You are on page 1of 140

Universidade Federal do Pará – UFPA

Instituto de Tecnologia - ITEC


Faculdade de Engenharia Mecânica - FEM
TE 04176 – Termodinâmica: Introdução – Aulas 1 a 4

Introdução

Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng.


eraldocs@ufpa.br
TÓPICOS DA APRESENTAÇÃO
✓ INTRODUÇÃO A TERMODINÂMICA;
✓ PLANO DE ENSINO:
❖ Identificação;
❖ Ementa;
❖ Objetivos (gerais e específicos);
❖ Conteúdo Programático;
❖ Carga Horária e Cronograma;
❖ Estratégias de Ensino;
❖ Recursos Necessários;
❖ Avaliação;
❖ Referências.
✓ CONCEITOS, DEFINIÇÕES, FUNDAMENTOS E ENUNCIADOS:
❖ Calor e Trabalho;
❖ Estado e Processos;
❖ Equilíbrio e Ciclo Termodinâmicos.
✓ UNIDADES DE MEDIDA;
✓ LISTA DE EXERCÍCIOS;
✓ REVISÃO.
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 2
INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO A
TERMODINÂMICA

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 3


TERMODINÂMICA – Introdução

Energia
• O que é uma matéria?

...“uma matéria é tudo aquilo que tem massa, isto é um peso (que
depende da gravidade do local) e ocupa um lugar no espaço, ou
seja, tem um volume”.
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 4
TERMODINÂMICA – Introdução

Energia
• O que é um corpo?

...“chamam-se de “corpo” as quantidades limitadas de


matéria”.
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 5
TERMODINÂMICA – Introdução

Energia
• O que é uma substância?

...“É um corpo que possui uma composição característica, geralmente


em estado líquido ou pastoso, determinada por um conjunto definido
de propriedades em equilíbrio com o meio ambiente”.
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 6
TERMODINÂMICA – Introdução

Energia
• O que é uma mistura?

...“Uma mistura é caracterizada pela reunião de duas ou mais


substâncias com características físico-químicas diferentes, que
são agrupadas em um mesmo espaço e, depois de algum tempo,
ficam estabilizados atingindo o equilíbrio com o meio ambiente
local. As misturas formadas apresentam composição,
características e propriedades variáveis”.
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 7
TERMODINÂMICA – Introdução

Energia
• O que é a energia?

Essas situações são


possíveis?

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 8


TERMODINÂMICA – Introdução

Energia
• O que é a energia?

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 9


TERMODINÂMICA – Introdução

Energia
• O que é a energia?
Não há uma definição exata para a energia,
más pode-se dizer que ela está associada à capacidade
de produção de ação, de transformação e/ou
movimento, ou seja, de produção de trabalho por
um corpo, por uma substância ou por um sistema, e
manifesta-se de muitas formas diferentes, como
movimento de corpos (macroscópicos e microscópicos),
calor, eletricidade, etc.

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 10


TERMODINÂMICA – Introdução

Energia
• O que é a energia?

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 11


TERMODINÂMICA – Introdução

Energia
• O que é a energia?

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 12


TERMODINÂMICA – Introdução

Energia
• Quais as formas de energia que você conhece?

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 13


TERMODINÂMICA – Introdução

Energia
• Quais as formas de energia que você conhece?

Energia Energia
Gravitacional Eletromagnética

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 14


TERMODINÂMICA – Introdução

Energia
• Quais as formas de energia que você conhece?
Energia Energia
Gravitacional Eletromagnética

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 15


TERMODINÂMICA – Introdução

Energia
• Quais as formas de energia que você conhece?

Energia Energia Energia


Cinética Potencial Interna
𝒎 ∙ 𝒗𝟐
𝑬𝑪 = 𝑬𝑷 = 𝒎 ∙ 𝒈 ∙ ∆𝒉 𝑼 = 𝒉 + 𝒑 ∙ ∆𝒗
𝟐

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 16


TERMODINÂMICA – Introdução

A etimologia da palavra Termodinâmica


• Do Grego:
θέρμη (thêrme = calor) +
δύναμις (dýnamis = força).
• Em tradução literal:
É o estudo da força do calor
(energia) em trânsito (Fluxo de Energia),
ou seja, é a ciência estuda os processos e
transformações das Energia Térmica e
do Calor em Trabalho Mecânico e da
Entropia.
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 17
TERMODINÂMICA – Introdução

Termodinâmica é a Ciência que trata das:


• Transformações das modalidades de energia,
do calor e do trabalho;
• Propriedades dos fluidos termodinâmicos;
• Leis e enunciados que regem os fenômenos
nas mais diversas áreas do conhecimento;
• Características, princípios de funcionamento,
modelamento matemático, limites operacionais
dos sistemas térmicos.

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 18


Alguns Ilustres Pesquisadores que Construíram as
Bases da 1ª. Lei da Termodinâmica

Julius Robert
Nicolas Leonard Mayer
Sadi Carnot 1814 - 1878
1791 - 1832
Hermann Ludwig
Ferdinand von
Helmholz
1821 - 1894

James Prescostt Germain Henri


Joule Hess
1818 - 1889 1802 - 1850
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 19
Contribuição de James Joule

1839 Experimentos: trabalho mecânico,


eletricidade e calor.
1840 Efeito Joule : Pot = R . I2
Lei da
1843 Equivalente mecânico do calor Conservação
(1 cal = 4,1865 J) de Energia

James P. 1852 Efeito Joule - Thomson :


Joule decréscimo da temperatura de um
(1818-1889) gás em função da expansão sem
Nasceu em
Salford - realização de trabalho externo.
Inglaterra
1a Lei da
As contribuições de Joule e outros levaram ao
surgimento de uma nova disciplina:
Termodinâmica
a Termodinâmica
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 20
Alguns Ilustres Pesquisadores que Construíram as
Bases da 1ª. Lei da Termodinâmica

Marcelin Pierre
James Clerck
Berthelot
Maxwell
1827 - 1907
1831 - 1879

Josiah Williard
Gibbs
1839 - 1903

William Thomson Rudolf Julius


Lord Kelvin Emanuel Clausius
1824 - 1907 1822 - 1888
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 21
Alguns Ilustres Pesquisadores que Construíram as
Bases da 1ª. Lei da Termodinâmica

Walter Hermann
Emile Claupeyron Nerst
1799 - 1864 1864 - 1941

?
Ludwig Edward
Boltzmann
1844 - 1906

Max Karl Ludwig


Nono
Plank
1858 - 1947 XXXX - XXXX
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 22
Contribuição de Nikolas Tesla

Nikolas Tesla (1856 – 1943)

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 23


FUNDAMENTOS DA TERMODINÂMICA -
Introdução

É possível descrever o funcionamento deste sistema?


Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 24
FUNDAMENTOS DA TERMODINÂMICA -
Introdução

É possível descrever o funcionamento destes sistemas?


Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 25
FUNDAMENTOS DA TERMODINÂMICA -
Introdução

É possível descrever o funcionamento destes sistemas?


Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 26
FUNDAMENTOS DA TERMODINÂMICA -
Introdução

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 27


FUNDAMENTOS DA TERMODINÂMICA -
Introdução
Os sistemas térmicos são aplicados em:
✓ Usinas termelétricas com motores a vapor, a gás e a combustão
interna;
✓ Sistemas de geração e utilização de vapor;
✓ Sistemas de cogeração;
✓ Fornos industriais;
✓ Refrigeradores;
✓ Fogões e micro-ondas;
✓ Sistemas de condicionamento de ar;
✓ Motores automotivos;
✓ Estufas;
✓ Sistemas de aquecimento solar;
✓ Canhões de neve;
✓ Bombas de calor;
✓ Secadores de grãos, de madeira, de roupa, etc.
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 28
FUNDAMENTOS DA TERMODINÂMICA -
Introdução
Sistemas

Um Sistema é uma região do


espaço de interesse, delimitada por
uma fronteira (imaginária ou não),
que se relaciona (interage) com sua
vizinhança, isto é, transforma as
energias, onde são desenvolvidas as
avaliações e/ou estudos dos
fenômenos termodinâmicos
formando um universo.
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 29
FUNDAMENTOS DA TERMODINÂMICA -
Introdução

Fronteira Tipos de Sistemas


do Sistema

𝒎ሶ

𝑸ሶ 𝑸ሶ
𝑾ሶ
𝑾ሶ

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 30


FUNDAMENTOS DA TERMODINÂMICA -
Introdução
Sistema Fechado

Vizinhança

Um sistema térmico é certa


Um sistema fechado é aquele que não
massa delimitada por uma
troca massa com a vizinhança, mas
fronteira.
permite passagem de calor e trabalho
por sua fronteira.

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 31


FUNDAMENTOS DA TERMODINÂMICA -
Introdução
Volume de Controle
• A fronteira é a superfície de controle nos sistemas abertos
(matéria e energia podem atravessar o volume de controle).
• Depende da conveniência (o que se conhece do sistema /
objetivo da análise).
• Pode coincidir com o sistemas.

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 32


FUNDAMENTOS DA TERMODINÂMICA -
Introdução
Sistema Aberto ou Volume de Controle

Um sistema isolado é aquele


que não troca energia (fluxo
de calor ou trabalho) nem
massa com a sua vizinhança.

Vizinhança

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 33


FUNDAMENTOS DA TERMODINÂMICA -
Introdução
Exemplos de Sistema Térmico ou Sistema Fechado

Sistema Fechado
Volume de Controle

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 34


FUNDAMENTOS DA TERMODINÂMICA -
Introdução

Sistema Térmico ou
Sistema Fechado

Volume de Controle

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 35


FUNDAMENTOS DA TERMODINÂMICA -
Introdução
Propriedades da Matéria
Propriedades são características comuns a toda e
qualquer espécie de matéria, independentemente, da
substância de que ela é feita.
O que define ou caracteriza uma matéria são
suas propriedades, cada propriedade sempre será
acompanhada por uma unidade de medida padronizada e
específica para ela.
Uma matéria deve apresentar suas propriedades,
que podem ser divididas em propriedades gerais e as
propriedades específicas.

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 36


FUNDAMENTOS DA TERMODINÂMICA -
Introdução
Propriedades Gerais da Matéria
São características comuns para todo tipo de
matéria, porém este tipo de propriedade não permite
diferenciar um tipo de matéria de outro.
Essas propriedades gerais são:
✓ Massa;
✓ Peso;
✓ Inércia;
✓ Elasticidade;
✓ Compressibilidade;
✓ Extensão;
✓ Divisibilidade e
✓ Impenetrabilidade.
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 37
FUNDAMENTOS DA TERMODINÂMICA -
Introdução
Propriedades Específicas da Matéria
São próprias para cada tipo de matéria, diferenciando-as
umas das outras.
Essas propriedades podem ser classificadas em:
✓ Organolépticas;
✓ Físicas e
✓ Químicas.

Propriedade Organolépticas:
Estas são propriedades específicas da matéria que
podem ser percebidas pelos órgãos dos sentidos humanos, como
por exemplo, olhos (cores), nariz (odores) e língua (sabores).

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 38


FUNDAMENTOS DA TERMODINÂMICA -
Introdução
Propriedade Físicas:
São as propriedades específicas da matéria que limitam
as mudanças de fases das substâncias, dentre elas tem-se:
✓ O ponto de fusão e o ponto de ebulição;
✓ A solidificação e a liquefação;
✓ O calor específico;
✓ A densidade absoluta;
✓ As propriedades magnéticas;
✓ A maleabilidade;
✓ A ductibilidade;
✓ A dureza e
✓ A tenacidade.
Propriedade Químicas:
São os tipos de transformações que cada substância é
capaz de sofrer. Estes processos são as reações químicas.
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 39
FUNDAMENTOS DA TERMODINÂMICA -
Introdução
Estado
É a condição de um sistema, descrito, medido ou
especificado pelas propriedades independente.

Propriedades Termodinâmicas
São características macroscópicas de um sistema,
ou seja, qualquer grandeza que depende do estado do
sistema e independe do meio que o sistema alcançar àquele
estado. Algumas das mais familiares são:
✓ Temperatura;
✓ Pressão;
✓ Massa específica
✓ Outras.

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 40


FUNDAMENTOS DA TERMODINÂMICA -
Introdução
PROPRIEDADES DE UMA SUBSTÂNCIA
Propriedade Intensiva:
Uma propriedade intensiva é independente da massa
do sistema, por exemplo, Pressão, Temperatura,
Viscosidade, Velocidade, etc.

Propriedade Extensiva:
Uma propriedade extensiva depende da massa do
sistema e varia diretamente com ela. Exemplo: Massa,
Volume total (m3), todos os tipos de Energia.
As propriedades extensivas divididas pela massa do
sistema são propriedades intensivas, tais como, o volume
específico, entalpia específica, entropia específica, etc.
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 41
FUNDAMENTOS DA TERMODINÂMICA -
Introdução
PROPRIEDADES DE UMA SUBSTÂNCIA

T;
T;
p;
p;
m;
V;
v;
V;
r
A
h
m;
s
v;
...
V;
h;
s;
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 42
FUNDAMENTOS DA TERMODINÂMICA -
Introdução
PROPRIEDADES DE UMA SUBSTÂNCIA
Propriedade Específica:
Uma propriedade específica de uma dada substância
é obtida dividindo-se uma propriedade extensiva pela
massa da substância contida no sistema. Uma propriedade
específica é também uma propriedade intensiva do
sistema. Exemplo: 𝒎
Massa específica ou 𝝆 = → 𝒌𝒈Τ𝒎𝟑
Densidade (r): 𝑽
𝑽 𝟏 𝟑 Τ𝒌𝒈
Volume específico (v): 𝒗 = = → 𝒎
𝒎 𝝆
Gravidade Específica (GE) 𝑮𝑬 = 𝝆𝑿 → 𝒂𝒅𝒎𝒆𝒏𝒔𝒊𝒐𝒏𝒍
ou Peso Específico: 𝝆á𝒈𝒖𝒂
𝑼
Energia interna específica (u): 𝒖 = → 𝒌𝑱Τ𝒌𝒈
𝒎
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 43
EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO

Exercício 1: Determinar a força necessária para acelerar um


carro em uma estrada horizontal, que pesa 9.000 (N) e tem
uma aceleração de 3 (m/s2).

Exercício 2: Uma substancia que ocupa um volume de 50 (cm3),


em uma massa de 0,1 (kg). Determinar a sua densidade, o
volume específico e a gravidade específica.

Exercício 3: Um meteorologista informa que a pressão do ar


durante uma tempestade é de 70 (cm de mercúrio),
considerando que a gravidade específica do mercúrio seja
de 13,6. Determinar a pressão do ar, em (kPa).

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 44


EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO

Exercício 4: Analise um recipiente com volume interno de 1,0 (m3),


contém 0,12 (m3) de granito, 0,15 (m3) de areia e 0,12 (m3) de
água líquida a 25 (°C). O restante do volume interno do
recipiente é ocupado por ar que apresenta massa específica
de 1,15 (kg/m3). Determinar o volume específico médio e a
massa específica média da mistura do recipiente.

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 45


EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO

Exercício 5: Um tanque metálico está sendo cheio com


óleo diesel tipo B7 cuja massa específica do produto
é de 850 (kg/m3). Se o volume total do tanque for de
2,0 (m3). Determinar a massa total do tanque em um
dia com temperatura de 30 (°C) e comentar os
resultados.

Exercício 6: Determinar a massa total de ar existente no


interior de uma sala cujas as dimensões são de 4 (m)
x 5 (m) x 6 (m) a 100 (kPa) e 25 (°C) e comentar os
resultados?

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 46


INTRODUÇÃO
Um sistema termodinâmico pode receber, transformar,
armazenar e fornecer energia. Se o sistema for aberto, poderá ocorrer
trocas de energia com o meio em forma de calor, trabalho ou através da
massa que passa por sua fronteira.
O somatório de todas
as energias que entram no
sistema, comparadas com o
total que sai, poderá ser
maior, igual ou menor,
dependendo da quantidade que
fica retido dentro do sistema.

Esta dependência está ligada ao princípio da conservação da


energia, que estabelece que: “a energia se transforma, mas não se
extingue e nem se cria.”
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 47
INTRODUÇÃO

Transformações
É o “caminho” descrito pelo
sistema do estado inicial (início
das avaliações do fenômeno), até
o estado final, ou seja, no
instante inicial da análise de um
sistema busca-se mensurar as
propriedades do sistema,
aguardam-se alguns instantes,
define-se o instante final das
análises e realizam-se novas
medições das propriedades.

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 48


INTRODUÇÃO

Fenômenos
São as transformações pelas quais uma matéria
passa em um determinado processo, em determinado
intervalo de tempo. Eles podem ser químicos e físicos:
✓ Fenômeno químico: é uma transformação da matéria com
alteração da sua composição química ou fase, como
exemplo, tem-se: a combustão de um gás, da madeira,
formação da ferrugem, eletrólise da água, vaporização
da água.
✓ Fenômeno físico: é a transformação da matéria sem
alteração da sua composição química, como exemplos,
tem-se: reflexão da luz, solidificação da água, ebulição
do álcool etílico, vaporização da água, expansão de um
gás.

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 49


INTRODUÇÃO
Quando se afirma que um sistema termodinâmico ou uma
máquina “produz” energia, na realidade ela somente transforma
energia, como por exemplo:
✓ Um motor elétrico transforma energia elétrica em trabalho
mecânicos que sai através de sei eixo;
✓ Um motor de um automóvel transforma a energia química do
combustível em calor e este em trabalho mecânico;
✓ Uma turbina hidráulica transforma a energia potencial da água
em eletricidade;
✓ Uma turbina a vapor ou a gás transforma a
energia química do gás em energia elétrica.

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 50


INTRODUÇÃO
Em todas as máquinas o rendimento de transformação
nunca é total, por causa, principalmente, dos seguintes fatores:
✓ Atrito entre as partes mecânicas em movimento relativo;
✓ Variação de algumas propriedades com as condições atmosféricas do
local da instalação do sistema;
✓ Efeito Joule;
✓ Qualidade do combustível utilizado;
✓ Emissão de gases;
✓ Ruído excessivo;
✓ Modulação de carga do sistema;
✓ Regime de operação do sistema;
✓ Perdas por efeito do movimento de um fluido dentro da máquina;
✓ Perdas por meio dos gases de escape, por alta temperatura e pela
presença de combustível não queimado (misturas ricas);
✓ Outras.
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 51
PLANO DE ENSINO

PLANO DE ENSINO
DA DISCIPLINA
TERMODINÂMICA

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 52


PLANO DE ENSINO

IDENTIFICAÇÃO
✓ Disciplina: Termodinâmica – TE 04176 (EM 18036);
✓ Faculdade: Engenharia Mecânica – FEM;
DP-08
✓ Turma: 24M34 (9:20 às 11:00 horas) - Local: ITEC B04;
24T34 (14:50 às 16:30 horas) – Local: Anexo 01;
✓ Caráter: Disciplina Obrigatória;
✓ Pré-Requisito: Cálculo III;
✓ Carga horária (h): 4 h/a semanais e 68 h/a semestrais
(cada aula com 50 minutos);
✓ Professor: Dr. Eraldo Cruz dos Santos: eraldocs@ufpa.br;
✓ Monitores: Alunos do curso de pós-graduação da disciplina
Termodinâmica Avançada;
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 53
PLANO DE ENSINO

OBJETIVO GERAL
O objetivo principal da Faculdade de Engenharia
Mecânica - FEM é prover formação que capacite o
profissional para a solução de problemas do mundo real
a partir de análise de Sistemas Termodinâmicos, por
meio do desenvolvimento e aplicação de novas
tecnologias considerando seus aspectos técnicos,
econômicos, políticos, sociais, ambientais, culturais e de
sustentabilidade, com visão ética e humanística, em
consonância com as demandas da sociedade.
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 54
PLANO DE ENSINO

OBJETIVO DAS AULAS


As aulas da disciplina Termodinâmica, do curso de
graduação em Engenharia Mecânica, da Faculdade de Engenharia
Mecânica – FEM do Instituto de Tecnologia – ITEC da
Universidade Federal do Pará – UFPA, têm como objetivo conduzir
os alunos regularmente matriculados aos conhecimentos básicos
sobre os conceitos, as definições, os princípios de funcionamento
dos componentes, as características, o estado da arte, as análises
termodinâmicas (ideal, real e as irreversibilidades), as principais
aplicações e sobre os projetos de alguns tipos de sistemas
térmicos em particular as sobre a descrição dos fenômenos e
modelamento matemático de sistemas térmicos.
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 55
PLANO DE ENSINO

OBJETIVO PERMANENTES DO CURSO


De acordo com o PPC os objetivos permanentes da FEM são:
a) Oferecer aos estudantes uma boa formação básica interligada
às disciplinas de formação profissional e específica;
b) Desenvolver atividades práticas nas disciplinas para que os
alunos possam aplicar os conhecimentos teóricos e entender a
importância dos mesmos na sua formação, bem como
desenvolver habilidades técnico-profissionais;
c) Capacitar os alunos a resolverem problemas de engenharia
através do domínio de conhecimentos profissionalizantes e
específicos;
d) Proporcionar atividades acadêmicas que permitam o
desenvolvimento de trabalhos e projetos interdisciplinares em
equipe e a integração dos conhecimentos do curso;
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 56
PLANO DE ENSINO

OBJETIVO PERMANENTES DO CURSO


De acordo com o PPC os objetivos permanentes da FEM são:
e) Promover a interação dos docentes e discentes com a
indústria e instituições de ensino, através de projetos de
pesquisa e extensão, estágios e outras atividades acadêmicas;
f) Desenvolver atividades científicas de alto nível, visando
formar engenheiros com habilidades para pesquisa científica e
tecnológica;
g) Estimular uma atitude proativa do aluno na busca do
conhecimento e nas relações interpessoais de modo a facilitar
sua inserção e evolução técnica no mercado de trabalho.
h) Promover a divulgação de conhecimentos técnicos, científicos
e culturais que constituem patrimônio da humanidade e
comunicar o saber através do ensino, de publicações ou de
outras formas de comunicação.
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 57
PLANO DE ENSINO

COMPETÊNCIAS E HABILIDADES
De acordo com o PPC as habilidades do Engenheiro da FEM são:
Tomada de decisões: visando o uso apropriado, a eficácia e o
custo benefício de recursos humanos, energéticos, de
equipamentos, de materiais, de procedimentos e de práticas;
Comunicação: para o exercício da engenharia, o egresso deve
dominar as diferentes formas de linguagem tais como a
comunicação verbal, habilidades de escrita e leitura, a
comunicação via computadores e novas tecnologias;
Liderança: os engenheiros devem estar aptos a assumirem
posições de liderança, envolvendo compromisso,
responsabilidade, empatia, habilidade para tomada de
decisões, comunicação e gerenciamento de forma efetiva e
eficaz no seu campo de atuação;
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 58
PLANO DE ENSINO

COMPETÊNCIAS E HABILIDADES
De acordo com o PPC as habilidades do Engenheiro da FEM são:
Planejamento, Supervisão e Gerenciamento: os engenheiros
devem estar aptos a fazer o gerenciamento, administração e
orientação dos recursos humanos, recursos energéticos, das
instalações, equipamentos e materiais técnicos, bem como a
informação no seu campo de atuação. Além disso, devem
estar aptos a fazer planejamento e supervisão, a partir da
identificação de necessidades das empresas, e serem
gestores de programas de melhorias;
Educação Continuada: Os engenheiros devem ser capazes de
aprender continuamente, tanto novos conhecimentos
teóricos e práticos em sua área de formação quanto em
áreas correlatas ou de interesse.
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 59
PLANO DE ENSINO

COMPETÊNCIAS E HABILIDADES
As competências específicas do engenheiro baseiam-se no
artigo 4°. da Resolução do CNE/CES 11. Desta forma o Engenheiro
Mecânico deverá estar apto a:
• Aplicar conhecimentos matemáticos, científicos, tecnológicos e
instrumentais à engenharia mecânica;
• Utilizar ferramentas e técnicas da engenharia mecânica;
• Identificar, formular e resolver problemas de engenharia
mecânica;
• Projetar e conduzir experimentos e interpretar resultados;
• Conceber, projetar e analisar sistemas, produtos e processos;
• Planejar, supervisionar, elaborar e coordenar projetos e
serviços de engenharia mecânica;
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 60
PLANO DE ENSINO

COMPETÊNCIAS E HABILIDADES
• Supervisionar a operação e a manutenção de máquinas e
instalações industriais;
• Atuar em equipes multidisciplinares;
• Compreender e aplicar a ética e as responsabilidades
profissionais;
• Avaliar o impacto das atividades da engenharia mecânica no
contexto social e ambiental;
• Avaliar a viabilidade econômica de projetos de engenharia
mecânica;
• Atuar na região Norte do Brasil considerando as peculiaridades
e necessidades específicas da região.
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 61
PLANO DE ENSINO

EMENTA DA DISCIPLINA
✓ Comentários preliminares;
✓ Conceitos e definições;
✓ Propriedades da substancia pura;
✓ Trabalho e calor;
✓ Energia e Primeira Lei da Termodinâmica;
✓ Energia e Primeira Lei da termodinâmica
aplicada a um volume de controle;
✓ Segunda Lei da termodinâmica;
✓ Entropia;
✓ Segunda Lei da termodinâmica aplicada a
um volume de controle;
✓ Irreversibilidade e disponibilidade.
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 62
PLANO DE ENSINO

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Visando atender a ementa do curso, o conteúdo
programático terá os seguintes tópicos:
✓ Introdução e Comentários Preliminares;
✓ Conceitos, Definições, Fundamentos e
Enunciados;
✓ Propriedades de uma Substância Pura:
❖ Tabelas Termodinâmicas.
✓ Energia, Calor e Trabalho:
❖ Conceitos, Definições e Enunciados;
❖ Leis Zero da Termodinâmicas;
❖ Unidades de Medidas.
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 63
PLANO DE ENSINO

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
✓ Energia e Primeira Lei da Termodinâmica:
❖ Princípios da Conservação da Massa e
Energia;
❖ Equação da Energia;
✓ Energia e Primeira Lei da Termodinâmica
aplicada a um volume de controle;
❖ Análise Energética para um Volume de
Controle.
✓ Segunda Lei da Termodinâmica;
✓ Entropia;
✓ Segunda Lei da Termodinâmica Aplicada a um
Volume de Controle;
✓ Irreversibilidade e disponibilidade.

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 64


PLANO DE ENSINO

CARGA HORÁRIA E CRONOGRAMA


Será realizada, por bimestre, uma avaliação. Cada
avaliação será dividida nas seguintes atividades: uma prova
teórica, um trabalho (pesquisa aplicada) e uma lista de
exercícios, com a seguinte distribuição e cronograma:
Primeira Avaliação: Data Provável 17/04/2019.
✓ P1 - Prova teórica: 80 %;
✓ L1 - Lista de exercícios 20 %.
Segunda Avaliação: Data Provável 29/05/2019.
✓ P2 - Prova teórica: 80 %;
✓ L2 - Lista de exercícios 20 %.
Terceira Avaliação: Data Provável 26/06/2019.
✓ P3 - Prova teórica: 80 %;
✓ L3 - Lista de exercícios 20 %.
Prova final abrangendo todo o conteúdo: Valor de 100 % – Data
Provável 10/07/2019.
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 65
PLANO DE ENSINO

ESTRATÉGIA DE ENSINO
✓ Aulas expositivas de 55 minutos cada:
❖ Aulas expositivas com uso de Datashow;
❖ Apresentações contendo animações e vídeos;
❖ Resolução de exercícios no quadro branco;
❖ Apresentação oral de trabalhos em equipes;
❖ Entrega das listas de exercícios conforme as datas agendadas.
✓ Disponibilidade das Apresentações das Aulas: as
apresentações, lista de exercícios, trabalhos de aplicação,
etc., serão disponibilizadas somente pelo sistema SIGAA
(Comunidade virtual – Termodinâmica);
✓ Cabe a cada um dos alunos obter os arquivos da disciplina, de
forma alguma, os arquivos serão repassados em sala de aula.
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 66
PLANO DE ENSINO

RECURSOS NECESSÁRIOS
✓ Para o desenvolvimento das aulas desta disciplina são
necessários os seguintes recursos:
❖ Notebook;
❖ Datashow;
❖ Apresentações das aulas;
❖ Animações e vídeos sobre os tópicos da ementa;
❖ Canetas para quadro branco;
❖ Apagador para quadro branco;
❖ Formulários;
❖ Tabelas termodinâmicas;
❖ Calculadora.
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 67
PLANO DE ENSINO

AVALIAÇÃO
As regras de pontuação seguem as que estão contidas
no projeto pedagógico do curso, ou seja, a avaliação segue o
regimento da UFPA, prevendo-se a atribuição de três notas
bimestrais e havendo, ao fim do semestre, a aplicação dos
exame final.
A frequência também é apurada conforme regimento
da Universidade. Sendo necessário uma participação acima
de 75 % de presença nas aulas.
A avaliação é feita por meio de provas escritas,
trabalhos individuais ou em grupo; atividades práticas, entre
outras situações avaliativas, sempre adequadas à
metodologia empregada pelo professor.
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 68
PLANO DE ENSINO

AVALIAÇÃO
03 (três) provas (uma por bimestre), ou trabalhos (cada
prova será dividida em questões teóricas e práticas).
Frequência Mínima: 75% do total de aulas ministradas.
𝐍𝐨𝐭𝐚𝟏 + 𝐍𝐨𝐭𝐚𝟐 + 𝐍𝐨𝐭𝐚𝟑 (onde: Nota1 , Nota2 e Nota3
𝐂𝐨𝐧𝐜𝐞𝐢𝐭𝐨 =
𝟑 são os valores dos somatórios das
avaliações dos bimestres)
Nota >= Regular e frequência > 75% - Aprovado
30 < Nota < 50 – Exame Final
Nota < 30 – Reprovado
Frequência < 75% - Reprovado
Os alunos em Exame Final terão direito a realização de
uma prova substitutiva, que substituirá a menor nota.
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 69
PLANO DE ENSINO

AVALIAÇÃO
Os valores dos notas de cada avaliação bimestral serão
convertidos nos respectivos conceitos, com a seguinte variação:
✓ Sem Rendimento (S): para alunos que não
comparecerem ou desenvolveram as atividades dos
bimestres ou final;
✓ Insuficiente (I): 0 a 49,99;
✓ Regular (R): 50,0 a 69,99;
✓ Bom (B): 70,0 a 89,99;
✓ Excelente (E): 90,0 a 100,0;

É importante lembrar que para ser aprovado um aluno


deve ter conceito igual ou acima de Regular e presença nas
aulas acima de 75 %, respectivamente.
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 70
PLANO DE ENSINO

REFERÊNCIAS

Bibliografia Básica:

Borgnakke, C., Sonntag, R. E., - Fundamentos da


Termodinâmica, Editora: Edgard Blucher, 7 ed., 2009.
Moran, M. J., Shapiro, H., - Fundamentals of Engineering
Thermodynamics, 6 ed., Editora: John Wiley, 2007.
Cengel, Y. A.; Boles, M. A., - Thermodynamics: An
Engineering Approach, Editora: McGraw-Hill, 2010.

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 71


PLANO DE ENSINO

REFERÊNCIAS
Bibliografia Básica:

Luiz, A. M., - Termodinâmica: Teoria e Problemas Resolvidos.


Editora: LTC, 2007.
O'Connell, J. P., Haile, J. M. - Thermodynamics: Fundamentals
for Applications, Editora: Cambridge University Press,
2005.
Quadros, S. – A Termodinâmica e a Invenção das Máquinas
Térmicas, Editora Scipione, 1995.
Santos, N. O. Dos - Termodinâmica Aplicada às Termelétricas.
Editora: Interciência, 2006
Wreszinski, W. F. - Termodinâmica. Editora: EDUSP, 2003.

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 72


DISCUSSÃO

Procedimentos na Sala de Aula

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 73


LISTA DE EXERCÍCIOS
7. O que é matéria?
8. Cite cinco exemplos de matéria?
9. O que é um corpo?
10. Defina e caracterize um corpo?
11. O que é uma substância?
12. Cite cinco exemplos de substâncias, exemplifique?
13. O que é uma mistura?
14. Cite cinco exemplos de mistura, exemplifique.
15. O que é a energia?
16. Cite cinco tipos de energia, exemplifique.
17. O que é um sistema?
18. Quais os tipos de sistemas que existe?
19. Qual a finalidade de um sistema?
20. Quais as diferenças entre os tipos de sistemas?
21. O que é um volume de controle?
22. O que é um sistema fechado?
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 74
LISTA DE EXERCÍCIOS
23. A quantidade de massa de um volume de controle pode variar? O
mesmo pode ocorrer com o sistema fechado?
24. Qual a diferença fundamental entre sistema e volume de controle?
25. O que é um meio contínuo?
26. Dê exemplos de aplicações de sistemas e volume de controle.
27. Cite meios que não podem ser considerados contínuos.
28. Defina estado e propriedades de uma substância?
29. O que são propriedades intensivas e extensivas?
30. Quais as condições que influenciam as propriedades de um sistema?
31. O que é um fenômeno?
32. Qual a diferença entre um fenômeno físico e químico?
33. O que é um processo?
34. O que é uma transformação?
35. O que é um ciclo termodinâmico?
36. O que é uma fase?
37. Quando um sistema está em equilíbrio térmico?
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 75
INTRODUÇÃO

CONCEITOS,
DEFINIÇÕES,
FUNDAMENTOS E
ENUNCIADOS

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 76


CONCEITOS, DEFINIÇÕES, FUNDAMENTOS E
ENUNCIADOS
✓ Processos:
É o caminho definido pela sucessão de estados através dos
quais o sistema passa, entre outras palavras, um processo ocorre
quando um fluido de trabalho de um sistema térmico passa de um
estado de equilíbrio para outro, através de uma série de estados de
equilíbrio intermediários.

✓ Equilíbrio Termodinâmico:
Ocorre quando um sistema termodinâmico está, em um mesmo
instante de tempo, em equilíbrio mecânico (mesma pressão), químico
(mesma composição homogênea) e térmico (mesma temperatura em todo
o sistema). Nesta condição o sistema é considerado em equilíbrio
termodinâmico sendo que, a temperatura e a pressão são considerados
como propriedade do sistema.
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 77
CONCEITOS, DEFINIÇÕES, FUNDAMENTOS E
ENUNCIADOS
✓ Processo Quase Estático:
Este processo é definido como um processo no qual
o desvio do estado de equilíbrio termodinâmico é de
ordem infinitesimal. Portanto, todos os estados pelos
quais o sistema passa durante o processo podem ser
considerados como estados de equilíbrio.

✓ Fase de uma Substância Pura:


Aplica-se a quantidade de matéria que é
homogênea tanto na composição química como em sua
estrutura física. Entende-se homogeneidade na estrutura
física quando a matéria é sólida, líquida ou gasosa.

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 78


CONCEITOS, DEFINIÇÕES, FUNDAMENTOS E
ENUNCIADOS

Processos Quase Estáticos

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 79


CONCEITOS, DEFINIÇÕES, FUNDAMENTOS E
ENUNCIADOS
✓ Estado Morto:
Qualquer
desequilíbrio com relação ao
meio ambiente, seja de
pressão, temperatura,
composição química,
velocidade ou elevação,
apresenta-se como uma
oportunidade de desenvolver
trabalho, ou seja, realizar a
transformação da energia.

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 80


PROCESSOS, TRANSFORMAÇÕES E CICLOS

Estado 1 Estado 2
“Caminho” descrito pelo
P1 sistema na transformação.
P2
V1 V2
T1 T2
U1 U2

Processos Durante a transformação


Isotérmico Temperatura invariável (Constante)
Isobárico Pressão invariável (Constante)
Isovolumétrico,
Volume (Constante)
Isocórico, Isométrico
É nula a transferência de calor com a
Adiabático
vizinhança (sem transferência de calor).
Isoentalpico Entalpia invariável (Constante)
Isoentrópico Entropia invariável (Constante)
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 81
CONCEITOS, DEFINIÇÕES, FUNDAMENTOS E
ENUNCIADOS

✓ Ciclos Termodinâmicos:
Um ciclo termodinâmico ocorre quando um fluido de
trabalho de um sistema (substância), em um dado estado
inicial, passa por uma série de mudança de estados
(processos), podendo retornar ou não para o seu estado inicial
ou ser renovado.
O ciclo em que o fluido de trabalho não retorna ao seu
estado inicial é chamado de ciclo aberto. Neste caso, existe
a necessidade de renovação do fluido de trabalho, pois no fim
do processo o fluido de trabalho apresenta características e
propriedades diferentes do estado inicial.

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 82


A Máquina de Denis Papin
1647 - 1712

Trabalho – W (do inglês Work)


Para onde a
máquina rejeita
calor QCold

Fonte fria

Fonte quente

De onde a
máquina retira Ciclo Termodinâmico
calor QHot.
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 83
PROCESSOS, TRANSFORMAÇÕES E CICLOS

Ciclo Termodinâmico

P1; P2;
T1; T2;
V1; V2;
Estado 1 m1; m2; Estado 2
x1 x2
u1 u2
... ...

O ciclo onde o fluido de trabalho retorna ao seu estado


inicial e é recirculado na máquina térmica é chamado de ciclo
fechado.

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 84


PROCESSOS, TRANSFORMAÇÕES E CICLOS

Transformação
Estado 1 Estado 2

Variáveis de Variáveis de
estado estado
P1 P2
V1 V2
T1 T2
U1 U2
Transformação
Estado 1 Estado 2

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 85


PROCESSOS, TRANSFORMAÇÕES E CICLOS

Transformações Máquinas Térmicas - Diagrama PV

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 86


Exemplo de Ciclo Termodinâmico: Ciclo Otto

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 87


Exemplo de Ciclo Termodinâmico: Ciclo Diesel

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 88


PROCESSOS, TRANSFORMAÇÕES E CICLOS

Regimes dos Processos das Transformações


Processos em Regimes Permanente e Uniforme
Os termos Regime Permanente e Regime
Uniforme são usados frequentemente na engenharia
para indicar o momento da avaliação de um fenômeno,
sendo que:
O termo Regime Permanente significa que não
está ocorrendo nenhuma modificação com as
propriedades de um sistema com o tempo. O oposto de
permanente é um regime transiente ou temporário.
O termo Regime Uniforme indica que não estão
ocorrendo nenhuma variação espacial.
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 89
PROCESSOS, TRANSFORMAÇÕES E CICLOS

Regimes dos Processos das Transformações


Processos em Regimes Permanente e Uniforme

Regime Regime
Permanente Uniforme

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 90


CONCEITOS, DEFINIÇÕES, FUNDAMENTOS E
ENUNCIADOS
✓ Calor (Q):
É a energia que se transfere de um corpo para outro
ou de um ponto para outro de um mesmo corpo, movida
somente pela diferença de temperatura, até que se atinja o
equilíbrio térmico.
O calor é uma propriedade de fronteira e, para haver
transferência de calor não há necessidade de massa entre os
dois corpos.
O calor Q que passa pelas fronteiras do sistema
depende do processo.

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 91


CONCEITOS, DEFINIÇÕES, FUNDAMENTOS E
ENUNCIADOS
✓ Calor (Q):
2
Q 1−2 =  Q Q = m  c  T 1 [J] = 1 [N . m]
1
Comparação entre Calor e Trabalho

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 92


CONCEITOS, DEFINIÇÕES, FUNDAMENTOS E
ENUNCIADOS
✓ Calor (Q):
2
Q 1−2 =  Q Q = m  c  T 1,0 (J) = 1,0 (N . m)
1 Onde:
Q = quantidade de calor sensível (cal ou J).
c = calor específico da substância que
constitui o corpo (cal/g . °C ou J/kg . °C).
m = massa do corpo (g ou kg).
ΔT = variação de temperatura (°C).
Quando:
Q > 0: o corpo ganha calor.
Q < 0: o corpo perde calor.

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 93


EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO

Exercício 38: Para derreter uma barra de um


material w de 1,0 (kg) é necessário aquecê-lo até a
temperatura de 1000 (°C). Sendo a temperatura do
ambiente no momento analisado 20 (°C) e que o calor
específico do material é de c = 4,3 (J/kg . °C), qual a
quantidade de calor necessária para derreter a barra?

Exercício 39: Um bloco de ferro de volume igual a 10


(cm³) é resfriado de 300 (°C) para 0 (°C). Determinar
quantas calorias o bloco perde para o ambiente?
Dados: densidade do ferro = 7,85 (g/cm³) e calor
específico do ferro = 0,11 (cal/g . °C).

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 94


CONCEITOS, DEFINIÇÕES, FUNDAMENTOS E
ENUNCIADOS
✓ Temperatura (T):
Esta é uma grandeza física que mede o estado de
agitação média das partículas do corpo.

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 95


CONCEITOS, DEFINIÇÕES, FUNDAMENTOS E
ENUNCIADOS
✓ Escalas de Temperatura (T):
São valores normalizados destinados a servir como
referência de comparação para a agitação dos corpos.

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 96


CONCEITOS, DEFINIÇÕES, FUNDAMENTOS E
ENUNCIADOS
✓ Escalas de Temperatura (T):
São valores normalizados destinados a servir como
referência de comparação para a agitação dos corpos.

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 97


PROCESSOS, TRANSFORMAÇÕES E CICLOS
Escalas de Temperatura

Escalas de Medição
Celsius, Fahrenheit

Escalas Absolutas
Kelvin, Rankine

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 98


PROCESSOS, TRANSFORMAÇÕES E CILCOS
Escala de Temperatura

1 - Kelvin e Celsius: T(K) = 273,16 + T(°C)


2 - Rankine e Kelvin: T(°R) = 1,8 . T(K)
3 - Fahrenheit e Rankine: T (°F) = T(°R) - 459,67
4 - Fahrenheit e Celsius: T (°F) = 1,8 . T(°C) + 32

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 99


EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO

Exercício 40. Escreva a relação entre graus Celsius [°C] e


Fahrenheit [°F].
Solução: Interpolando linearmente as escalas
entre a referência de gelo fundente e
a referência de vaporização da água,
tem-se:

C −0
o o
F − 32
=
100 − 0 212 − 32

o 5 o
C = ( F − 32 )
9
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 100
Medidores de Temperatura

Termômetro Termômetro de Gás de


Convencional Termômetro volume constante
Infravermelho
Termômetro
Digital

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 101


Escala de Temperatura de Gás Escala Kelvin

Escala de Gás
T =a  p

a é uma constante arbitrária


273,16
a=
ptp

Temperatura do banho

 p 
T = 273,16   
p 
 tp 

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 102


PRIMEIRA LISTA DE EXERCÍCIOS

Bibliografia Básica: Exercícios do Capítulo 2


Grupo 1 – 20 Exercícios de 5 em 5
(iniciando no exercício 1);
Grupo 2 – 20 Exercícios de 5 em 5
(iniciando no exercício 2);
Grupo 3 – 20 Exercícios de 5 em 5
(iniciando no exercício 3);
Grupo 4 – 20 Exercícios de 5 em 5
(iniciando no exercício 4);
Grupo 5 – 20 Exercícios de 5 em 5
(iniciando no exercício 5);
Os exercícios devem ser digitados e com
capa padrão.
Data da Entrega: 27/03/2019.
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 103
CONCEITOS, DEFINIÇÕES, FUNDAMENTOS E
ENUNCIADOS
Representação da Mudança de Estado - Trocas de calor
Para que o estudo de trocas de calor seja realizado com
maior precisão, este é realizado dentro de um aparelho chamado
calorímetro, que consiste em um recipiente fechado incapaz de
trocar calor com o ambiente e com seu interior.
Dentro de um calorímetro, os corpos colocados trocam
calor até atingir o equilíbrio térmico. Como os corpos não trocam
calor com o calorímetro e nem com o meio em que se encontram,
toda a energia térmica passa de um corpo ao outro.
Como, ao absorver calor Q > 0 e ao transmitir calor Q < 0,
a soma de todas as energias térmicas é nula, ou seja:
ΣQ = 0
𝑸𝟏 + 𝑸𝟐 + 𝑸𝟑 +∙∙∙ +𝑸𝒏 = 𝟎
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 104
CONCEITOS, DEFINIÇÕES, FUNDAMENTOS E
ENUNCIADOS
Representação da Mudança de Estado – Calor Sensível
É denominado calor sensível, a quantidade de calor
que tem como efeito apenas a alteração da temperatura
de um corpo.
Este fenômeno é regido pela lei física conhecida
como Equação Fundamental da Calorimetria, que diz que a
quantidade de calor sensível (Q) é igual ao produto de sua
massa (m), da variação da temperatura (T) e de uma
constante de proporcionalidade (c) que dependente da
natureza de cada corpo denominada calor específico.
𝑸𝑺 = 𝒄 ∙ 𝒎 ∙ ∆𝑻
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 105
CONCEITOS, DEFINIÇÕES, FUNDAMENTOS E
ENUNCIADOS
Representação da Mudança de Estado – Calor Latente
Nem toda a troca de calor existente na natureza se
detém a modificar a temperatura dos corpos. Em alguns
casos há mudança de estado físico destes corpos. Neste
caso, chama-se a quantidade de calor calculada de calor
latente.
A quantidade de calor latente (QL) é igual ao
produto da massa do corpo (m) e de uma constante de
proporcionalidade (L).
𝑸𝑳 = 𝒎 ∙ 𝑳
Quando:
Q > 0: o corpo ou substância se funde ou vaporiza.
Q < 0: o corpo ou substância se solidifica ou condensa.
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 106
CONCEITOS, DEFINIÇÕES, FUNDAMENTOS E
ENUNCIADOS
Representação da Mudança de Estado – Calor Latente
A constante de proporcionalidade é chamada
calor latente de mudança de fase e se refere a
quantidade de calor que 1,0 (g) da substância calculada
necessita para mudar de uma fase para outra.
Além de depender da natureza da substância,
este valor numérico depende de cada mudança de
estado físico. Por exemplo, para a água:

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 107


CONCEITOS, DEFINIÇÕES, FUNDAMENTOS E
ENUNCIADOS
Representação da Mudança de Estado - Trocas de calor

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 108


CONCEITOS, DEFINIÇÕES, FUNDAMENTOS E
ENUNCIADOS
Representação da Mudança de Estado

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 109


CONCEITOS, DEFINIÇÕES, FUNDAMENTOS E
ENUNCIADOS
Ponto Triplo da Água

para a água:
P = 0,6113 (kPa)
e T = 0,01 (°C)

para a água a temperatura do


ponto triplo: T = 273,16 (K)

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 110


EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO

Exercício 41: Um tanque de volume 0,85 (m3) contém


inicialmente uma mistura de água e vapor d’água em
equilíbrio a 260 (°C) e título de 0,7. O vapor d’água
saturado a 260 (°C) é vagarosamente retirado através
de uma válvula reguladora de pressão localizada no topo
do tanque e ao mesmo tempo calor é transferido para o
tanque para manter a pressão constante. Este processo
é contínuo até que o tanque esteja repleto de vapor
saturado a 260 (°C). Determinar a quantidade de calor
transferido, em (kJ), desprezar a variação de energia
cinética e potencial.

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 111


EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO

Exercício 42: em um dia quente em Belém um caminhão–


tanque foi carregado na base com 37.000 (l) de óleo
diesel. Ele encontrou tempo frio ao chegar em Santana
do Araguaia, onde a temperatura estava 23, 0 (K)
abaixo da temperatura de Belém, e onde ele deverá
entregar a carga. Quantos litros foram
descarregados. O coeficiente de dilatação volumétrica
do óleo diesel é de 9,50 x 10-4/°C, e o coeficiente de
dilatação linear do aço de que é feito o tanque do
caminhão é 11,0 x 10-6 /°C.

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 112


EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO

Exercício 43: Um bloco de um material desconhecido e de


massa 1,0 (kg) encontra-se à temperatura de 80 (°C), ao
ser encostado em outro bloco do mesmo material, de
massa 500 (g) e que está em temperatura ambiente
20 (°C). Qual a temperatura que os dois alcançam em
contato? Considere que os blocos estejam em um
calorímetro.

Exercício 44: Em uma cozinha, uma chaleira com 1,0 (l) de


água ferve. Para que ela pare, são adicionados 500 (ml)
de água à 10 (°C). Qual a temperatura do equilíbrio do
sistema?.

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 113


EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO
Exercício 45: A que quantidade de calor deve absorver uma
amostra de gelo de massa igual a 720 (g) a – 10 (°C) para
passa ao estado líquido a 15 (°C)? Se for fornecido ao gelo
uma energia total, na forma de calor, de apenas 210 (kJ),
quais são o estado final e a temperatura da amostra?
Exercício 46: Um lingote de cobre de massa igual a 75 (g) é
aquecido em um forno de laboratório até a temperatura de
312 (°C). Em seguida, o lingote é colocado em um béquer de
vidro contendo uma massa de 220 (g) de água. A capacidade
térmica do béquer é de 45 (cal/K) A temperatura inicial da
água e do béquer é de 12 (°C). Supondo que o lingote, o
béquer e a água são um sistema isolado e que a água não é
vaporizada, determine a temperatura final do sistema
quando o equilíbrio térmico for atingido.
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 114
EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO

Exercício 47: Qual a temperatura de equilíbrio entre um


bloco de alumínio de 200 (g) à 20 (°C) mergulhado em
um litro de água à 80 (°C)? Dados calor específico:
água é igual a 1,0 (cal/g . °C) e do alumínio é igual a
0,219 (cal/g . °C).

Exercício 48: Qual a quantidade de calor necessária para


que um litro de água vaporize? Dado: densidade da
água igual a 1,0 (g/cm³) e calor latente de vaporização
da água é igual a 540 (cal/g).

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 115


CONCEITOS FUNDAMENTAIS - Pressão

Conceito de Pressão

FNormal
p = lim
A →A A

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 116


Pressão Absoluta e Relativa

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 117


Pressão Absoluta e Relativa

pabs = patm + pm

pm = pabs - patm

1 [atm] = 10332,27 [kgf/cm²]


1 [atm] = 760 [mmHg] = 101,325 [kPa]; 1 atm = 1,013250 bar;
1 bar = 105 N/m2 (Pa); 1 bar = 0,9869 atm; 1 bar = 100 kilopascals (kPa)
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 118
Medidores de Pressão

p = h = h r g
p − patm = h  = h r g

Piezômetro

Esquema de um manômetro em U

Sensor de pressão
Manômetro do tipo Bourdon
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 119
EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO

Exercício 49. Um manômetro instalado em uma tubulação


de vapor registra a pressão de 50 kPa. Se a pressão
atmosférica local é de 101,325 kPa, determine a
pressão absoluta correspondente.

Solução:

pabs = p atm + pefetiva = 101,325 + 50 = 151,325 kPa


Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 120
CONCEITOS, DEFINIÇÕES E ENUNCIADOS

✓ Trabalho (W):
Um sistema termodinâmico produz trabalho quando
toda energia liberada pode ser convertida no aumento da
energia potencial da posição de um em relação a outro
corpo, ou seja, neste sistema o trabalho produzido deve ter
o mesmo efeito sobre o meio (tudo externo ao sistema) que
o de levantamento de um peso.

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 121


CONCEITOS, DEFINIÇÕES E ENUNCIADOS

Trabalho Trabalho de Expansão

W = F  dx = P  A dx
W = F  dx 1 [J] = 1 [N . m]
W = P  dV
Potência
𝜹𝑾 1,0 (W) = 1,0 (J/s)
𝑾ሶ =
𝜹𝒕 1 (cal) = 4,1865 (J)

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 122


CONCEITOS, DEFINIÇÕES, FUNDAMENTOS E
ENUNCIADOS

Convenções de Calor e Trabalho

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 123


Considerações sobre o Calor e o Trabalho

✓O calor e o trabalho são, ambos, fenômenos transitórios.


Os sistemas nunca possuem calor ou trabalho, porém
qualquer um deles ou, ambos, atravessam a fronteira do
sistema, quando o sistema sofre uma mudança de estado.
✓ Tanto o calor quanto o trabalho são fenômenos de
fronteira. Ambos são observados somente nas fronteiras
do sistema, e ambos representam energia atravessando a
fronteira do sistema.
✓ Tanto calor como trabalho são funções de linha e têm
diferenciais inexatas.
✓ Calor e trabalho NÃO são propriedades termodinâmicas.

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 124


Considerações sobre o Calor e o Trabalho

✓ Enunciado de Clausius:

“É impossível admitir-se uma máquina cíclica que


transfere calor de uma fonte fria para uma fonte quente,
sem que ela se movimente a custa de um trabalho externo.”

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 125


CONCEITOS, DEFINIÇÕES, FUNDAMENTOS E
ENUNCIADOS

✓ Lei Zero da Termodinâmica:

“Se A e B são dois corpos de um sistema em equilíbrio


térmico com um terceiro corpo C, então A e B estão em
equilíbrio térmico um com o outro, ou seja, a temperatura
desses sistemas é a mesma”.

A B

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 126


PROCESSOS, TRANSFORMAÇÕES E CICLOS

Sistema Termodinâmico

Certa massa delimitada


por uma fronteira.
Sistema fechado
Sistema que não troca
massa com a vizinhança, mas
permite passagem de calor e
trabalho por sua fronteira.
Vizinhança do sistema.
Sistema isolado
O que fica fora da
fronteira Sistema que não troca energia
nem massa com a sua vizinhança.
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 127
SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES
Unidades Geométricas e Mecânicas
Grandezas Nome Símbolo Definição Observação
Comprimento igual a 1.650.763,73
do comprimento de onda, no vácuo
Unidade de base – definição
Comprimento metro m da radiação correspondente à
ratificada pela 11ª. CGMP/1960.
transição entre os níveis 2p10 e 5d5
do átomo de Criptônio 86.
1) Unidade Base – definição
ramificada pela 3ª.
CGPM/1901;
Massa do protótipo internacional
Massa quilograma kg do quilograma
2) Esse protótipo é conservado
no Bereau Internacional de
pesos e medidas, em Sèvres,
França.
Duração de 9.192.931.700
períodos da radiação
Unidade de base – definição
Tempo segundo s correspondente à transição entre
ratificada pela 13ª.CGPM/1967.
os dois níveis hiperfinos do estado
fundamental do átomo de Césio 133.
Fração 1/273,16 da temperatura Kelvin é uma unidade de base
Temperatura
Termodinamica
Kelvin K termodinâmica do ponto tríplice da – definição ratificada pela 13ª.
água. CGPM/1967.

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 128


SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES

Grandezas e Unidades Fundamentais

GRANDEZAS UNIDADES FUNDAMENTAIS


FUNDAMENTAIS NOME SÍMBOLO
Comprimento metro m
Massa quilograma kg
Tempo segundo s
Temperatura Kelvin K

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 129


SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES

Grandezas e Unidades Derivadas


GRANDEZA EQUAÇÃO UNIDADE
SIMBOLOGIA
DERIVADA FÍSICA DERIVADA
Força N (Newton)
Energia J (Joule)
Trabalho J (Joule)
Calor J (Joule)
Potência W(Watt)
Pressão Pa (Pascal)
Volume específico -----
Massa específica -----

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 130


Fatores de Conversão de Unidades
COMPRIMENTO
1 m 3,281 ft = 39,37 in 1 ft = 0,3048 m
1 cm = 0,3937 in 1 in = 0,0254 m
1 km = 0,6214 in 1 in = 5280 ft = 1609,3
ÁREA
1 m2 = 10,76 ft2 1 ft2 = 0,0929 m2
1 cm2 = 0,1550 in2 1 in2 = 645,16 mm2
VOLUME
1 m3 = 35,315 ft3
1 ft3 = 0,028 317 m3
1 cm3 = 0,06102 in3
1 in3 = 1.6387 x 10-5 m3
1 l = 0,001 m3 = 0,035315 ft3
1 gal = 0,0037854 m3
1 gal = 231 in3
MASSA
1 lg = 2,20462 lbm
1 slug = 14,594 kg
1 ton = 1000 kg
1 ton = 2000 lbm
1 lbm = 0,453592 kg
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 131
Fatores de Conversão de Unidades

PRESSÃO
1 psi = 6,894757 kPa
1 Pa = 1 N/m2
1 inHg = 3,387 kPa
1 kPa = 0,145038 psi
1 bar = 100 kPa
1 in Hg = 0,9412 psi
1 atm = 101,325 kPa = 14,696 psi =
1 mm Hg = 0,1333 kPa
760 mmHg = 29,92 inHg
FORÇA

1 N = 1 kg m/s2 1 lbf = 4,448222 N


1 N = 0,224809 lbf 1 dina = 1 x 10-5 N
ENERGIA
1 Btu= 778,169 ft lbf 1 Btu = 1,055056 kJ
1J = 9,478 x 10-4 Btu 1 ft lbf = 1,3558 J
1 cal = 4,1840 J 1 IT cal = 4,1868 J

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 132


Fatores de Conversão de Unidades

ENERGIA ESPECÍFICA
1 kJ/kg = 0,42992 Btu/lbm 1 Btu/lbm = 2,326 kJ/kg
1 kJ/kg mol = 0,4299 Btu/lbmol 1 Btu/lbmol = 2,326 kJ/kg mol
ENTROPIA ESPECÍFICA, CALOR ESPECÍFICO, CONSTANTE DO
GÁS
1 kJ/kg K = 0,2388 Btu/lbm °R 1 Btu/lbmR = 4,1868 kJ/kg K
1 kJ/kg mol K = 0,2388 Btu/lbmol °R 1 Btu/lbmolR = 4,1868 kJ/kg K
MASSA ESPECÍFICA
1 kg/m3 = 0,062428 lbm/ft3 1 lbm/ft3 = 16,0185 kg/m3
VOLUME ESPECÍFICO
1 m3/kg = 16,018 ft3/lbm 1 ft3/lbm = 0,062428 m3/kg

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 133


Fatores de Conversão de Unidades

POTÊNCIA
Btu = 1,055056 kW
1 W = 1 J/s
1 hp = 550 ft lbf/s = 2545 Btu =
1 kW = 1,3410 hp = 3412 Btu/h
745,7 W
VELOCIDADE

1 m/s = 3,281 ft/s =


1 mph = 1,467 ft/s = 0,4470 m/s
1 ft/s = 0,3048 m/s

TEMPERATURA
T[°C] = (5/9) . (T[°F] - 32) T[K] = T[°C]
T[°C] = T[K] – 273,15 T[°F] = (9/5) . T[°C] + 32
T[K] = (5/9) . T[°R] T[°F] = T[°R] – 459,67
T[K] = 1,8 . T[°R] T[R] = T[°F]

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 134


LISTA DE EXERCÍCIOS
50. Quando ocorre o equilíbrio termodinâmico?
51. O que é um processo quase-estático ou quase-equilíbrio?
52. Qual a finalidade de se usar a hipótese de processos quase-estático?
53. O que é a temperatura?
54. Como verificar e comparar a temperatura de um corpo?
55. Quais são as escalas de temperatura existentes? Exemplifique:
56. Porque dois instrumentos de verificação da temperatura não
fornecem o mesmo valor de medida?
57. O que é a pressão?
58. Quais os tipos de pressão que existem?
59. Porque dois instrumentos de verificação de pressão não fornecem o
mesmo valor de medida?
60. O que é calor?
61. Quais os tipos de calor que existe?
62. Qual a condição para que dois corpos estejam em equilíbrio térmico?
63. Qual a aplicação do princípio Zero da Termodinâmica?
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 135
LISTA DE EXERCÍCIOS
64. Qual a vantagem da escala da temperatura termodinâmica?
65. O que é o trabalho?
66. Qual o efeito equivalente do trabalho?
67. Pode um sistema receber energia por calor mantendo a temperatura
constante?
68. Pode existir um corpo abaixo da temperatura 0 (K)? Explique.
69. Um manômetro de Bourdon conectado à parte externa de um tanque
marca 77,0 (psi), quando a pressão atmosférica local é de 760 (mmHg).
Qual será a leitura do manômetro se a pressão atmosférica for
aumentada para 773 (mmHg)?
70. Um manômetro de mercúrio, usando para medir vácuo, registra 731
(mmHg) e o barômetro registra 750 (mmHg). Determinar a pressão em
(kgf/cm²);
71. Um manômetro contêm fluido com densidade de 816 (kg/m³). A
diferença de altura entre as duas colunas é de 50 (cm). Que diferença
de pressão é indicada em (kgf/cm²)? Qual seria a diferença de altura se
a mesma diferença de pressão fosse medida por um manômetro
contendo mercúrio (massa específica 13600 (kg/m³).

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 136


LISTA DE EXERCÍCIOS
72. Um corpo de peso igual a 92,543 (kgf/cm²) ocupa 1 (m³) num local
onde g = 9,81 (m/s²). Determine a massa deste corpo em UTM num
outro local onde g = 10 (m/s²).

73. Um sistema contém água líquida em equilíbrio com uma mistura de


ar e vapor d’água. Quantas fases estão presentes? O sistema é
composto por substância pura? Explique.

74. Considere um sistema que contém água líquida e gelo realizando um


processo. No final do processo, o gelo é derretido, ficando somente
água líquida. Pode o sistema ser visto como tendo efetuado um
processo como uma substância pura? Explique.

75. A pressão absoluta dentro de um tanque, contendo gás é 0,05


(Mpa) e a pressão atmosférica local é de 101,0 (kPa). Qual seria a
leitura de um medidor de Bourdon colocado no tanque pelo lado de
fora, em (Mpa)? É o medidor um manômetro ou um vacuômetro?

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 137


LISTA DE EXERCÍCIOS
76.Das 2500 (kcal) fornecidas por um minuto a um tubo-gerador, 70 (%) são
transformados em energia elétrica. Calcule a potência do gerador em (kW).

77.Um objeto tem uma massa de 7 (kg). Determine: (a) seu peso num local ande a
aceleração da gravidade é 9,7 (m/s²); (b) a magnitude da força resultante, em
(N), necessária para acelerar o objeto a 6 (m/s²).

78. Determinar a pressão manométrica em (bar), em um manômetro que marca 1


(cm) de:
79. (a) água (r = 1000 (kg/m³)); (b) mercúrio (r = 13600 (kg/m³));

80. A relação entre a resistência R e a temperatura T de um termistor é


aproximadamente dada pela equação:
onde R0 é a resistência em (W), medida   1 1 
na temperatura T0 (K) e b é a constante R = R0  exp  b   − 
do material com unidade em Kelvin. Para   T T0 
dado termistor R0 = 2,2 (W) a T0 = 310 (K).
Do teste de calibração, achou-se R = 0,31 (W) a T = 422 (K). Determinar o
valor de b para o termistor e faça o gráfico da resistência versus a
temperatura.
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 138
REVISÃO

Assuntos da Aula
✓ Introdução a termodinâmica;
✓ Plano de ensino:
❖ Identificação;
❖ Ementa;
❖ Objetivos (gerais e específicos);
❖ Conteúdo programático;
❖ Carga horária e cronograma;
❖ Estratégias de ensino;
❖ Recursos necessários;
❖ Avaliação;
❖ Referências.
✓ Conceitos, definições, fundamentos e enunciados:
❖ Calor e trabalho;
❖ Estado e processos;
❖ Equilíbrio e ciclo termodinâmicos.
✓ Unidade de medida;
✓ Lista de exercícios;
✓ Revisão.
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 139
AGRADECIMENTO

MUITO OBRIGADO!

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 22/03/2019 140

You might also like