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A VIÚVA E O PAPAGAIO

Uma viúva chamada senhora Gage recebeu, um dia, uma


carta dos advogados de Rodmell, avisando-a da morte do
seu irmão e que ela tinha herdado os bens dele
nomeadamente a casa e três mil libras esterlinas. O
Páraco emprestou-lhe dinheiro para a viagem , até chegar
à terra do falecido irmão dela. Ela partiu, assim que
certificou de que tomavam conta do seu cão Shag. Ao
chegar a Rodmell, a senhora Gage descobriu que o irmão
lhe deixara uma casa a cair com um papagaio, chamado
James, que se fartava de gritar “ Não estou em casa!”. A
senhora teve que ir aos advogados, mas fez-se noite e ela
tinha medo de se afogar a passar o rio. Porém, viu um
clarão ao longe e percebeu onde se poderia atravessar o
rio, em segurança, mas também que aquela luz era uma
casa a arder. Ao chegar ao povoado, viu que era a casa que
tinha herdado, mas ela preocupou-se em salvar o pássaro.
As pessoas impediram-na de se chegar com medo que ela
morresse queimada e a senhora Ford deu-lhe agasalho
nessa noite. A senhora Gage não conseguiu dormir,
preocupada por não ter dinheiro para regressar a casa e
ainda mais com a sorte do papagaio. Entretanto, ouviu
umas batidas nos vidros do quarto, abriu a janela e, muito
contente, viu que era o papagaio James. A ave quis que ela
a seguisse até a casa incendiada. Como era de noite, sob a
indicação do pássaro, ambos escavaram o chão, num lugar
onde havia sido construído um fogão de pedra. Aí estavam
enterradas as três mil libras. A senhora Gage regressou a
casa, levando o papagaio consigo. Ficou a viver com o cão
e com a ave durante anos. Antes de morrer, confessou-se
ao reverendo e disse que acreditava ter sido o papagaio a
indicar-lhe onde estava a riqueza. Ela morreu e, pouco
depois, o papagaio morreu também.

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