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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ - UESC

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS - DCIJUR


CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO

Ramon Mota Oliveira


Karolayne Jovita Santa Fé Santos

Intervenção

Ilhéus - Bahia
2018
Ramon Mota Oliveira
Karolayne Jovita Santa Fé Santos

Intervenção

Trabalho redigido, apresentado ao Curso de Gra-


duação em Direito, como parte dos requisitos
necessários à obtenção do segundo crédito.

Professor(a): Dr.ª Luana Paixão Dantas do Ro-


sário
Disciplina: Direito Constitucional II
Turma: T02

Ilhéus - Bahia
2018
Resumo

Assim como o título, o resumo e o abstract do seu trabalho é a porta de entrada para o
leitor, além de dar uma visão geral do seu trabalho, deve despertar o interesse do mesmo. Como
o resumo e abstract possui uma quantidade de texto limitada, muitas pessoas tem dificuldade
em elaborar um texto conciso e interessante. Desta forma, vamos apresentar uma técnica para
facilitar a elaboração do resumo e o abstract que consiste em dividi-los em cinco partes: contexto,
objetivo, método, resultados e conclusão.
Para mais informações acesse nosso post sobre Abstract: https://blog.fastformat.co/5-pas
sos-resumo-e-o-abstract/
Pavras-chave: Abstract. Resumo. ABNT.
[Este é apenas um texto explicativo. Altere através do menu esquerdo.]
Abstract

Assim como o título, o resumo e o abstract do seu trabalho é a porta de entrada para o
leitor, além de dar uma visão geral do seu trabalho, deve despertar o interesse do mesmo. Como
o resumo e abstract possui uma quantidade de texto limitada, muitas pessoas tem dificuldade
em elaborar um texto conciso e interessante. Desta forma, vamos apresentar uma técnica para
facilitar a elaboração do resumo e o abstract que consiste em dividi-los em cinco partes: contexto,
objetivo, método, resultados e conclusão.
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Pavras-chave: Abstract. Resumo. ABNT.
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Sumário

1 A intervenção federal nos Estados membros . . . . . . . . . . . . . . . . 5


1.1 Conceito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.2 Objetivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.3 Origem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.4 Causas autorizativas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.5 Modalidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.6 Características . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.7 O decreto interventor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.8 A figura do interventor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
1.9 Casos concretos ajuizados perante o STF . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
1.10 A intervenção federal ‘militar’ sobre o RJ . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

2 A intervenção dos Estados membros nos municípios . . . . . . . . . . . 10

3 O Estado de Defesa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

4 O Estado de Sítio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

5 Referências Bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
5

1 A intervenção federal nos Estados membros

A intervenção é medida excepcional, de natureza política, consistente na possibilidade


de afastamento temporário da autonomia política do ente federativo quando verificadas as
hipóteses taxativamente previstas na Constituição. O princípio da autonomia das entidades
componentes é uma das notas características do Estado Federal. A intervenção federal, enquanto
mecanismo constitucional de intromissão do ente central em assuntos dos Estados-membros
é a antítese da autonomia, por suprimi-la temporariamente, a fim de preservar outros valores
constitucionalmente protegidos. A Constituição de 1988 consagra, como regra, a não intervenção.
A intervenção, por ter caráter excepcional, é admitida apenas nas hipóteses taxativamente
contempladas pela Constituição (numerus clausus).

1.1 Conceito

Como nos ensina Luiz Augusto Paranhos Sampaio, a palavra intervenção, do latim inter
+ venire, etimologicamente significa acorrer, tomar posição no meio de.

Destarte, conceitualmente, segundo o mesmo autor (Sampaio, 1990, p. 138), a


intervenção configura o ato pelo qual uma autoridade superior, de uma Nação ou de
um Estado, no âmbito de sua competência, acorre em defesa de um ente que lhe é
hierarquicamente inferior, para protegê-lo ou garanti-lo contra atos que possam trazer
prejuízos à sua unidade.

A intervenção federal pode ser entendida como “mecanismo essencial ao regime federa-
tivo” (Russomano, 1997, p. 324), que “afasta, temporariamente, a autonomia estadual ou parcela
desta” (Temer, 2001, p. 79).
Pinto Ferreira (1991, p. 322) assim ensina:

A intervenção federal constitui uma peça decisiva no funcionamento do regime federa-


tivo. É o instrumento pelo qual se revela a superioridade política e jurídica da União
sobre os Estados-Membros.

Destaca ainda o autor que a intervenção alcançou maior destaque “na época em que
ainda se defendia a tese da soberania estadual”, mostrando-se como “meio de coação para o
cumprimento da vontade do Estado Federal” (Pinto Ferreira, 1991, p. 322).

1.2 Objetivo

Raramente a Constituição Federal estabelece situações em que haverá intervenção,


suprimindo-se, provisoriamente, a aludida autonomia. Sendo assim, a intervenção acontece justa-
mente com o objetivo de resguardar a existência e a unidade da própria Federação.
Capítulo 1. A intervenção federal nos Estados membros 6

Em função do seu caráter atípico, a CF estabeleceu taxativamente em quais casos será


possível haver a intervenção, que estão enumerados nos seus artigos 34 e 35.
A segurança pública dos cidadãos que moram naquele Estado, com direito à sua incolu-
midade e à vida, principais direitos humanos propagados nacionais (alínea “b”, do inciso VII, do
artigo 34, da Constituição Federal) e internacionalmente.

1.3 Origem

A intervenção federal é originária do direito público norte-americano, prevista na Consti-


tuição de 1787 e realizada, pela primeira vez, pelo Presidente Washington em 1794, no Estado
de Pensilvânia, para debelar a Wisky Insurrection (Pinto Ferreira, 1991, p. 323; Jacques, 1956, p.
130). Na América Latina foi desenvolvida nas Constituições que consagraram o regime fede-
rativo, aparecendo na Constituição argentina de 1853, inspirada nos moldes norte-americanos
(Jacques, 1956, p. 1381).
No Brasil, a primeira Constituição a tratar do instituto da intervenção federal foi a de
1891, e, desde então, jamais deixou de configurar entre as normas constitucionais destinadas a
situações de emergência.

1.4 Causas autorizativas

As hipóteses de intervenção federal (e quando dizemos intervenção federal significa in-


tervenção realizada pela União) nos Estados e no Distrito Federal estão taxativamente previstas
no art. 34, sendo cabíveis para:

• manter a integridade nacional;

• repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra;

• pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;

• garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação;

• reorganizar as finanças da unidade da Federação que: a) suspender o pagamento da dívida


fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior; b) deixar de
entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas na Constituição, dentro dos prazos
estabelecidos em lei;

• prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;

• assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: a) forma republicana,


sistema representativo e regime democrático; b) direitos da pessoa humana; c) autonomia
Capítulo 1. A intervenção federal nos Estados membros 7

municipal; d) prestação de contas da Administração Pública, direta e indireta; e) apli-


cação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a
proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e
serviços públicos de saúde.

1.5 Modalidades

A regra da intervenção seguirá o seguinte esquema:

• Intervenção federal: União nos Estados, Distrito Federal (hipóteses do art. 34) e nos
Municípios localizados em território federal (hipótese do art. 35);

• Intervenção estadual: Estados em seus Municípios (art. 35).

Conforme observa Humberto Peña de Moraes, em brilhante estudo, sendo “instituto


típico da estrutura do Estado Federal, repousa a intervenção no afastamento temporário da
atuação autônoma da entidade federativa sobre a qual a mesma se projeta”.

1.6 Características

A intervenção é sempre excepcional e temporária de maneira que a garantia da manu-


tenção da federação seja sempre respeitada. Tudo que for interpretado a título de intervenção
deve ser de forma restritiva. Características da intervenção: excepcionalidade, temporariedade,
restrição interpretativa.
A intervenção Federal é uma medida excepcional de suspensão temporária da autonomia
de determinados entes federativos, seja ela federal ou estadual, somente poderá efetivar-se nas
hipóteses taxativamente descritas na CF/88. A intervenção funciona como meio de controle de
constitucionalidade.

1.7 O decreto interventor

A decretação e execução da intervenção federal é de competência privativa do Presidente


da República (art. 84, X), dando-se de forma espontânea ou provocada. Lembramos, ainda, a
previsão da oitiva de dois órgãos superiores de consulta, quais sejam, o Conselho da República
(art. 90, I) e o Conselho de Defesa Nacional (art. 91, § 1.º, II), sem haver qualquer vinculação do
Chefe do Executivo aos aludidos pareceres.
A decretação materializar-se-á por decreto presidencial de intervenção, que especifi-
cará a amplitude, o prazo e as condições de execução, e, quando couber, nomeará o interventor.
Capítulo 1. A intervenção federal nos Estados membros 8

1.8 A figura do interventor

As atribuições do interventor serão explicitadas no decreto de intervenção federal e


estas variam conforme a situação concreta de anormalidade que ensejou a medida extrema, sem
prejuízo de orientações recebidas do Presidente da República. Segundo Lewandowski:

(. . . ) nada obsta que o seu executor exerça funções executivas ou legislativas em toda a
sua plenitude, na hipótese de fazer às vezes dos titulares das mesmas. Compete desse
modo, ao interventor, nomeado para substituir o Governador. . . ., vetar e sancionar leis,
editar decretos regulamentares e praticar todos os atos administrativos necessários à
restauração da ordem jurídica ou material vulnerada. Incumbe-lhe, ainda, editar atos
normativos, com força de lei, respeitados os princípios constitucionais de competên-
cia,se a intervenção recair sobre o Legislativo. Pontes de Miranda, porém, adverte
que os “atos dele não podem, de regra, atingir o Poder Judiciário”, posto que não é
lícito alcançar os juízes em suas garantias constitucionais, cabendo-lhe, quando muito,
recompor os órgãos judicantes, eventualmente integradas por pessoas irregularmente
nomeadas ou providas.
De qualquer modo, cumpre reparar que o interventor, embora constitua figura emer-
gente em situações de anormalidade institucional, não fica investido de poderes excep-
cionais, competindo-lhe apenas desempenhar as funções regularmente exercidas pelas
autoridades que, em caráter temporário, é chamado a substituir.

O interventor é um agente público e consequentemente a pessoa jurídica de direito


público interventora responde pelos danos que este causar a terceiros, assegurado o direito de
regresso contra ele, caso tenha agido com dolo ou culpa, nos termo do art. 37, §6º CF.
Por fim, trazemos á baila duas discussões da doutrina, sintetizadas por Lewandowski:

Faz –se mister salientar, de outra parte, que o interventor não pode figurar como sujeito
ativo de crimes de responsabilidade ou de infrações político-administrativas, tal como
o Governador e o Prefeito, não se sujeitando, pois, a julgamento pelo Legislativo, parti-
cularmente ao processo de impeachment, embora responda por seus atos na qualidade
de funcionário público. Isso explica porque, na verdade, o interventor não ocupa cargo,
nem exerce mandato, sendo mero executor de um conjunto de providências destinadas
á restaurar a normalidade institucional em determinado ente federado, por conta da
União ou do Estado, conforme a situação.
A doutrina nacional e estrangeira tem estudado também a questão da responsabilidade
pelas despesas da intervenção, concluindo que os custos da medida, como regra, devem
ser suportadas pela União, posto que a mesma é sempre desencadeada em benefício do
conjunto dos entes associados. Entretanto, se a unidade federada tiver dado causa à
intervenção, deverá esta arcar com as despesas decorrentes da ação excepcional.

1.9 Casos concretos ajuizados perante o STF

Distrito Federal – O mais recente processo de intervenção federal (IF 5179) contra o
Distrito Federal foi protocolado pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Segundo
ele, a medida busca resgatar a normalidade institucional e a credibilidade das instituições do DF,
após denúncias de corrupção em altos escalões do GDF e da Câmara Legislativa, que culminaram
13

5 Referências Bibliográficas

CHEMIM, Vera. Intervenção federal: sentido e alcance. O Estado de S. Paulo, São Paulo,
27/02/2018. Disponível em: <https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/intervencao-f
ederal-sentido-e-alcance/>. Acesso em: 19/09/2018.
LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 20. ed. rev., atual. e ampl.. ed. São
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NOVELINO, Marcelo. Curso de direito constitucional. - 11. ed. rev., ampl. e atual. Salvador:
JusPodivm, 2016. ISBN 978-85-442-0827-4.
PAULO, Vicente.; ALEXANDRINO, Marcelo. Direito Constitucional descomplicado. 16. ed.
rev., atual.e ampl.. ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2017. ISBN 978-85-309-
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SCALQUETTE, Ana Cláudia Silva. A intervenção federal no Direito Constitucional brasi-
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revistas.mackenzie.br/index.php/rmd/article/view/7270>. Acesso em: 20/09/2018.
SILVA, Rodrigo Fernandes Lobo da. Intervenção federal: instrumento do Federalismo. Re-
vista Jus Navigandi, Teresina, 02/2018. ISSN 1518-4862. Disponível em: <https://jus.com.br/a
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SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. Tramitam no STF 129 pedidos de intervenção federal
em 12 unidades da federação. Brasília-DF, 19 de fevereiro de 2010. Disponível em:<http://w
ww.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=120304>. Acesso em: 20/09/2018.

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