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6 Musica Nova, Vanguarda e Darmstadt: Para a compreensao de uma estética musical FRANCISCO MONTEIRO Neste argo, a chanads angels hisérica”€ penpecada a panic de alguns ds seus Pralgmas. Os movimento sca € nacional bem como os dneats pics do psperr so ‘xpd prt uma abordagen de ques come oi dade, modem anand, 0 Adeson'no, 2 experinenao ou 6 deteminio ¢ a sea deci. Ase de Darmsat© tuto o que de ree vanpuana histirc’ vermos de a esta wa aes europe, procun-se shaguardar sa pra el conus estas sent de um elacionao com aca rorme impordnca sen peduvo de outs exes porestars tanh significa para une ceompreenio da mss partir ds anos 5 UMA PERSPECTIVA ESTETICA E HISTORICA ‘Acvolugio da misica europeia depois da Segunda Guerra Mundial em sido estudac « crtcada sob diversas perspectvs,salientando-se especialmente verses mais ou menos passionas, defendendo ou atscando este ou aquele movimento, opgio esttca, ideia. Os acontecimentos corridos apontam para 0 surgimento de um conjunto de ideias completamente novas sobre ciaslo,estruturacio, produgo, audicio e compreensdo do som «da misica as consequéncias foram, sem dvida,determinantesem todos os aspecto da vida musica, dando origem ao que, cerca de meio século apés 0 seu aparecimento, se pode denominarevanguarda histrica» ‘Alguns paradigmas sio, desde logo determin 1 — 0 primeiro 6 0 hipotético "declinio” do sistema tonal e afins (modal, neo ‘modalsmo, poltonalidades vrias, et), ou sea 0 declinio— por exaustio — de uma infra «strutura que foi a base comum de dots séculos de m como tal compreendida e aceite pelo piblico. st dito decno foi observadoe profusamente «studado nas harmonias claboradas dos wagnerianos,culminando em Debussy, Strauss and Schinberg! teve como consequéncia 0 uso de infra-estruturas cadaver "menos" tonais — «scalas modi, exsicas, populares, novas escalas — e 0 dodecafonismo de Schdnberg, € Mathias Hauer ¢ de outros compositores da Segunda Escola de Viena (Alban Berg e A. von Weber) 2~O segundo — e bésico — paradigma é 0 ideal do "novo". O novo" como oposigo 8 tadiio, a0 velho © ao estabelecido (academismo) € mais tarde como oposigio 20 - europela mais ou menos erudita e Noras | Yomds Bora fo' iver autor de eras brs dicts digas ao ferns pas deena 2 Dect #4799 de Setembro de 1918 5 9 autor prow de Canto oral Lice Caries fer pare dos jis de same de Esta dos spits de Cao oral no Lc Normal de Peo Nes 4 pubes do respecivo Deco 2074 sim 18 de Dezembro de 1981 5 ecto 21150, § fc. "20741 de 18 Dex 193. 7 ec. 27084 de 14 de Ou. 1956, DG. 241 5 do ens nico med em qu 0 Camo Coral sedis em 1947, olen do Use Normal de Lisbon (Pedro Nave), #1, Ano V1 (1936), pp 241-256 08 256:257 "0 ge Masa, 4, Ano 3 (30 de Al de 1953), 4 1 pec a 27 de 1 de Ow, Ga 24 1 2 Gear 309 de 25 de Steno de 1937 1 pecreto a 36507 de 17 de Seembeo de 1957 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ARRDS,J (1915). "0 camo escolar ems democrat Republica ew Bcol. Usboa. ole do Lice Norma de Lista (ko Nave), 1982-1938 BORE, .(1915). 0 Canto Coral nas Ecos, vo Usb: de Lacerta HORBA 7.1938), Slijos, Ganges e noes. Usb NeyparVaetin de Cara. OURDIEL, F,& PASSERON, J. (1965) La Répraducton: ements pour ume Terie de Sistine Enseignement, Pris: Gans Mau FORNOSIUO, J. (198°). Educating for Pssvy. A Study of Portnquse Education (1926-1%), ares: Insitt de dcagSo — Unies de Londres, (ese de daworamento pop). MANARTE, A, TINO, M. (1948) Cantando: Loo Gato Coma Pot: Poor. MARTI, P, (1995). Sounds and Society Themes in tbe Sociology af Muse. Manchester: Manchester Uhersin Pres. PACHECD, ¢, (1984). “Discus prfrdo wo sara de gaa do Oreo Acaémico de Lisboa, no Texto ‘acon aes Gare, Tris Discuss, Lon Ps S. (1952). Método de so Hntoad e Canto Cras: Sst AMOS, 6. C.(1957), “Os fandamentos tes deco no Estado Noo’ in Uma Serie de Confrécias ston RIBERO, Mio de Sampayo (1962), Dinetries para 0 Canto Coral no Eusino Secunda (cea © ‘Teco Usb: O.NME. ‘180M, MANARTE, A. 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A misicaa partir de 1950 congustou o a6 af inimaginvel em termos sonoros. 5 = 0 quino paradigma aparece como uma continuagio do_desemobimento tecnoligco: a miquina ¢ o esptito mecinico © o seu wso musical, desde as primeias experincias do inicio do séulo, dos instrumentos a rumori dos futurists, at & Masque Concrete, 20s elementos aleaérios em mésica, software musical, electrénica 20 vivo, ec. (© FIM DA TONALIDADE ‘A misica de alguns compositoes do séc. XI e inicio do XX cauciona, como sabes, 6 livre uso da harmonia tonal, longe dos pressupostos imaginados e codificados por Ramean «pelo uso do casscismo de Vena. Wagner foi vito como um “pont de no retorno" no w9 da dissontincia, Esta evolugio — hipottcamente como resposta a uma necesiade csttica/histrica — tamiyém tee as suas origens em factores politicos e soci, No séeulo XIX e na primeira metade do XK, por motivagdes diversas, comecouse a ‘encarar de mancira diferente 0 outro — outros povos,outras clases socials, ovtras curs, coutras paragens. Diferente forcas politicas Intaram contra a supremacia de outrs, mobiizadas por movimentos soiais nactnalists: as ideas socialists de Saint Simon, Kar Marx e outros, 0s movimentos sociais — revoltas ¢ revolugies — em Franga, Aust, Inglaterra, Alemanha; as Itas independentistas da Grécia, Hungria, de diferentes nages

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