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A MOTIVAGAO E 05 PROCESSOS DE ENSINO F APRENDIZAGEM. 18 muta abate pois no dts pales Como rate ud fetes Cg to eto do eto. a Senate it rr ia tr olen |A motivagio est4 presente como um provesso em todas 25 cesferas de nossis vidas, no trabalho, na escola, nas atividades de lazer, nas nossas relagdes Fumiiares et, interferindo em nossas goes € nos resultados destas, ‘Mas afinal o que significa motivagio? O termo € derivado do verbo latino“ movere’ que tem relagio com acio, engloba a ideia de ‘movimento; incta 0 individuo a agi, 2 fazer ou nao alguma coisa, podendo manté-lo na agio ¢ ajudi-lo a completar determinadas tarefas Lefrangois, 208). Fstudar a motivacto possibilita onhecer ‘9 que nes faz “movimentar’,afinal todos caminlkamos em busca de metis, objetivos, com vist 8 stisacio de nossas necessidades fe desejos. Assim, as motieagdes nos ativam, dirigindo-nos para um avo em panicular e mantendo-nos em ag2o. Para Bzuneck (2002), devemos comproender que a motivagio & 'um processo e nto um produto, nto pode, portanto, ser observada dlitetamente, mas ser inferida a pate de alguns comporamentos. A ‘motivagio humana perpassa por indimeras situagdes e condigies, Nao podemos deixar de considerar que a motivagi tem papel importante na aprendizagem. No ambiente escolar muito se dscute sobre as inlueacias da motvag0, com ela professors € alunos po- ‘dem ter estimulos e incentives considerados favoriveis no processo de ensino e aprendizagem e, a0 mesmo tempo, sem ela a aprend- zagem fica cificultada, lembrando que existe uma série de fatores «que podem resular nesta motivacio, como o fato, por exemplo, de ‘os alunos estarem frequentando uma escola com qualidade em seu fensino, Além disso, vemos sua utlizaga para jusificaro fracasso, a cevasio ¢ odesinteresse do aluno, como se fosse uma eas ineren= {a0 individuo, desconsiderando, por ovtro lado, fatores também Jmportantes, que atuam em conjunto, resultando na desmotivacao. As pessoas possuem em menor ou maior gra o desejo de co- ihecer, de aprender. De aconlo com Aristteles todos os homens tém, naturalmente, um impulso para adquiirconhecimento. E oque {i podemos perceber nos olhinhos curiosos da erianca, na Faminta cexploragdo do mundo com as mos, com a boca. Mas o que dizer ‘quando se vé perdido na erianga esse desejo pela descoberta com. ‘sua entrada ov permanéneia na escola, onde teria um mundo a conhecer e decifar? Pesquisas realizadas permitem coneluir que a relagdo entre sprendizagem © motivacio ¢ reciproca, Dessa forma, a motiva- lo pode produzir um efeito na aprendizagem e no desempenho assim como 4 aprendizagem pode interfeir naquela (Siqueira € ‘Wechsler, 2008) Morivacao £ EDUCACKO ESCOLAR © tema motivagio e aprendizagem escolar tem sido objeto de investigicio dos psicdlogos educacionais nos sitimos anos € f problema da falta de motivacao dos estudantes representa um dos maiores desafios 2 efieécia do ensino, B,nesse sentido, a pre- focupagio tem sida a de crar condigbes para que o aluno esteja “a fim de aprender’, de maneira a envolvélo nas aividades de aprendizagem, a persstirem nas tarefas desaiadoras, a aprender tfetivamente,a valorizae a educacao, buscando as condigoes favo rivels para que isso ocomr, Desempenho dificil, problemas de compostamento, aulas smal planejadas, alunos e professores apiticos etc. ~ estes tém se Tormado alguns dos problemas colocados como frequentes no co- tidiano escolar, S40 indmeras as discussdes ¢ teorizagdes sobre a rmotivagio/desmotivacao de alunos para aprender e de professores, para ensinat, que perpassim por alegacbes itrinsecas ao individo 2 as mais amplas, Considerando o contesto de relagdes no qual testo ineridos. Para melhor compreender a motivacio, suas possiveis contt- buigdes © interferéncias no processo de ensino, veremos a seguir algumas teorias que a explicam ea definem, na busca por entender por que alguns estudantes gostam © aproveitam a vida escolar, AAdquirindo novas capacidades e desenvolvendo tx 0 seu poten- ial, enquanto outros parecem pouco interessidos, muitas vezes fazendo as aividaces por obrigaco e até mesmo detestando boa parte da vida escola, MoriVAGAO E NECESSIDADE DE REFORCO De acordo com behaviorisas, como Skinner, a aprendlizagem ‘corre em dependéncia de estiuls externos, ou sea, somos mot ‘vados agi por conta dos resultados de nosso comportamento. Nes ‘© cso, a motivacoestaria relacionada a incentivos externos, extrit- ‘s2c0s 20 individuo, movendo-os a realizar suas taefas, sas agbes. “Assim, nessa perspectiva, gimos a fim de obter um reforgo QUE -vaisatisfazer uma necessidade e, 3 medida que percebemos que © resultado de nossas agdes € compensatrio,esforgamo-nos pars ter um desempenho eficzz. A recompensa, por outro lado, pode vir Aacompanhada da necessidade de reconhecimento, ou sea, 20 £e3- lizardeterminada aividade esperamos receber 08 mézitos por sso. As recompensas reforgos s20 considerados essenciais 2 apren- dlizagem e os vemos constantemente em sala de aula, nos elogios do professor, nos cribs ou palavras motivacionais colocados no ceidemo do aluno, nas fichas ~ que depois de acumuladas (pelas ‘espostas comportamentais de aprendizagem adequada) podem ser trocadas por prémios, na bo nota adquirida em determinada prova ou trabalho. (© imeresse pela aprendizagem pode ser visto como ail ow ‘no, em decorréncia de possiveis punigdes ou recompensas mate riais ou sociais. Desse modo, na sala de aula, poder haver maior ‘mosivaglo para aprender, na medida em que as matériasoferecidas cstiverem associadas arefrgos que satisfacam ceras necessidades dos alunos. Esforcar-se para aprender determinado contetido para evitar perder 0 recreio, eceber uma boa not, uma bicicleta no final do aang, significa que o aluno est’ emitindo determinade comport ‘mento para aleangar um reforso. Iso pode dar resultados, mas © problema € a efcicia de determinados resuludas e até onde essa aprendizagem nile cortesponde a uma meta que ao Se concetizar perde seu sentido. Desse modo, centrarse em aprender para conse- _Birapenas um prémio, pode resuliarnuma aprendizagem que no ini permanecer, endo inelicaz, pois mo tesponde 4 necessidade de ealizagao pessoal, Quando se estuda apenas para cumpri uma lobrigac2o, para obter uma nota, esquece-se muito mais ripido do aque quando se estuda a materia porgue se gosta As eitcas 2s tories behaviorisas referemse a visio um tanto ‘quanto mecanicista e passiva do organismo humano, em que © ‘comportamento resulta numa resposta as estimulagdes interns ov fexternas is quais 0 homem reage de manera relaivamente inde- fesa, No entanto, a perspectiva de Skinner, ji tratada neste livro, defende que © homem explora, reage e age sobre o ambiente, ou ‘ej, nto responde simplesmente "as cegas". O que ess oria nd abarca € desconsidera S20 0s processos cognitivos envolvidos na tmouvaglo, na etnissio dos comportamentos. TEORIA COGNITIVA DA MOTIVAAO Na teoria cogntivist, 0 que ganha destaque ¢ importincia ‘sto as motivacdes intrinseeas. HA, poranto, uma grande difusio de que o individuo possuiinternamente as foreas que o levam a ‘agin, a conhecer, a aprender, a tabalhar além de uma visio mais dtiva do comportamento. Sao considerados os aspectos racionais, ‘como objetives, intencoes, expectaivas e planos do individuo. Considersse assim, que o homem € capaz de fazer escolhas ra- onats (Lefrangois, 2008). ‘Desse mod, 0 homem racional decide conscientemente © que quer ou mo quer fazer. Pode interessarse pelo estudo da Thatemética por considerar que esse estudo seré Util no taba- tho, na convivéncia social, para um futuro vestibular, ow apenas pam satifazer sua curiosidade on porque se sente bem quando estuda matemsitica Essa teoria defende que as pessoas agem em razio de suas ‘rengas e das informacdes que possuem. Fazemos as coists por {que estamos interessados nelas, porque gostamos das atvidades € temossatstago pessoal com elas, por nossos motos intrinsecos ‘Assim, nossos comporamenios ¢ motivagoes para aprender 20 determinados pelo nosso pensimento, € mio apenas pelas recompensas que recebemos, Nao reapimos a0s eventos extemos, ‘sim em funcio das nossa interpretagdes de tais eventos. S10 08 fatores interno que determinam nosso comportamento- “Quanto mais o individu se percebe eficxz, melhores serio suas ‘construeBes cognitivas de agdes efetivas, Sea atvidade que real ta nao The parece ameagadora, um senso de avtoeficcia ctimisia pode sero que predomina. Nesse caso, uma autoavaliacao postiva Pode levara um aumento dos anseios, da motivacio para aprendet ‘eterminadas matérias ¢ resultar na expressio de um desempenho

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