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Febre

Tifóide

DESCRIÇÃO DA DOENÇA
Doença bacteriana aguda, de distribuição mundial, a piogênicos, colecistite aguda, peritonite bacteriana,
febre tifóide está associada a baixos níveis socioeconô- forma toxêmica de esquistossomose mansônica, mono-
micos. O agravo ocorre principalmente em áreas com nucleose infecciosa, febre reumática, doença de Hod-
precárias condições de saneamento, higiene pessoal e gkin, abscesso hepático, abscesso subfrênico, apendicite
ambiental. aguda, infecção do trato urinário, leptospirose, malária,
toxoplasmose, doença de Chagas aguda, endocardite
A febre tifoide tem manifestações clínicas semelhantes bacteriana.
a de várias outras doenças entéricas como, por exemplo,
as infecções por Salmonella entérica sorotipo Paratyphi
(sorogrupo A, B, C) e por Yersinia enterocolítica, que pode
produzir uma enterite com febre, diarreia, vômito, dor
abdominal e adenite mesentérica. Há, também, outras
doenças que apresentam febre prolongada e que devem
ser consideradas, tais como: pneumonias, tuberculo-
ses (pulmonar, miliar, intestinal, meningoencefalite e
peritonite), meningoencefalites, septicemia por agentes

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AÇÕES


A ocorrência está diretamente relacionada às condições de Para evitar a febre tifóide é necessário: ficar atento para
saneamento básico existente e aos hábitos individuais. Em a preparação, manipulação, armazenamento e distribui-
áreas endêmicas, acomete com maior freqüência indivídu- ção dos alimentos; adotar cuidados com relação ao lixo;
os de 15 a 45 anos e a taxa de ataque diminui com a idade. telar portas e janelas; entre outras medidas.
No Brasil, nas últimas décadas, constata-se uma tendência
de declínio nos coeficientes de morbimortalidade por febre
tifóide
AGENTE ETIOLÓGICO Confirmado
Salmonella enterica, sorotipo Typhi (S. Typhi), bactéria Critério clínico laboratorial
gram-negativa da família Enterobacteriaceae. Indivíduo que apresente achados clínicos compatí-
veis com a doença e houver isolamento de S. Typhi ou
RESERVATÓRIO detecção pela técnica de PCR.
O homem doente ou portador assintomático.
Critério clínico epidemiológico
MODO DE TRANSMISSÃO Indivíduo com quadro clinicamente compatível e
Doença de veiculação hídrica e alimentar, cuja transmis- epidemiologicamente associado com um caso confir-
são pode ocorrer pela forma direta, pelo contato com mado por critério laboratorial.
as mãos do doente ou portador, ou, principalmente, de
forma indireta, através de água e alimentos contamina- Portador
dos com fezes ou urina de paciente ou portador. Indivíduo que, após enfermidade clínica ou subclíni-
ca, continua eliminando bacilos por vários meses. Tem
PERÍODO DE INCUBAÇÃO particular importância para a vigilância epidemiológica
Comumente, de 1 a 3 semanas; em media, 2 semanas. porque mantém a endemia, podendo dar origem a sur-
tos epidêmicos.
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE
A transmissão ocorre enquanto bacilos estiverem sendo Descartado
eliminados nas fezes ou urina, geralmente, desde a Caso que não preenche os requisitos postulados para a
primeira semana da doença até o fim da convalescença. sua confirmação.
Após essa fase, a transmissão dá-se por períodos variá-
veis, dependendo de cada situação. VACINAÇÃO
A vacina atualmente disponível não possui um alto
DEFINIÇÃO DE CASO poder imunogênico e a imunidade é de curta duração,
Suspeito sendo indicada apenas em casos específicos como para
Indivíduo com febre persistente, acompanhada ou não pessoas que ingressem em zonas de alta endemicidade,
de um ou mais dos seguintes sinais e sintomas: cefaleia, como por ocasião de viagem.
mal-estar geral, dor abdominal, anorexia, dissociação
pulso/temperatura, constipação ou diarreia; tosse seca,
roséolas tíficas e hepatoesplenomegalia.

Unidade Técnica de Doenças de Veiculação Hídrica e Alimentar - UHA/CGDT


Gerente: Rejane Alves
Telefone: (61) 3213-8191

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