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INSTITUTO DE MATEMÁTICA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MATEMÁTICA APLICADA
por
90 p.: il.
por
Banca examinadora:
AGRADECIMENTO
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . IX
LISTA DE TABELAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . X
LISTA DE ABREVIATURAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XI
RESUMO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XIII
ABSTRACT . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XIV
1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
2.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
3.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
3.2 Formulação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
4.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
4.3 Formulação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
5.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
5.3 Formulação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
6 RESULTADOS NUMÉRICOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
7 CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
BIBLIOGRAFIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
A.1Definições e Notações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75
LISTA DE FIGURAS
Figura 2.1 Corte de ramo ao longo do eixo real do ponto z = x até −∞. . . 14
Figura 6.2 Simulação do fluxo angular como uma função da posição em z=1. 57
X
LISTA DE TABELAS
Tabela 6.7 Taxa de Dose Absorvida para uma camada de água de 100 cm de
espessura. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
LISTA DE ABREVIATURAS
A Massa atômica
A, B Operadores lineares
c(λ) Coeficiente de atenuação linear
D Dose absorvida
DT Taxa de dose absorvida considerando multigrupo de energia
DT (x) Taxa de dose absorvida considerando dependência contı́nua
do fluxo angular com a energia
dE Elemento infinitesimal de energia
dV Elemento infinitesimal de volume
E0 Energia incidente no meio
fm Fluxo angular incidente na fronteira x=0
gm Fluxo angular incidente na fronteira x=L
H Função de Heaviside
Heq Dose equivalente
j(r, Ω, E, t) Corrente angular de nêutrons
J Corrente parcial de nêutrons
J(r, E, t) Corrente de nêutrons
K(λ0 → λ; µ → µ0 ) Seção de choque de espalhamento de Klein-Nishina
k(r, r0 , Ω, Ω0 ) Núcleo da equação de transporte
q Ordem da derivada fracionária
Q(x, y) Termo de fonte
QF Fator de qualidade
NA Constante de Avogadro
n(r, E, t) Densidade de nêutrons
N (r, Ω, E, t) Densidade angular de nêutrons
r Vetor posição
v Vetor velocidade
XII
Z Número atômico
δ Função generalizada Delta de Dirac
λ Comprimento de onda da partı́cula espalhada
λ0 Comprimento de onda da partı́cula incidente
µ Direção da partı́cula espalhada
µ0 Direção da partı́cula incidente
µa Coeficiente de absorção do meio material
ψ(x, y, µ, η) Fluxo angular de partı́culas em x e y nas direções
µeη
ψ(x, λ, µ) Fluxo angular de partı́culas em x na direção µ
para o comprimento de onda λ
ψ(x, λ) Fluxo escalar de partı́culas em x para o comprimento de onda λ
ψ(r, Ω, E, t) Fluxo angular de nêutrons
φ(r, E, t) Fluxo escalar de nêutrons
ρ Densidade do meio material
σ( e) Seção de choque de espalhamento elástico
σ( f ) Seção de choque de fissão
σ( i) Seção de choque de espalhamento inelástico
σ( s) Seção de choque de espalhamento
σ( t) Seção de choque macroscópica total
σ( T ) Seção de choque de Thomson
b 0 → λ; µ → µ0 ) Núcleo de espalhamento
Σ(λ
XIII
RESUMO
Neste trabalho, foi construı́da uma forma integral para a solução das
equações de transporte em uma, duas e três dimensões, considerando o núcleo de es-
palhamento de Klein-Nishina, espalhamento isotrópico e o núcleo de espalhamento
de Rutherford, respectivamente, seguindo a mesma idéia proposta em trabalhos
recentes, nos quais foi construı́da uma solução para a equação de transporte de
nêutrons em geometria cartesiana, usando derivada fracionária. A metodologia con-
siste em igualar a derivada fracionária do fluxo angular à equação integral, determi-
nar a ordem da derivada fracionária comparando o núcleo da equação integral com o
da definição de Riemann-Liouville. Essa formulação foi aplicada ao cálculo de dose
absorvida. São apresentadas soluções geradas a partir do emprego do método da
derivada fracionária e comparadas a resultados disponı́veis na literatura.
XIV
ABSTRACT
In this work, an integral form for the one, two and three-dimensional
transport equation solutions were constructed, with the Klein-Nishina scattering
kernel, isotropic scattering and Rutherford scattering kernel, following the same
idea proposed in recent works, in which a solution for the multidimensional neu-
tron transport equation in a cartesian geometry, using fractional derivative, was
constructed. The methodology consists in equalize the fractional derivative of the
angular flux to the integral equation, determine the order of the fractional deriva-
tive comparing the kernel of the integral equation with the one of Riemann-Liouville
definition of fractional derivative. This formulation is applied on the calculation of
the absorbed dosis. The solutions obtained through the application of the fractional
derivative method were presented and compared with numeric results available in
the literature.
1
1 INTRODUÇÃO
Há mais de cem anos, quando o século XIX aproximava-se do seu final,
os cientistas do mundo todo estavam convictos de terem chegado a uma descrição
precisa do mundo fı́sico. Como afirmou o fı́sico Alastair Rae, “Ao final do século
XIX pareciam já ser conhecidos os princı́pios fundamentais básicos que governavam
o comportamento do universo fı́sico”[1]. De fato, vários cientistas diziam que o es-
tudo da fı́sica estava completo: não restavam grandes descobertas a serem feitas,
apenas detalhes e toques finais.
Mas no fim da última década, veio a primeira das descobertas que
abalaram esta declaração. Roentgen, no final de 1895, descobriu raios que atraves-
savam os músculos, como não havia explicação para eles, resolveu chamá-los de raios
X. Dois meses depois, já no ano de 1896, Henri Becquerel descobriu que um pedaço
de minério de Urânio emitia algo que nublava as chapas fotográficas, na verdade,
eram raios gamas emitidos pelo Urânio que exibia o fenômeno da radioatividade.
Em 1897, Thomson identificou o elétron como a partı́cula carregada responsável pela
eletricidade (Modelo atômico “Pudim de ameixa”). No ano seguinte, o casal Curie
anunciou a descoberta do elemento Rádio. No inı́cio do século XX, Planck introduziu
o conceito da Teoria Quântica da Energia; Rutherford identificou as emanações do
Rádio e denominou-as de radiações alfa, beta e gama e introduziu a Teoria da Trans-
mutação Nuclear. Em 1905, Einstein concluiu que a massa de qualquer corpo cresce
com sua velocidade, e estabeleceu sua conhecida fórmula E = m.c2 , que expressa
a equivalência de massa e energia. Em 1932, James Chadwick mostrou que o que
Bothe e Becker pensavam ser raios gamas, provenientes do bombardeio do Berı́lio
com partı́culas alfa do Polônio, na verdade, eram nêutrons. Juntamente com todas
essas descobertas no meio cientı́fico surge, o que podemos chamar, de tecnologia
nuclear, que devido as suas inúmeras aplicações beneficiou e, continua beneficiando,
áreas como as da farmácia, da agricultura, da medicina e da indústria, pois, a cada
dia, novas técnicas nucleares são desenvolvidas nos diversos campos de atividade
humana, possibilitando a execução de tarefas impossı́veis de serem realizadas pelos
2
meios convencionais.
O meio ambiente está exposto a uma certa quantidade de radiação na-
tural na forma de partı́culas e raios. Além da luz solar, sem a qual a vida não
seria possı́vel, todos os seres vivos recebem radiação cósmica do espaço e radiação
natural de materiais presentes na Terra. A quantidade dessas radiações variam de
um local para o outro, pois dependem do conteúdo mineral presente no solo e da
elevação do nı́vel do mar. O homem e outras espécies têm sobrevivido e evoluı́do
neste ambiente, apesar do fato de a radiação poder ter um efeito danoso ao tecido
biológico. O emprego de materiais radioativos, aceleradores e outras fontes emisso-
ras de radiação, geraram uma infinidade de problemas relacionados com proteção
radiológica, já que esses meios são capazes de produzir radiação de alta energia.
No projeto de uma sala de radiodiagnóstico ou de um reator nuclear, deve-se ter
conhecimento da distribuição do fluxo de radiação em diversos pontos de interesse,
assim como, das espessuras e materiais de blindagens, potência do reator, doses
equivalente e absorvida, entre outras. Juntamente com os valores de dose obtidos
experimentalmente, deve-se, ainda, conhecer a teoria envolvida no processo de in-
teração da radiação com a matéria, a fim de que os projetos possam ser otimizados.
Nos últimos anos, vários métodos foram propostos para resolver, em
forma analı́tica, aproximações da equação de transporte unidimensional [2, 3, 4, 5,
6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16] e multidimensional [17]. Dentre os métodos para
a solução da equação unidimensional, podemos citar o método PN , que faz uso da
expansão em harmônicos esféricos ou ainda, o método das ordenadas discretas (SN ),
onde a equação de transporte é calculada sobre um conjunto de direções discretas,
sendo associado um peso para cada uma dessas direções. Um conjunto de equações
algébricas é obtido, e estas podem ser resolvidas por procedimentos de recorrência
e iterações, ou uma solução analı́tica pode ser obtida mediante o uso do método
LTSN [2, 18, 19, 20]. A formulação LTSN baseia-se na aplicação da transformada
de Laplace à variável espacial da equação, resultando num sistema linear algébrico
para o fluxo transformado, que após é invertido analiticamente através da expansão
de Heaviside. Cumpre ressaltar que a técnica utilizada na solução das aproximações
3
2 O MÉTODO DA DERIVADA
FRACIONÁRIA
2.1 Introdução
∂
O conceito de operador diferencial D = ∂x
é familiar a todos os que
estudam cálculo elementar. E para certas funções f , a n-ésima derivada de f , a
∂n
saber Dn f (x) = ∂xn
, é bem definida - desde que n seja um inteiro positivo. Em
∂n
1695, L’Hôpital indagou Leibniz sobre qual significado poderia ser atribuı́do a ∂xn
se
n fosse um número não inteiro. Desde esta época, o cálculo fracionário tem atraı́do
a atenção de diversos matemáticos famosos como Euler, Laplace, Fourier, Abel, Li-
ouville, Riemann e Laurent. Mas foi somente após 1884, que a teoria de operadores
generalizados alcançou um nı́vel em seu desenvolvimento tornando-se um ponto de
partida para a matemática moderna. Desde então, a teoria vem sendo extendida
∂q
para incluir operadores ∂xq
, onde q pode ser racional ou irracional, positivo ou ne-
gativo, real ou complexo. Assim, o nome cálculo fracionário tornou-se não muito
apropriado, uma melhor descrição seria Derivadas e Integrais para uma Ordem Ar-
bitrária.
Neste trabalho, consideramos apenas um caso particular das chamadas
∂q
Derivadas de Ordem Arbitrária, operadores da forma ∂xq
, onde q é um número não
inteiro, sendo assim não usamos nenhuma das nomenclaturas citadas anteriormente,
e sim, Derivada Fracionária.
Este capı́tulo é dedicado à apresentação e formulação do Método da
Derivada Fracionária, bem como, à descrição de argumentos matemáticos necessários
para o estudo desse método, que consiste, basicamente, em igualar a derivada fra-
cionária do fluxo angular à equação integral e determinar a ordem da derivada
fracionária comparando o núcleo da equação integral com o da definição de derivada
fracionária de Riemann-Liouville. Inicialmente, tratamos do estudo de problemas
para o caso unidimensional da equação de transporte. Mais adiante, esta formulação
6
Z Z
1 ∂ψ
+ Ω∇ψ + σt ψ = σt0 f 0 ψ 0 dΩ0 dE 0 + Q. (2.1)
v ∂t
Z 1 Z λ
∂ψ(x, λ, µ) b 0 → λ; µ0 → µ)ψ(x, λ0 , µ0 )dλ0 dµ0 . (2.2)
µ + c(λ)ψ(x, λ, µ) = Σ(λ
∂x −1 0
7
b 0 → λ; µ0 → µ) = λ K(λ0 → λ; µ0 → µ),
Σ(λ (2.3)
λ0
0 0 3 NA Zρ λ0 2 h λ λ0 i
K(λ → λ; µ → µ) = σT ( ) 0
+ −2(λ−λ )+(λ−λ ) ×δ(1+λ0 −λ−µµ0 ).
0 0 2
16π A λ λ λ
(2.4)
Z 1 Z 1
∂ψ(x, y, µ, η) ∂ψ(x, y, µ, η)
µ +η +σt ψ(x, y, µ, η) = σs ψ(x, y, µ0 , η 0 )dη 0 dµ0 +Q(x, y),
∂x ∂y −1 0
(2.5)
∂ψ(x, y, z, µ, ϕ)
µ + (2.6)
∂x
p ³ ∂ψ(x, y, z, µ, ϕ) ∂ψ(x, y, z, µ, ϕ) ´
2
+ 1 − µ cos(ϕ) + sin(ϕ) +σt ψ(x, y, z, µ, ϕ) =
∂y ∂z
Z 1 Z 2π
a
= 2
ψ(x, y, z, µ0 , ϕ0 )dϕ0 dµ0 ,
−1 0 (b − µ)
dn y m!
n
= xm−n , m ≥ n. (2.8)
dx (m − n)!
dn y Γ(m + 1)
n
= xm−n . (2.9)
dx Γ(m − n + 1)
Fazendo n = 12 , m = 1, y = x, temos,
1 1 √
d2 y Γ(2) 1 x2 2 x
1 = x = √π = √ .
2 (2.10)
dx 2 Γ( 32 ) π
2
Z
n n! f (ζ)
D f (z) = dζ. (2.11)
2πı C (ζ − z)n+1
Z x
∂ q f (x) 1
q
= (x − t)−q−1 f (t)dt, Re(q) < 0, (2.12)
∂x Γ(−q) c
Z x
∂ q f (x) 1
q
= (x − t)−q−1 f (t)dt, Re(q) < 0, (2.13)
∂x Γ(−q) −∞
Z x
∂ q f (x) 1
q
= (x − t)−q−1 f (t)dt, Re(q) < 0, (2.14)
∂x Γ(−q) 0
∂ −1 f
, (2.15)
∂x−1
Z x
∂ −1 f
= f (t)dt, (2.16)
∂x−1 c
onde x é uma variável muda, assim a extensão natural de (2.16) conduz a seguinte
definição,
Z x Z x1
∂ −2 f (x)
= dx1 f (t)dt, (2.17)
∂x−2 c c
..
.
Z x Z x1 Z x2 Z xn−1
∂ −n f (x)
= dx1 dx2 dx3 ... f (t)dt, (2.18)
∂x−n c c c c
Z x
Kn (x, t)f (t)dt, (2.19)
c
Z x
∂ −q f (x)
= Kq (x, t)f (t)dt, (2.20)
∂x−q c
Z x Z x1 Z x Z x
dx1 G(x1 , t)dt = dt G(x1 , t)dx1 . (2.21)
c c c t
Se, em particular,
isto é, se G(x1 , t) é uma função somente da variável t, então a Eq.(2.21) pode ser
escrita como,
Z x Z x1 Z x Z x Z x
dx1 f (t)dt = f (t)dt dx1 = (x − t)f (t)dt. (2.23)
c c c t c
Z x Z x1 Z x2 Z x hZ x1 Z x2 i
∂ −3 f (x)
= dx1 dx2 f (t)dt = dx1 dx2 f (t)dt . (2.24)
∂x−3 c c c c c c
13
Z x hZ x1 Z x i Z x hZ x1 i
∂ −3 f (x)
= dx1 f (t)dt dx2 = dx1 (x1 − t)f (t)dt . (2.25)
∂x−3 c c t c c
Z x Z x Z x
∂ −3 f (x) (x − t)2
= f (t)dt (x1 − t)dx1 = f (t) dt. (2.26)
∂x−3 c t c 2
(x − t)n−1
Kn (x, t) = . (2.27)
(n − 1)!
∂ −n f (x)
Conseqüentemente podemos escrever ∂x−n
como,
Z x
∂ −n f (x) 1
−n
= (x − t)n−1 f (t)dt. (2.28)
∂x Γ(n) c
Z x
1
(x − t)q−1 f (t)dt, Re(q) > 0, (2.29)
Γ(q) c
∂ −q f (x)
de derivada fracionária de f de ordem q e a denotamos por ∂x−q
.
Neste momento, cumpre observar que a equação (2.29) pode também
ser escrita da seguinte forma,
Z x
1
(x − t)−q−1 f (t)dt, Re(q) < 0. (2.30)
Γ(−q) c
Z
1 f (ζ)dζ
f (z) = , (2.31)
2πi C (ζ − z)
Z
n n! f (ζ)dζ
D f (z) = . (2.32)
2πi C (ζ − z)n+1
Figura 2.1: Corte de ramo ao longo do eixo real do ponto z = x até −∞.
simples curva fechada C não será mais um contorno apropriado. Para superar esta
dificuldade é feito um corte de ramo (branch cut) ao longo do eixo real do ponto z
para o lado do eixo negativo infinito. Assumimos que z é um número real positivo,
∂ q f (x)
por exemplo x (veja figura(2.1)), e definimos ∂xq
como,
Z x+ Z
Γ(q + 1) −q−1 Γ(q + 1)
(ζ − x) f (ζ)dζ = (ζ − x)−q−1 f (ζ)dζ. (2.33)
2πi c 2πi L
Z x+ Z Z Z
−q−1
(ζ − x) f (ζ)dζ = + + =
c L2 γ L1
Z x−r
i(q+1)π
=e (x − t)−q−1 f (t)dt +
c
Z
(ζ − x)−q−1 f (ζ)dζ +
+
Zγ c
+e−i(q+1)π (x − t)−q−1 f (t)dt, (2.37)
x−r
Z Z π
−q−1
(ζ − x) f (ζ)dζ = r−q−1 e−i(q+1)Θ f (x + reiΘ )(ireiΘ )dΘ (2.38)
γ −π
e,
Z Z π
−q−1 −Re(q)
| (ζ − x) f (ζ)dζ| ≤ r |f (x + reiΘ )|dΘ. (2.39)
γ −π
17
Z x+ Z x
−q−1 i(q+1)π −i(q+1)π
(ζ − x) f (ζ)dζ = [e −e ] (x − t)−q−1 f (t)dt (2.40)
c c
ou,
Z
∂ q f (x) Γ(q + 1) x+
q
= (ζ − x)−q−1 f (ζ)dζ =
∂x 2πi c
Z
Γ(q + 1) sin(q + 1)π x
= (x − t)−q−1 f (t)dt. (2.41)
π c
π
A fórmula de reflexão dada por Γ(z)Γ(1 − z) = sin πz
, implica que,
Conseqüentemente,
Z x
∂ q f (x) 1
q
= (x − t)−q−1 f (t)dt Re(q) < 0. (2.43)
∂x Γ(−q) c
Z x
∂ q f (x) 1
q
= (x − t)−q−1 f (t)dt, (2.44)
∂x Γ(−q) c
Z x
∂ q f (x) 1
q
= (x − t)−q−1 f (t)dt (2.45)
∂x Γ(−q) 0
Z x
∂ q f (x) 1
q
= (x − t)−q−1 f (t)dt. (2.46)
∂x Γ(−q) −∞
n µ ¶
∂ n [f (t)g(t)] X n ∂ k g(t) ∂ n−k f (t)
= [ ][ ], (2.47)
∂tn k=0
k ∂t k ∂t n−k
p µ ¶
∂ −q [f (t)g(t)] X −q ∂ k g(t) ∂ −q−k f (t)
= [ ][ ]. (2.48)
∂t−q k=0
k ∂t k ∂t −q−k
Z t
∂ −q [f (t)g(t)] 1
−q
= (t − ξ)q−1 [f (ξ)g(ξ)]dξ, 0 < t ≤ X, (2.49)
∂t Γ(q) 0
X∞ ∂ k g(t)
k ∂tk
g(ξ) = (−1) (t − ξ)k =
k=0
k!
∞
X ∂ k g(t)
k ∂tk
= g(t) + (−1) (t − ξ)k . (2.50)
k=1
k!
Z t X∞ ∂ k g(t)
∂ −q [f (t)g(t)] ∂ −q f (t) 1 q k ∂tk
= g(t) + (t − ξ) f (ξ) (−1) (t − ξ)k−1 dξ.
∂t−q ∂t−q Γ(q) 0 k=1
k!
(2.51)
(t − ξ)q f (ξ)
é limitado sobre [0, t]. Conseqüentemente, reescrevendo a equação num único somátorio,
obtemos,
∞
∂ −q [f (t)g(t)] X k
k Γ(q + k) ∂ g(t) ∂
−q−k
f (t)
−q
= (−1) [ k
][ −q−k
]=
∂t k=0
k!Γ(q) ∂t ∂t
X∞ µ ¶
−q ∂ k g(t) ∂ −q−k f (t)
[ k
][ −q−k
]. (2.52)
k=0
k ∂t ∂t
∞ µ ¶
∂ −q [f (t)tp ] X −q ∂ k tp ∂ −q−k f (t)
= [ k ][ ], q > 0, (2.53)
∂t−q k=0
k ∂t ∂t−q−k
20
∞ µ ¶
∂ µ [f (t)g(t)] X µ ∂ k g(t) ∂ µ−k f (t)
= [ ][ ], µ>0 (2.54)
∂tµ k=0
k ∂t k ∂t µ−k
é válida.
Considere o seguinte caso: suponha que µ > 0 e que p é um inteiro
positivo. Então certamente, a derivada fracionária de tp f (t), dada por (2.49), existe
para qualquer função f de classe C. Sendo m o menor inteiro maior que µ, então
pela definição de um operador fracionário [30] de tp f (x) de ordem µ > 0 (se existe)
é dado por,
p µ ¶
∂ −m+µ [f (t)tp ] X µ − m ∂ k tp ∂ −m+µ−k f (t)
= [ k ][ ], q > 0. (2.56)
∂t−m+µ k=0
k ∂t ∂t −m+µ−k
∂ µ [tp f (t)]
Para calcular ∂tµ
é necessário encontrar a m-ésima derivada (ordinária) de
(2.56). Trivialmente,
k p
∂ n [ ∂∂ttk ] ∂ n+k tp
= , n = 0, 1...
∂tn ∂tn+k
e,
−m−+µ−k f (t)
∂ n[ ∂ ∂t−m+µ−k
] ∂ n−m+µ−k f (t)
= ,
∂tn ∂tn−m+µ−k
21
p µ ¶ · ¸
∂ µ [f (t)tp ] X µ − m ∂ m ∂ k tp ∂ −m+µ−k f (t)
= [ ][ ] =
∂tµ k=0
k ∂tm ∂tk ∂t−m+µ−k
p µ ¶ m µ ¶
X µ − m X m ∂ j+k tp ∂ µ−j−k f (t)
[ j+k ][ ]. (2.57)
k=0
k j=0
j ∂t ∂tµ−j−k
r =j+k
s=k
p
" r µ ¶µ ¶# r p µ−r
∂ µ [f (t)tp ] X X µ − m m ∂ t ∂ f (t)
= [ ][ ]. (2.58)
∂tµ r=0 s=0
s r − s ∂t r ∂t µ−r
Xr µ ¶µ ¶ µ ¶
µ−m m µ
= , (2.59)
s=0
s r − s r
p µ ¶
∂ µ [f (t)tp ] X µ ∂ r tp ∂ µ−r f (t)
= [ ][ ], µ > 0. (2.60)
∂tµ r=0
r ∂tr ∂tµ−r
22
d df
Operador Diferencial: B ≡ , Bf ≡ . (2.61)
dx dx
Z b Z b
0 0
Operador Integral: B ≡ dx N (x, x ), Bf ≡ dx0 N (x, x0 )f (x0 ). (2.62)
a a
Se,
Z x
∂qf 1
q
= (x − s)−q−1 f (s)ds Re(q) < 0. (2.64)
∂x Γ(−q) 0
A condição Re(q) < 0 não impõe qualquer séria restrição à definição, porque o
operador considerado deve efetuar uma transformação contı́nua. Essa restrição é
devido ao fato que, quando Re(q) > 0, os valores da função Gama oscilam. Na
verdade, o que ocorre é que a função cresce no sentido positivo do tempo, passa por
um tempo estacionário e depois decresce no sentido negativo, havendo uma variação
temporal. A equação (2.64) é empregada para obter uma expressão geral para a
ordem ı́ntegro-diferencial.
Seja B um operador linear expresso na forma integral,
Z x
B= b(x, s)(.)ds, (2.65)
0
24
Z x
∂q (x − s)−q−1
= (.)ds. (2.66)
∂xq 0 Γ(−q)
∂q
Sendo assim, B = ∂xq
é satisfeito se os núcleos de ambos operadores
forem iguais. Então igualando-os, temos,
(x − s)−q−1
= b(x, s). (2.67)
Γ(−q)
(x − s)−q−1
= f (q). (2.68)
Γ(−q)
f 00 (0)q 2
f (q) = f (0) + f 0 (0)q + + ··· (2.69)
2!
onde,
25
(x − s)−0−1
f (0) = ' 0, (2.70)
Γ(0)
1
pois, Γ(0)
= 0, já que Γ(0) = ∞.
com,
pois Γ(0) = ∞. E,
1
f 0 (0) = . (2.74)
s−x
(x − s)−q−1 q
= + O(q 2 ). (2.75)
Γ(−q) s−x
q
= b(x, s), (2.76)
s−x
²
δ(x) = lim , (2.78)
²→0 π(x2 + ²2 )
²
δ(x) ≈ , (2.79)
π(x2 + ²2 )
1
onde o termo π
é o fator de normalização devido a seguinte propriedade,
Z ∞
δ(x − x0 )dx = 1. (2.80)
−∞
∞ µ ¶
∂ q (f g) X q ∂ j f ∂ q−j g
= . (2.81)
∂xq j=0
j ∂xj ∂xq−j
∞ µ ¶
∂ q (f ) X q ∂ q−j [1] ∂ j f
= (2.82)
∂xq j=0
j ∂xq−j ∂xj
onde,
µ ¶
q Γ(j − q)
= (−1)j (2.83)
j j!Γ(−q)
∞
∂ q (f ) X j Γ(j − q) xj−q ∂j f
= (−1) , (2.85)
∂xq j=0
(j)!Γ(−q) Γ(j + 1 − q) ∂x j
∞
∂q (f ) X j xj−q ∂j f
= (−1) (2.86)
∂xq j=0
j!Γ(−q)(j − q) ∂xj
N
∂ q (f ) x−q X j xj ∂j f
≈ (−1) . (2.87)
∂xq Γ(−q) j=0 j!(j − q) ∂xj
N
∂ kq f0 x−kq X j xj ∂ j f0
f= = (−1) . (2.88)
∂xq Γ(−kq) j=0 j!(j − kq) ∂xj
29
3 SOLUÇÃO DA EQUAÇÃO DE
TRANSPORTE EM UMA DIMENSÃO
COM O NÚCLEO DE KLEIN-NISHINA
3.1 Introdução
3.2 Formulação
Z 1 Z λ
∂ψ(x, λ, µ) b 0 → λ; µ0 → µ)ψ(x0 , λ0 , µ0 )dλ0 dµ0 , (3.1)
µ + c(λ)ψ(x, λ, µ) = Σ(λ
∂x −1 0
b 0 → λ; µ0 → µ) = λ K(λ0 → λ; µ0 → µ),
Σ(λ (3.2)
λ0
3 NA Zρ λ0
K(λ0 → λ; µ0 → µ) = σT ( )2
16π A λ
hλ λ0 i
+ − 2(λ − λ0 ) + (λ − λ0 )2 δ(1 + λ0 − λ − µµ0 ), (3.3)
λ0 λ
8π 2
σT = re = 6, 65245 × 10−25 cm2 . (3.4)
3
E 1
= ¡ E ¢ , (3.5)
E0 1 + me0c2 (1 − cos(θ))
0.511
λ0 = (3.6)
E0 [M eV ]
λ − λ0 = 1 − cos(θ) (3.7)
∂ψ(x, λ, µ)
µ + c(λ)ψ(x, λ, µ) =
∂x
Z Z
1 λ0 +2
3 NA Zρ λ0 h λ λ0 0 0 2
i
= σT + − 2(λ − λ ) + (λ − λ )
−1 λ0 16π A λ λ0 λ
δ(1 + λ − λ − µµ0 )ψ(x0 , λ0 , µ0 )dλ0 dµ0
0
(3.8)
1 ²2
δ(x) ≈ , (3.9)
π (x2 + ²2 )
Z ∞
df ∂
= [δ(x − x0 )]f (x0 )dx0 , (3.10)
dx −∞ ∂x
temos,
Z ∞
c(λ)ψ(x, λ, µ) = c(λ) δ(x − x0 )ψ(x0 , λ, µ)dx0 . (3.11)
−∞
Z ∞
∂ψ(x, λ, µ)
µ + c(λ) δ(x − x0 )ψ(x0 , λ, µ)dx0 (3.12)
∂x −∞
Z ∞
∂ψ(x, λ, µ)
µ + c(λ) δ(x − x0 )ψ(x0 , λ, µ)dx0 =
∂x −∞
Z 1 Z λ0 +2
3 NA Zρ λ0 h λ λ0 0 0 2
i
= σT + − 2(λ − λ ) + (λ − λ )
−1 λ0 16π A λ λ0 λ
δ(1 + λ − λ − µµ0 )ψ(x0 , λ0 , µ0 )dλ0 dµ0 .
0
(3.13)
Z ∞ Z 1 Z λ0 +2
∂ψ(x, λ, µ)
µ + c(λ) δ(x − x0 )δ(µ − µ0 )δ(λ − λ0 )ψ(x0 , λ0 , µ0 )dλ0 dµ0 dx0 =
∂x −∞ −1 λ0
Z ∞ Z 1 Z λ0 +2
3 NA Zρ λ0 h λ λ0 0 0 2
i
= σT + − 2(λ − λ ) + (λ − λ ) ×
−∞ −1 λ0 16π A λ λ0 λ
× δ(1 + λ − λ − µµ )δ(x − x0 )ψ(x0 , λ0 , µ0 )dλ0 dµ0 dx0
0 0
(3.14)
∂ψ(x, λ, µ)
µ = (3.15)
∂x
Z ∞Z 1Z λ0 +2
= k(x, λ, µ, x0 , λ0 , µ0 )ψ(x0 , λ0 , µ0 )dλ0 dµ0 dx0 = Aψ,
−∞ −1 λ0
3 NA Zρ λ0 h λ λ0 i
k(x, λ, µ, x0 , λ0 , µ0 ) = σT + − 2(λ − λ 0
) + (λ − λ 0 2
) (3.16)
16π A λ λ0 λ
δ(1 + λ0 − λ − µµ0 )δ(x − x0 ) − c(λ)δ(x − x0 )δ(µ − µ0 )δ(λ − λ0 ).
h R ∞ R 1 R λ0 +2 i
x −∞ −1 λ k(x,λ,µ,x0 ,λ0 ,µ0 )ψ(x0 ,λ0 ,µ0 )dλ0 dµ0 dx0
ψ= e 0 ψ0 , (3.17)
∂f
= Bf. (3.18)
∂x
f = f0 eBx (3.19)
quando B não for um operador. Mas estamos trabalhando com uma equação,
cuja solução formal apresenta um operador integral, neste caso obtemos a seguinte
solução,
34
£ ¤
f = eBx f0 . (3.20)
£ ¤
onde eBx f0 é calculado aplicando a potência do operador, já que,
£ ¤ x2
eBx = I + xB + B 2 + · · · (3.21)
2
Z ∞ Z 1 Z λ0 +2
£x ¤
ψ = I + A ψ0 = [δ(x, λ, µ, x0 , λ0 , µ0 ) +
µ −∞ −1 λ0
k(x, λ, µ, x , λ0 , µ0 )]ψ0 (x, µ, λ, x0 , µ0 , λ0 )dλ0 dµ0 dx0 ,
0
(3.22)
válido para valores próximos à fronteira, mas como estamos trabalhando com a
potência do operador de derivada fracionária, podemos extender este resultado para
todo o domı́nio.
Neste momento, cumpre observar, que está sendo usada uma apro-
£ ¤
ximação linear para eBx , isto deve-se ao fato de que estamos considerando o pro-
blema evoluindo com ∆x pequeno e supondo regularidade do operador.
O operador linear B é então escrito como uma derivada fracionária com
ordem variável, por,
∂q
= B. (3.23)
∂xq
N
x−kq X xj ∂ j ψ0
ψ= (−1)j . (3.24)
Γ(−kq) j=0 j!(j − kq) ∂xj
36
4 SOLUÇÃO DA EQUAÇÃO DE
TRANSPORTE EM DUAS DIMENSÕES
CONSIDERANDO ESPALHAMENTO
ISOTRÓPICO
4.1 Introdução
∂ qx +qy
= B, (4.1)
∂xqx +qy
(x − sx )−qx −1 (y − sy )−qy −1
= b(x, y, sx , sy ), (4.2)
Γ(−qx ) Γ(−qy )
37
4.3 Formulação
∂ψ(x, y, µ, η) ∂ψ(x, y, µ, η)
µ +η + σt ψ(x, y, µ, η) =
∂x ∂y
Z 1Z 1
= σs ψ(x0 , y 0 , µ0 , η 0 )dη 0 dµ0 + Q(x, y), (4.4)
−1 0
Z 1 Z 1
∂ψ(x, y, Ω) ∂ψ(x, y, Ω)
µ +η + σt ψ(x, y, Ω) = σs ψ(x, y, Ω0 )dΩ0 , (4.6)
∂x ∂y −1 0
1 ε2
δ(x) ≈ (4.7)
π (x2 + ε2 )
Z ∞
df ∂
= [δ(x − x0 )]f (x0 )dx0 (4.8)
dx −∞ ∂x
temos,
Z ∞
∂ψ(x, y, Ω) ∂
η =η [δ(y − y 0 )]δ(x − x0 )ψ(x0 , y 0 , Ω)dx0 dy 0 (4.9)
∂y −∞ ∂y
Z ∞
σt ψ(x, y, Ω) = σt δ(x − x0 )δ(y − y 0 )ψ(x0 , y 0 , Ω)dx0 dy 0 (4.10)
−∞
∂ψ(x, y, Ω)
µ + (4.12)
∂xZ Z Z
∞ 1 1
∂
+η [δ(y − y 0 )]δ(x − x0 )δ(Ω − Ω0 )ψ(x0 , y 0 , Ω)dΩ0 dx0 dy 0 +
−∞ −1 0 ∂y
Z ∞Z 1Z 1
+ σt δ(y − y 0 )δ(x − x0 )δ(Ω − Ω0 )ψ(x0 , y 0 , Ω)dΩ0 dx0 dy 0 =
−∞ −1 0
Z ∞Z 1Z 1
= σs δ(y − y 0 )δ(x − x0 )ψ(x0 , y 0 , Ω)dΩ0 dx0 dy 0 ,
−∞ −1 0
onde,
Z ∞ Z 1 Z 1
∂ψ(x, y, Ω)
µ = k(x, y, Ω, x0 , y 0 , Ω0 )ψ(x0 , y 0 , Ω0 )dΩ0 dx0 dy 0 = Aψ, (4.14)
∂x −∞ −1 0
onde,
∂
δy (y − y 0 ) = [δ(y − y 0 )] (4.16)
∂y
h R∞ R1 R1 0 0 0 0 0 0 0 0 0
i
ψ = ex −∞ −1 0 k(x,y,µ,x ,y ,Ω )ψ(x ,y ,Ω )dΩ dx dy ψ0 , (4.17)
onde ψ0 representa o fluxo angular inicial. Como já foi visto na seção (3.2), na
estrutura da Álgebra de Lie, não existe uma regra para calcular o exponencial deste
tipo de operador integral.
Entretanto, este obstáculo pode ser transposto aproximando-se esta
solução por,
Z ∞Z 1Z 1
£ x ¤
ψ = I + A ψ0 = [δ(x, y, Ω, x0 , y 0 , Ω0 ) +
µ −∞ −1 0
+k(x, y, Ω, x0 , y 0 , Ω0 )]ψ0 (x, y, Ω, x0 , y 0 , Ω0 )dΩ0 dx0 dy 0 , (4.18)
∂q
= B. (4.19)
∂xq
N
x−kq X j xj ∂ j ψ0
ψ= (−1) . (4.20)
Γ(−kq) j=0 j!(j − kq) ∂xj
41
Bf = g. (4.21)
f = B −1 g. (4.22)
∂q
B= (4.23)
∂xq
temos,
−1 ∂ −q
B = (4.24)
∂x−q
∂ −q
ψp (x, y, µ, η) = Q(x, y). (4.25)
∂x−q
∂ kq ∂ −q
ψ(x, y, µ, η) = ψh (x, y, µ, η) + ψp (x, y, µ, η) = ψ0 + Q(x, y) (4.26)
∂xkq ∂x−q
42
onde,
N
∂ kq x−kq X j xj ∂ j ψ0
ψ 0 = (−1) (4.27)
∂xkq Γ(−kq) j=0 j!(j − kq) ∂xj
e,
N
∂ −q xq X j xj ∂ j Q(x, y)
Q(x, y) = (−1) (4.28)
∂x−q Γ(q) j=0 j!(j + q) ∂xj
43
5 SOLUÇÃO DA EQUAÇÃO DE
TRANSPORTE EM TRÊS DIMENSÕES
COM O NÚCLEO DE RUTHERFORD
5.1 Introdução
∂ qx +qy +qz
= B, (5.1)
∂xqx +qy =qz
nenhuma restrição sobre cada ordem ı́ntegro-diferencial é feita. Uma possı́vel solução
é obtida fazendo qy = qz = 0, o que implica o seguinte resultado,
5.3 Formulação
∂ψ(x, y, z, µ, ϕ)
µ + (5.4)
∂x
p ³ ∂ψ(x, y, z, µ, ϕ) ∂ψ(x, y, z, µ, ϕ) ´
+ 1 − µ2 cos(ϕ) + sin(ϕ) +σt ψ(x, y, z, µ, ϕ) =
∂y ∂z
Z 1 Z 2π
a
= 2
ψ(x0 , y 0 , z 0 , µ0 , ϕ0 )dϕ0 dµ0 .
−1 0 (b − µ)
1
a= · 2η(η + 1), a>0 (5.5)
2πλ
e,
b = 1 + 2η, (5.6)
1
com λ = σt
indicando o livre caminho médio percorrido pelas partı́culas no meio.
Ainda nas equações (5.5) e (5.6) temos uma constante, η > 0, dada por,
2
h2 Z 3
η= , (5.7)
4(aH )2 (mv)2
45
Z ∞
df ∂
= [δ(x − x0 )]f (x0 )dx0 (5.8)
dx −∞ ∂x
temos,
p Z
∂ψ(r, µ, ϕ) p ∞
∂
1− µ2 cos(ϕ) = 1 − µ2 cos(ϕ) [δ(y−y 0 )]δ(z−z 0 )δ(x−x0 )ψ(r0 , µ, ϕ)dr0
∂y −∞ ∂y
(5.9)
p Z
∂ψ(r, µ, ϕ) p ∞
∂
1 − µ2 sin(ϕ) = 1 − µ2 sin(ϕ) [δ(z−z 0 )]δ(x−x0 )δ(y−y 0 )ψ(r0 , µ, ϕ)dr0
∂z −∞ ∂z
(5.10)
Z ∞
σt ψ(r, µ, ϕ) = σt δ(z − z 0 )δ(x − x0 )δ(y − y 0 )ψ(r0 , µ, ϕ)dr0 (5.11)
−∞
46
∂ψ(r, µ, ϕ)
µ + (5.13)
∂x Z ∞ Z 1 Z 2π
p
2
+ 1 − µ cos(ϕ) δy (r − r0 )δ(ϕ − ϕ0 )δ(µ − µ0 )ψ(r0 , µ0 , ϕ0 )dϕ0 dµ0 dr0 +
−∞ −1 0
p Z ∞ Z 1 Z 2π
+ 1 − µ2 sin(ϕ) δz (r − r0 )δ(ϕ − ϕ0 )δ(µ − µ0 )ψ(r0 , µ0 , ϕ0 )dϕ0 dµ0 dr0 +
−∞ −1 0
Z ∞ Z 1 Z 2π
+ σt δ(r − r0 )δ(ϕ − ϕ0 )δ(µ − µ0 )ψ(r0 , µ0 , ϕ0 )dϕ0 dµ0 dr0 .
−∞ −1 0
∂
δy (r − r0 ) = [δ(y − y 0 )]δ(z − z 0 )δ(x − x0 ). (5.14)
∂y
∂ψ(r, µ, ϕ)
µ + (5.15)
∂x Z ∞ Z 1 Z 2π
p
2
+ 1 − µ cos(ϕ) δy (r − r0 )δ(ϕ − ϕ0 )δ(µ − µ0 )ψ(r0 , µ0 , ϕ0 )dϕ0 dµ0 dr0 +
−∞ −1 0
p Z ∞ Z 1 Z 2π
+ 1 − µ2 sin(ϕ) δz (r − r0 )δ(ϕ − ϕ0 )δ(µ − µ0 )ψ(r0 , µ0 , ϕ0 )dϕ0 dµ0 dr0 +
−∞ −1 0
Z ∞ Z 1 Z 2π
+ σt δ(r − r0 )δ(ϕ − ϕ0 )δ(µ − µ0 )ψ(r0 , µ0 , ϕ0 )dϕ0 dµ0 dr0 =
−∞ −1 0
Z ∞ Z 1 Z 2π
a
= 2
δ(r − r0 )ψ(x0 , y 0 , z 0 , µ0 , ϕ0 )dϕ0 dµ0 dr0 ,
−∞ −1 0 (b − µ)
Z ∞ Z 1 Z 2π
∂ψ(r, µ, ϕ)
µ = k(r, r0 , µ, µ0 , ϕ, ϕ0 )ψ(x0 , y 0 , z 0 , µ0 , ϕ0 )dϕ0 dµ0 dr0 = Aψ,
∂x −∞ −1 0
(5.16)
onde,
a p
k(r, r0 , µ, µ0 , ϕ, ϕ0 ) = δ(r − r 0
) − ( 1 − µ2 cos(ϕ)δy (r − r0 ) (5.17)
(b − µ)2
p
− 1 − µ2 sin(ϕ)δz (r − r0 ) + σt δ(r − r0 ))δ(ϕ − ϕ0 )δ(µ − µ0 ).
h R ∞ R 1 R 2π i
x k(r,r0 ,µ,µ0 ,ϕ,ϕ0 )ψ(x0 ,y 0 ,z 0 ,µ0 ,ϕ0 )dϕ0 dµ0 dr0
ψ= e −∞ −1 0 ψ0 , (5.18)
onde ψ0 representa o fluxo angular inicial. Como já foi dito nos Capı́tulos 3 e 4, não
conhecemos nenhuma regra, na estrutura da Álgebra de Lie, para obter a solução
dessa equação, já que temos uma exponencial de um operador integral. Sendo assim,
a solução da equação (5.18) pode ser aproximada por,
48
Z ∞ Z 1 Z 2π
£ x ¤
ψ = I + A ψ0 = [δ(r, r0 , µ, µ0 , ϕ, ϕ0 ) +
µ −∞ −1 0
+k(r, r0 , µ, µ0 , ϕ, ϕ0 )]ψ0 (r, r0 , µ, µ0 , ϕ, ϕ0 )dϕ0 dµ0 dr0 . (5.19)
∂q
= B. (5.20)
∂xq
N
x−kq X xj ∂ j ψ0
ψ= (−1)j . (5.21)
Γ(−kq) j=0 j!(j − kq) ∂xj
49
6 RESULTADOS NUMÉRICOS
²
δ(x) ≈ , (6.1)
π(x2 + ²2 )
²2
δ(x) ≈ , (6.2)
π(x2 + ²2 )
r
1 −x2
δ(x) ≈ e ² (6.3)
²π
e,
sin( 1² x)
δ(x) ≈ . (6.4)
πx
Z Z Z
∂ψ
µ = k(r, r0 , Ω, Ω0 )ψ(r0 , Ω0 )dΩ0 dr0 , (6.5)
∂x
(x − s)−q−1 q
b(x, s) = ≈ (6.6)
Γ(−q) s−x
o que resulta,
q = (s − x)b(x, s) (6.7)
N
∂ q ψ0 x−q X j xj ∂ j ψ0
ψ= = (−1) , (6.8)
∂xq Γ(−q) j=0 j!(j − q) ∂xj
N
x−kq X j xj ∂ j ψ0
ψ(x, µ, λ) = (−1) . (6.9)
Γ(−kq) j=0 j!(j − kq) ∂xj
Z 1
ψ(x, λ) = ψ(x, µ, λ)dµ, (6.10)
−1
52
ψ1
Z z
Z }| {
λ0 +2 λ0 +∆λ
ψ(x)T otal = ψ(x, λ)dλ = ψ(x, λ)dλ + (6.11)
λ0 λ0
Z λ0 +2∆λ Z λ0 +3∆λ Z λ0 +4∆λ Z λ0 +5∆λ
+ ψ(x, λ)dλ + ψ(x, λ)dλ + ψ(x, λ)dλ + ψ(x, λ)dλ
λ0 +∆λ λ0 +2∆λ λ0 +3∆λ λ0 +4∆λ
| {z } | {z } | {z } | {z }
ψ2 ψ3 ψ4 ψ5
e,
2 Comprimento do intervalo
∆= = ,
5 Nı́veis de energia
Z b
1 ³ 1 1 ´³ ³3 1 ´ ³1 3 ´ ³1 1 ´´
f (x)dx = b− a f (a)+f (b)+4f a+ b +4f a+ b +2f a+ b .
a 3 4 4 4 4 4 4 2 2
(6.12)
sentados na seção (5.4.1). Esta comparação, apesar de não ser precisa, pois estamos
trabalhando em meio infinito, nos permite afirmar que os valores obtidos para os
fluxos escalares são compatı́veis com os apresentados em [38], já que apresentam a
mesma ordem de grandeza. Para este exemplo também foi utilizada a aproximação
(6.21) para a função generalizada Delta de Dirac.
² x
H= · arctan( ). (6.14)
π ²
Z 1 Z 1
ψ(x, y) = ψ(x, y, µ, η)dηdµ. (6.15)
−1 0
Z b Z d
J= ψ(x, b)dx + ψ(d, y)dy, (6.16)
a c
Método J(nêutrons/cm2 )
DAC com ordem de quadratura 2 9.4×10−14
DAC com ordem de quadratura 4 8.8×10−14
LIE com ordem de quadratura 2 1.0×10−13
Derivada Fracionária 1.2×10−13
Método J(nêutrons/cm2 )
DAC com ordem de quadratura 2 1.3×10−22
DAC com ordem de quadratura 4 3.7×10−22
LIE com ordem de quadratura 2 4.5×10−22
Derivada Fracionária 3.0×10−22
N
x−kq X xj ∂ j ψ0
ψ(x, y, z, µ, ϕ) = (−1)j . (6.17)
Γ(−kq) j=0 j!(j − kq) ∂xj
Figura 6.2: Simulação do fluxo angular como uma função da posição em z=1.
58
Z π Z 2π
ψ(x, y, z) = ψ(x, y, z, µ, ϕ) sin(θ)dθdϕ (6.18)
0 0
onde,
µ = cos(θ).
x y z ψ(x, y, z)
1 1 1 .4015307534e-05
2 1 1 .1511125366e-07
1 2 1 .1558245894e-07
1 1 3 .6025753909e-10
2 1 3 .2323525752e-12
4 4 3 .2011038734e-24
1 1 5 .9008289104e-15
3 1 5 .1340987196e-19
4 4 5 .3006978919e-29
O termo dose tem sido usado em muitos sentidos, isto reflete o fato que
existem diversos tipos diferentes de medidas que têm sidos úteis no estudo e controle
dos efeitos da radiação ionizante na matéria. Os principais tipos dessas medidas são
[41]:
(1) Medida de dose absorvida na matéria no ponto de interesse.
(2) Medida da energia liberada por partı́culas ionizantes indiretas (isto é, fótons
e nêutrons) por unidade de massa de algum material de referência no ponto de
interesse. O material de referência pode ser tanto o material atual presente no
ponto de interesse, ou algum outro material: por exemplo, ar, grafite e tecido têm
sido usados.
(3) Medida do número de partı́culas e quanta, ou suas energias, incidente num dado
ponto.
(4) Medida de alguma função do número e energia de partı́culas e quanta incidentes
num dado ponto. Por exemplo, a função pode ser escolhida como o produto da dose
absorvida pelo fator de qualidade para radiações de diferentes LET (Linear Energy
Transfer).
Esse termo é tão importante no campo de Fı́sica Nuclear, que dele
originou um novo ramo da ciência nuclear, com caracterı́sticas próprias, ou seja,
a Dosimetria das Radiações, a qual é aplicada, geralmente, a todos esses tipos de
medidas.
60
dε
D= , (6.19)
dm
Z 1
ψ(x, λ) = ψ(x, µ, λ)dµ. (6.20)
−1
M
X
DT = µai Ei ψ(x, λi ), (6.21)
i=0
0, 511
Ei = , (6.23)
λi
Z λ0 +2
DT (x) = µa Eψ(x, λ)dλ, (6.24)
λ0
62
dD
D= , (6.25)
dt
onde,
D é a dose absorvida,
QF é o fator de qualidade e
QF1 .QF2 . · · · fatores de distribuição.
A unidade da dose equivalente é rems se D for expresso em rads e é
Sievert (Sv) se D for expresso em Gy, onde,
diagnósticos como em terapias. Hoje, uma das mais importantes aplicações desses
radioisótopos é a radioterapia.
A radioterapia teve origem na aplicação do elemento rádio pelo casal
Curie, para destruir células cancerosas, e foi inicialmente conhecida como “Curiete-
rapia”. Posteriormente, outros radioisótopos passaram a ser usados, apresentando
um maior rendimento.
A radioterapia tem como objetivos: (a) aplicar, na região do tumor,
uma quantidade de dose suficiente para controlá-lo e (b) minimizar o risco de com-
plicações nos tecidos sãos. Assim, a radioterapia procura maximizar a probabili-
dade de controle local do tumor sem produzir complicações nos tecidos sãos que
estão próximos à região irradiada. Sendo assim, a determinação precisa da dose
depositada em uma região irradiada é essencial para o bom resultado do tratamento
radioterapêutico. Métodos analı́ticos são utilizados para o cálculo dessa quantidade
de dose, porém eles podem apresentar certos problemas, tais como consumir um
tempo excessivo de processamento, ou ainda, apresentarem um alto ı́ndice de erro
no cálculo da dose. Esses fatos levaram a comunidade cientı́fica a empreender um
grande esforço no sentido de reduzir o erro dos métodos analı́ticos empregados e
torná-los mais rápidos.
Uma das principais causas que geram erros nas formulações analı́ticas
são as aproximações feitas na equação que descreve o transporte de partı́culas. Na
metodologia apresentada neste trabalho, não se utiliza nenhuma das aproximações
tradicionalmente empregadas para a solução da equação de transporte de partı́culas.
A técnica da derivada fracionária foi aplicada na equação de transporte de partı́culas
carregadas e obtivemos o fluxo angular ψ. A partir do fluxo angular, obtivemos o
fluxo escalar e, desta forma, podemos determinar perfeitamente a quantidade de
dose absorvida em uma certa região irradiada.
Usando a formulação descrita na seção (5.3.2.3), onde uma expressão
para a taxa de dose absorvida foi obtida em função do fluxo angular e do coeficiente
de absorção do meio material, apresentamos os valores dessa quantidade para uma
camada de água de 20 cm e outra de 100 cm de espessura considerando feixes de
65
Tabela 6.6: Taxa de Dose Absorvida para uma camada de água de 20 cm de espes-
sura.
Tabela 6.7: Taxa de Dose Absorvida para uma camada de água de 100 cm de espes-
sura.
e,
f (µ) = fm , µ>0
e,
g(µ) = gm , µ < 0.
ψ = ψh + ψh ∗ S 1 , µ > 0, (6.29)
67
ψ = ψh + ψh ∗ S 2 , µ < 0, (6.30)
7 CONCLUSÃO
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75
v = vΩ (A.1)
Z
Densidade de Nêutrons = N (r, Ω, E, t)dΩ ≡ n(r, E, t) (A.2)
4π
Z Z
φ(r, E, t) = ψ(r, Ω, E, t)dΩ = vN (r, Ω, E, t)dΩ = vn(r, E, t) (A.5)
4π 4π
Z
J(r, E, t) ≡ j(r, Ω, E, t)dΩ (A.6)
4π
78
onde σx é a seção de choque para uma reação do tipo x para nêutrons de energia E 0 e
fx (r; Ω0 , E 0 → Ω, E)dΩdE é a probabilidade que um nêutron de direção Ω0 e energia
E 0 tenha uma colisão do tipo x, emergindo da colisão um nêutron no intervalo dΩ
em torno de underlineΩ com energia dE em E. Para as colisões com espalhamento
elástico ou inelástico, um nêutron emerge para cada nêutron que colide com o núcleo.
A probabilidade pode, conseqüentemente ser normalizada para a unidade. Então,
para o espalhamento elástico, a integração sobre todas as direções e energias resulta,
Z Z
fe (r; Ω0 , E 0 → Ω, E)dΩdE = 1 (A.8)
1
ff (r; Ω0 , E 0 → Ω, E)dΩdE = ν(r, E 0 → E)dΩdE (A.9)
4π
Z Z Z
1 0
ν(r, E → E)dΩdE = ν(r, E 0 → E)dE = ν(r, E 0 ) (A.10)
4π
onde ν(r, E 0 ) é o número de nêutrons produzidos por uma fissão em r causada por
um nêutron de energia E 0 .
80
Z Z
vσx N dΩ = vσx (r, E)N (r, Ω, E, t)dΩ =
4π Z4π
= vσx (r, E) N (r, Ω, E, t)dΩ = vσx (r, E)n(r, E, t) (A.11)
4π
onde vσx (r, E)n(r, E, t) é o número de interações do tipo x por unidade de volume
e de energia na posição r e tempo t devido a nêutrons de energia E, na unidade de
tempo.
hZ Z i
σt (r, E 0 )f (r; Ω0 , E 0 → Ω, E)v 0 N (r, Ω0 , e0 , t)dΩ0 de0 dV dΩdE∆t (A.16)
82
σt ≡ σt (r, E),
e
Q ≡ Q(r, Ω, e, t).
e,
Z Z
∂N
+ vΩ · ∇N + σt vN = σt0 f v 0 N 0 dΩ0 dE 0 + Q (A.23)
∂t
onde,
N ≡ N (r, Ω, E, t)
e,
N 0 ≡ N (r, Ω0 , E, t).
84
∂N
Variação do fluxo(coordenada x) = −vx dV = −(v · ∇N )x dV
∂x
∂N dN
= = −vΩ · ∇N (A.24)
∂t dt
ψ = vN = ψ(r, Ω, E, t) (A.25)
ψ 0 = v 0 N 0 = ψ(r, Ω0 , E 0 , t) (A.26)
Z Z
1 ∂ψ
+ Ω∇ψ + σt ψ = σt0 f ψ 0 dΩ0 dE 0 + Q. (A.27)
v ∂t
86
APÊNDICE B A EQUAÇÃO DE
TRANSPORTE
MULTIGRUPO
DEPENDENTE DA ENERGIA
0.511
λ= ,
E
Z Z ∞ X
∂ψ(x, E, µ)
µ +c(E)ψ(x, E, µ) = (E 0 → E; Ω0 → Ω)ψ(x, E 0 , µ0 )dE 0 dΩ0 +S(E, µ)δ(x),
∂x 4π 0
(B.2)
Z 0 Z ∞
ψ(x, λ, µ)dλ = ψ(x, E, µ)dE. (B.3)
∞ 0
E como,
−0, 511dλ
dE = , (B.4)
λ2
podemos escrever,
Z 0 Z 0
dλ
ψ(x, λ, µ)dλ = 0, 511ψ(x, E, µ) , (B.5)
∞ ∞ λ2
isto é,
0, 511
λψ(x, λ, µ) = ψ(x, E, µ), (B.6)
λ
ou seja,
Agora, definindo,
segue que,
X Z Z ∞ X Z Z 0 X X
0 0 0
(E ) = (E → E; Ω → Ω)dEdΩ = (λ0 → λ; Ω0 → Ω)dλΩ = (λ0 ),
4π 0 4π ∞
(B.10)
então,
X dλ X 0
0, 511 (E 0 → E; Ω0 → Ω) = (λ → λ; Ω0 → Ω)dλ, (B.11)
λ2
e, portanto,
X X
E (E 0 → E; Ω0 → Ω)dλ = λ (λ0 → λ; Ω0 → Ω)dλ. (B.12)
Z Z
∂I(x, λ, µ) ∞
E X 0
µ +c(λ)I(x, λ, µ) = (E → E; Ω0 → Ω)I(x, λ0 , µ0 )dE 0 dΩ0 +S(E, µ)δ(x).
∂x 4π 0 E0
(B.13)
Z Z λ X
∂I(x, λ, µ) d 0
µ +c(λ)I(x, λ, µ) = (λ → λ; Ω0 → Ω)I(x, λ0 , µ0 )dλ0 dΩ0 +S(λ, µ)δ(x).
∂x 4π 0
(B.14)
onde usamos,
e,
X
d 0 λXd 0
(λ → λ; Ω0 → Ω) = 0 (λ → λ; Ω0 → Ω). (B.16)
λ