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REUSO DE ÁGUA.
Uberlândia - MG
2014
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
FACULDADE DE ENGENHARIA QUÍMICA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA QUÍMICA
REUSO DE ÁGUA.
Uberlândia – MG
2014
MEMBROS DA BANCA EXAMINADORA DA MONOGRAFIA DA DISCIPLINA PROJETO
DE GRADUAÇÃO DE JACQUELINE CRISTINA SILVA CORREA APRESENTADA À
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA, EM 17/03/2014
BANCA EXAMINADORA:
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Prof. Dra. Vicelma Luiz Cardoso
Orientador- FEQUI/UFU
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FEQUI/UFU
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FEQUI/UFU
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Sumário
Resumo ....................................................................................................................................... 2
1 - Introdução ............................................................................................................................ 2
2- Revisão Bibliográfica ........................................................................................................... 4
2.1. Definições de Reuso de Água.............................................................................................. 4
7 - Conclusões .......................................................................................................................... 24
Referências Bibliográficas. .................................................................................................... 24
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Resumo
O presente trabalho teve como objetivo apresentar um relato das
tecnologias mais utilizadas no reuso de água bem como a
importância do emprego dessas técnicas. Foram descritos os
aspectos legais e regulatórios pertinentes como também os riscos
e o gerenciamento da reutilização de água, especialmente na
indústria. A descrição desses processos foi conduzida por uma
busca diversa de material na literatura. A conclusão final é que o
reuso da água representa uma alternativa eficiente e econômica
no combate à escassez de água.
1. Introdução
2. Revisão Bibliográfica
2.1. Definições de Reuso de Água
O termo água de reuso passou a ser utilizado com maior frequência na década
de 1980, quando as águas de abastecimento foram se tornando cada vez mais caras,
onerando o produto final quando usadas no processo de fabricação. Como o preço do
produto, ao lado de sua qualidade, é fator determinante para o sucesso de uma empresa,
a indústria passou a procurar, dentro de suas próprias plantas, a solução para o
problema, tentando reaproveitar ao máximo seus próprios efluentes. Uma gama de
processos foi desenvolvida visando a redução de custos, tendo obtido melhores
resultados aqueles que utilizaram com sucesso esse métodos (MANCUSO; SANTOS,
2003).
Sempre que a água com qualidade requerida para determinado uso torna-se
um recurso escasso, são buscadas, de forma sistematizada ou não, alternativa de
suprimento ou repressão do consumo, para que seja restabelecido o equilíbrio
oferta/demanda (ORNELLAS, 2004).
O reuso de água consiste na recuperação de efluentes de modo a utilizá-las
em aplicações menos exigentes. Desta forma o ciclo hídrico tem sua escala diminuída
em favor do balanço energético (METCALF; EDDY, 2003).
De maneira geral, o reuso da pode ocorrer de forma direta ou indireta, por
meio de ações planejadas ou não e para fins potáveis e não potáveis. De acordo com a
Organização Mundial de Saúde - OMS (1973) tem-se:
Reuso indireto: ocorre quando a água já usada, uma ou mais vezes para
uso doméstico e industrial, é descarregada nas águas superficiais ou subterrâneas e
utilizada novamente ajusante, de forma diluída;
Reuso direto: é o uso planejado e deliberado de esgotos tratados para
certas finalidades como irrigação, uso industrial, recarga de aquífero e potável;
Reciclagem interna: é o reuso da água internamente às instalações
industriais, tendo como objetivo a economia de água e o controle de poluição.
Já a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES) adota
uma classificação de reuso de água em duas grandes categorias: potável e não potável.
Esta classificação é amplamente adotada por sua praticidade e facilidade.
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Reuso Potável
Reuso Potável direto: quando o esgoto recuperado, por meio de
tratamento avançado, é diretamente reutilizado no sistema de água potável.
Reuso Potável indireto: caso em que o esgoto, após tratamento, é disposto
na coleção de águas superficiais ou subterrâneas para diluição, purificação natural e
subseqüente captação, tratamento e finalmente utilizado como potável.
químicas da água devem ser mantidas dentro de certos limites, os quais são
representados por padrões e valores orientadores da qualidade de água.
Parâmetros Indiretos
5.1.1. Neutralização
5.1.3. Filtração
Figura 5.4 (a) - Vista geral do filtro biológico e dos decantadores secundários associados.
Figura 5.4 (b)- Vista superior dos compartimentos do filtro biológico percolador preenchidos com
diferentes meios suportes, bem como do distribuidor rotativo.
O carvão ativado é qualquer forma de carvão amorfo que tenha sido tratado
para produzir material com capacidade de adsorção. Carvão mineral, madeira, casca
de coco, resíduos da produção do papel e resíduos a base de petróleo são as principais
matérias-primas do carvão ativado, (MIERZWA e HESPANHOL, 2005).
O carvão ativado é utilizado no tratamento de esgotos ou efluentes industriais
para remoção de materiais orgânicos solúveis que não são eliminados nos tratamentos
anteriores ou que não podem ser tratados pelos processos biológicos. Estas substancias
orgânicas, ditas refratárias, são passiveis de serem adsorvidas na superfície dos poros
das partículas de carvão, até que sua capacidade de adsorção se exaure, sendo
necessária a regeneração ou reativação. Essa regeneração, ou reativação de carvão, é
feita por meio de seu aquecimento, o que volatiliza o material orgânico adsorvido,
tornando os poros do carvão livres e regenerados (MANCUSO e SANTOS, 2002).
Tanto o carvão em pó quanto o granulado são eficientes, sendo que este possui
uma faixa maior de aplicação. Os grânulos são dispostos em colunas e leitos de carvão.
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5.3.3. Ozonização
Seu forte poder oxidante torna-o bastante efetivo como germicida, destruindo
virtualmente 100% de vírus, bactérias e outros patógenos, dependendo do grau de pré-
tratamento, dose e tempo de contato.
Em sistemas de reuso, a utilização do ozônio é indicada em aplicações onde
são desejáveis altos níveis de desinfecção, incluindo a destruição de vírus cloro
resistentes e cistos. Também é indicado onde se deseja controlar a formação de
compostos organoclorados (MANCUSO E SANTOS, 2002).
7. Conclusão
O presente estudo possibilitou um conhecimento geral de algumas técnicas
de tratamento de água para reuso, a legislação e os impactos sociais relacionados.
Foi constatado que a ampliação da utilização das técnicas de reuso esbarra em
questões legais e políticas. Mas é consenso que o uso eficiente da água, abrangendo a
componente de reuso, conduz ao alcance de outros objetivos intangíveis, tais como, a
melhoria da imagem da indústria através da otimização dos recursos e a redução dos
impactos ambientais, e desta forma contribuindo para a sustentabilidade de uma
atividade.
Muito embora, tenhamos técnicas de reuso já sedimentas de reuso de água,
não existem programas de pesquisas e de estímulo ao desenvolvimento de novas
tecnologias. Um outro fator é a falta de normas e padrões legais que estabeleçam os
padrões de qualidade da água de reuso, normas técnicas específicas e legislação que
incentivem ao reuso de água.
Por fim, de tudo o que foi dito a respeito da necessidade de se reutilizar a
água, podemos concluir que o reuso da água representa uma alternativa eficiente e
econômica no combate à escassez de água.
Referências Bibliográficas.
LENS, Piet; ZEEMAN, Grietje and LETINGA, Gatze. Decentralized Sanitation and
Reuse: Concepts, systems and implementation. New York: IWA Published, 2001.
MANCUSO, Pedro Caetano Sanches; SANTOS, Hilton Felício. Reúso de s. 1. ed. São
Paulo: Manole, 2002. 579 p. ISBN 85-204-1450-8.
Revista DAE - Edição 188, ano LIX, Janeiro 2012. ISSN 0101-6040.