ocorre:
Quantidade suficiente de vapor de água.

Instabilidade

Correntes Ascendentes

152
AS 3 FASES DA TROVOADA

1ª Fase: CUMULUS ou Formação 2ª Fase: Maturidade 3ª Fase: Dissipação

153
AS 3 FASES DA TROVOADA

CUMULUS
Primeira fase do ciclo de vida.

Predominância das correntes


ascendentes desde os níveis
inferiores.

Diâmetro: 3 a 8 Km.

Topo: 5 a 8 Km.

1ª Fase: CUMULUS ou Formação

154
AS 3 FASES DA TROVOADA
MATURIDADE
Estagio mais turbulento no ciclo de vida de
uma trovoada.

Predominância das correntes ascendentes e


descendentes.

Ventos fortes, Trovões e Relâmpagos

Queda brusca de temperatura e Aumento


rápido da pressão

Windshear, Precipitação forte, Granizo e


Turbulência 2ª Fase: Maturidade

155
AS 3 FASES DA TROVOADA
DISSIPAÇÃO
Predominância das correntes descendentes.

A turbulência torna-se menos intensa.

Os ventos de rajada vão desaparecendo.

Aparece a Bigorna.

Raios na horizontal.

3ª Fase: Dissipação

156
1. Meteorologia Aeronáutica
Aula #20

Gelo

CADERNO IV – CGA
TIPOS DE GELO

CLARO: Também conhecido como:


cristal, duro, liso ou translúcido;
• É o mais pesado e perigoso,
• Formado por congelamento lento
de grandes gotas
• Difícil remoção.
• Comum em ar instável em presença
de nuvens cumuliformes
• Temperatura do ar entre 0º C e -
10º C.

158
TIPOS DE GELO

ESCARCHA: Também conhecido como


amorfo, opaco ou granulado:
• Mais leve e de Formação instantânea;
• Fácil remoção;
• Ocorre em ar estável na presença de
nuvens estratiformes, entre 0º C e - 10º C
• Ocorre em ar instável em presença de
nuvens cumuliformes, abaixo de -10º C
• Deforma as superfícies aerodinâmicas

159
TIPOS DE GELO

GEADA: São cristais de gelo, formados


por sublimação, quando o vapor de água
entra em contato com a fuselagem muito
fria. Forma-se em camadas, finas e
opacas e sobre para-brisas.

Não pesa nem altera os perfis, mas afeta


a visibilidade do piloto. Sua formação
ocorre, mais frequentemente, nas
aeronaves no solo.

160
Meteorologia Aeronáutica

CADERNO IV – CGA
Preparatório para Comissários de Voo

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