Mensagem 10. 07.

2011
Tema: Pedro: Uma História de Conversão
Textos: Lucas 5,8; 22,32; 22,62; João 6, 68 - 69; 21,17.
Introdução: A conversão, assim como a sabedoria, leva a vida inteira.
Mas o que vem a ser a conversão?
É somente uma mudança de rumo, de sentido ou tem mais coisas
envolvidas neste processo?
Se você passou nesta semana ali pelos cruzamentos das Ruas
Waldemar com a Marechal Floriano, e mais a Anne Frank e a Bom Jesus
de Iguape, você deve ter notado que naquelas quadras houve uma
mudança de sentido das ruas.
Foram feitas algumas mudanças que mudaram o sentido do trânsito, o
motorista tem que cuidar para não fazer a conversão para o lado errado,
os agentes da Diretran estão lá orientando o tráfego.
Mas quem nos orienta nas mudanças da nossa vida emocional e
espiritual?
Quando falamos de conversão, muitas vezes nos deparamos com
algumas dúvidas, que para alguns, são complicadas e para outros nem
tanto.
Se eu te perguntar: quando você se converteu? Alguns sabem
responder, dizendo o dia, o mês e o ano.
Para estes, a conversão é como uma certidão de nascimento, sabem
direitinho quando e como aconteceu.
Talvez até tenha sido parecido com a do apóstolo Paulo. A conversão
deste que é descrita em Atos 9, 3-9, fala de uma luz brilhante e uma voz
vinda do céu.
Mas para alguns esta resposta fica em aberto.

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Para estes a conversão é que nem tirar uma carteira de motorista, leva
tempo para se preparar, estudar as leis, fazer os testes, etc.
Depois de passar e ser aprovado nos testes você recebe a carteira com
a permissão de dirigir e agir como motorista.
Mas qual seria a diferença?
A certidão de nascimento é algo que só prova o nosso nascimento, é
pontual, é algo marcado por um dia especial.
Mas a carteira de motorista leva tempo para adquirir, é um longo
processo. Depois que você toma a decisão vem o processo em seguida
até se conseguir.
Mas podemos aplicar isto também para a nossa vida espiritual?
Vamos nos basear na vida do apóstolo Pedro e ver como foi com ele e o
que ele pode nos mostrar.
A maioria de nós conhece a vida do discípulo e apóstolo Pedro.
Aqueles que puderam participar do Congresso da Faculdade Fidelis com
a Radio Trans Mundial tiveram com o pastor Itamir Neves a oportunidade
de conhecer este personagem mais de perto.
Quero tentar explorar um pouco este processo de conversão do Pedro,
usando algumas de suas expressões encontradas nos evangelhos e
comparar com a nossa situação.
Lucas 5, 8: Quando Simão Pedro viu isso, prostrou-se aos pés de
Jesus e disse: “Afasta-te de mim, Senhor, porque sou um homem
pecador!”
Aqui temos um dos primeiros relatos de Pedro com Jesus, quando este o
chama para segui-lo.
Após a experiência da pesca maravilhosa e abundante Pedro fala isto.
De repente Pedro se vê numa situação completamente nova para ele,
apesar de ser um pescador experiente ele aceita o desafio e obedece a
Cristo e lança as suas redes onde Jesus ordenou.
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Pedro então reconhece o seu estado de pecador e segue a Cristo.
Será que a mudança / conversão de Pedro foi algo emocional e de
momento?
Será que ele viu que com Jesus ele teria “benefícios imediatos” ou por
que ele teve esta experiência seguiu a Jesus?
Muitas vezes encontramos pessoas assim. Que só querem o imediato,
mas se negam a seguir Jesus em seus passos mais adiante.
O momento quando Jesus entra na vida sem ter maiores consequências.
Aceitar Cristo sim, mas não os seus ensinos.
Mas ainda bem que Pedro não parou aqui e espero que cada um de nós
também não tenha estacionado neste momento.
Deus continua trabalhando na minha vida a Ana Paula falou.
Mais adiante temos outro momento marcante na vida de Pedro.
Mateus 16,16: Simão Pedro respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho do
Deus vivo”.
João 6,68 - 69: Simão Pedro lhe respondeu: “Senhor, para quem
iremos? Tu tens as palavras de vida eterna. Nós cremos e sabemos
que és o Santo de Deus”.
Pedro depois que andou um tempo com Jesus e viu que ele era
realmente diferente e o Filho de Deus, falou isto.
Jesus então lhe diz que foi Deus que colocou esta convicção em Pedro.
Sim, Deus nos revela as coisas através do Espírito Santo ao andarmos
com ele.
Mas parece que Pedro ainda não aprendeu tudo com Jesus ao longo de
sua caminhada com ele.
Depois de 3 anos junto com Jesus e perto da prisão de Jesus no
Getsêmani.

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Jesus tem mais uma conversa marcante com este Pedro.
Lucas 22, 31 - 34: “Simão, Simão, Satanás pediu vocês para peneirá-
los como trigo. Mas eu orei por você, para que a sua fé não
desfaleça. E quando você se converter, fortaleça os seus irmãos”.
Mas ele respondeu: “Estou pronto para ir contigo para a prisão e
para a morte”. Mas Jesus lhe disse: Afirmo-te, Pedro, que, hoje, 3
vezes negarás que me conheces, antes que o galo cante.

Que declaração de Jesus sobre Pedro!

Este Pedro tão autossuficiente e convicto de si mesmo precisa ouvir de
Jesus que ele ainda não está pronto para ser um verdadeiro seguidor de
Cristo.

Será que isto não acontece com a gente também de vez em quando?
Quando achamos que estamos seguros, salvos, sentados e satisfeitos,
Deus nos mostra que não podemos andar pelas próprias pernas e
dependemos dele, todos os dias da nossa vida.
Quando então mais tarde acontece com Pedro o que Jesus havia
previsto, e Pedro nega Jesus 3 vezes, vem a nossa seguinte expressão.
Lucas 22, 62: Então, Pedro, saindo dali, chorou amargamente.
Temos tido esta experiência de ter falhado com Cristo?
Onde o nosso velho homem ainda não foi vencido completamente, mas
quando somos confrontados pelo olhar amoroso de Cristo choramos
amargamente?
Será que estas lágrimas do choro amargo também não podem ser
purificadoras?
Deixando que Deus então transforme a nossa vida mais profundamente.
Depois da Ressurreição de Cristo acontece um outro encontro marcante
entre Jesus Cristo e Pedro.
Encontramos este evento em João 21.

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Novamente os discípulos foram pescar e nada pegaram, até que Jesus
aparece na beira do lago e pede para eles lançar as redes novamente, e
o resultado é o mesmo de 3 anos atrás, as redes se enchem de peixes.
Depois do café da manhã na praia Pedro então é confrontado por Jesus
com a pergunta se ele o ama. Isto se repete 3 vezes.
Quando Pedro então finalmente fala:
João 21, 17: “Senhor, tu sabes todas as coisas e sabes que te amo”.
Pedro finalmente declara seu amor incondicional a Jesus, e conhecemos
o desenrolar da história depois disto.
Aplicando para nós.
A pergunta que fica: Quando Pedro se converteu?
Quando foi apresentado a Jesus?
Quando confessou ser um pecador?
Quando confessou que Jesus era o Messias?
Ou talvez ainda quando recebeu o Espírito Santo no dia de Pentecostes?
Quando teve a visão para ir encontrar Cornélio?
Ou foi nas cartas que escreveu?
A conversão é mais do que um simples acontecimento é um processo,
leva a vida toda, assim como a sabedoria.
Isto não quer dizer que eu me converto aos pedaços, mas sim, num
processo onde aprendo a cada dia mais de Cristo e de Deus.
O processo de Pedro não é constante, quando aprende algo novo
também tem retrocessos, escorrega e cai.
O nosso crescimento e amadurecimento, não é retilíneo, mas cheio de
altos e baixos.
Quando sofremos um acidente geralmente não repetimos o mesmo erro
ou situação.
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O conhecimento de Deus é gradativo, vem com o tempo e não de uma
só vez.
De um simples pescador no começo da sua história, Pedro
gradativamente foi transformado e preparado para ser um pregador do
evangelho em Roma.
Simão, Simão, parece que quando Jesus chama Pedro por este nome,
ainda demonstra que Pedro continua muito humano, preso a sua velha
natureza humana.
Não como exemplo para fortalecer os irmãos, mas que também precisa
ser fortalecido primeiro.
Um outro aspecto que aparece na vida de Pedro e também serve para
nós: A sua mudança é gradativa, percebemos esta mudança em nossas
vidas com o passar do tempo, eu era assim e agora sou assim.
Quando Cristo toma conta da minha vida, eu vou sendo transformado e
deixo de lado o que não convém.
Ainda não sabemos tudo o que Deus quer fazer conosco ao longo da
nossa vida.
A cada novo dia devemos deixar a velha natureza de lado e deixar Jesus
aumentar e crescer dentro de mim.
Pedro estava seguro de si e foi traído pela sua auto confiança.
O quanto eu confio em mim mesmo ou dependo de Cristo?
As lágrimas amargas do arrependimento e da purificação são um alivio
para alma e a oportunidade para deixar Deus agir.
Compreensão da dependência de Jesus.
Jesus não nos abandona ou nos vigia como um guarda, mas é o nosso
amigo que anda ao nosso lado.
Mas devemos aceitá-lo como Senhor e Salvador.
O amor de Deus nos transforma de dentro para fora.
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As vezes não entendemos este processo e nos perguntamos porque
estamos passando por momentos tão complicados na nossa vida.
Será que não é nesta hora que deveríamos nos perguntar o que estamos
deixando de fazer ou qual área ainda temos que entregar para Deus?
Marcos 8, 34 diz: Se alguém quer me seguir, esqueça os seus próprios
interesses, carregue a sua cruz e me acompanhe. (LH)
As tentações depois de vencidas nos fortalecem.
A nossa transformação é como a metamorfose da borboleta, de uma
lagarta feia sai uma borboleta bonita.
Ainda não somos aquilo que Deus quer que sejamos 2. Pedro 1,4 e 3,18.
Buscar Deus com um coração arrependido e sincero.
Não só saber da existência de Deus, mas se tornar o seu filho.
Mudança de pensamentos, atitudes e agir. 2 Pedro1,3-10.
A conversão pode ter aquele momento sublime e suave, mas não pode
ficar só nisto, mas deve ser duradouro para durar a vida toda.
Deus age através de pequenas situações, nos mostrando o seu amor.
Para mudarmos e sermos aquilo que ele quer que sejamos.
Um obreiro fiel e aprovado para suportar as lutas e ser um testemunho
seguro até o fim.
Assim como Pedro o foi com a sua história de conversão.
Amém.