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RESUMO
Uma das maiores referências a desenvolver e fundamentar vários aspectos sobre ética e
moralidade, Immanuel Kant, tem como pilar da sua construção filosófica o conceito
desenvolvido sobre o que vem a chamar de “uma boa vontade”. Segundo a tese kantiana a boa
vontade é boa em si mesma, incondicionalmente, sem estar ligada a nenhum tipo de fim.
Sendo este conceito apresentado em sua fundamentação da metafísica dos costumes, seria
ele um conceito desenvolvido a partir de quais princípios adquiridos empiricamente por Kant?
Este artigo pretende apresentar traços de semelhança entre os conceitos de ética, já bastante
conhecidos, de Kant e conceitos bíblicos apresentados pelo cristianismo.
Introdução
Desenvolvimento
Nietzsche vai mais longe nas comparações, sempre exalando sua crítica feroz
e severa à religião, quando compreende como evidente na moralidade kantiana
elementos da construção moral cristã como a consciência, a obrigação e a
culpa:
Nesta esfera, a das obrigações legais, está o foco de origem desse
mundo de conceitos morais: "culpa", "consciência", "dever",
"sacralidade do dever" - o seu início, como o início de tudo grande na
terra, foi largamente banhado de sangue. E não poderíamos
acrescentar que no fundo esse mundo jamais perdeu inteiramente
um certo odor de sangue e tortura? (Nem mesmo no velho Kant: o
imperativo categórico cheira a crueldade...).
Seguindo neste caminho, vamos buscar naquilo que parece antagônico, sinais
de convergência, uma vez que parece haver traços de que a filosofia kantiana
caminhos por espaços externos ao cristianismo, mas para, de maneira
genuína, justificá-lo e fundamentar de forma racional. Aparentemente opostos,
a moral cristã, de princípios provenientes de interferência divina externa ao
qual o homem de submete, e a moral kantiana, que fornece total autonomia da
razão humana para legislar. A conduta cristã, baseada numa lei divina do amor,
e a moral kantiana deitada completamente sobre o imperativo categórico da
razão prática.
Vamos a partir de agora convergir os dois pensamentos na busca de traços,
vestígios e semelhanças entre a moral cristã e a moral kantiana. Um dos
primeiros sinais é uma evidente freqüência no uso de linguagens ou citações,
diretas ou indiretas, bíblicas. Em sua obra Crítica do julgamento (1790),
Conclusão
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REFERÊNCIAS
ALBRECHT, K. Revolução nos serviços, 5.ª ed. Editora Pioneira, 256p. 1998.