(U0 HNN |LHOS DAGUA
2554703
Vi s6 lagrimas e
a
lagrimas. Entretanto,
ela sorria feliz. Mas eram tan-
tas lagrimas, que eu me perguntei
se minha me tinha olhos ou rios caudalosos
sobre a face. E s6 entao compreendi. Minha mae
trazia, serenamente em si, aguas correntezas.
Por isso, prantos e prantos a enfeitar o seu
rosto. A cor dos olhos de minha mae era cor
de OLHOS D’AGUA. Aguas de Mamae
Oxum! Rios calmos, mas profundos e
enganosos para quem contempla a vida
apenas pela superficie. Sim, aguas
de Mamae Oxum.
ogbo
MINISTEMO BA GUETURA ‘dt Igualdede Racial.
union BIBLIOTECA NACIONAL,CONCEIGAO EVARISTO
hhaseeu muma faveta da zona sul de Belo
Hartonte. Teve que concitiar as esti
dos com o trabaiho come empregada
‘em 1971,
ica, até cancluir 0 curso Norm
0625 anos. Murdau-se entio
para ¢ Riode Janeiro, onde passou num
‘concurso piiblice para.o magl
esttidow Letras nia UFR,
Na década de 1980, entrowem contato
com o Grupo Quilonrisheje. Estreou
na literatura em 1980, com obras
publicadlas na série Cadernas Negros,
publicada pela arganieagie
E Mestra em Literatura Brasileira pela
PUC-Rio, ¢ Doutora em Lites
Comparada peta Universidade Fe
Fluminense,
Suas obras, em especial o romance
Ponefa Viegncto, de 2003, abe
temas como a discriminagao
de género edectasse. A obra foi
traduzida para o inglés e publicada
nos Estados Unidos em 2007,
Se
OLHOS D’AGUA
Conceicaio EvaristoConceigao Evaristo
DLHOS D’'AGUA
cm,