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Ferramentas da Qualidade:

FOLHA DE VERIFICAÇÃO

1
O que vamos ver no curso?

 O que é a Folha de Verificação;

 Quando usar a Folha de Verificação;

 Passo a passo para elaborar e utilizar a


Folha de Verificação;

 Como criar Folhas de Verificação no


Excel;

 Exercícios e casos reais de aplicação


da Folha de Verificação.

Bem-vindo ao curso de Folha de Verificação!

Neste curso você irá aprender esta que é umas das 7 ferramentas da qualidade ao lado
do Fluxograma, do Gráfico de Pareto, do Histograma, do Diagrama de Ishikawa, do
Gráfico de Controle e do Diagrama de Dispersão.
O curso está estruturado de forma que você entenda o que é a Folha de Verificação,
quando ela é usada, qual o passo a passo para elaborá-la e utilizá-la, como você pode
utilizar o software Excel para criar Folhas de Verificação, além de exercícios e casos reais
de aplicação.

2
A folha
de verificação

3
O que é a Folha de Verificação?

As Folhas de Verificação são


formulários planejados que podem ser
impressos ou digitais, utilizados para
registrar e reunir dados de forma
simples e que facilitam o seu posterior
uso e análise.

Registram os dados dos itens a serem


verificados, permitindo uma rápida
percepção da realidade e uma
imediata interpretação da situação.

As folhas de verificação são formulários rigorosamente pensados e planejados


que ficam no local de trabalho com o objetivo de facilitar a coleta e análise de
dados. O uso de folhas de verificação economiza tempo, eliminando o trabalho
de se desenhar figuras ou escrever números repetitivos. Além disso, elas evitam
comprometer a análise dos dados. Serve para registrar eventos que ocorrem num
determinado processo, ou seja, é a base da coleta de dados que serão analisados
posteriormente. Permitem uma rápida percepção da realidade e uma imediata
interpretação da situação.

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Surgimento da Folha de Verificação

 Kaoru Ishikawa (1915-1989);


 Químico -> Universidade de Tóquio;
 Ampliação dos conceitos de gestão americanos;
 JUSE (Japanese Union Scientists and Engineers);
 Círculos de Controle da Qualidade;
 Diagrama de causa e efeito;
 Popularizou as 7 Ferramentas Básicas da Qualidade;
 Identificou 5 tipos de Folha de Verificação;
 ASQ e Medalha Ishikawa.

Kaoru Ishikawa foi um japonês que viveu entre 1915 e 1989. Ele graduou-se em
Química pela Universidade de Tóquio em 1939, instituição onde lecionou
posteriormente na área de Engenharia.
Ele traduziu, integrou e ampliou os conceitos de gestão americanos de W.
Edwards Deming e Joseph M. Juran para o sistema japonês. Estes três
personagens são considerados os Gurus Mundiais da Qualidade.
Em 1949, Ishikawa se juntou ao grupo de pesquisa de controle de qualidade da Japanese
Union of Scientists and Engineers (JUSE).
Umas das primeiras contribuições de Kaoru Ishikawa para a Qualidade foi disseminação
do Círculo de Qualidade, conceito criado por ele em conjunto com outros membros da
JUSE. Os Círculos de Qualidade consistiam basicamente na reunião de um grupo de
colaboradores de um mesmo setor para discutirem maneiras de melhorar a Qualidade
ou de resolver problemas do SGQ (Sistema de Gestão da Qualidade). Mais tarde, o
conceito adquiriria o nome de Círculo de Controle da Qualidade (CCQ).
Em 1943, veio o Diagrama de Causa-e-Efeito ou Diagrama Espinha de Peixe. Sua
repercussão se deve, principalmente, ao fato de que a ferramenta foi desenvolvida de
forma que qualquer um pudesse utilizá-la, dispensando assim a obrigatoriedade de um
especialista. Isso fez com que colaboradores comuns, do chão de fábrica, pudessem
atuar melhor na Qualidade das empresas. Outro fator importante é que o diagrama é
bastante versátil, podendo ser utilizado para promover a melhoria dos processos,

5
resolver problemas, encontrar as causas raízes de defeitos e analisar criticamente os
processos. Se quiser conhecer melhor esta ferramenta, confira no site da FM2S o curso
de Diagrama de Ishikawa.
Embora já fossem conhecidas e até mesmo utilizadas anteriormente, Ishikawa reuniu as
ferramentas que mais se adequavam a realidade das empresas, criando um conjunto que,
segundo ele, poderia resolver até 95% dos problemas existentes. Seguindo o mesmo
princípio utilizado na criação do seu Diagrama de Causa e Efeito, Ishikawa se preocupou
em indicar ferramentas que pudessem ser utilizadas por qualquer trabalhador,
preocupando-se com a aplicação real dos métodos e com os resultados da Qualidade.
Com isso, ele propiciou o aperfeiçoamento do Controle de Qualidade nas empresas. Esse
conjunto de técnicas por ele reunidas, ficou conhecido como As 7 Ferramentas da
Qualidade e são amplamente utilizadas até hoje.
Entre essas ferramentas está a Folha de Verificação, uma das ferramentas mais simples e
utilizadas. Ishikawa identificou que a Folha de Verificação poderia ser em 5 tipos de
acordo com a sua utilização no controle da qualidade: para verificar a forma da
distribuição de probabilidade de um processo; quantificar eventos por tipo; quantificar
eventos por localização; quantificar eventos por causa (máquina, trabalhador) e
acompanhar a conclusão das etapas em um procedimento de várias etapas.
Tamanha sua importância, em 1993 a ASQ (American Society for Quality), maior
autoridade mundial em Qualidade, criou em sua homenagem a Medalha de Ishikawa. O
prêmio é concedido anualmente para uma pessoa ou equipe que tenha desempenhado
uma liderança excepcional na melhoria dos aspectos humanos da qualidade.

5
Quando usar a Folha de Verificação?

1 Entender a distribuição de probabilidade de um processo;

2 Quantificar eventos por tipo;

3 Quantificar eventos por localização;

4 Quantificar efeitos por causa;

5 Acompanhar a conclusão das etapas de um procedimento.

A folha de verificação pode ser utilizada para:

1. Entender a distribuição de probabilidade de um processo: é possível


monitorar se os valores de uma determinada característica de um
produto ou serviço estão dentro dos limites esperados e, fazer o
controle estatístico do processo (normalidade, capabilidade,
estabilidade);
2. Quantificar eventos por tipo: quando um processo é identificado
como candidato à melhoria, é importante saber que tipos de
eventos ocorrem em suas saídas e suas frequências relativas;
3. Quantificar eventos por localização: quando as saídas do processo são
objetos (indivíduos) para os quais os eventos podem ser observados
em locais variados, um diagrama de concentração de defeitos é
inestimável;
4. Quantificar efeitos por causa: quando um processo tiver sido
identificado como candidato a melhoria, pode ser necessário esforço
para tentar identificar a origem dos defeitos para eliminar as causas;
5. Acompanhar a conclusão das etapas de um procedimento: verificação
destina-se a ser um auxílio à prova de erros ao executar
procedimentos em várias etapas, particularmente durante a
verificação e o término das saídas do processo.

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Tipos de folha
de verificação

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VERIFICAÇÃO - DIMENSIONAL ANEL ANT5

Tipo 1 - Entender a distribuição Responsável


Data
Joaquim
11/06/2017
Máquina
Supervisor
Romi - SD 40B
Claudio

de probabilidade de um processo Setor


Código
Peça/Produto
21 - Tornos

25316.ANT5
Turno

Tamanho do lote
Tarde

203
Total
Lote 57.17
inspecionado 60
Objetivo: obter dados para fazer LI LS 1
2
controle estatístico do x
processo. F
R
x
x
x
x
9
E x x x
Q x x x x x
U 6
x x x x x
Este tipo de folha de verificação Ê
N
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
consiste em: C
I
x x x x x x x
3
x x x x x x x x x x
 Uma grade que captura A x x x x x x x x x x x
323 324 325 326 327 328 329 330 331 332 333 334 335 336 337 338 339 340 341 342 343 344

classes (histograma) por DIÂMETRO INTERNO ANEL ANT5 (mm)

frequência;
 Linhas que delineiam os limites
(controle ou
especificação) superior e
inferior.

O objetivo deste tipo de folha de verificação é coletar dados sobre a frequência de uma
característica quantitativa de um bem ou serviço.
Os valores coletados serão analisados e a distribuição de probabilidade irá ajudar no
Controle Estatístico do Processo (CEP).
O CEP utiliza ferramentas estatísticas para entender o que é ou não “natural” no
processo. Isso é feito usando o que chamamos de “Modelos Estatísticos”. Estes
modelos preveem qual é a probabilidade de um processo estar no seu
comportamento natural ou de algo “especial” estar acontecendo.
Um modelo muito usado é o da Distribuição Normal. Ela é uma distribuição
matemática que pode ser estimada com base em uma média e um desvio padrão
e que possui uma densidade de probabilidade fixa para a distribuição dos demais
dados.

Dois indicadores muito importantes podem ser observados através dos dados
coletados neste tipo de folha de verificação:
• Estabilidade do processo: estudo do comportamento do processo que tem
como objetivo entender se a variação ocorrida é natural ou não.
• Capabilidade do processo: estudo do comportamento do processo em
comparação com as demandas dos clientes.

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Este tipo de folha de configuração tem formato “quadriculado” e mostra a relação entre
os valores esperados e a frequência da ocorrência.
O formato é muito semelhante a um dotplot ou diagrama de pontos, forma gráfica de
representar a frequência de um evento.
A folha de verificação também mostra os limites de controle que delimitam a
“naturalidade” da variação do processo ou os limites de especificação que delimitam o
que é aceitável para o cliente. A partir disso, um colaborador poderia, por exemplo,
reconhecer e refugar uma peça em não conformidade com os limites estabelecidos
durante o preenchimento da ferramenta.
Vale lembrar que os limites mencionados devem ser previstos com precisão antes da
construção da folha de verificação.

Na formação Seis Sigma Green Belt da FM2S você pode aprender mais detalhes sobre as
ferramentas utilizadas no controle estatístico do processo e todas as definições aqui
comentadas.

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Tipo 2 - Quantificar eventos
por tipo
VERIFICAÇÃO - TIPOS DE DEFEITO ANEL ANT5
Responsável Joaquim Máquina Rom i - SD 40B

Objetivo: obter dados sobre a Data


Setor
11/ 06/ 2017
21 - Tornos
Supervisor
Turno
Claudio
Tarde
frequência de eventos por tipo. Código Peça/ Produto 25316.ANT5 Tamanho do lote 203
Lote 57.17 Total inspecionado 60

TIPO DE DEFEITO FREQUÊNCIA


Este tipo de folha de verificação Diâmetro interno menor que o limite

consiste em: Diâmetro interno maior que o limite


Diâmetro externo menor que o limite

 Uma coluna listando cada Diâmetro externo maior que o limite


Espessura menor que o limite

categoria de evento; Espessura maior que o limite


Outros

 Uma ou mais colunas nas


quais as observações para
diferentes máquinas, materiais,
métodos, operadores devem
ser registradas.

O objetivo deste tipo de folha de verificação é saber que tipos de defeitos ou


eventos ocorrem e quais suas frequências relativas. Essas informações servem
como um guia para investigar e remover as fontes de defeitos, começando com
as ocorrências mais frequentes.
Os defeitos ou eventos devem ser agrupados por tipos. As categorias dos tipos de
evento/defeito são importantes para análise posterior dos dados.

Observe que as categorias de defeitos e suas respectivas definições devem ser


acordadas e explicadas antes da construção da folha de verificação. Além disso,
as regras para registrar a presença de defeitos de tipos diferentes quando
observadas para a mesma saída do processo devem ser definidas.
Quando a distribuição do processo está pronta para ser avaliada, o avaliador
preenche o cabeçalho da folha de verificação e observa ativamente o
processo. Cada vez que o processo gera uma saída, ele avalia a saída de defeitos
usando os métodos acordados, determina a categoria na qual o defeito cai e
adiciona as marcas de seleção dessa categoria. Se nenhum defeito for
encontrado para uma saída do processo, nenhuma marca de seleção será feita.
Quando o período de observação for concluído, o avaliador deve gerar um
Gráfico de Pareto a partir dos dados resultantes. Este gráfico determina a ordem

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na qual o processo deve ser investigado e as fontes de variação que levam a
defeitos removidos.

O Gráfico de Pareto é uma das 7 Ferramentas da Qualidade. Confira no site o


curso de Gráfico de Pareto da FM2S.

9
Tipo 3 - Quantificar eventos por
localização

Objetivo: obter dados sobre a


frequência de eventos por
localização.

Este tipo de folha de verificação


consiste em:
 Um diagrama em escala do
objeto de cada um dos seus
lados, opcionalmente
particionado em seções de
tamanho igual.

Quando as saídas do processo podem ter eventos ou defeitos em que a


localização pode ser diferente, um diagrama de concentração de defeitos é
inestimável. Observe que, embora a maioria dos tipos de folha de verificação
agregue observações de muitas saídas do processo, normalmente, uma folha de
verificação de localização do defeito é usada por saída do processo. Ou seja, para
cada produto ou serviço é feita uma folha de verificação.

Este tipo de folha de verificação apresenta a imagem da saída do processo que se


está estudando. Nesta imagem, o colaborador responsável pelo preenchimento
irá identificar os eventos de acordo com o local observado no processo real. Se
nenhum defeito ou evento for encontrado para uma saída do processo, nenhuma
marca de seleção será feita.

Quando o período de observação for concluído, o avaliador deve reexaminar


cada folha de verificação e formar uma composição dos locais dos
defeitos. Usar seu conhecimento do processo em conjunto com os locais deve
revelar a fonte ou as fontes de variação que produzem os defeitos.

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Tipo 4 - Quantificar efeitos por
causa RESPONSÁVEL JOANA DATA 12/ 09/ 2017

DIA DA SEMANA
Objetivo: obter dados sobre a CAUSA PROVÁVEL SEG TER QUA QUI SEX
TOTAL

frequência de eventos por Temperatura do forno


Excesso de líquidos
5
6
causa. Forno aberto 3
Batimento 6
TOTAL DA SEMANA 20

Este tipo de folha de verificação LEGENDA


consiste em: Bolo solado
Bolo pesado
 Colunas que listam cada causa Bolo cru

suspeita;
 Colunas que listam o período de
coleta;
 Símbolos para representar os
diferentes tipos de eventos.

O objetivo deste tipo de folha de verificação é saber quais as principais origens


dos defeitos e eventos, além de suas frequências relativas.

No documento devem constar as causas/razões suspeitas para os defeitos.


Observe que as categorias de defeitos e como as saídas do processo devem ser
colocadas nessas categorias devem ser acordadas e explicadas antes da
construção da folha de verificação. Além disso, as regras para registrar a
presença de defeitos de tipos para a mesma saída do processo devem ser
definidas.
Quando a distribuição do processo está pronta para ser avaliada, o avaliador
preenche o cabeçalho da folha de verificação. Para cada combinação de causas
suspeitas, o avaliador observa ativamente o processo. Cada vez que o processo
gera uma saída, ele avalia a saída de defeitos usando os métodos acordados,
determina a categoria na qual o defeito cai e adiciona o símbolo correspondente
a essa categoria de defeitos à célula na grade correspondente à categoria de
causas suspeitas. Se nenhum defeito for encontrado para uma saída do processo,
nenhum símbolo será inserido.
Quando o período de observação for concluído, as combinações de causas
suspeitas com a maioria dos símbolos devem ser investigadas para as fontes de

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variação que produzem os defeitos do tipo observado.

Opcionalmente, o Diagrama de Ishikawa pode ser usado para fornecer um


diagnóstico semelhante. O avaliador simplesmente coloca uma marca de seleção
ao lado do "ramo" no ramo do diagrama correspondente à causa suspeita quando
ele observa um defeito.
O Diagrama de Ishikawa é uma das 7 Ferramentas da Qualidade. Conheça o curso
de Diagrama de Ishikawa da FM2S.

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Tipo 5 - Acompanhar a conclusão VERIFICAÇÃO - ENSAIO DE PLACA DISTRIBUIDORA 1/15

das etapas de um procedimento Fabricante: ____________________________


Número de série: ______________________
OK: In conformity/ Conforme
NC: Not ok/ Não conforme
Data: _________/ ________/ ______________ NA: Not applicable/ Não se aplica

Valores de referência Valor


Objetivo: verificar se as etapas Verificação
Mínimo Máximo medido
OK NC

Verificar data de fabricação dos capacitores Hoje 1,5 anos


de um processo foram Verificar tempo de subida dos capacitores
principais a 220V
1,4 s 5s
concluídas. Verificar tensão máxima dos capacitores
principais a 220V
280 V 340V
Verificar tempo de decaimento dos capacitores
70 s 100 s
principais a 200V
Verificar tempo de subida dos capacitores
1,4 s 5s
Este tipo de folha de verificação principais a 127V
Verificar tensão máxima dos capacitores
320 V 390 V
consiste em: principais a 127V
Verificar tempo de decaimento dos capacitores
70 s 100 s
principais a 127V
 Um esboço das tarefas a serem
Operators responsible for inspection/
executadas; Operadores responsáveis pela inspeção:
Número do registro Nome Visto
 Caixas ou espaços para indicar
que a tarefa foi concluída.

Embora as folhas de verificação discutidas anteriormente sejam todas para a


captura e categorização de observações, a lista de verificação destina-se a ser
um auxílio à prova de erros ao executar procedimentos em várias etapas,
particularmente durante a verificação e o término das saídas do processo.
Este tipo de folha de verificação tem um esboço da sequência de tarefas a ser
executada e um espaço em cada uma onde o colaborador denota que a execução
da mesma foi concluída.
Notações devem ser feitas na ordem em que as tarefas são realmente concluídas.

Além dos 5 tipos de folha de verificação tratados neste curso, é possível utilizar a
criatividade e criar novas formas de elaboração a partir das necessidades do
processo que se quer estudar.

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Como elaborar a folha
de verificação

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A utilização da folha de verificação pode ser dividida em 5 fases:

1. Defina o problema: entender o problema, seu contexto e formular perguntas que


ajudem a resolvê-lo;
2. Defina as características dos dados e da coleta: entender quais dados podem gerar
informações relevantes para responder a questão da fase 1 e como estes dados devem
ser agrupados e coletados. A partir dessas características dos dados é definido o tipo de
folha de verificação;
3. Projete a folha de verificação: criação do documento que será utilizada para a coleta
dos dados;
4. Colete os dados: realização da coleta de dados através da utilização da folha de
verificação criada na fase 3;
5. Analise os dados: análise dos dados coletados na fase 4, possíveis respostas para as
perguntas da fase 1 e planos de ação para resolver o problema.
Fase 1 - Defina o problema

Definir o problema que se quer


resolver:
 Fontes ativas: formulários, grupos focais,
pesquisas de mercado, etc;
 Fontes reativas: reclamações dos
clientes, SAC, Reclame Aqui.

Entender o contexto do problema;

Formular perguntas sobre o


problema.

Na fase 1 é feita a definição do problema ou situação que se quer resolver.

Esse problema pode ser obtido através de duas fontes:


• Fontes ativas: a empresa busca a informação através de formulários,
pesquisas de mercado, grupos focais, entre outros;
• Fontes reativas: o cliente traz a informação através do reclame aqui,
SAC, intermediadores (exemplo delivery de comida por aplicativo – Ifood
recebe as reclamações e repassa) entre outros serviços de reclamação
possíveis.

São os clientes internos e externos que sugerem o problema. Dizemos que estamos
utilizando a ferramenta VOC (Voice of Customer) para coletar as informações.

É muito importante a contextualização e o entendimento do problema. Formular


perguntas a respeito do problema auxilia na escolha da folha de verificação mais
adequada e na coleta dos dados corretos para a geração de informação relevante e que
contribua para a resolução do problema.

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Fase 2 - Definir as características dos dados e da coleta

Quais dados precisam ser coletados para


responder as perguntas da fase 1? Quais
análises esses dados devem permitir?
Eles precisam ser estratificados?

 What – O que/Qual?
 Why – Por que?
 Where – Onde?
 When – Quando?
 Who – Quem?
 How – Como?
 How much – Quanto vai custar?

Nesta fase são definidas as características dos dados que permitirão a análise adequada.
Vale lembrar que a análise final deve responder as perguntas formuladas na fase 1.
A técnica 5W2H, checklist de determinadas atividades que precisam ser
desenvolvidas, pode auxiliar no entendimento das peculiaridades dos dados e da
coleta. Essa ferramenta consiste em fazer e responder 7 perguntas a cerca do
objeto do estudo: What (O que/Qual?), Why (Por quê?), Where (Onde?), When
(Quando?), Who (Quem?), How (Como?), How much (Quanto vai custar?).

Veja a seguir alguns exemplos de perguntas que podem ser feitas para entender os
dados e definir o tipo de folha de verificação mais adequado:

What – Quais dados devem ser coletados? Qual o volume de dados necessários?
Why – Por que estes dados respondem as perguntas da fase 1?
Where – Onde (em qual parte do processo) os dados serão coletados?
When – Quando (turno/horário) os dados serão coletados?
Who – Quem irá coletar os dados? Quem irá analisar os dados?
How – Como (método) será realizada a coleta de dados? Como os dados devem ser
agrupados?
How much – Qual o impacto financeiro desta coleta no processo?

É importante definir como devem ser agrupados os dados, quais outras informações são

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importantes e como será realizada a coleta. Se, por exemplo, uma análise importante é
entender a relação entre a quantidade de um determinado tipo de defeito e uma
máquina, a folha de verificação deve conter campos que incluam esses dados. Se os
dados coletados estiverem incompletos, a análise ficará comprometida.

16
Fase 3 - Projetar a folha de verificação

1 Definir informações de cabeçalho

2 Inserir instruções de preenchimento objetivas

3 Construir o layout da área de coleta

4 Revisar a Folha de Verificação

5 Conscientizar envolvidos sobre a coleta

6 Testar a Folha de Verificação

Nesta fase é elaborado o documento que será utilizado na coleta de dados.


Independente do tipo de folha de verificação definido na fase 2, a criação do
formulário segue os passos descritos abaixo:

1. Definir informações de cabeçalho: começar o cabeçalho da folha de verificação


com campos para inserção de campos importantes, mas comuns para várias
observações/saídas do processo como nome do operador, nome/código do
produto, setor, máquina, número do lote, etc.
2. Inserir instruções de preenchimento objetivas: inserir instruções simples e
objetivas de preenchimento da folha de verificação como legendas e exemplos
de preenchimento;
3. Construir o layout da área de coleta: construir a área de coleta de acordo com
o tipo de folha de verificação definido na fase 2. Devem ser inseridos os campos
para preenchimento de forma simples e intuitiva;
4. Revisar a folha de verificação: observe se os dados estão estratificados de
modo adequado a análise desejada e se todos foram contemplados por campos
específicos na folha de verificação;
5. Conscientizar os envolvidos sobre a coleta: faça o treinamento dos envolvidos
na coleta para que eles entendam o objetivo da coleta e a importância de
registrar dados confiáveis;
6. Testar a folha de verificação: não deixe a folha apenas na teoria. Execute testes
no local de trabalho para compreender se os dados estão sendo coletados da
maneira esperada e se nenhuma informação está sendo perdida. Peça
colaboração dos envolvidos e caso necessário, volte ao passo 4.

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Fase 4 - Coletar os dados

Fazer a coleta dos dados:


 Utilizando a Folha de Verificação;
 De forma honesta;
 Seguindo as instruções acordadas.

Nesta fase é feita a coleta dos dados utilizando a folha de verificação.


Dizemos que a coleta deve ser honesta, ou seja, o registro deve estar correto e fornecer
dados confiáveis para a análise.
De acordo com a folha de verificação escolhida, alguns parâmetros devem ser definidos
previamente e as instruções devem ser seguidas.
O treinamento e conscientização realizados na fase 3 são de extrema importância para
que esta fase se desenvolva bem.

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Fase 5 - Analisar os dados

Carta de Controle Histograma Diagrama de Pareto Diagrama de Dispersão

Nesta fase são feitas análises a partir dos dados coletados na fase 4.
O objetivo é extrair informações que possam responder as perguntas formuladas na fase
1 e a partir disso, sugerir ações que solucionem o problema estudado.

Existem algumas ferramentas que podem auxiliar na análise dos dados coletados.
Algumas delas são:

Carta de controle: gráfico que determina estatisticamente uma faixa denominada


limites de controle e uma linha média em que o objetivo é verificar se o processo
está sob controle, isto é, isento de causas especiais;
Histograma: representação gráfica que ilustra a distribuição de uma população de
dados por meio da qual é possível verificar visualmente se há algum problema;
Diagrama de Pareto: gráfico de colunas que ordena as frequências das ocorrências,
da maior para a menor, permitindo a priorização dos problemas;
Diagrama de Dispersão: representação de dados de duas ou
mais variáveis organizada em um gráfico. O objetivo é verificar se existe relação
de causa e efeito entre duas variáveis de natureza quantitativa.

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Vantagens e pontos
de atenção da folha
de verificação

20
Vantagens da Folha de Verificação

 Maneira eficaz de exibir dados;


 Fácil de usar;
 Pode identificar a causa raiz de um
problema;
 Um primeiro passo na construção de
outras ferramentas gráficas;
 Fornece uma estrutura para coleta
uniforme de dados;
 Pode ser usado para substanciar ou
refutar alegações.

A utilização da folha de verificação oferece várias vantagens:


Maneira eficaz de exibir dados: a exibição dos dados é simples, sintética e de fácil
entendimento;
Fácil de usar: é uma ferramenta fácil de preencher e de analisar;
Pode identificar a causa raiz de um problema: um profissional com experiência no
processo tem muita facilidade em identificar a raiz de um problema através da análise
de uma folha de verificação;
Um primeiro passo na construção de outras ferramentas gráficas: a partir dos dados
coletados com a folha de verificação é possível construir gráficos e diagramas para
apresentar os resultados das análises;
Fornece uma estrutura para coleta uniforme de dados: os dados podem ser
organizados de maneira padrão o que facilita a posterior análise;
Pode ser usado para substanciar ou refutar alegações: comprovações com dados são
sempre mais substanciais durante a tomada de decisão.

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Pontos de atenção da Folha de Verificação

 Defina claramente o objetivo da


folha de verificação;
 Atente-se para a estratificação dos
dados;
 Invista tempo em treinamento e
conscientização;
 Sempre faça testes práticos.

Existem alguns pontos importantes que você deve prestar atenção durante a elaboração
e utilização da folha de verificação:

Defina claramente o objetivo da folha de verificação: é através desta definição que será
escolhido o tipo correto de folha de verificação;
Atente-se para a estratificação dos dados: caso a estratificação fique inadequada ou
incompleta, as análises ficarão comprometidas;
Invista tempo em treinamento e conscientização: nenhuma coleta será bem sucedida
se os dados não forem confiáveis e eles só serão quando o responsável entender a
importância dos registros estarem corretos;
Sempre faça testes: por mais treinados que os colaboradores estejam teoricamente, os
testes práticos de coleta no local do trabalho são indispensáveis.

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Revisão

23
Revisão

1 Entender a distribuição de probabilidade de


A Folha de Verificação tem um processo;
como objetivo o registro e
agrupamento lógico e 2 Quantificar eventos por tipo;
organizado de dados e
informações a respeito de uma 3 Quantificar eventos por localização;
tarefa ou processo estudado.

Pode ser utilizada, 4 Quantificar efeitos por causa;


principalmente, em 5 situações:
5 Acompanhar a conclusão das etapas de
um procedimento.

A Folha de Verificação tem como objetivo o registro e agrupamento lógico e


organizado de dados e informações a respeito de uma tarefa ou processo estudado.

Pode ser utilizada em 5 situações:


1. Entender a distribuição de probabilidade de um processo;
2. Quantificar eventos por tipo;
3. Quantificar eventos por localização;
4. Quantificar efeitos por causa;
5. Acompanhar a conclusão das etapas de um procedimento.

A folha de verificação também pode ser utilizada para outros objetivos de acordo
com a sua criatividade.

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Revisão

Preste atenção:
 Na estratificação dos dados;
 No layout da folha de verificação;
 Na coleta honesta dos dados;
 Na análise dos dados.

A Folha de Verificação é um
instrumento simples e muito útil, se
aplicado adequadamente.

Sempre se atente:
• Para que os dados estejam colocados de forma que a estratificação dos dados seja
adequada;
• Para que o layout da área de preenchimento seja simples e intuitiva;
• Para que os dados coletados sejam confiáveis;
• Para que as análises sejam pertinentes e ajudem a solucionar o problema.

Lembre-se:

A Folha de Verificação é um instrumento simples e muito útil, se aplicado


adequadamente!

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