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593 VALORES

antropologias filosóficas, as quais, embora não otimismo romântico, a expectação religiosa,


sejam, conscientemente, utopias, discutem o todos são oferecidos como possíveis explica­
potencial para a perfeição humana. Quarto, as ções desse fenómeno. Do ponto de vista cris­
filosofias da história, tais como as de Hegel ou tão, porém, a esperança de uma utopia, defini­
M arx, as quais culminam numa visão de per­ da como “realismo com esperança” , baseado
feição atingida. Quinto, as escatologias religi­ na revelação, sempre fez parte do plano reden­
osas, as quais olham para o dia de intervenção tor de Deus para o planeta terra. Um Deus
divina para a reconquista do paraíso perdido. gracioso estende ao homem pecador e rebelde a
Diferentes formas de milenismo ou quialianis- esperança de um mundo restaurado e renova­
mo se enquadram nesta categoria. do, no qual “[Ele] lhes enxugará dos olhos toda
Existem muitos motivos por trás da per­ lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá
sistente aspiração do homem por uma utopia. luto, nem pranto, nem dor, porque as prim ei­
O descontentamento com o estado das coisas, ras coisas passaram” (Ap 21.4).
a tendência psicológica para o auto-engano, o NORM AN GEISLER

VALORES. A teoria de valores ou axiolo- apêndice doente deva ser removido é uma boa
gia é uma teoria geral baseada na pressuposi­ proposição. Mas pergunta-se se é possível
ção de que o valor estético, moral, político e existir uma proposição sem uma mente, ou um
(consistentemente) físico são todos espécies apêndice sem um corpo.
do mesmo género. Meinong foi seguido por Scheler e Husserl.
Uma distinção deverá ser feita. Os critéri­ Na axiologia norte-americana, foi popularizada
os para se julgar uma obra de arte, os critérios por Ralph Barton Perry, John Dewey (embora
de doença e saúde, e os critérios de ação moral não fosse realista), S. C. Pepper, e outros. C. S.
não são, plausivelmente, espécies de um mes­ Lewis usa o termo valor num sentido mais res­
mo género. Quão freqtientemente temos ouvi­ trito, próximo ao de Aristóteles ao colocar a
do os estetas reclamarem das normas morais axiologia sob a ética; mas a maioria dos pensa­
na arte! Por outro lado, uma combinação de dores coloca a ética sob a axiologia. Em alguns
saúde, prosperidade, moral e arte poderão de­ casos, boa parte (ou não seria má parte?) de
finir a vida boa. Nesse sentido, o axioma de linguística pedante se mistura.
ética de Aristóteles é axiologia, pois sua idéia Parece que o neo-realismo implica uma te­
de uma vida boa incluía a proporção correta de oria de valoração que é tanto cognitiva quanto
cada uma dessas coisas. Isso, porém, não é empírica. O idealismo absoluto e o calvinismo
axiologia no sentido moderno de tornar cada são, ambos, cognitivos, mas não empíricos. As
valor um a espécie de género cxclusi vo. teorias emotivas de A. J. Ayer, Charles L. Stc-
Como movimento moderno distinto, a axi­ venson, et al, são empíricas, mas não cogniti­
ologia veio a ser notada na escola neo-realista vas. Essas últimas tornam os valores arbitrári­
de Bretano e Meinong. Os valores, como ca­ os e irracionais, removendo-os da esfera de dis­
deiras e mesas, existem independentemente da cussão. Ayer e Sartre são bons exemplos disso.
consciência. Existe o verde numa cadeira; exis­ A grande dificuldade com a visão cognitiva
te o bem numa proposição. Quer existam men­ empírica é seu empirismo. Operações para ex-
te e corpo quer não, a proposição de que um tração do apêndice, mentiras e guerras são tão
VERACIDADE 594

naturais quanto plantas e planetas. Nenhum C3 Brand Blanshard, Reaxon and Goodness, Londres:
deles vem com um rótulo que diz: “Eu tenho 1961; John Dewey, Theory o f Valuation, Chicago:
valor”. Um exemplo é o do terrorismo político. University of Chicago, 1939; R. B. Perry, Realmx o f
A guerra é denunciada como imoral e má, mas Value, Cambridge, MA, 1954, Westport, CN, Gre-
aqueles que a denunciam por meio de protes­ enwood, 1968.
tos violentos, destruição de propriedade, as­ GORDON H. CLARK
sassinato e traição, julgam que seus métodos
sejam bons. Outro exemplo é o da luta pela V ER A C ID A D E . Ver tam bém Mentira;
terra; os “sem-terra” denunciam a violência da Verdade. O cristão vive sob um imperativo:
posse de terra improdutivas ou nas mãos de dizer a verdade ou não dar falso testemunho
poucos donos em detrimento do trabalhador (Êx 20.16; Dt 19.18). Esse mandamento não é
rural, mas aprovam a tomada violenta da terra. um a questão arbitrária ou trivial. O próprio
(Dados atualizados por W.M.G) universo foi formado por um Deus cuja ativi-
Na música, ocorre a mesma dificuldade. dade criativa é exercida por meio da fala (Gn 1:
Algumas pessoas valorizam Bach, Beethoven “disse Deus”) e que deseja a verdade (SI 51.6).
e Brahms, enquanto outras preferem metal de A própria revelação, em palavras e em atos,
estilhaçar os ouvidos. é “a Palavra” e “a verdade” (Jo 1). O pecado
O empirismo é incapaz de estabelecer nor­ entrou no mundo nas vestes da mentira (Gn 3).
mas. Perry pode, até mesmo, dizer que: “Um No último exemplo, o significado da verdade é
objeto, qualquer que seja, adquire valor quando esclarecido, exatamente, ao se considerar o que
qualquer interesse, seja qual for, é demonstrado estaria errado com a mentira, pois a mentira
por ele”. Mas isso poderia tornar a cocaína tão coloca a pessoa acima da verdade e dos outros,
valorosa, ou mais, quanto chocolate ou sorvete, e acima de Deus. É um ato de amor-próprio
quando, na verdade, toma-a, apenas, mais vali­ desordenado e, por essa razão, a mentira é uma
osa para alguns. Para evitar tal embaraço, Perry constante tentação e se encontra na lista dos
procura demonstrar como um valor é melhor do pecados mais hediondos (Ap 21.8). Em con­
que outro. O valor melhor é aquele que harmo­ traste, o cristão deveria sempre falar a verdade.
niza muitos interesses. Mas, embora essa defi­ A veracidade envolve uma avaliação tanto
nição complique a observação, não ajuda o em­ das palavras faladas quanto da pessoa que fala.
pirismo. Poderia haver diversas harmonias, cada Se houver um “engano sincero” de nossa parte,
um a tendo dez diferentes valores. Como então não somos moralmente considerados mentiro­
escolher um acima de outro? Uma combinação sos, portanto, é claro que dizer a verdade não é
harmoniosa poderia integrar cinco valores, en­ apenas uma questão de infalibilidade de pala­
quanto outra incluiria vinte. Mas não será pos­ vras. E um a questão que envolve tanto o agen­
sível que uma vida de cinco valores seja melhor te quanto as suas palavras.
do que uma de vinte? O exemplo do vício de A própria verdade, uma congruência entre
drogas mostra o impedimento de uma teoria de palavra e realidade, se posta contra os extremos
defesa de um valor mais alto que englobe tudo. da comunicação incompleta e da palavra impen­
Assim, a observação não pode decidir entre as sada que “simplesmente, jorrou”. A meia-verda-
combinações; o empirismo não justifica nenhum de não é verdade nenhuma. Além disso, como as
deveria ser. palavras têm significados diferentes em contex­
Diversos empiristas têm tentado defender tos diferentes, uma noção mecânica da verdade,
sua teoria contra essa acusação. Mas não pode­ uma abstração e a franqueza total são também
rá haver valor em seus argumentos porque sem­ distorções da verdade. Essa última, embora re­
pre e em todo lugar será considerado como sen­ conhecida com menos frequência, poderá ser
do uma falácia a inserção, na conclusão, de um agressivamente injuriosa e uma violação da res­
conceito que não apareça na premissa. A decla­ ponsabilidade cristã de “falar a verdade em amor”
ração observacional X valoriza o rock, não im­ (Ef 4.15). Sendo assim, a verdade precisa se tor­
plica que X deva valorizar o rock, que Y e Z nar uma palavra viva. Aqui chegamos a uma im­
devam valorizar o rock ou que Bach e Brahms portante perspectiva cristã, que é a relação entre
sejam desvalorizados. Se o exemplo de rock não o que fala e o ouvinte diante de Deus, exatamen­
convence, tente o exemplo da heroína. te o que é violado pelo falso testemunho, tem
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de, necessariamnte, ser incluída numa descrição A ênfase sustentada pelas Escrituras con­
de veracidade. A fala responsável é a extensão da dena a falsidade e recomenda dizer a verdade.
verdade àqueles que têm o direito de conhecê-la. Deus é aquele que jam ais mente (Tt 1.2). Ele
Essa perspectiva relacional capacita o cris­ não pode negar a si mesmo (lT m 2.13). Somos
tão a contribuir de modo positivo para a solu­ ordenados a não dar falso testem unho (Êx
ção da “questão da verdade” em sua fronteira 20.16) e a não mentir uns aos outros (Cl 3.9),
atual. Questões complexas de sociedade - como “Portanto, deixando a falsidade, fale cada um a
a verdade nos anúncios e nos empréstimos, verdade com seu próximo” (Ef 4.15). O engano
comunicação privilegiada, segredos governa­ e a mentira são características da impiedade. O
mentais e o direito do paciente de um médico tentador, no jardim , impugnou a verdade de
saber o que tem - todas são questões da rela­ Deus e enganou nossos prim eiros pais. Os
ção entre verdade, falante e ouvinte. Assim homens perdidos trocaram a verdade de Deus
considerados, são questões para uma séria ex­ pela mentira (Rm 1,25).
tensão do âmbito de aplicação da veracidade. Será que é sempre necessário falar toda a
RICHARD DAVIS verdade? “Falar a verdade em amor” (Ef 4.15)
implicaria esconder a parte negativa da verda­
V ER D A D E. Quando Pilatos perguntou a de? Deus autorizou Samuel a esconder de Saul
Jesus “O que é a verdade?” (Jo 18.38), ele tinha o principal propósito de sua visita a Jessé (1 Sm
em mente o significado abstrato, intelectualista, 16.2). Não havia falta de verdade implicada
que o termo verdade tinha para a mente grega. A nessa ordem. Uma verdade parcial não será,
verdade era algo para se pensar ou crer. Esse necessariamente, uma mentira. Esconder toda
significado tem influenciado profundamente a a verdade poderá ser a ação correta exigida em
terminologia ocidental. A verdade refere ao real determinadas situações.
estado das coisas, em contraste com um rumor CLARK H. PINNOCK
ou um falso relato. Uma frase é verdadeira se
sua afirmativa concorda com as leis do intelecto J. Douma escreveu (Os Dez Mandamentos,
ou se corresponde ao que é, realmente, fatual. Nono Mandamento, S. Paulo, Os Puritanos,
O uso bíblico não pára por aqui. O termo 2003) sobre a classificação da mentira em três
do AT para verdade ( ‘emeth ) sugere noções de tipos: a mentira maliciosa, a mentira jocosa e a
firmeza, estabilidade, confiabilidade, fidelida­ mentira por necessidade. Quanto à mentira ma­
de. O Senhor é chamado Deus da verdade por­ liciosa, a questão é clara - ela deverá ser, sempre,
que é o único em quem seu povo pode confiar condenada como violação do nono mandamen­
com segurança. Por essa razão, muitas vezes, a to. A mentira jocosa já é uma questão mais com­
tradução de ‘emeth aparece como fidelidade (por plexa. Nós nos divertimos com a ficção, com
exemplo, Dt 32.4; SI 146.6). anedotas, com a atuação teatral, etc., e essas
A verdade não é apenas aquilo que se pen­ coisas, em si mesmas, não configuram pecado.
sa, mas também algo que se faz. Deus opera Contudo, esses veículos legítimos poderão con­
para sempre a verdade (SI 146.6). A verdade é duzir tanto à verdade quanto à mentira. Em
um a qualidade da natureza de Deus. Ele é a Provérbios 26.18-19, aquele que engana seu pró­
única realidade constante num mundo sempre ximo com malícia e prejuízo, e diz: “ Fiz isso
em movimento. Sua palavra ao homem é, igual­ por brincadeira” é comparado a um louco lan­
mente, confiável e certa (SI 43.3; 119.43). Es­ çando flechas de morte. Quanto à mentira por
pera-se do povo de Deus que seus homens se­ necessidade, a questão é ainda mais difícil. Esse
jam “homens da verdade” (Êx 18.21; SI 1; Os tipo envolve a mentira em beneficio do próxi­
4.1). O significado dominante de fidelidade con­ mo. A Bíblia oferece alguns exemplos. As par­
tinua no NT. Significa algo a ser feito (Jo 3.21). teiras Sifrá e Pua, quando interrogadas acerca da
Fidelidade e verdade estão em oposição a peca­ desobediência à ordem do faraó de matar os
do e falsidade (Rm 3.3-7). A verdade é algo que meninos judeus mentiram, dizendo que quan­
liberta os homens (Jo 8.32). Por verdade, João do elas chegaram os bebês já haviam nascido e
se refere à divina revelação redentora em Jesus, teriam sido escondidos (Êx 1.15-21); no entan-
e liberdade significa não liberdade de pensa­ do, elas foram abençoadas pela sua ação (Êx
mento, mas liberdade da escravidão do pecado. 1.17,20). Raabe mentiu para proteger os espias
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de Israel, e foi justificada de sua mentira e louva­ Na literatura teológica e ética, o termo “ví­
da pela sua ação (Js 2.4-6; Hb 11.31; Tg 2.25). A cio” geralmente denota qualquer princípio, prá­
mulher, em Baurim, que escondeu os aliados de tica ou hábito que produza caráter e vida im pi­
Davi num poço em sua casa, respondendo à per­ edosa. Durante a Idade Média, os teólogos ex­
gunta dos servos de Absalão sobre o paradeiro puseram sete “vícios” - muitas vezes denom i­
desses homens, apontou para a direção errada, nados “pecados capitais” ou “mortais” -c o m o
dizendo “Já passaram o vau das águas” (2Sm as categorias sob as quais todas as formas dc
17.19-20). É preciso, porém, distinguir esse tipo pecado poderiam ser classificadas. Todo peca­
de mentira daquela que visa apenas à autoprote- do definido poderia ser relacionado a um ou
ção. Tanto Abraão quanto lsaque, quando esta­ mais desses vícios mortais: orgulho, avareza,
vam no Egito, mentiram a respeito de suas espo­ lascívia, inveja, glutonaria, ira e preguiça. A las­
sas, dizendo que seriam suas irmãs (Gn 12.11- cívia e a glutonaria são males da carne; o orgu­
20; 20.2-18; 26.7-11). Tanto a “meia-verdade” lho, a avareza, a inveja e a ira são males do espí­
de um quanto mentira deslavada do outro quase rito; a preguiça pode ser tomada como sendo
que levaram suas esposas e outros mais a come­ lerdeza de corpo ou de espírito, ou de ambos.
terem pecado. É preciso distinguir entre as ações Na maioria dos segmentos da sociedade
diversionárias, como as de batalha, as quais o atual, os vícios são abundantes em suas formas
próprio Senhor recomendou a Josué (Js 8.1 -26; glamurizadas. A imoralidade antiga do paganis­
2 Sm 5.22-25), e o engano da língua descrito em mo, mais uma vez, floresce e está na moda, e,
Tiago 3. (Dados atualizados porW .M .G) até mesmo, endossada por alguns profissio­
nais das disciplinas sociais e psicológicas, das
V ÍC IO . Ver também Alcoolismo; Crime; ciências naturais, da filosofia e da religião. Um
Drogas; Jogos de Azar. Uma definição restrita novo hedonismo, frequentemente, expresso na
de vício é “um hábito, ou prática, imoral ou filosofia da mídia contemprânea, tem alcança­
mau; conduta imoral; comportamento depra­ do ampla aceitação. As avenidas de expressão
vado e degradante; imoralidade sexual, especi­ de práticas viciosas se multiplicam com a tec­
almente a prostituição” (Dicionário Random nologia. Há uma crescente lista de vícios pes­
House). O vício é o antónimo da virtude, como soais e sociais que ameaçam a sociedade mo­
as trevas são contrárias à luz, e o erro é contrá­ derna: sexo ilícito, aborto (q.v.) e divórcio (q.v.)
rio ao que é direito e certo. por qualquer motivo, alcoolismo (q.v.), abuso
Conquanto o termo “vício” não seja usado de drogas (q.v.), pornografia (q.v.), furto (q.v.),
na Bíblia, alguns sinónimos são empregados mentira, engano, jogos de azar (q.v.), fumo,
(porexem plo, Rm 13.13; E f 4.19; ICo 5.8). O maledicência, desperdício de tempo de lazer,
vício dom inava o mundo romano nos tempos poluição ambiental desnecessária (q.v.), depen­
do NT. O sexo pré-marital e extramarital (q.v.), dência desnecessária de outros e diverti mentos
e o incesto (q.v.) eram praticados desavergo­ desmoralizantes.
nhadamente. Desde o palácio do imperador até Muitas pessoas abalizadas crêem que se
os casebres mais humildes, a sociedade era in­ esses vícios morais continuarem a receber pro­
festada de homossexualismo (q.v.) (William eminência contínua, tolerância e justificativas,
Barclay, FleshandSpirít, Nashville, Abingdon, especialmente da parte das ciências sociais, eles
1962, p. 26). Os cristãos primitivos enfrenta­ acabarão levando nossa sociedade à morte.
vam uma cultura onde a prostituição era sanci­ Em Efésios 2.8-10, o Cristianismo evangé­
onada e ligada a ritos em templos pagãos. Não lico encontra a antítese do problema de vícios
é de se surpreender que o apóstolo Paulo inici­ da humanidade (Rm 1.29-32). As “boas obras”
asse sua lista com “as obras da carne” como os tornam-se norma na vida diária para aqueles
pecados sexuais de seu tempo (G1 5.19). “Foi que foram redimidos pela graça de Deus.
dito que a castidade era a única virtude com ­ DELBERT R. ROSE
pletamente nova introduzida ao mundo pagão
pelo Cristianismo” (ibid., p.27). Paulo colo­ VIDA COM UN ITÁRIA . Ver também Co­
cou a ética cristã, clara e solidamente, contra abitação; Koinonia. A propriedade com um e
todas as formas de imoralidade sexual (IC o a igualdade de consumo constituem a essência
5.1; 6.13-20; lTs 4.3-8). da vida comunitária. As comunas (às vezes

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