1) A Indústria 4.0 propõe uma integração do espaço real com o virtual,
conectando sistemas digitais, físicos e biológicos em seus processos industriais. Essas inovações, que tiveram início na primeira década do século XXI, tornaram necessário o surgimento de novas competências nos trabalhadores e, também, novas profissões. Logo, é muito importante que os gestores busquem capacitar seus colaboradores para operar as novas tecnologias que são desenvolvidas cada vez mais rápido e que precisam de um conhecimento atualizado. O gestor também deve estar atento na hora de agregar pessoas devido às novas profissões (Ex.: analista de IoT) e aos novos modelos de ensino (Ex.: modelo de ensino dual alemão que prioriza um currículo desenvolvido em parceria entre universidades e indústrias). Além disso, o gestor deve promover o compartilhamento do conhecimento organizacional possibilitando o desenvolvimento de vantagens competitivas sustentáveis.
2) Organizações tradicionais operam de maneira linear, com uma
quantidade limite de recursos, enquanto as organizações exponenciais trabalham com um modelo de negócio que se pode reproduzir repetidamente em grande quantidade e com alto ganho de produtividade. Outro ponto importante: as organizações mais antigas têm uma estrutura empresarial que ainda é baseada fortemente em hierarquia, centralização de poder e tem baixa tolerância para risco. Já uma organização exponencial carrega consigo, desde o seu nascimento, uma cultura de descentralização de poder e que valoriza a experimentação e a autonomia. Além disso, uma empresa exponencial, deve saber usar os ativos já existentes para não depender de investimentos gigantescos como fazem as organizações tradicionais.
3) VUCA (volatilidade, incerteza, complexidade e ambigüidade). Com o
surgimento constante de novas tecnologias e novos modelos de negócios fazem com as empresas enfrentem desafios cada vez maiores para vencer no mercado e se destacar da concorrência. Por isso, compreender cada um dos termos e saber interpretar como eles se aplicam no contexto organizacional é muito importante para que as empresas possam definir estratégias que minimizem os efeitos do mundo VUCA. A capacidade de se adaptar às mudanças e de trazer inovação para a organização são duas grandes características que as empresas devem buscar nos seus gestores. Afinal, eles serão os líderes responsáveis em transmitir ao restante de suas equipes as habilidades necessárias para se adaptarem em ambientes complexos, o que permitirá que a companhia aja com mais eficiência diante de dificuldades.
4) Soft skills são as habilidades humanas que, geralmente, são reflexos da
nossa personalidade e de nossos valores. Podem também ser chamadas de habilidades comportamentais ou interpessoais, já que estão relacionadas à comunicação, inteligência emocional e relacionamento com pessoas. Hard Skills são as habilidades técnicas que você adquiriu durante a vida, que foram aprendidas, que podem ser ensinadas e também quantificadas. São ressaltadas no currículo, afinal, é através delas que os recrutadores avaliam se uma pessoa é qualificada para ocupar determinada função ou cargo de trabalho.
Com a evolução do mercado de trabalho, as habilidades técnicas deram
lugar às habilidades humanas. Isso quer dizer que as hard skills, que antes eram um diferencial, agora são essenciais em um currículo. São as soft skills que distinguem dois profissionais com a mesma formação acadêmica, por exemplo.
O primeiro passo no desenvolvimento de soft skills deve estar focado na
incorporação das mesmas dentro da cultura organizacional. A valorização da união, a capacidade do diálogo e da reflexão a respeito do trabalho em equipe e a abertura à empatia devem fazer parte de uma composição da cultura organizacional que sustenta e proporciona o desenvolvimento de soft skills nos profissionais. O segundo passo, igualmente desafiador, está na mensuração e acompanhamento das soft skills. Embora se trate de traços da personalidade, a sua mensuração é possível, desde que feita de maneira contínua e contextualizada de acordo com as características de cada profissional. A constante troca de feedbacks contribui para que o colaborador consiga perceber quais são seus pontos fortes e a serem desenvolvidos. Com um gestor fazendo avaliação na rotina de trabalho e detectando em quais situações o colaborador tem um melhor desempenho, dessa maneira será mais fácil trabalhar as soft skills.